Tópicos | Arthur Zanetti

O sonho de Arthur Zanetti, 31 anos, de se tornar o primeiro ginasta do mundo a conquistar uma medalha nas argolas em três edições consecutivas dos Jogos Olímpicos acabou com uma queda com o rosto no chão ao final de sua apresentação nesta segunda-feira (2) em Tóquio. Ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, o ginasta foi o primeiro finalista a se apresentar e decidiu arriscar uma saída diferente e mais difícil para buscar um lugar ao pódio, mas acabou falhando. A conclusão com um triplo mortal grupado não saiu como planejado, e Zanetti caiu de cara no colchão.

A final das argolas foi dominada pelos chineses. Liu Yang recebeu nota 15,500 e ficou com o ouro, seguido de You Hao (15,300). O grego Eleftherios Petrounias, que havia sido campeão no Rio, completou o pódio com nota 15,200. Zanetti terminou na oitava e última colocação.

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Antes da queda, Zanetti até que fazia uma boa série nas argolas. Mas, perdeu 1 ponto no final e acabou recebendo nota 14,133 dos jurados, muito abaixo dos seus adversários. Visivelmente constrangido após a sua apresentação, ele ganhou um abraço do técnico Marcos Goto e exibiu para as câmeras um macacão do filho Liam, que nasceu no ano passado.

Havia grande expectativa em torno da apresentação de Zanetti nesta segunda-feira. Na classificatória, ele havia recebido nota 14.900 e saiu da prova ciente de que tinha condições de melhorar seu rendimento. Zanetti, inclusive, disputou apenas a prova das argolas em Tóquio e ficou na reserva na disputa por equipes para se poupar para o individual na prova que é sua especialidade.

"Temos que sair felizes em tudo na nossa vida. Não é porque errei que tenho que sair triste. Saí feliz porque arrisquei. Tinha que arriscar e, como falei, ninguém sabe o quanto sofri para fazer essa saída. Machuquei o pé várias vezes para fazer a saída e, se eu não tivesse feito hoje, com certeza ficaria triste. Pelas notas que venho tirando nas apresentações, ficaria em quarto e quinto. Aí você me veria triste, porque não arrisquei. Não tive o melhor resultado, mas saio satisfeito porque coloquei em prática o que vinha treinando", disse Zanetti, após a prova.

O atleta explicou a mudança de estratégia. "Você não sabe o quanto fizemos para essa nota de partida aumentar. Podemos fazer o que quisermos na prova, mas teria que mudar muito a configuração da série e isso desgastaria muito mais pra aumentar um décimo. Fiz a série normal e uma saída nova, que aumentou três décimos. É uma saída arriscada, mas era tudo ou nada: é um triplo mortal grupado, que estou treinando há quase um ano. A chance de acertar era de 70%, 80%, mas há o fator competição que bagunça toda a estatística. Se eu cravasse, tiraria 15.350, 15.400, seria pódio. Esse é um momento diferente, era momento de arriscar e fazer uma nova rotina para os árbitros saberem que eu tinha uma série diferente. Volto para o Brasil feliz, satisfeito, com um pouco de dor no dedão, porque dei uma topadinha ali, e com saudade da família."

Mesmo aos 31 anos, Zanetti planeja disputar a Olimpíada de 2024, em Paris. Como o ciclo olímpico é mais curto, de apenas três anos, o ginasta acredita ter chances de continuar competindo em alto nível.

Zanetti enfrentou vários percalços durante a sua preparação para os Jogos de Tóquio. A pandemia, por exemplo, o deixou 15 meses sem participar de uma competição oficial. Em junho, ele sofreu uma inflamação no ombro direito e ficou ausente do Pan-Americano.

O Brasil conquistou mais duas medalhas na ginástica artística nos Jogos Pan-Americanos. Chico Barretto fez uma bela exibição no cavalo com alça e ficou com a medalha de ouro. Já Arthur Zanetti não conseguiu ter uma ótima apresentação nas argolas como na prova por equipes e acabou ficando com a prata - atrás do mexicano Fabian de Luna.

Zanetti cometeu alguns pequenos erros e fez 14,400 pontos, bem abaixo dos 15,000 que obteve no último domingo. O rival mexicano ganhou com 14,500. Já Caio Souza foi quarto no mesmo aparelho, com a mesma pontuação do bronze (14,066) do argentino Federico Martín Molinari. Ainda nesta terça-feira, Zanetti ficou em sétimo no saltos (Arthur Nory foi quarto). No feminino, Lorrane Oliveira ficou com a quarta posição e Carolyne Pedro com a sétima.

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Pela primeira vez um atleta brasileiro conquistou o ouro no cavalo com alça. Chico Barretto comentou que fez uma série segura, mas reconheceu que não foi brilhante. Ele lembrou que um atleta trabalha sob pressão, então ele está acostumado a isso, mas o feito mostra que o trabalho está sendo bem feito para que os atletas nacionais melhorem neste aparelho.

"Eu fui campeão nos Jogos Sul-Americanos em Cochabamba (Bolívia) e aqui encontrei alguns atletas que estavam lá e sabia que tinha grande chance de ser finalista. Cavalo é complicado, qualquer vacilo pode escorregar a mão, quedas acontecem e tiram ponto, mas eu venho treinando muito esse aparelho, todos os dias", disse.

Chico participou da equipe que conquistou a medalha de ouro no último domingo, repetindo o feito do Pan de Guadalajara, no México, em 2011. Na segunda-feira, Caio Souza e Arthur Nory foram primeiro e segundo colocados, respectivamente, na disputa do individual geral, outro resultado histórico para a ginástica artística nacional no Pan.

"Meu sonho era ter uma medalha individual e agora veio essa recompensa com essa medalha histórica. O melhor resultado antes era um bronze no cavalo e estou satisfeito. Fiz meu trabalho. Agora vou disputar as provas de barra fixa e paralelas e isso tira 50% do peso agora. Se a medalha vir novamente, será reconhecimento do esforço", continuou.

