Tópicos | Celso Russomano

O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) está sendo pressionado pelo partido e por lideranças religiosas para entrar de forma mais direta na campanha eleitoral. Enquanto outros candidatos já participam de atos de rua, Russomanno não tem marqueteiro e assessores, não organizou eventos e evita dar entrevistas.

O Republicanos, que filiou este ano dois filhos de Jair Bolsonaro, também trabalha para que a campanha de Russomanno seja endossada pelo presidente, embora Bolsonaro tenha dito que não deve apoiar ninguém no primeiro turno.

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A convenção do Republicanos está marcada para a próxima quarta-feira. Houve um acordo entre o pré-candidato e seu partido para que a campanha - caso ela seja mesmo confirmada - comece só a partir desta data. É o último dia possível para a realização do evento, de acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Não dá para a gente abortar uma campanha dessas", afirmou o presidente municipal do Republicanos, Marcos Alcântara, que tem concentrado todas as funções da pré-campanha, como elaboração de pontos que podem constar no plano de governo, articulação política e comunicação.

Russomanno chegou a se encontrar com Bolsonaro ao menos duas vezes no início do mês para pedir apoio público à sua campanha. As agendas ocorreram no dia 2 e haviam sido solicitadas pela bancada do Republicanos, que integra a base aliada do governo federal.

Na ocasião, os deputados solicitaram que o presidente se encontrasse novamente com o pré-candidato para falar das eleições em São Paulo. Antes da reunião com Russomanno, que constou na agenda oficial, o presidente recebeu o pastor Silas Malafaia e César Augusto, fundador da Igreja Fonte da Vida.

Aliados de Russomanno disseram ao Estadão que a conversa foi positiva e que eles acreditam na possibilidade de apoio.

Vereador. Em São Paulo, o Republicanos já tem 122 pré-candidatos a vereador - número que terá de ser reduzido ao máximo permitido por partido, de 83 nomes, segundo o TSE. Espera-se que Russomanno ajude a aumentar a base do partido na Câmara Municipal - atualmente são quatro vereadores.

Também ainda não há um nome para ocupar o lugar de vice na eventual chapa encabeçada por Russomanno. Uma possibilidade é que um dos vereadores da sigla seja o indicado.

Na época em que o Republicanos anunciou a pré-candidatura do deputado, ainda havia uma forte negociação com o PSDB para que ele eventualmente ingressasse como vice na chapa do prefeito Bruno Covas (PSDB), que disputará a reeleição. De acordo com aliados do tucano, a negociação entre os dois pré-candidatos tratou inclusive do espaço que o Republicanos, que já integra a base aliada de Covas, ocupa na administração da cidade.

Alcântara chegou a anunciar o adiamento da convenção do Republicanos - inicialmente prevista para a última quinta-feira - para o dia 16. A mudança foi feita, segundo o próprio Alcântara, para facilitar uma composição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (9) aceitar apelação e absolver o deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) do crime de peculato. Russomanno é candidato do partido à prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro. O processo estava em tramitação há 11 anos.

Os ministros julgaram uma apelação da defesa do deputado contra sentença proferida pela Justiça Federal, na qual Russomanno foi condenado pelo crime de peculato a dois anos e dois meses de prisão, mas teve a pena substituída por prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de cestas básicas.

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De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, entre 1997 e 2001, Celso Russomanno empregou em seu escritório político a secretária parlamentar Sandra de Jesus Nogueira, que recebia salário da Câmara dos Deputados, mas prestava serviços particulares para uma produtora de vídeo do parlamentar. Segundo a acusação, a remuneração da funcionária durante o período era de R$ 2 mil mensais.

Por 3 votos a 2, a maioria dos ministros seguiu voto divergente proferido pelo ministro Dias Toffoli. Apesar de reconhecer que a funcionária também trabalhou na produtora do deputado, o ministro disse que Sandra desempenhou função pública como secretária do escritório político e prestou os serviços para os quais foi contratada, não havendo desvio de dinheiro público.

