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Os aumentos de preços dos alimentos pesaram na inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 6. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,69% no último mês, após uma alta de 0,21% em dezembro.

Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação maiores. A principal contribuição para o avanço do IPC-DI partiu do grupo Alimentação, que saiu de um aumento de 0,27% em dezembro para elevação de 1,23% em janeiro, sob pressão de itens como hortaliças e legumes, que passou de -0,29% para 15,75% no período.

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Os demais acréscimos ocorreram em Educação, Leitura e Recreação (de 0,37% para 2,75%), Transportes (de 0,78% para 1,12%), Vestuário (de 0,11% para 0,34%), Comunicação (de -0,07% para 0,13%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,45% para 0,50%). Houve contribuição dos itens cursos formais (de 0,00% para 5,84%), tarifa de ônibus urbano (de -0,90% para 2,08%), calçados (de -0,04% para 0,77%), tarifa de telefone residencial (de -1,01% para 0,07%) e protetores para a pele (de -2,30% para 0,78%), respectivamente.

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Habitação (de -0,33% para -0,47%) e Despesas Diversas (de 0,21% para 0,14%), com contribuição da tarifa de eletricidade residencial (de -2,93% para -4,25%) e alimentos para animais domésticos (de 1,89% para 0,58%).

O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,44% em janeiro, ante avanço de 0,33% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 70,12% em janeiro, 15,39 pontos porcentuais acima do resultado de 54,73% registrado em dezembro.

A conta de luz mais cara pressionou a inflação ao consumidor registrada pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,33% no último mês, após uma deflação de 0,02% em setembro.

Quatro das oito classes de despesa apresentaram taxas de variação maiores. A contribuição de maior magnitude para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Habitação, que saiu de uma queda de 0,40% em setembro para aumento de 0,70% em outubro, sob impacto da tarifa de eletricidade residencial, que passou de redução de 3,31% para crescimento de 3,37% no período.

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Os demais acréscimos ocorreram nos grupos Alimentação (de -0,48% para 0,24%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,27% para 0,42%) e Comunicação (de -0,02% para 0,55%), com destaque para os itens hortaliças e legumes (de -7,31% para 10,29%), medicamentos em geral (de -0,04% para 0,17%) e tarifa de telefone móvel (de -0,17% para 1,37%), respectivamente.

Na direção oposta, os resultados foram menores em Transportes (de 0,50% para 0,08%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para -0,12%), Vestuário (de 0,64% para 0,05%) e Despesas Diversas (de 0,35% para 0,32%). Houve influência dos itens gasolina (de 2,70% para -0,18%), passagem aérea (de 12,25% para -6,88%), roupas (de 0,93% para 0,19%) e alimentos para animais domésticos (de -0,02% para -1,63%).

O núcleo do IPC registrou alta de 0,24% em outubro ante avanço de 0,28% em setembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 50 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 57,40% em outubro, 5,33 pontos porcentuais acima do resultado de 52,07% registrado em setembro.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central, mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 seguiu em -0,86% da última semana para esta. Há um mês, estava em +0,34%. Para 2018, a projeção seguiu em +4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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Outro índice, o IGP-M, que é referência usual para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de -0,28% para -0,59% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em +0,58%. No caso de 2018, o índice seguiu em +4,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 seguiu em +3,37% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de +3,42%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em +4,49%, ante +4,50% de um mês antes.

Os preços dos alimentos recuaram em setembro, contribuindo para desacelerar a inflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado nesta sexta-feira, 7, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) registrou alta de 0,07% em setembro ante elevação de 0,32% em agosto. Seis dos oito grupos que integram o índice apresentaram taxas de variação menores.

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A maior contribuição partiu do grupo Alimentação, que saiu de alta de 0,69% em agosto para redução de 0,14% em setembro, com destaque para o item laticínios, cuja taxa passou de 3,98% para -3,26% no período.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para -0,02%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,50% para 0,34%), Comunicação (de 0,16% para 0,08%) e Despesas Diversas (de -0,08% para -0,32%).

Os itens que se sobressaíram foram gasolina (de -0,64% para -1,23%), show musical (de 6,53% para -4,59%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,62% para -0,51%), tarifa de telefone móvel (de 0,64% para 0,00%) e cigarros (de -0,28% para -1,04%).