Atual vice-campeão mundial e olímpico, o ginasta Arthur Zanetti decidiu iniciar o ano antes do habitual. Depois de participar de um camping no Rio até o final do mês, juntamente com o restante da seleção brasileira, ele vai competir nos Estados Unidos e na Austrália, em torneios que não fizeram parte de sua rotina nos anos anteriores. Duas razões justificaram a mudança: ele pretende modificar sua série nas argolas e terá pela frente a disputa pela vaga nos Jogos de Tóquio no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, em outubro.

"Este é o ano mais importante do ciclo olímpico para a ginástica", afirma o campeão olímpico das argolas nos Jogos de Londres, em 2012. "Vamos buscar a vaga para os Jogos de Tóquio no Mundial de Stuttgart", afirmou ao Estado.

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No dia 5 de fevereiro, ele viaja para Houston, nos Estados Unidos. De lá, o ginasta vai para a Austrália no dia 15 para a etapa de Melbourne da Copa do Mundo. Em seguida, embarca com a seleção para a Alemanha para a disputa da DTB Cup.

Os dois primeiros torneios, que não fizeram parte da programação do atleta nos últimos anos, representam uma forma simbólica de dizer aos concorrentes que o ano já começou. "Melbourne é uma Copa do Mundo nova, que eu nunca fiz. Optei por competir lá para mostrar que já estamos iniciando o ano e estaremos fortes. Será um ano bem importante."

Zanetti está treinando novos elementos para aumentar a nota de dificuldade de sua série. Mas faz certo mistério. "Estou treinando, mas não vou mostrar nas primeiras apresentações. Provavelmente no Pan", diz o ginasta de 28 anos.

Os Jogos Pan-Americanos de Lima, no mês de julho, serão uma espécie de preparação para o Mundial na Alemanha, o principal torneio da temporada, pois vale vaga para os Jogos de Tóquio. Nove lugares estarão em disputa - China, Japão e Rússia estão classificados. No Rio-2016, o Brasil conseguiu levar uma equipe completa com a ginástica masculina à final olímpica pela primeira vez na sua história.

O Pan será uma espécie de termômetro. Arthur Zanetti afirma que o time tem de estar bem alinhado, em provavelmente 90% da performance. "Como terminamos em sexto no Mundial de 2018, temos ao menos que manter essa colocação", afirma o treinador Marcos Goto. "Conquistada a vaga olímpica, iremos buscar o maior número possível de finais e medalhas. Com isso, teremos uma ideia dos atletas que vão brigar por medalhas em 2020", avalia.

CAMPING - O primeiro passo da temporada é o período de testes médicos e técnicos para 17 ginastas das categorias adulto e juvenil no Parque Olímpico do Rio. Além dos treinos diários, a programação conta ainda com palestras sobre diferentes temas como o programa de prevenção e combate ao assédio no esporte e a arbitragem. O treino é também um momento de integração entre jovens e adultos.

"Esse primeiro treino está sendo bem produtivo, com bastante gente. O mais bacana é termos os atletas do juvenil. É importante para eles olharem o treino do adulto, um pouco mais pesado na preparação física", compara Zanetti.

Arthur Zanetti está de volta ao pódio no Campeonato Mundial. Nesta sexta-feira, em Doha, no Catar, o campeão olímpico de Londres-2012 conquistou a medalha de prata nas argolas, com a nota 15,100, superado apenas pelo grego Eleftherios Petrounias, que conseguiu 15,366. O atleta europeu chegou ao tricampeonato e na segunda-feira será submetido a uma cirurgia no ombro. A medalha de bronze ficou com o italiano Marco Lodadio.

"Estou muito feliz com o resultado. Não foi minha melhor nota, mas foi minha melhor apresentação. Meus giros foram todos estendidos, cravei na saída. Estou muito satisfeito", disse Zanetti, em entrevista ao canal SporTV. "Este foi o primeiro passo para Tóquio-2020. Temos muitos treinos difíceis pela frente para encarar."

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Foi a segunda vez consecutiva que Zanetti foi superado pelo grego. Mas o brasileiro fez questão de destacar a boa relação com o rival. "Petrounias é um grande atleta, uma grande pessoa, torço muito por ele e espero que ele se recupere bem da cirurgia." O grego também de sua admiração por Zanetti. "Zanetti era um ídolo para mim e continua a ser. Fico muito feliz quando estou na mesma competição com ele. Eu me sinto melhor. Ele é uma inspiração para mim", afirmou o europeu, ao fim da disputa.

Zanetti, de 28 anos, também competiu com uma lesão no bíceps direito e se recuperou após o sétimo lugar obtido no Mundial do ano passado. Ele soma quatro medalhas em mundiais: ouro na Antuérpia-2013 e prata em Tóquio-2011, Nanning-2013 e Doha-2018, além, do ouro olímpico em Londres-2012 e da prata na Rio-2016. Sempre nas argolas.

Depois de ter caído no salto que leva seu nome na final do individual geral, a norte-americana Simone Biles levou o título no salto sem ser ameaçada, com média 15,366. Atual campeã olímpica do salto, ela conquistou seu primeiro ouro no aparelho em Mundiais. A canadense Shallon Olsen ficou com a prata (14,516) e a mexicana Alexa Moreno completou o pódio (14,508).

Nas barras assimétricas, Biles ficou com a prata, ao receber a nota 14,700, a sua primeira medalha no aparelho em grandes competições. O ouro ficou com a belga Nina Derwael, que recebeu 15,200. Foi a primeira medalha de ouro da Bélgica na história do Mundial. O bronze foi para a alemã Elisabeth Seitz, com 14,600.

"Parabenizo a Nina pelo resultado e estou muito satisfeita com meu resultado, pois tenho dificuldades nas barras assimétricas", disse Simone Biles, dona de 13 medalhas em mundiais. Neste sábado, a norte-americana vai tentar mais dois pódios, ao participar das competições do salto e da trave.

A grande surpresa do dia no Mundial do Catar foi o bronze de Carlos Edriel Yulo, de 18 anos, primeira medalha da história das Filipinas, com 14,600. O russo Artur Dalaloyan, campeão individual geral, deu mais um show no solo, conseguiu 14,900 pontos e superou o favorito japonês Kenzo Shirai, que defendia o título mundial, e terminou com a prata com 14,866.

