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Finalmente começou nesta quarta-feira (21) o julgamento de Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa, acusados de participação na morte do médico Artur Eugênio. A previsão é que o julgamento siga até o dia 27 de setembro no Fórum Desembargador Henrique Capitulino, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR).
##RECOMENDA##Mais uma vez a família da vítima fez uma viagem de Campina Grande-PB até o Recife para acompanhar a sessão. "Continuamos com a mesma energia, trouxemos mais gente da família para reforçar essa corrente", conta a sempre emocionada Maria Evane de Azevedo, mãe do médico Artur.
Já no início da manhã, o advogado da família e assistente da promotoria Daniel Lima acreditava que não ocorreria novo adiamento. "Se for adiado, corre o risco dos quatros acusados serem julgados juntos ao invés de apenas dois. A defesa não quer isso", avaliou Lima.
Na última semana chamou a atenção a forma como o julgamento foi adiado. O advogado principal de Cláudio Júnior, Luiz Miguel, não compareceu alegando problemas de saúde. Os outros dois advogados assistentes, que poderiam dar seguimento ao processo, foram também destituídos, fazendo com que Cláudio Júnior não tivesse advogado para defendê-lo.
Presente nesta quarta, o advogado Luiz Miguel criticou a forma como o adiamento foi tratado como armação. Sua explicação pode ser vista no vídeo abaixo.
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O advogado de Lyferson reafirma que seu cliente não tem envolvimento no crime e que o único indício existente foi mal interpretado. "Há uma ligação entre Cláudio Júnior e um telefone cadastrado como de Lyferson. Só que esse número era da empresa, na qual meu cliente trabalhava para Cláudio Júnior. O chip estava registrado no nome do Lyferson, mas qualquer pode ter pego o telefone", explica Ricardo Bezerra de Menezes.
Já para a promotora Dalva Cabral há um "acervo probatório" muito amplo. "A gente tem um circuito de provas Cintra Lyferson. Tem uma entrevista da sogra dele contando a agonia que passou Artur pedindo 'não me mate' e não teria outra forma dela saber isso. Também temos um depoimento de Lyferson dizendo que aquela é sua sogra".
O júri foi composto através de sorteio, sendo selecionados seis homens e duas mulheres. A previsão é que os réus sejam ouvidos no final de semana. A defesa havia arrolado quatro testemunhas, mas permaneceu apenas com uma, o que pode agilizar o julgamento.
Caso
O médico Artur Eugênio de Azevedo, de 35 anos, foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes.
Segundo a denúncia do MPPE, a motivação do crime seriam desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. De acordo com os autos, Cláudio Amaro Gomes, apontado como o mandante do crime, teria contado com a ajuda do filho Cláudio Amaro Gomes Júnior para executar o plano de homicídio.
Cláudio Júnior teria pago Jailson Duarte César para contratar outros dois homens – Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz – para matar Artur Eugênio de Azevedo Pereira.
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