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Uma pesquisa elaborada pela Ceplan Consutoria Econômica e Planejamento, mostrou um panorama da economia nacional e regional, com foco em Pernambuco. Na análise, pode se observar uma tendência à redução das vendas do varejo no Nordeste e de empregos no estado.

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Observou-se uma tendência à elevação do desemprego nas Regiões Metropolitanas, inclusive na do Recife. Segundo o Dieese, em julho de 2013, o Desemprego Aberto na RMR atingiu 8,7%, quase a mesma média do total das regiões metropolitanas pesquisadas, de 8,6%. Mesmo com a leve retomada no nível de desemprego e as pressões inflacionárias, o rendimento real médio dos trabalhadores continuou crescendo. No total das regiões metropolitanas aumentou 1,5%, e, em Pernambuco, 1,9%.

O crescimento do estoque de emprego formal em Pernambuco foi de 0,8% no comparativo junho de 2013-junho de 2012. O índice foi menor que o do Brasil, de 2,2% e do que o do Nordeste, de 1,5%. Segundo a pesquisa, esta queda no ritmo do emprego em Pernambuco é um reflexo da diminuição da contratação para a construção de grandes obras no Estado, como a Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, que entra na sua fase final de obras.

O estudo também apontou um informe especial - baseado no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre Longevidade, a Renda e a Educação em PE - o “IDHM: Evolução do Desenvolvimento Humano em Pernambuco” foi apresentada pelo sócio-diretor da Ceplan, o economista Jorge Jatobá.

O Informe Especial – que analisou duas décadas, com dados de 1991, 2000 e 2010 - contém indicadores de Longevidade, Renda e Educação de todos os municípios pernambucanos, apontando os grupos dos dez melhores e dos dez piores nos índices do IDHM que são divididos em Muito Alto, Alto, Médio, Baixo e Muito Baixo. O indicador varia de 0 a 1, indicando melhoria ao se aproximar de 1 e piores condições de desenvolvimento humano ao se aproximar de 0.

De acordo com Jorge Jatobá, houve uma evolução positiva nos indicadores, com destaque para a área de Educação, embora ainda haja muito a ser superado. O Nordeste não possui nenhum município com IDHM Muito Alto, enquanto o Sudeste não tem nenhum classificado como Muito Baixo. Pernambuco está no 19º lugar com IDHM de 0,673 (2010), abaixo - no Nordeste - do Rio Grande do Norte e do Ceará.

O indicador de Educação foi o que mais avançou no país nas duas últimas décadas: 128% em termos relativos e 0,358 em absolutos. O fluxo escolar de crianças e jovens cresceu 156%. O Nordeste, porém, registra ainda 90% dos municípios com índices entre Baixo e Muito Baixo em Educação. Em Pernambuco, na última década, a evolução do IDHM Educação foi de 54,3%, acima da nacional de 39,7%. O Estado é o terceiro no Nordeste e o 18º no Brasil.

No indicador Longevidade, Pernambuco cresceu 27,9% e o Brasil 23,3% entre 1991 e 2010. A expectativa de vida, cresceu 14% entre 1991 e 2010 no Brasil, variando de 65 a 79 anos. O Estado também superou o País no indicador Renda, com uma evolução de 18,3%, enquanto a do Brasil foi de 14,2%. A Renda Per Capita mensal dos brasileiros cresceu R$ 346,31 no período - a maior é de R$ 2.043,74 que é 21 vezes acima da menor renda registrada, de R$ 96,25. No Nordeste, 78% dos municípios têm IDHM Renda baixo.

No resultado geral do IDHM, Pernambuco, embora ainda mal posicionado no ranking nacional, teve um salto significativo. Em 1991 eram 180 municípios com IDHM Muito Baixo; em 2000, houve uma queda para 153 municípios e em 2010, apenas um: Manari, no Sertão. Os municípios com melhores índices estão na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Confira o IDHM -Ranking da Região Metropolitana do Recife

1-Recife

2-Olinda

3-Paulista

4-Jaboatão dos Guararapes

5-Camaragibe

6-Cabo de Santo Agostinho

7-Abreu e Lima

8-Igarassu

9-Ilha de Itamaracá

10-São Lourenço da Mata

11-Moreno

12-Itapissuma

13-Ipojuca

14-Araçoiaba

Nordeste 

A análise mostra que a economia do Nordeste continuou crescendo acima da nacional. No primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012, o aumento do Índice de Atividade Econômica medido pelo Banco Central foi de 2,9% para o Brasil e de 4,2% para o Nordeste. Para Pernambuco, a evolução foi de 1,8% no mesmo período, índice bem abaixo dos registrados pela Bahia (6,1%) e pelo Ceará (3,4%). 

Segundo a pesquisa, esta dinâmica recente é o reflexo de uma queda no nível de atividade da construção civil e da indústria de transformação. Entre janeiro e junho de 2013, cinco dos nove Estados tiveram aumento das vendas acima da média brasileira de 3,7%, mesmo índice de Pernambuco. Para o economista Valdeci Monteiro, sócio-diretor da Ceplan, a inflação, o endividamento das famílias e o encarecimento do crédito explicam esses resultados.

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