Campeão olímpico e mundial nas argolas, o brasileiro Arthur Zanetti decepcionou em sua participação no Mundial de Ginástica Artística, que está sendo realizado em Montreal, no Canadá. Depois de quase não avançar à final de seu aparelho preferido - ficou na oitava colocação na classificatória -, o ginasta melhorou um pouco o seu desempenho neste sábado, na final, mas terminou na sétima posição na classificação geral.

Com a nota 14.900 - 0.200 a mais que a classificatória -, Arthur Zanetti ficou em penúltimo na final. Atual campeão olímpico, no Rio-2016, o grego Eleftherios Petrounias ficou com a medalha de ouro (15.433), o russo Denis Abliazin (15.333) com a de prata e o chinês Yang Liu (15.266) com a de bronze.

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"Eu não tinha nenhuma expectativa de medalha, fui para competir, voltar às minhas origens, fazer a competição por mim mesmo. Era fazer o meu melhor possível e é o que eu tinha para hoje (sábado). Fiz minha prova. Eu até achei que teria de diminuir um pouco a minha prova para aguentar, mas consegui fazer a minha série oficial até o fim e estou satisfeito por isso. Agora é voltar para casa e trabalhar", afirmou Arthur Zanetti, logo após a sua apresentação.

O ginasta brasileiro tirou longas férias após o exaustivo ciclo olímpico - ficou com a prata no Rio, em 2016, a sua segunda medalha olímpica após o ouro de Londres/2012 -, passou por cirurgia no ombro esquerdo e lesionou o antebraço direito em agosto passado. "Até quando estou em primeiro não estou satisfeito porque a gente sempre pode fazer algo melhor na série. Nunca vai estar bom, sempre vai ter algo a melhorar", disse.

O brasileiro enfrentou uma prova muito forte nas argolas neste Mundial. "Os três medalhistas olímpicos estavam aqui e também finalistas em Mundial, um nível muito alto... Azar o meu que não estava no melhor da minha forma", comentou.

Arthur Zanetti ainda não tem o planejamento para o próximo ano. "É difícil falar. Vou trabalhar. No ano que vem começam a mudar os objetivos porque as competições serão classificatórias para os Jogos Olímpicos (de Tóquio, no Japão, em 2020)", finalizou.

TÉCNICO - O técnico de Arthur Zanetti e coordenador de ginástica artística da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Marcos Goto, disse que o primeiro objetivo foi cumprido, que era alcançar o maior número de finais possíveis. Além de Zanetti nas argolas, o Brasil contou também com Caio Souza na decisão do individual geral masculino, Thaís Fidelis no individual geral feminino e no solo, que será neste domingo.

"Desde o inicio tínhamos traçado como objetivo vir ao Mundial com os atletas que tinham a possibilidade de estar no maior número de finais e conseguimos cumprir uma parte. Viemos com quatro ginastas, deles três conseguiram finais. Entre eles, dois estão entre os oito melhores do Mundo em um aparelho. A nossa quota para esse início de ciclo foi concluída. Vamos esperar amanhã (domingo). O Arthur ainda não está 100% por conta da cirurgia, mas está entre os oito melhores, se mantendo na elite da ginástica", resumiu Marcos Goto.

O treinador lembrou que esse está sendo um início importante de ciclo, visando aos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. "Estamos retornando após um ciclo olímpico muito duro, com vários atletas que passaram por cirurgia, inclusive o Arthur (Zanetti) e o (Arthur) Nory, o Chico (Francisco Barretto) que se lesionou antes da competição. Precisamos melhorar e voltar aos 100%".

Neste domingo, o Brasil faz a última final por aparelhos, no encerramento do campeonato. Thaís Fidelis compete no solo, a partir das 14 horas (de Brasília). A jovem estreante da seleção disputa o primeiro Mundial adulto da carreira e já alcançou uma posição entre as melhores.

A ginástica artística masculina do Brasil classificou dois representantes, nesta terça-feira, às finais do Mundial que está sendo realizado em Montreal, no Canadá. Um deles é Arthur Zanetti, campeão olímpico em Londres-2012 e prata no Rio-2016, que passou na sua especialidade, as argolas, mas no sufoco. Ficou com a oitava e última colocação.

O brasileiro, que costuma ser consistente em suas apresentações, cometeu erros no final da prova. "Hoje (terça-feira) está pesando muito a execução. Estou decepcionado com os meus erros. Zero de satisfação com minha prova. Peguei uma final, mas é treinar e tentar ajeitar para que os erros não se repitam na decisão", afirmou Arthur Zanetti, que teve 14,700 pontos.

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Já no individual geral, Caio Souza somou 81,548 e ficou em 14.° lugar, sendo o outro brasileiro a avançar a uma final no Mundial. O melhor aparelho dele foi o salto, com 14,483, seguido pelas paralelas, com 14,443, argolas, com 14,200, solo, com 14,033, barra fixa, com 12,166 e cavalo com alças, com 12,700. "Estou 98% satisfeito, tive uma queda na barra, mas estamos sujeitos ao erro e estou feliz com minha competição. Esse é meu segundo Mundial, minha primeira final. Agora vamos avaliar o que precisa melhorar para quinta-feira", analisou o ginasta, confiante para as finais.

Arthur Nory, que este ano competiu no solo e na barra fixa, não conseguiu vaga para as finais. Na barra, fez 13,866 e ficou em 12.°. E no solo, aparelho que foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, foi 16.°, com 14,033.

"A competição não foi boa para mim. Vinha com uma expectativa maior, sabia que tinha chance e não foi dessa vez. Agora é voltar para casa, treinar, o ciclo (olímpico) está apenas começando. Deu para ver como estão os árbitros. Eles estão observando muito a execução com dificuldade. Quero aumentar minha série, dificultar. Se quiser chegar a uma final, não adianta mais fazer uma série simples e bem executada que eles também não vão dar. É preciso dificultar e fazer uma boa execução. Dá para fazer agora um bom planejamento, agora que estou bem do ombro e do tornozelo, fazer uma preparação ainda melhor, uma carga de treino com volume maior", declarou Arthur Nory.