Dias Toffoli votou pela rejeição da denúncia por entender que Russomanno não cometeu crime de peculato. “As provas demonstram que, além de prestar atendimento às pessoas que procuravam o escritório político do apelante, Sandra de Jesus exercia diversas funções inerentes às funções de secretariado parlamentar”, disse o ministro.

A argumentação de Toffoli foi seguida pelos ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Mello entendeu que desvio de mão de obra do gabinete de um deputado para serviços particulares  não pode ser tipificado como peculato.

A relatora da apelação, Cármen Lúcia, e Teori Zavascki ficaram vencidos. A ministra votou a favor da condenação, mas com redução de um mês na pena. Segundo Cármen, a denúncia mostra que Russomanno contratou a funcionária com verba da Câmara após a sua produtora de vídeo começar a passar por dificuldades financeiras. Além disso, a ministra ressaltou que os serviços parlamentares devem ser prestados exclusivamente no gabinete ou escritório político no estado dos deputados.

De acordo com Marcelo Leal, advogado do parlamentar, não houve desvio de recursos públicos e, ao longo do processo, a defesa conseguiu demonstrar que a funcionária prestou serviços ao escritório político do deputado em São Paulo. 

De acordo com Leal, Sandra fazia o atendimento de consumidores que procuravam o escritório de Russomanno, que tinha um programa de televisão no qual atuava na defesa de pessoas que tiveram problemas ao adquirir algo no comércio.  Além disso, Leal ressaltou que colegas que trabalhavam confirmaram em depoimento que Sandra trabalhou no escritório.

O candidato do PRB (Partido Republicano do Brasil), Celso

Russomano, à prefeitura de São Paulo, disse há pouco, no extremo norte da capital Paulista, que "não vai comentar, não vai baixar o nível da campanha", ao ser perguntado sobre as acusações feitas a ele pela senadora e ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), que o chamou de "lobo em pele de cordeiro" durante comício realizado ontem.

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"Acho triste que isso esteja acontecendo, essa apelação não leva a nada, não constrói cidadania, não respeita o eleitorado, não está respeitando o cidadão que quer saber das propostas, dos problemas da cidade", declarou Russomano, pouco antes de dar início à uma carreata programada para percorrer 38,5 quilômetros de ruas e avenidas das regiões da freguesia do Ó e Vila Brasilândia. Russomano disse que "vai manter o nível, não vai baixar o nível de jeito nenhum, deixa que eles façam isso".

Sobre a acusação que lhe foi feita pelo ex-presidente Lula de que não tem programa de governo, o candidato do PRB, primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, rebateu. "O programa está no meu site, eu tenho falado a respeito disso todos os dias, com toda a paciência do mundo, sobre cada segmento, sobre cada área e eu estou à disposição para continuar discutindo programa de governo. "Se eles estão fazendo ataques à minha pessoa é porque quem não tem programa não sou eu."

Russomano disse que seus opositores, que ocupam a administração pública paulistana há muitos anos, abandonaram a saúde do município. Ele disse que seu projeto para a área de saúde, com informatização dos postos de atendimento e hospitais municipais não é uma utopia. "Utopia é você chegar no Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, e encontrar 63 fichas (de pacientes) dentro de envelopes. Você tem seu prontuário lá e sai de lá para ser atendido no Hospital do Campo Limpo, por exemplo, e vai chegar lá e não tem nada a seu respeito. Tinha que estar no computador."

Ele esquivou-se da polêmica que envolve o presidente nacional de seu partido, Marcos Pereira, e a Igreja Católica. "Nós não vamos fazer de São Paulo uma Guerra Santa. Não leva a nada. Aqui no Brasil todas as religiões convivem em paz e harmonia. A umbanda e o candomblé se dão bem. Judeus se dão bem com muçulmanos, que se dão bem com evangélicos, que se dão bem com os católicos. Eu não vou promover esse tipo de coisa. Eu quero falar sobre São Paulo." Ele não quis responder à pergunta sobre o tamanho da participação da Igreja Universal do Reino de Deus em sua campanha.