Na direção oposta, os consumidores gastaram mais com Habitação (de 0,10% para 0,28%) e Vestuário (de -0,12% para 0,40%), sob influência da tarifa de eletricidade residencial (de -1,14% para 0,41%) e roupas (de -0,18% para 0,30%), entre outros itens.

O núcleo do IPC registrou alta de 0,36% em setembro, ante 0,47% em agosto. Em setembro, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva repetiu a taxa registrada em agosto, de 55,92%.

Custo da Construção

A mão de obra ficou mais cara em setembro, contribuindo para acelerar a inflação na construção dentro do IGP-DI. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) registrou alta de 0,33% em setembro, após elevação de 0,29% em agosto.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,15% no último mês, após subir 0,29% em agosto, informou a FGV. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra cresceu 0,48% em setembro, ante alta de 0,30% no mês anterior.

Mesmo com a previsão de baixa do dólar, o Relatório de Mercado Focus voltou a trazer estimativas mais elevadas para os índices de inflação do atacado. Atualmente, há uma tendência de alta dos preços das commodities agrícolas, que deve estar influenciando as previsões do mercado.

A mediana das estimativas dos analistas para o IGP-DI de 2016 saltou de 8,61% na semana passada para 9,20% agora. Um mês atrás, a mediana das projeções para o IGP-DI deste ano estava em 7,97%. Para o ano que vem, a mediana das estimativas passou de 5,56% para 5,57%. Quatro levantamentos atrás, essa previsão estava em 5,60%.

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No caso do IGP-M, referência para o reajuste dos contratos de aluguel, a mediana das estimativas para este ano recuou na semana, de 9,32% para 9,23%. Mas, quatro semanas antes estava em 7,95%, o que significa ainda uma alta próxima a 1,4 ponto porcentual durante os últimos 30 dias. Para 2017, as previsões voltaram a subir, passando de 5,62% para 5,66% - um mês atrás estava em 5,67%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 também subiu, de em 7,30% para 7,54%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,39%. Já para 2017, também houve queda das expectativas para a inflação de São Paulo, que passaram de 5,50% para 5,30%. Um mês atrás, a mediana estava em 5,25%.

Já considerado um vilão no bolso do consumidor, o feijão voltou a registrar forte alta em junho, sendo um dos principais responsáveis por nova aceleração no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). O índice ficou em 1,63% em junho, ante 1,13% em maio. De acordo com o superintendente-adjunto para inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Salomão Quadros, uma estabilização dos preços do feijão só deve ocorrer ao final de julho.

Em junho, o feijão (em grão) variou 58,72%, o principal impacto no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) de junho. No mês anterior, a alta de preços havia sido de 7,34%. A razão é um choque de estoques em função dos baixos resultados da segunda safra do feijão, em maio, devido a fatores climáticos.

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"O feijão foi uma novidade em relação ao mês passado. Se não atingiu o pico, está muito perto. Deve acontecer ao longo de julho uma taxa menor, mas não taxas negativas. Qualquer resultado mais favorável para o consumidor, em termos de queda, só vem com a confirmação da terceira safra, daqui a três meses", avalia o economista. "Só pode aos domingos e em dias de festa", ironizou.

De acordo com Salomão Quadros, o feijão tem reação rápida aos choques de safra. Com a alta dos preços nas últimas semanas, a expectativa é que os produtores se sintam estimulados a ampliar o cultivo para a terceira safra, permitindo uma melhora na oferta. Por isso, até o final do mês, com a confirmação da expectativa da colheita, pode haver uma estabilização de preços.

Em junho, os produtos agrícolas, no subgrupo alimentos in natura, registraram alta de 16,07%. Além do feijão, a soja foi outro fator que pesou sobre o IPA em junho, apesar de ter registrado desaceleração, saindo de 14,01% em maio para 11,90%. A continuada alta da soja e do farelo de soja deve-se a choques de safra no País e na Argentina, e a perspectivas ruins da colheita nos Estados Unidos, a partir de agosto.

A alta da soja também começa a repercutir nos preços de animais para o abate, por conta do efeito sazonal agravado pela alta da ração de farelo de soja. As principais altas vieram dos bovinos (-2,25%, em maio, para 1,22%, em junho), aves (-2,67% para 3,43%) e suínos (-0,64% para 18,20%). Outro grupo de alimentos que pesou no indicador de preços foi o de laticínios.