As finais têm início nesta quinta-feira com o individual geral masculino. Caio Souza será o primeiro a competir. A decisão está marcada para às 20 horas (de Brasília). No sábado, Arthur Zanetti se apresenta nas finais das argolas, a partir das 14 horas.

O Brasil terá dois representantes nas finais das provas masculinas do Mundial de Ginástica Artística, que está sendo realizado em Montreal, no Canadá. Nesta terça-feira (3), Arthur Zanetti avançou para a disputa de medalha nas argolas, enquanto Caio Souza se classificou no individual geral.

Zanetti conseguiu a última das oito vagas na final das argolas, com 14,700 pontos, o que deu um tom de drama para a sua classificação, quase repetindo o que havia ocorrido no Mundial de 2015, em Glasgow, quando foi o nono colocado no classificatório.

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As eliminatórias desse aparelho foram lideradas pelo grego Eleftherios Petrounias, com 15,400 pontos. A final das argolas está agendada para o próximo sábado, quando Zanetti buscará a sua quarta medalha em Mundiais, pois foi campeão em 2013 e prata em 2011 e em 2014.

Caio Souza foi o único representante brasileiros em todos os aparelhos, assegurando a passagem para a final do individual geral com 81,548 pontos, em 14º lugar, e mostrando que está em evolução como um generalista. Os 24 primeiros nas eliminatórias se garantiam na final, que está marcada para a próxima quinta-feira. O melhor desempenho do classificatório foi do cubano Manrique Larduet, com 86,699 pontos.

Na suas apresentações, Caio Souza conseguiu 13,566 pontos no solo, 12,700 no cavalo com alças, 14,200 nas argolas, 14,483 no salto, 14,433 nas barras paralelas e 12,166 na barra fixa.

Já Arthur Nory não conseguiu avançar nos dois aparelhos em que competiu. Medalhista de bronze no solo na Olimpíada do Rio, ele ficou na 16ª posição no solo, com 14,033 pontos. Na barra fixa, o brasileiro fez 13,866 pontos, o que lhe rendeu o 12º lugar nas eliminatórias. Os oito melhores em cada um dos aparelhos avançavam à final.

Os ginastas do Brasil farão o seu treinamento de pódio nesta sexta-feira. No sábado é a vez das representantes femininas da equipe. A expectativa é grande para o início do Mundial de Ginástica Artística, que começa na segunda-feira em Montreal, no Canadá. O grande nome da delegação é o campeão olímpico Arthur Zanetti. "Tenho de fazer meu papel. Não me cobro, mas quando precisar eu mesmo farei isso", disse, em entrevista ao Estado.

Ele vai competir nas argolas, a sua especialidade e aparelho que lhe rendeu duas medalhas olímpicas e um título mundial em 2013, além de muitas outras conquistas. "As expectativas são as de cumprir o que estamos fazendo em treino e tentar reproduzir isso na competição. Vou sempre buscar fazer o máximo, pois assim surgirão os resultados", explicou Arthur Zanetti.

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Além de ser um Campeonato Mundial, a competição também serve de parâmetro para o próximo ciclo olímpico até os Jogos de Tóquio, em 2020. O brasileiro tem rivais muito fortes e a ginástica brasileira vem crescendo bastante internacionalmente. Outro detalhe é que os critérios de pontuação também serão diferentes.

Após a Olimpíada, a Federação Internacional de Ginástica mudou o código de pontuação, então não será fácil para os atletas tirarem notas altas. Os juízes também estarão mais criteriosos nas avaliações. "A preparação está sendo boa e dentro do planejado. Fizemos vários treinamentos, tanto no clube quanto com a seleção. Treinamos controle, fizemos avaliações e finalizamos com aclimatação bem antecipada para o Mundial. Desde que chegamos a Montreal, tudo correu bem e os treinos têm sido ótimos", afirmou Arthur Zanetti.

O atual campeão olímpico e mundial, o grego Eleftherios Petrounias, será um grande rival para Arthur Zanetti no Mundial. Outro nome é o russo Denis Ablyazin, bronze nos Jogos do Rio-2016. Para o brasileiro, não dá para escolher os mais fortes. "No Mundial, todos que fizerem argolas serão meus adversários".

Para Marcos Goto, técnico do atleta e coordenador da seleção, o objetivo da equipe é alcançar o maior número de finais no Mundial e se manter entre as grandes potências da modalidade. "Neste momento pós Jogos Olímpicos, quando competimos em casa e obtivemos excelentes resultados, não nos sentimos pressionados para disputar esse Mundial e conquistar medalhas. E sim em manter uma boa participação. Conquistando finais, já estaríamos bem satisfeitos com os resultados".

A ginástica artística do Brasil vai iniciar na próxima semana a disputa da temporada de 2017 da Copa do Mundo. As seleções feminina e masculina embarcam nesta segunda-feira para Koper, na Eslovênia, onde disputarão a primeira etapa do ano. A competição será realizada entre os próximos dias 12 e 14, na Arena Bonifika Cesta Zore.

O chefe de delegação será Marcos Goto. No feminino, as ginastas que vão competir são Flávia Saraiva - quinta colocada na trave nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 -, Rebeca Andrade - finalista no individual geral na Olimpíada -, e Thaís Santos. O técnico será Roger Medina.

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No masculino, os ginastas que vão disputar a Copa do Mundo na Eslovênia são Arthur Zanetti - campeão mundial e olímpico e prata nas argolas na Olimpíada do Rio -, Francisco Barretto Júnior - quinto colocado na barra fixa no Rio-2016 - e Lucas Bitencourt. Eles terão, como treinadores, Cristiano Albino e Marcos Goto.

"O objetivo são as assimétricas e o salto. Vou voltar a fazer dois saltos, o que não faço desde a Copa do Mundo de São Paulo, em 2015. A escolha foi essa por acharmos que posso conseguir ir para a final neste aparelho, talvez até conquistar medalha. Preciso de uma boa execução. Mudou muita coisa no código de pontuação e está difícil conseguir nota alta. Mas minha expectativa é boa porque venho treinando forte e bem", destacou Rebeca Andrade.