Sobre os ataques que vem recebendo das campanhas de seus principais rivais, Russomano argumentou. "Quem não respeita a população fazendo essa baixaria perde votos. Isso tem sido demonstrado ao longo desses últimos dias. Eu não vou ceder a esse tipo de coisa."

Ao se negar a responder nova pergunta sobre a polêmica das igrejas, Russomano indagou. "Não adianta mais a gente ficar aqui discutindo o sexo dos anjos."

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo pediu a aprovação das candidaturas de José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) na disputa pela Prefeitura da capital paulista. Os registros eram contestados na Justiça Eleitoral pelo promotor Roberto Senise Lisboa, que alegava que a documentação dos dois candidatos estava incompleta.

A contestação à candidatura de Serra foi retirada ontem pela promotoria, que reavaliou a documentação do tucano e alegou que "o candidato preencheu todos os requisitos necessários para a disputa". Há cerca de duas semanas, o Ministério Público questionou a falta de certidões criminais sobre um processo movido pelo deputado Ricardo Berzoini (PT) contra Serra.

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Segundo o advogado do PSDB, Ricardo Penteado, os documentos haviam sido entregues no prazo e o promotor deu um parecer favorável à candidatura após avaliá-los. Agora, a Justiça Eleitoral vai analisar o pedido de aprovação do registro para emitir uma certidão de regularidade da candidatura.

Já Russomanno recebeu neste domingo, 29, sua certidão-registro. No dia anterior, o Ministério Público enviou à Justiça Eleitoral um parecer favorável a sua candidatura, retirando contestações pela falta de pagamento de uma multa de R$ 5 mil por uma condenação em uma eleição anterior.

"O fato é que eu havia pago a multa em julho de 2011. Mas, não sei por qual motivo, o MP decidiu pedir a impugnação. Sempre estive tranquilo porque tinha convicção que nada devia à Justiça Eleitoral. Agora que está tudo esclarecido vamos em frente", escreveu Russomanno em sua página no Twitter.

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, minimizou o resultado da pesquisa Datafolha que aponta empate técnico entre ele e Celso Russomanno. O candidato do PRB está quatro pontos abaixo do tucano, que tem 30% das intenções de voto. "Tem muita coisa para acontecer ainda; o horário eleitoral ainda não começou. Vamos batalhar pela liderança", afirmou durante campanha no extremo sul da capital paulista.

Sobre o aumento do percentual de rejeição a seu nome, de 32% para 37%, Serra avalia que quando começarem o horário eleitoral e os debates entre candidatos será possível ao eleitor conhecer melhor os concorrentes. "Não quero falar muito sobre isso porque tudo o que eu falo vira manchete", disse. Questionado sobre a possibilidade de uma polarização entre PSDB e PT na campanha pela prefeitura paulista, o candidato se esquivou dizendo apenas: "Quem diria no começo da campanha que isso (o empate técnico com o candidato Russomanno) iria acontecer."

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Serra chegou ao Jardim Parque dos Lagos, às margens da represa Billings, no início da tarde, em meio a comentários sobre um ataque criminoso a uma base da Polícia Militar na noite da sexta-feira (20). Questionado sobre a falta de segurança, Serra admitiu que há muito o que fazer. "Deve ter problemas porque não há como resolver tudo de uma vez", declarou. Serra esteve no local para uma visita a uma obra de urbanização às margens da represa conhecida como Cantinho do Céu.

O candidato disse que pagava uma dívida para ele mesmo ao visitar o local, já que a obra começou a ser realizada quando ainda era prefeito de São Paulo. "Há anos as pessoas não conseguiam chegar aqui. Foi uma recuperação exemplar que recebeu prêmios internacionais e foi uma obra realizada em conjunto com a prefeitura de São Paulo, governo do Estado, governo federal e teve participação da prefeitura de São Bernardo", disse.

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