No acumulado do semestre, os preços do atacado (IPA) tem taxa acumulada de 6,89%, enquanto o índice de preços ao consumidor (IPC) registra 4,50%. Para o próximo mês, entretanto, a tendência é uma redução da diferença, com a passagem do impacto de preços aos produtos finais. Assim, o consumidor sentirá os alimentos ainda mais caros, em função do repasse da alta de preços da soja, no atacado, para carne e derivados.

"Tem mais de dois pontos de descolamento, isso tem a ver com os choques recentes de soja e do farelo. A expectativa é que pelo menos em julho a diferença entre os dois diminua. Para o consumidor, a taxa tende a subir, moderadamente, e no caso do atacado, os preços tendem a recuar bastante", avalia Salomão.

Em junho, para o consumidor final, no varejo, houve desaceleração nos índices de preços (IPC), com variação de 0,26% ante um resultado de 0,64% em maio. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, informou a FGV. A principal contribuição para a baixa foram os alimentos, especialmente frutas (-11,75%, em junho, ante 1,03% em maio) devido à sazonalidade.

"Pode parecer contraditório que, no atacado, os alimentos subiram, mas no varejo, caíram. Mas, alimentos in natura, frutas e legumes estão com quedas muito fortes. Essa época do ano é típica e tem acontecido com maior intensidade do que no último ano", analisa Quadros. Também contribuíram para a desaceleração a saída de fatores de impacto em maio, como medicamentos.

Os preços dos alimentos são destaque no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado nesta quinta-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Pressionados pelos produtos agrícolas, os alimentos aceleraram os preços no atacado, principais responsáveis pela intensificação do IGP-DI, que ficou em 1,63% em junho ante 1,13% em maio. Por outro lado, o grupo Alimentação foi o principal responsável pela desaceleração no IPC-DI, indicador que apura a evolução de preços no varejo e oscilou de 0,64% em maio para 0,26% em junho.

Segundo a FGV, o principal responsável pela aceleração dos preços no atacado foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,41% em maio para 16,07% em junho. Despontaram no atacado, entre os maiores impactos no IPA-DI, os preços da soja (em grão), apesar da desaceleração de 14,01% em maio para 11,90% em junho; e do feijão (em grão), que aceleraram de 7,34% para 58,72% na mesma base de comparação.

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No varejo, por sua vez, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, informou a FGV. A contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa do IPC partiu do grupo Alimentação, que passou de alta de 0,77% em maio para 0,07% em junho. "Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de 1,03% para -11,75%", diz a FGV em nota.

A redução na conta de luz ajudou a desacelerar em março o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). A tarifa de eletricidade residencial passou de queda de 2,44% em fevereiro para recuo de 3,41% no último mês, informou nesta quinta-feira (7) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IPC-DI saiu de uma alta de 0,76% em fevereiro para 0,50% em março, tendo como principal contribuição o recuo do grupo Habitação (de 0,39% em fevereiro para -0,15% em março). No entanto, o freio nos aumentos foi disseminado no mês. Seis das oito classes de despesa que integram o índice apresentaram taxas de variação menores do que no mês anterior.

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Além de Habitação, houve redução na variação dos grupos: Transportes (de 1,13% para 0,43%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,44% para 0,19%), Despesas Diversas (de 1,58% para 1,02%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,69% para 0,64%) e Comunicação (de 0,83% para 0,70%).

Os itens com impacto mais relevante foram tarifa de ônibus urbano (de 1,50% para 0,04%), passagem aérea (de 1,75% para -8,01%), cigarros (de 3,28% para 2,12%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,00% para 0,41%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,82% para 0,00%).

Na direção oposta, cresceram as despesas com Alimentação (de 1,07% em fevereiro para 1,15% em março) e Vestuário (de 0,04% para 0,32%), com destaque para frutas (de 4,95% para 7,40%) e roupas (de -0,11% para 0,53%).

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,79% em fevereiro, após subir 1,53% em janeiro, divulgou na manhã desta terça-feira, 8, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou abaixo do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam um avanço entre 0,94% a 1,28%, com mediana de 1,00%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, subiu 0,84% no mês passado, após avançar 1,63% em janeiro. Por sua vez, o IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,76% em fevereiro, após alta de 1,78% no mês anterior. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,54%, contra avanço de 0,39% em janeiro.