"Como estou voltando de cirurgia (no ombro esquerdo) e faz oito meses que estou sem competir, não vou fazer nenhum teste. Será nossa primeira competição no ano e vamos aproveitar para nos adaptarmos ao novo código de pontuação. Agora, os descontos aumentaram e é importante testarmos as mudanças", comentou Arthur Zanetti.

Após disputar a Copa do Mundo na Eslovênia, a delegação embarca para a Croácia, onde vai competir na etapa de Osijek. A viagem de um país europeu para o outro será no dia 15 e a competição de 18 a 21 deste mês.

Medalhista de prata nas argolas nos Jogos do Rio-2016, Arthur Zanetti já mira o próximo ciclo olímpico. Para começar bem a preparação para a Olimpíada de Tóquio, em 2020, o ginasta passou por uma artroscopia no ombro esquerdo para correção de lesão no manguito rotador, na última quarta-feira, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A previsão é de que volte progressivamente aos treinos em um mês e retorne às competições no próximo ano.

"Meu tendão deu uma desgrudada, estava rompido. A cirurgia foi feita para pregá-lo no lugar. Eu quero começar o ano bem, focado no ciclo olímpico até Tóquio, em 2020. Geralmente são alguns meses de recuperação, mas vou estar no ginásio fazendo fisioterapia", disse Zanetti.

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O medalhista olímpico garante que o problema no tendão não atrapalhou seu desempenho no Rio. "Esse problema não vem de agora, vem de anos e não interferiu na apresentação do Rio. Eu estava fazendo a minha rotina normalmente e o resultado era esse mesmo (a medalha de prata)", afirmou.

Em 2010, Zanetti foi submetido ao mesmo tipo de procedimento cirúrgico no ombro direito e voltou a competir conquistando vários títulos nas argolas. Faturou o inédito ouro olímpico para a ginástica artística em Londres-2012, sagrou-se campeão mundial na Antuérpia-2013 e acumulou ainda a prata no Mundial de Nanning-2014 e ouro no Pan de Toronto-2015.

De acordo com o médico Benno Ejnisman, foi o momento ideal para Zanetti passar pela operação. "O Arthur compete em um esporte de alta exigência física e em função da sobrecarga teve uma lesão no ombro. Esse era o melhor momento para fazer a correção", explicou o especialista em medicina do esporte e em cirurgia de ombro e cotovelo.

Após levar a medalha de prata, na ginástica olímpica, nesta segunda-feira (15), o brasileiro Arthur Zanetti revelou não estar decepcionado com o resultado: “Foi justo. Fiz minha prova, saí satisfeito. Ganhar a prata aqui me deu mais alegria do que o ouro em Londres. Competir em casa defendendo um título é muito difícil, então obter esse resultado aqui tem um gostinho a mais”.

Com sua terceira medalha olímpica conquistada, Zanetti acrescenta ainda que a competição no Rio foi mais disputada. Ele ainda disse:“Quando terminei, eu comemorei pelo fato de ter sido uma série boa. Para mim, o resultado pouco importava, só queria sair satisfeito com meu desempenho. Cada vez que volto para a Vila Olímpica, vejo os atletas e acho que já são todos campeões pelo feito de ter feito tanto sacrifício para representar seu país", completou o medalhista.

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Campeão olímpico em Londres-2012, o ginasta brasileiro Arthur Zanetti conquistou nesta segunda-feira (15) a medalha de prata nos Jogos do Rio. O seu maior rival, o grego Eleftherios Petrounias, levou o ouro. Com apresentação irretocável, Petrounias, atual campeão mundial do aparelho, ganhou a competição com nota altíssima de 16,000, contra 15,766 de Zanetti. O russo Denis Alizin completou o pódio, com 15.700.

Foi a terceira medalha da ginástica brasileira nos Jogos io-2016, depois de Diego Hypolito levar a prata e Arthur Nory o bronze no solo. Há quatro anos, na capital inglesa, o ouro de Zanetti foi o primeiro pódio da história do país na modalidade.

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O paulista de 26 anos não conseguiu repetir o feito de Adhemar Ferreira da Silva, único brasileiro a ter conquistado o ouro na mesma prova individual em duas Olimpíadas seguidas, ao se consagrar bicampeão no salto triplo do atletismo em Helsique-1952 e Melbourne-1956. A apresentação de Petrounias foi tão impressionante que ficou logo claro que Zanetti teria que fazer algo realmente excepcional para defender seu título.

Último a se apresentar, o brasileiro foi para o aparelho com muita garra, encantou o público e saiu comemorando no final, mas deu para perceber no seu rosto que a vibração não foi a mesma de Londres, quando tinha certeza de ter conquistado o ouro.

Mais contido, Zanetti se contentou a levantar o braço para o ar, com sensação de dever cumprido de um grande campeão. Afinal, ganhar duas medalhas seguidas em Olimpíadas é para poucos. Na cerimônia de premiação, depois da execução do hino grego, a torcida presente na Arena Olímpica do Rio cantou o hino nacional.

O ginasta Arthur Zanetti já tem com que se preocupar nos Jogos Olímpicos do Rio. Campeão olímpico em Londres-2012, o brasileiro foi superado pelo grego Eleftherios Petrounias, atual campeão mundial, na classificatória das argolas neste sábado, na Arena Olímpica do Rio. Agora só resta esperar as outras duas subdivisões até o fim do dia para saber se os ginastas se mantêm nas primeiras posições.

O brasileiro foi o primeiro a se apresentar nas argolas, mostrou segurança e cravou a saída do aparelho. A comemoração veio com o punho cerrado, mas a nota 15,533 deixou Zanetti em estado de atenção. Apesar de ter dado um pequeno passo na finalização, o grego esteve mais firme em seus movimentos e arrancou 15,833 dos árbitros. A pontuação de Zanetti foi melhor do que o seu resultado no último Mundial, no qual os 15,433 não foram suficientes para colocá-lo na final.

