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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nessa sexta-feira (4), um alerta sobre os produtos com a marca 50 Ervas Emagrecedor. De acordo com a agência, o 50 Ervas Emagrecedor está proibido no país desde 2020 por não estar regularizado como medicamento. O comércio de produtos com propriedades terapêuticas não autorizados pela Anvisa é atividade clandestina.

Uma mulher de 42 anos morreu na madrugada de ontem (3), em São Paulo, após ingerir um composto com 50 ervas que promete perda de peso. A mulher, que não tinha problemas prévios de saúde, sofreu uma lesão irreversível no fígado e precisou de um transplante de urgência. Mesmo após passar por cirurgia e receber um novo fígado, o corpo da paciente rejeitou o órgão transplantado e ela faleceu.

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Segundo a Anvisa, alguns dos ingredientes do suposto emagrecedor têm autorização para uso somente em medicamentos, como fitoterápicos, e não em suplementos alimentares e também não pode ser classificado como alimento. Entre estes componentes estão o chapéu de couro, cavalinha, douradinha, salsa parrilha, carobinha, sene, dente de leão, pau ferro e centelha asiática.

Em seu alerta, a Anvisa explica que “qualquer produto com propriedades terapêuticas, por exemplo, com a promessa de emagrecimento, só pode ser comercializado no Brasil com autorização da Anvisa”. Além disso, o comércio desse tipo de produto só pode acontecer em farmácias ou drogarias, já que substâncias com propriedades terapêuticas são consideradas medicamentos.

A agência disponibiliza informações sobre produtos proibidos e registrados como medicamentos. Para saber se um produto é proibido pela Anvisa, acesse este link. Para saber se um produto é registrado como medicamento, acesse este link.

A enfermeira Mara Abreu, de 42 anos, morreu nesta quinta-feira (3), no Hospital das Clínicas de São Paulo, após tomar cápsulas de um chá emagrecedor. O corpo da enfermeira foi cremado nesta sexta-feira (4), em Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista.

A prima da enfermeira, Márcia Cristina de Oliveira, contou que o corpo de Mara rejeitou o fígado transplantado no último domingo (30), e que ela estava à espera de um novo doador. A prima informou que Mara não tinha problemas de saúde prévios e não fazia uso de outros medicamentos. 

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De acordo com o portal G1, Márcia relatou que a prima foi internada com dores abdominais no último dia 18, no Hospital Santa Joana, onde estava trabalhando. Ela foi diagnosticada com problemas no fígado e o quadro se agravou rapidamente. Sendo assim, no dia 21, Mara foi transferida para o Hospital das Clínicas e voltou à fila de espera por um transplante.

Os médicos começaram a investigar qual poderia ser o remédio causador do quadro de hepatite medicamentosa, foi quando a pedidos da equipe médica, a família procurou e encontrou o chá em cápsulas.

“A gente começou a fuçar as coisas dela e encontramos na gaveta dela esse chá em cápsulas e levamos para eles. Foi quando constataram, pela composição das cápsulas, que tudo ali era prejudicial ao fígado”, disse Márcia, ao G1.

A médica Liliana Ducatti, cirurgiã do aparelho digestivo, afirmou que a paciente teve  hepatite fulminante após tomar o chá emagrecedor de 50 ervas, incluindo chá verde, carqueja e mata verde, ervas prejudiciais ao fígado.

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Ela afirmou que há casos semelhantes ao da paciente, que não tinha nenhum problema de saúde prévio e desenvolveu uma falência aguda do fígado gravíssima. 

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