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Com o resultado, o IGP-DI acumula alta de 2,33% no ano e elevação de 11,93% nos últimos 12 meses. O período de coleta de preços para o índice de fevereiro foi do dia 1º ao dia 29 do mês passado. O IGP-M de fevereiro, que havia captado preços do dia 21 de janeiro até o dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 1,29%.

IPAs

Os preços dos produtos agropecuários atacadistas medidos pelo IPA Agrícola subiram 2,02% em fevereiro, após alta de 2,58% em janeiro, segundo a FGV. A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado (IPA Industrial) registraram alta de 0,36%, depois do avanço de 1,24% no mês anterior.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,46% em fevereiro, após aumento de 1,94% no mês anterior.

Os preços dos bens intermediários caíram 0,20% no mês passado, depois do avanço de 1,34% em janeiro. Já os preços das matérias-primas brutas registraram aumento de 1,35%, ante elevação de 1,60% em janeiro.

Núcleo do IPC-DI

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) de fevereiro subiu 0,76%, taxa menor do que a registrada no núcleo anterior, de 0,89%, referente a janeiro.

O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preço no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumula alta de 1,65% no ano e avanço de 8,57% em 12 meses.

Os preços de alimentos recuaram no varejo em agosto, o que levou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a desacelerar para 0,22% no mês passado no âmbito do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Além disso, a pressão menor da energia elétrica também contribuiu para o resultado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (4).

Ao todo, três das oito classes de despesa do IPC perderam força. A maior influência veio do grupo Alimentação (0,79% para -0,11%), diante da queda de 10,28% nos preços de hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 1,67% para -10,28%. Só a batata-inglesa cedeu 20,28%, enquanto o tomate caiu 17,06% e a cebola recuou 9,70% no período, segundo a FGV.

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Também desaceleraram os grupos Habitação (1,03% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,30% para 0,12%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens tarifa de eletricidade residencial (3,62% para -0,59%) e alimentos para animais domésticos (1,48% para -0,14%), respectivamente.

No sentido contrário, ganharam força os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,48%), Transportes (0,00% para 0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,64%), Vestuário (-0,33% para -0,10%) e Comunicação (0,21% para 0,36%).

Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: passagem aérea (-16,66% para 6,03%), gasolina (0,03% para 0,54%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,37% para 1,19%), roupas femininas (-1,08% para -0,26%) e mensalidade para TV por assinatura (0,60% para 2,08%), respectivamente.

Com o alívio na inflação, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, também arrefeceu. O resultado de agosto foi de 61,83%, ante 68,64% no mês anterior.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,59% em agosto, um pouco acima da alta de 0,55% no mês anterior. O resultado é explicado principalmente pelo custo da mão de obra (0,80% para 0,87%), mas também pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,26% para 0,27%).

Os preços da soja e do milho ganharam força em julho e pressionaram a inflação atacadista medida no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Em julho, o indicador de preços ao produtor registrou aumento de 0,61%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV)., nesta sexta-feira, 7.

As matérias-primas brutas estão na lista de quem empurrou a taxa para cima no mês passado. A alta foi de 1,07%, contra avanço de 0,92% em junho. A aceleração ocorreu porque itens de peso ganharam força na passagem do mês, como soja em grão (0,89% para 6,51%), milho em grão (-2,55% para 5,12%) e mandioca (-6,57% para 1,22%). No sentido contrário, desaceleraram minério de ferro (6,74% para -0,44%), bovinos (-0,23% para -2,10%) e suínos (6,33% para -0,85%).

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Entre os bens intermediários, também houve pressão no sentido de elevar a inflação do atacado. A alta de 0,60% detectada em julho foi quatro vezes a taxa registrada no mês anterior. Segundo a FGV, a principal contribuição veio do subgrupo materiais e componentes para a manufatura (-0,21% para 0,76%). Só o farelo de soja ficou 9,88% mais caro, apontou a instituição.