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Não foram muitas pessoas que puderam ver Zanetti em ação, as longas filas na entrada do Parque Olímpico comprometeram a chegada do público. Conforme o ponteiro do relógio avançava, os lugares eram preenchidos. Enquanto aguardava o início do solo, a quinta rotação, a torcida fez até 'ola' nas arquibancadas.

Os outros brasileiros tiveram notas regulares nas argolas - Arthur Nory Mariano (14,033), Francisco Barretto Júnior (14,200) e Sérgio Sasaki (14,133). A final das argolas ocorrerá no dia 15 de agosto. Em seguida, os donos da casa seguiram para os saltos. No segundo aparelho, o desempenho coletivo foi mais representativo para a disputa por equipes.

Outro ponto alto da apresentação do Brasil veio no solo, com Diego Hypolito. Em sua terceira Olimpíada, o ginasta brilhou na apresentação sem grandes falhas e deixou o tablado emocionado. Na saída, deu um forte abraço no técnico Marcos Goto. A nota 15,500 levou o ginasta às lágrimas e ele também foi ovacionado pela torcida.

O resultado, que equivaleria à medalha de prata no último Mundial, deixou Hypolito em segundo lugar da primeira subdivisão e com um pé na final do solo, marcada para dia 14 de agosto. O japonês Kenzo Shirai, bicampeão mundial no solo, somou 15,333 e ficou atrás do brasileiro, já o ginasta mais completo do mundo, Kohei Uchimura, conseguiu 15,533 e superou Hypolito por pouco. A baixa nota de Chico (13,433) foi descartada, Nory conseguiu um bom resultado (15,200) e Sasaki até mandou beijo para a torcida antes de saber sua nota: 14,900.

Mais cedo, os ginastas se apresentaram nos saltos. Diego Hypolito cravou 14,816 em sua tentativa, mas quem surpreendeu foi Arthur Nory Mariano, com 15,100. A satisfação veio em forma de sorriso. A nota mais alta ficou com Sasaki (15,266). Já Chico teve a pior pontuação (14,200) e a nota descartada. Como Sasaki busca a final neste aparelho, precisou fazer um segundo salto. A média de 15,016 foi levada em consideração no individual.

Os generalistas deram conta do recado nas barras paralelas, na barra fixa e também no cavalo com alças. Com apenas três inscritos, os brasileiros não poderiam errar e não se deixaram abater. Nas paralelas, Sasaki e Nory computaram 14,933, enquanto Chico fez 14,900. O ginasta menos conhecido do grupo deixou o aparelho pedindo vibração da torcida, que correspondeu.

A energia foi absorvida por ele e transformada em resultado na barra fixa. A pontuação 15,266 foi surpreendente e recebida com muita festa por Chico. Sasaki garantiu 14,833 de pontuação e Nory fez 14,766 no aparelho, desempenho abaixo do esperado depois do 4º lugar no Mundial de Glasgow.

No cavalo com alças, o último aparelho do Brasil na classificatória, Sasaki teve o melhor desempenho entre os brasileiros e o 4º lugar no geral ao anotar 14,833. Chico ficou com a nota 14,533 e Nory 14, 433. No resultado parcial por equipes, o Brasil terminou em segundo lugar, com 268,078 na somatória das notas, atrás do Japão, que totalizou 269,294. No individual geral, Sérgio Sasaki ocupou o terceiro posto (88,898), seguido por Arthur Nory Mariano (88,465). Os brasileiros ficaram atrás dos japoneses Kohei Uchimura (90,498) e Ryohei Kato (89,232).

A primeira participação do ginasta Arthur Zanetti nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 mostrou que o medalhista de ouro nas argolas em Londres-2012 tem grandes chances de repetir o resultado dentro de casa.

Durante a primeira rotação das classificatórias da ginástica artística, a equipe brasileira se apresentou nas argolas e Zanetti recebeu a melhor nota, com 15.533.

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O ginasta paulista, campeão mundial no aparelho em 2013 e segundo colocado nos Mundiais de 2011 e 2014, foi ovacionado pelo público ao final da apresentação na Arena Olímpica do Rio.

A apresentação nas argolas deve ser a única do atual campeão olímpico neste sábado.

Durante as classificatórias, os ginastas brasileiros se apresentam em todos os aparelhos para tentar a passagem à final por equipes, que será disputada no próximo sábado.

Vencedor do evento-teste na Arena Olímpica no Rio, Arthur Zanetti reconhece que a ansiedade está cada vez maior para os Jogos deste ano. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, em evento em São Paulo, o atleta conta como foi competir no ginásio que receberá a ginástica artística na Olimpíada, fala sobre a estrutura preparada para o evento e enfatiza o sentimento de ter a família e a torcida brasileira ao seu lado.

Ídolo, dentro e fora do ginásio, Arthur Zanetti detém a admiração por ser o único campeão olímpico da ginástica brasileira. Um dos seus maiores fãs é Guilherme Aquino, jovem que também pratica ginástica e vê no atleta a sua maior inspiração.

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"Vi (Zanetti) pela primeira vez através da televisão, fiquei admirado com a habilidade dele nas argolas. Hoje, é o meu espelho para um dia poder trazer uma medalha para o Brasil," disse Guilherme. E completou: "Um dos melhores momentos da minha vida, foi quando o conheci pessoalmente. Até ganhei algumas dicas para melhorar meu desempenho".

Após vencer o evento-teste qual foi a sensação de subir mais uma vez ao pódio?

Posso dizer que foi um privilégio, pelo fato de estar competindo na mesma arena que acontecerá a Olimpíada. As equipes (que competiram) praticamente já sabem os caminhos a serem seguidos. Podemos dizer que estamos um passo à frente dos outros competidores e temos de agradecer.

A série que garantiu o ouro no evento-teste será a mesma usada na Olimpíada?

Sim, a série que eu fiz agora é a mesma que realizei no Mundial do ano passado, em outras competições e também a usarei no Rio.

Ao conhecer o ginásio que vai competir na Olimpíada, o que achou da estrutura e dos aparelhos?

