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O Brasil encerrou sua participação na ginástica artística nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, com mais quatro medalhas e chegou a um total de 11 na modalidade, uma marca bastante expressiva, com quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze. É a melhor campanha da história no Pan, superando a marca do Rio, em 2007.

Nesta quarta-feira, o Brasil fez mais uma dobradinha, desta vez na barra fixa. Chico Barretto conquistou o ouro e Arthur Nory foi prata numa prova que os atletas nacionais foram bastante superiores e o lugar no pódio foi decidido em detalhes. Já Caio Souza conquistou a prata nas barras paralelas enquanto Flavia Saraiva foi bronze no solo em um julgamento polêmico, com pedido de revisão de nota do Brasil, mas que não adiantou.

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A curiosidade em relação a essa dobradinha do Brasil no pódio na barra fixa foi que Nory, que iria disputar as paralelas, pediu para Chico ir em seu lugar, para se dedicar apenas ao outro aparelho. O brasileiro foi mal nas barras paralelas, mas na fixa tirou o ouro do companheiro em sua última ação em Lima, em uma disputa apertada e emocionante.

Antes, o Time Brasil havia conquistado o ouro por equipes no masculino e bronze por equipes no feminino, o ouro com Caio Souza e prata com Arthur Nory no individual geral, o bronze de Flavia no individual geral, o ouro de Chico Barretto no cavalo com alças e a prata de Arthur Zanetti nas argolas.

Nesta quarta-feira, Flavinha também ficou na quinta posição na trave. Ela chegou a se desequilibrar uma vez e na sequência acabou caindo, perdendo a chance de subir ao pódio. O jovem Luis Porto, por sua vez, encerrou sua participação no Pan com o sétimo lugar na prova de salto.

Ele teve um desequilíbrio no final do primeiro salto e acabou saindo da área do colchão. Sua nota foi rebaixada um pouco e ele não teve chance de brigar pelo pódio, que ficou com Audrys Nin, da República Dominicana (ouro), Jorge Alfredo Vega, da Guatemala (prata) e Alejandro de La Cruz, de Cuba (bronze).

O Brasil conquistou mais duas medalhas na ginástica artística nos Jogos Pan-Americanos. Chico Barretto fez uma bela exibição no cavalo com alça e ficou com a medalha de ouro. Já Arthur Zanetti não conseguiu ter uma ótima apresentação nas argolas como na prova por equipes e acabou ficando com a prata - atrás do mexicano Fabian de Luna.

Zanetti cometeu alguns pequenos erros e fez 14,400 pontos, bem abaixo dos 15,000 que obteve no último domingo. O rival mexicano ganhou com 14,500. Já Caio Souza foi quarto no mesmo aparelho, com a mesma pontuação do bronze (14,066) do argentino Federico Martín Molinari. Ainda nesta terça-feira, Zanetti ficou em sétimo no saltos (Arthur Nory foi quarto). No feminino, Lorrane Oliveira ficou com a quarta posição e Carolyne Pedro com a sétima.

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Pela primeira vez um atleta brasileiro conquistou o ouro no cavalo com alça. Chico Barretto comentou que fez uma série segura, mas reconheceu que não foi brilhante. Ele lembrou que um atleta trabalha sob pressão, então ele está acostumado a isso, mas o feito mostra que o trabalho está sendo bem feito para que os atletas nacionais melhorem neste aparelho.

"Eu fui campeão nos Jogos Sul-Americanos em Cochabamba (Bolívia) e aqui encontrei alguns atletas que estavam lá e sabia que tinha grande chance de ser finalista. Cavalo é complicado, qualquer vacilo pode escorregar a mão, quedas acontecem e tiram ponto, mas eu venho treinando muito esse aparelho, todos os dias", disse.

Chico participou da equipe que conquistou a medalha de ouro no último domingo, repetindo o feito do Pan de Guadalajara, no México, em 2011. Na segunda-feira, Caio Souza e Arthur Nory foram primeiro e segundo colocados, respectivamente, na disputa do individual geral, outro resultado histórico para a ginástica artística nacional no Pan.

"Meu sonho era ter uma medalha individual e agora veio essa recompensa com essa medalha histórica. O melhor resultado antes era um bronze no cavalo e estou satisfeito. Fiz meu trabalho. Agora vou disputar as provas de barra fixa e paralelas e isso tira 50% do peso agora. Se a medalha vir novamente, será reconhecimento do esforço", continuou.

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