O índice relativo a bens finais foi o único a apresentar alta menor em julho, de 0,26%, contra elevação de 0,34% no mês anterior. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura (0,43% para -0,95%). Ainda assim, alguns itens fugiram à tendência e voltaram a ficar mais caros, como é o caso do tomate, com alta de 10,20% após queda de 38,19% em junho. A coleta de preços para o IGP-DI de julho ocorreu entre os dias 1º e 31 do mês passado.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 1,21% em março, após subir 0,53% em fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam desde um avanço de 0,90% a uma alta de 1,20%, com mediana de 1,00%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, subiu 1,24% no mês passado, após avançar 0,41% em fevereiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, e que cresceu 1,41% em março, na comparação com alta de 0,97% no mês anterior. E o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, e que apresentou alta de 0,62%, contra avanço de 0,31%, na mesma base de comparação.

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Com o resultado, o IGP-DI acumula altas de 2,43% no ano e de 3,46% nos últimos 12 meses. O período de coleta de preços para o índice de março foi do dia 1º ao dia 31 do mês passado.

A aceleração dos preços de alimentos no varejo em setembro não é algo generalizado, explicou nesta terça-feira, 7, o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Segundo ele, os preços das carnes têm impulsionado a inflação ao consumidor, mas o movimento para por aí, já que hortaliças e legumes, panificados e biscoitos, óleos e gorduras continuaram ficando mais baratos no mês passado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,49% em setembro, após alta de 0,12% em agosto, no âmbito do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). As carnes bovinas ficaram 2,72% mais caras, acompanhando um movimento já observado no atacado, diante de perspectivas de maior demanda para exportação. Com isso, bens substitutos como aves e suínos também têm apresentado aumento de preços.

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"Não vemos aceleração da alimentação de forma generalizada. Mas todas as carnes, juntas, já são cerca de 20% da despesa com alimentação no domicílio, que subiu 0,56% em setembro", observou Quadros. Em agosto, a alimentação no lar havia ficado 0,08% mais barata.

Do outro lado da balança, continuaram ficando mais baratos alimentos como ovos (-2,22%), hortaliças e legumes (-4,63%), panificados e biscoitos (-0,51%), além de óleos e gorduras, impactados pela queda nos preços da soja no atacado. Apesar disso, o efeito do grão no varejo é mais limitado do que o da carne, uma vez que a soja brasileira é voltada principalmente para exportação. "O efeito da carne prevalece muito mais do que o efeito da soja", disse Quadros.

Uma herança da recuperação pós-estiagem, a queda dos alimentos in natura ainda tem força para se manter por mais um tempo, apostou o superintendente. A aceleração tem sido a passos lentos - a queda em agosto era de 5,51%. "Além disso, a batata-inglesa no atacado voltou a cair com intensidade", notou Quadros. No IPC, a batata havia acelerado de -21,47% para -12,20%, movimento que pode sofrer nova inversão.

Ainda no IPC, a tarifa de eletricidade residencial subiu 2,01%, diante de reajustes em Salvador e Brasília, bem como de um aumento em impostos que incidem sobre a tarifa. O fim da queda nos preços dos hotéis, após os fortes aumentos durante a Copa do Mundo, também levou à aceleração da inflação. Na gasolina, a explicação para alta de 0,90% pode estar no preço de importação do bem, já que não houve reajuste nas refinarias nem aumento no preço do álcool anidro, que é misturado ao combustível comercializado nos postos.

Câmbio

Apesar das oscilações recentes - e muitas vezes bruscas - no câmbio, na esteira das eleições presidenciais no País, Quadros duvida que o dólar se torne, no curto prazo, uma ameaça à inflação doméstica, já pressionada por outros fatores. "Nesse momento, o câmbio não é uma variável que possa sugerir preocupação inflacionária", disse.

Segundo Quadros, a volatilidade anormal do câmbio percebida nas últimas semanas, fortemente influenciada por especulações sobre o cenário eleitoral, não fará preço nos contratos firmados pelas indústrias. "Se alguém aumenta preço agora e o dólar cai, ele pode ser pego no contrapé, pois o outro pode não ter subido. Então, todo mundo sabe que é um período de volatilidade anormal. Nesse período, a volatilidade não vai ser incorporada (aos preços)", afirmou.