A estrutura é muito boa, os aparelhos são excelentes, utilizados mundialmente dentro da modalidade. O curioso é que eles fizeram uma modificação nas cores, adaptando para a Olimpíada no Brasil, o que chamou mais atenção.

Este ano a etapa de São Paulo da Copa do Mundo contará com a sua presença?

Ainda não está certo porque não fecharam os atletas que vão competir. Eu gostaria muito, por ser mais uma competição no Brasil, mas depende da comissão técnica.

Como avalia o cenário da ginástica aqui no Brasil?

Posso dizer que a ginástica cresceu muito, devido ao bom desempenho de outros atletas, sejam eles veteranos ou mais jovens, que se veem motivados por isso.

Você acredita que o Brasil pode se tornar uma potência olímpica?

Acho que sim. Se trabalhar como vem trabalhando nesses últimos tempos. A estrutura que a gente tem hoje no Brasil é muito grande, praticamente todos os clubes estão bem equipados, com aparelhagem de ponta. Acredito que um dia possamos ser uma potência olímpica, não neste momento, mas daqui a alguns ciclos. É o que esperamos.

A Olimpíada será disputada no Brasil. O País poderá levar o maior número de conquistas da sua história, superando o quadro de 17 medalhas em Londres (2012)?

Talvez, não podemos garantir nada, pelo fato de ser uma Olimpíada e estarmos competindo contra os melhores atletas. Então, qualquer erro ou vacilo, você sai do pódio. Posso dar um exemplo recente, neste evento-teste, a diferença da minha nota para o segundo colocado foi de menos de um décimo. São detalhes, que na soma final fazem a diferença.

Qual a sua expectativa para os Jogos Olímpicos?

Estou ansioso, quero que chegue logo. É um evento que todo mundo espera, e após competir no Aquece Rio, a ansiedade aumentou um pouco. Sentir este clima olímpico é muito bom para os atletas.

Competir em casa ajuda?

Posso dizer que ajuda, a presença da torcida brasileira e dos familiares jogam ao nosso favor. Isso dá uma motivação a mais para os atletas.

Você sentiu que precisa de alguma mudança para lutar por uma medalha na Olimpíada?

Preciso continuar treinando porque atletas de alto rendimento são muito perfeccionistas. É preciso manter os treinamentos para consertar os detalhes. Temos feito isso para conseguir fazer o melhor dentro da competição.

Depois de ficar de fora da final do Mundial do ano passado, em Glasgow, na Escócia, Arthur Zanetti brilhou nesta segunda-feira (18) para conquistar a medalha de ouro nas argolas no evento-teste dos Jogos Olímpicos do Rio, na Arena Rio, na sua primeira competição internacional na temporada. O brasileiro ficou à frente do grego Eleftherios Petrounias, campeão mundial, que ficou com a prata, e do francês Samir Ait Said.

"Foi uma conquista maravilhosa. Competir na mesma arena da Olimpíada e sair com esse resultado foi muito bom. Valeu participar dessa competição. Eu sei o quanto tive que treinar para voltar ao ritmo da minha série como estava antes. Agora é treino, treino… só treino! O Marcos vai puxar muito porque a gente viu que faz a diferença. Precisa competir, mas o treino é essencial", disse Arthur Zanetti, já projetando o que tem de fazer para a Olimpíada, em agosto.

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A disputa com Petrounias foi acirrada, mas Arthur Zanetti disse que a pressão "vem de todos os lados para todo mundo que compete em uma Olimpíada", não apenas para ele ou o grego. "Pode acontecer de ele ficar em primeiro em uma qualificatória, competir e jogar a pressão pra cima de mim… Quem estiver melhor de cabeça na hora é que vai tirar o melhor resultado. A torcida ajuda, a gente sentiu que a torcida brasileira está do nosso lado. Estar em casa é muito bom, uma grande vantagem, é totalmente positivo".

Marcos Goto, treinador de Arthur Zanetti, aprovou o planejamento de treinar mais para esta temporada. "Não tem segredo, apenas treino", ressaltou. "Deixamos de fazer algumas competições para treinar. Não é nenhuma tática não, mas o Arthur chegou em um nível que precisa de mais treinos do que competições", explicou.

Para o técnico, as duas apresentações de Arthur Zanetti nesta segunda-feira, tanto nas eliminatórias quanto na final, foram boas. "Estávamos buscando essas notas, melhorar a prova em relação ao Mundial de Glasgow. Estamos no caminho certo para a Olimpíada".

A conquista da América parece ser fácil para quem já ganhou o mundo. Mas foram dois anos até o ginasta Arthur Zanetti, campeão mundial nas argolas em 2013, faturar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O brasileiro agora festeja a vitória inédita, que estava engasgada desde a prata de Guadalajara (2011).

"Estou muito feliz. Era um resultado que eu queria ter, acabei não conseguindo em 2011 e agora veio", afirma o vencedor, relembrando o segundo lugar do último Pan. "É um resultado que quando você quer, você se cobra um pouco mais. Eu estava me cobrando mais e acho que deu certo", continua.

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Depois de uma classificação tranquila, a final teve resultados bem mais apertados entre os concorrentes. Todos tiraram notas acima de 15,000 e isso foi uma surpresa para Zanetti, que somou 15,725. "Achei que o americano poderia ficar um pouquinho mais atrás, mas ele fez uma boa prova e acabou me surpreendendo bastante", conta.

Mesmo com a medalha no peito, Arthur reconhece algumas falhas na execução da série, mas mostra alívio pelo resultado. "Não foi a melhor série, principalmente o último giro, acabei empurrando um braço mais que o outro e a argola acabou entortando, mas consegui consertar, fiz a saída e fiquei em pé. Estou com o ouro e isso é o que importa"

O técnico Marcos Goto tira um pouco do peso do favoritismo sobre os ombros do ginasta. "A gente não tem pressão, a gente não tem obrigação de vencer. Quando você treina muito, chega na competição com confiança. E ele treina muito."