O ajuste anterior, quando o dólar saiu do patamar abaixo de R$ 2,30 para se posicionar na casa dos R$ 2,40, pode até impactar os preços nas próximas semanas, no caso de empresas que ainda não incorporaram esse movimento a seus preços. Mas isso ainda não foi visualizado nos índices de preços. "Isso pode ir chegando aos poucos. Mas, hoje, o efeito do câmbio na inflação em geral está difícil de identificar", disse Quadros.

Porém, o resultado do segundo turno das eleições, programado para o próximo dia 26, pode mudar esse quadro. "Pode ser que (o dólar) suba ou baixe, e aí se defina um pouco mais. Mas mesmo que a eleição dê uma suavizada, a tendência é subir no longo prazo", avaliou o superintendente, frisando que um movimento mais duradouro do câmbio, aí sim, afetaria os preços no atacado e, consequentemente, no varejo.

Após três meses em queda, os preços no atacado haviam retornado ao positivo em agosto, mas cederam novamente em setembro, diante de uma rodada adicional de recuo da soja no mercado internacional. Mesmo assim, o movimento deve ser passageiro, avaliou nesta terça-feira, 07, o superintendente adjunto de Inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

"Acho que é passageiro, e, se não for passageiro, é muito localizado. É mais efeito de queda de preço de soja", justificou. Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,18% no âmbito do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu 0,02%, abaixo de todas as projeções do mercado. A soja em grão, sozinha, ficou 5,50% mais barata, contagiando derivados, como o farelo de soja (-2,09%).

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"É impressionante como esse ano a safra americana está tendo uma sucessão interminável de boas notícias, que sempre surpreendem e superam a melhor das expectativas", comentou Quadros, citando esta como a razão para a repetição das quedas no preço do grão. Antes, o superintendente apostava na chegada ao limite. "Fui desmentido pelos fatos. A produtividade, que se esperava excelente, é ainda melhor. Todos os obstáculos foram superados com louvor", disse.

As notícias favoráveis sobre o clima também impactaram os preços do milho (-2,05%) e trigo (-9,19%). "Com essa produção toda, os estoques mundiais dos três grãos, da soja em particular, estão disparando. Há muitos anos não se via isso", citou Quadros, acrescentando que essa elevação dos produtos à disposição para comercialização provoca o tombo nos preços. Mas, ao contrário dos últimos meses, nos quais se assistiu a um ciclo de deflações, o superintendente espera um efeito mais efêmero sobre os índices. "A ocorrência aqui deve ser mais rápida", disse.

Em setembro, o preço do café (-0,27%) também contribuiu para a desaceleração do IPA, mas num sentido inverso. "As más notícias têm feito com que o preço suba. Há regiões de cultivo de café que vão sofrer um pouco com período de pouca chuva no Brasil. Como o Brasil ainda é um mercado importante, o que acontece aqui afeta o mercado. Mas ele sobe, para um pouco, depois sobe de novo. No índice desse mês (setembro), o café parou de subir. Mas ele vai subir de novo, porque a novidade desfavorável ainda não foi captada", explicou.

De acordo com Quadros, a soja tirou 0,29 ponto porcentual do IPA, enquanto o café contribuiu com -0,15 ponto porcentual. A taxa só não foi mais negativa por causa da contribuição dos bovinos (+0,11 pp), que ficaram 3,99% mais caros em setembro. A perspectiva de maior demanda para exportação tem mexido com os preços de carnes bovinas, tanto no atacado quanto no varejo, bem como de seus similares ou substitutos - aves e suínos.

"A queda da soja vai trazer (impacto no varejo), mas menor porque é produto de exportação. Mas pode ter efeito suavizador nos custos de produção das carnes", disse o superintendente. Em setembro, também houve pressão de alta vinda de cerveja e chope, cujos preços aumentaram 4,07% no atacado.

Os preços no varejo aceleraram de forma intensa em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido no âmbito do IGP-DI, subiu 0,49% no mês passado, após alta de 0,12% em agosto. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a principal contribuição veio da alimentação, impulsionada pelo comportamento das carnes bovinas.

O grupo Alimentação subiu 0,55% em setembro, após ter avançado 0,13% no mês anterior, divulgou nesta terça-feira, 07, a instituição. As carnes bovinas exerceram a principal contribuição, com elevação de 2,72%. Em agosto, elas já haviam ficado 0,34% mais caras.

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A gasolina, por sua vez, aumentou 0,90%, após queda de 0,40% em agosto. O movimento levou à aceleração do grupo Transportes (-0,02% para 0,51%). Além disso, a tarifa de eletricidade residencial passou de -0,11% para 2,01%, impulsionando a classe Habitação (0,34% para 0,48%).

Na passagem do mês, também ganharam força os grupos Comunicação (-0,53% para 0,67%), diante dos pacotes de telefonia fixa e internet 2,76% mais caros; Educação, Leitura e Recreação (0,12% para 0,64%), em função da alta de 3,82% no item show musical; Vestuário (-0,50% para 0,02%), com um aumento de 0,24% nas roupas, após terem ficado no negativo em agosto; e Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,50%), com avanço de 0,31% nos preços de medicamentos.

No sentido contrário, perdeu força apenas o grupo Despesas Diversas (0,19% para 0,11%). Nesta classe de despesa, o destaque partiu do item clínica veterinária (1,81% para 0,51%). No IPC como um todo, o índice de difusão - que mede a proporção de itens com alta de preços - atingiu 63,61%, contra 59,17% em agosto, segundo a FGV.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, alta de 0,15%, mais do que o avanço de 0,08% em agosto. A influência veio do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,16% para 0,33%), já que o custo da mão de obra ficou estável (0,00%) pelo segundo mês consecutivo.

O retorno dos preços no atacado ao terreno positivo foi breve e, em setembro, o indicador voltou a mostrar deflação, de acordo com os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). A soja e o café voltaram a ficar mais baratos e compensaram a aceleração nos bovinos, levando o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cair 0,18%, enquanto do IGP-DI subiu 0,02% - abaixo das projeções do mercado.

Nas matérias-primas brutas, os preços caíram 0,55% em setembro, após uma alta tímida em agosto. A soja em grão foi a grande responsável pelo movimento, desacelerando de 0,26% para -5,50%, de acordo com a FGV. Também perderam força o café em grão (12,04% para -0,27%) e a cana-de-açúcar (-0,02% para -0,38%). O minério de ferro também continua caindo, ficando 5,45% mais barato.

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No sentido contrário, os bovinos foram a principal aceleração entre as matérias-primas brutas. Os preços subiram 3,99%, após alta de 1,46% em agosto. Também subiram a mandioca (-1,91% para 12,19%) e as aves (-0,45% para 2,53%), enquanto suínos se sustentaram em ritmo elevado de alta (7,71%).

Nos bens intermediários, os preços também caíram em setembro, ainda que em menor medida (-0,09%). O principal destaque foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 1,62% para 0,49%. Também ajudou a queda de 2,09% no farelo de soja, na esteira do grão mais barato.

Nos bens finais, houve leve alta, de 0,03%, após um recuo de 0,03% em agosto. O principal responsável por este resultado foi o subgrupo bens de consumo não duráveis exceto alimentação e combustíveis, cuja taxa passou de 0,31% para 0,76%. Entre os alimentos, a batata-inglesa foi destaque, desacelerando de -16,41% para -20,28%.

O IGP-DI foi apurado entre os dias 1 e 30 de setembro. Além de ter ficado abaixo das estimativas, o resultado veio menor que o IGP-M de setembro (0,20%), mensurado entre os dias 21 de agosto e 20 do mês passado.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,02% em setembro, após avançar 0,06% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira, 07. Com isso, o IGP-DI acumula altas de 1,62% no ano e de 3,24% nos últimos 12 meses. O resultado do indicador na leitura mensal ficou abaixo do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam desde um avanço de 0,09% a uma alta de 0,32%, com mediana de 0,14%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, registrou variação negativa de 0,18% no mês passado, após avançar 0,04% em agosto. Por sua vez, o IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,49% em setembro, em comparação com alta de 0,12% no mês anterior. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,15%, contra avanço de 0,08%, na mesma base de comparação.

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O período de coleta de preços para o IGP-DI de setembro foi do dia 1º ao dia 31 do mês passado. O IGP-M de setembro, que havia captado preços do dia 21 de agosto até o dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 0,20%.