Para o treinador, a humildade está entre os segredo dos bons resultados do brasileiro. "Quando subir para a cabeça, começa a achar que é o dono do mundo, que não precisa treinar mais. No dia que acontecer isso, tem de parar de treinar e se aposentar. Ele é bem ciente disso."

A coleção de medalhas do ginasta Arthur Zanetti agora está completa. Nesta terça-feira, o brasileiro conquistou o ouro nas argolas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e recebeu a medalha que faltava em sua vitoriosa carreira. Com a nota 15,725, o campeão olímpico de 2012 e mundial em 2013 comprovou a sua hegemonia nas Américas e fez ecoar o hino brasileiro pela primeira vez no Toronto Coliseum.

Zanetti mostrou controle total sobre os movimentos de sua série, a mesma usada na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, quando tirou a melhor nota da carreira (16,050). O brasileiro teve de superar adversários qualificados, ainda que o nível da disputa no Pan tenha sido um pouco mais baixo que o Mundial de Nanning, no ano passado. Na ocasião, a nota 15,733 deu a medalha de prata a Zanetti, superado pelo chinês Liu Yang (15,933).

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Em Toronto, todos os ginastas tiveram nota acima de 15,000. Assim como na classificação, o norte-americano Donnel Whittenburg fez uma boa prova e os 15,525 pontos exigiram empenho do brasileiro. O cubano Manrique Larduet não deixou por menos e obteve 15,450. Mas Zanetti fez o que era esperado, confirmou o favoritismo e deixou os Estados Unidos com a prata e Cuba com o bronze.

No sábado, Zanetti havia tirado 15,800 e se garantido nas finais com uma vantagem confortável sobre os rivais. Na prova final teve alguns descontos, mas nada que tirasse o brilho de sua prova. No Pan, Arthur também faturou a medalha de prata na disputa por equipes na segunda-feira.

Os Jogos Pan-Americanos servem como preparação para o Mundial de Glasgow, na Escócia, que será disputado entre 23 de outubro e 1 de novembro. O Brasil prioriza a disputa por equipes, porque pode classificar time completo para os Jogos do Rio.

MENINAS - Paralelamente no Toronto Coliseum ocorreu a final das barras assimétricas para mulheres. O ouro ficou com Rachel Gowey, dos EUA, seguida da venezuelana Jessica Arocha e da também norte-americana Amelia Hundley. O Brasil não se classificou para esta final.

Até aqui, os EUA já conquistaram 10 medalhas na ginástica artística do Pan, sendo cinco de ouro. O Brasil vem em segundo no quadro, com quatro medalhas: um ouro, uma prata, dois bronzes. Canadá, Cuba e Colômbia têm três medalhas cada.

O campeão olímpico Arthur Zanetti deu um show em São Paulo, nesta sexta-feira, e obteve a melhor nota da carreira - 16.050 - na etapa classificatória da Copa do Mundo de Ginástica Artística. Ainda assim, o ginasta e o técnico Marcos Goto esperam uma apresentação ainda melhor na final das argolas, que será disputada no domingo, a partir das 10h55.

"Agora é ajeitar alguns detalhes porque dá para melhorar. E sempre buscar a maior pontuação possível", avalia o especialista no aparelho. A nota de dificuldade da série foi 6.800, a mesma que apresentou em outras competições internacionais. E o resultado inédito veio devido à ótima execução de Arthur.

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Mas o treinador contém a euforia do público e também fala em ajustes. "Não foi tão bom assim. Tem coisa para melhorar ainda, a gente está ajustando". Goto explica que o objetivo da comissão técnica é deixar Arthur em condição de tirar uma nota acima de 16.000 no Mundial de Glasgow (Escócia), em outubro, para ajudar a equipe brasileira a conquistar a tão sonhada vaga para a Olimpíada do Rio, em 2016.

Referência na ginástica, Zanetti ficou satisfeito com o desempenho do grupo no primeiro dia de competições no Ginásio do Ibirapuera. Exceto na barra fixa, os brasileiros avançaram às finais em todos os outros aparelhos. "Foi bom. Tem erros, é lógico. É normal. Qualquer competição vai ter erro, nunca vai ser 100%, mas acho que a equipe toda está de parabéns." Já Goto é mais crítico em sua sucinta resposta: "Razoável".

A chance de disputar uma competição em casa e brigar por uma medalha diante da sua família deixa Arthur entusiasmado. "Saber que meus pais, minha namorada, meus tios e meus primos estão aqui é muito bom porque quase nunca eles estão (presentes) em competição internacional. O Brasil está conseguindo também dar essa alegria para eles. Para mim, é emocionante demais", exalta.

Ainda faltam dois dias para a Copa do Mundo de Ginástica Artística de São Paulo (SP), porém a movimentação dos ginastas que irão competir já começou no complexo do Ibirapuera, local que receberá as provas. Antes da competição, marcada para os dias 1, 2 e 3 de maio, o espaço recebeu nesta terça-feira (28), os primeiros treinamentos livres. Algumas seleções já passaram pelo local e nesta quarta-feira (29) seguem com os treinos, no ginásio poliesportivo. Na quinta-feira (30), serão realizados os treinos de pódio no palco da competição. 

A expectativa dos atletas brasileiros para a disputa é muito grande, inclusive para o campeão olímpico e mundial nas argolas, Arthur Zanetti. "Estou muito feliz por poder competir essa etapa de Copa do Mundo aqui no Brasil. Será um grande teste para as futuras competições que teremos", comentou. 

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Diferentemente do experiente atleta, quem também irá competir será a jovem Letícia Costa, e esta será a primeira etapa de Copa do Mundo que ela participará, apesar de já ter representado o Brasil no Mundial da Bélgica, em 2013. "Será minha primeira Copa do Mundo. Me sinto privilegiada por poder estrear dentro do meu país. Não tenho dúvidas que os brasileiros irão nos apoiar com vontade. Estou ansiosa para estar lá dentro competindo", disse Letícia. 

A Copa do Mundo de São Paulo (SP) contará com participação também de atletas da Alemanha, Argentina, Chile, China, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Hong Kong, Letônia, México, Peru, Portugal e República Dominicana.

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