Após duas altas consecutivas num patamar próximo, os preços ao consumidor devem se manter sem forte aceleração, avalia o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor teve alta de 0,12%, enquanto em julho foi de 0,10%. "A taxa de variação foi quase a mesma, o que é sinal de que não está tendo nenhuma aceleração por conta de aumentos generalizados. O que teve aqui foi uma troca de posições: produtos que voltaram a subir e outros que começaram a cair", diz Quadros.

O preço dos alimentos, que já foi um vilão, não tem perspectiva de alta generalizada. "O índice (de alimentos) deixa a deflação, mas não vai disparar. Trata-se de uma saída gradativa", afirmou Quadros. Houve alta de 0,13%, puxada pela aceleração dos produtos in natura, após resultado negativo de 0,25% em julho.

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As hortaliças passaram de uma deflação de 12,95% para uma menor, de 5,51%. As frutas subiram 0,99% em agosto, após queda de 1,91% em julho. "Não há um comportamento generalizado dos produtos agrícolas. Os in natura estão subindo, mas os processados ainda não."

Em relação aos preços de vestuário, a queda de 0,50% em agosto é explicada por fatores sazonais, com período de promoções e liquidações que antecedem a troca de coleção. A expectativa é que no próximo mês, no entanto, esse índice vá para o campo positivo, com a chegada da nova coleção nas lojas.

Após três meses seguidos de deflação e o primeiro resultado no campo positivo em agosto, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) deve se manter em alta em setembro, mas sem uma elevação intensa, afirmou nesta sexta-feira, 05, o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. O aumento no mês passado foi de 0,06%, enquanto ocorreram quedas em maio (-0,45%), junho (-0,63%) e julho (-0,55%).

"Os fatores causadores de deflação se esgotaram. A tendência é que o índice deixe o terreno negativo, mas que avance lentamente nos próximos meses", afirmou. Para Quadros, não há possibilidade de volta da deflação.

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Apesar disso, a taxa acumulada em 12 meses deve cair mais. Até agosto, o IGP-DI acumula avanço de 4,63% nesta comparação. Em setembro do ano passado, o índice aumentou 1,36%. Como a alta esperada para este mês é moderada, devendo ficar abaixo dos 1,36%, o IGP-DI acumulado em 12 meses ficará menor, explica.

Entre os fatores que resultaram na deflação nos últimos meses, e que deixaram de ter efeito, estão a valorização do real, que contribuiu para dar alívio aos preços, mas "já não se espera mais que ocorra". Além disso, Quadros cita o choque provocado pela estiagem nos preços dos produtos agrícolas entre março e abril, que resultou em ajustes nos meses seguintes. "O momento de correção já ocorreu."

Por último, as deflações ganharam força diante dos relatórios sobre a supersafra de grãos nos Estados Unidos, que derrubaram os preços das commodities, como da soja. "A situação da oferta da soja é bastante confortável, os preços já caíram o que tinham de cair. Os efeitos da supersafra já foram captados".

Os preços do café, da soja, dos bovinos e da carne já processada pressionaram a inflação do atacado em agosto, contribuindo para que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltasse a registrar alta após uma sequência de três deflações. O índice subiu 0,06%, contra queda de 0,55% em julho, informou nesta sexta-feira, 05, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

As principais acelerações ocorreram no estágio das matérias-primas brutas, que passou de -2,84% em julho para +0,08% em agosto. Os destaques foram a soja (-5,60% para 0,26%), o café (-0,62% para 12,04%) e os bovinos (-0,54% para 1,46%). O milho em grão segue ficando mais barato entre os produtores, mas em ritmo menor (-10,05% para -1,76%), também ajudando na aceleração.

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Por outro lado, ainda houve itens que perderam força, como foi o caso de trigo (-9,91% para -11,47%), aves (0,53% para -0,45%), leite in natura (0,90% para 0,52%) e pedra britada (0,46% para -0,80%).

Já entre os bens finais, ainda houve queda de 0,03% em agosto, mas menos intensa do que o recuo de 0,62% registrado um mês antes. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,31% para 1,23%. Segundo a FGV, a carne bovina teve forte aceleração, de 0,04% para 5,24% no período.

Nos bens intermediários, houve relativa estabilidade nos preços (0,10% para 0,08%). Ainda assim, houve recuo no subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,02% para -0,28%. O IGP-DI é calculado a partir de preços coletados entre os dias 1º e 31 de agosto.

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