Tópicos | Clima acalorado

A quebra de braço entre o Legislativo e o Executivo em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), tem ficado cada vez mais clara. Na sessão plenária da Câmara dos Vereadores dessa quarta-feira (16), parlamentares da base governista pediram a cassação do presidente da Casa, Denis Alves (Podemos), por quebra de decoro e estelionato. Em contrapartida, o próprio Denis acusou o prefeito Bruno Pereira (PTB) e os aliados de desvio de verbas.

Os ânimos começaram a se exaltar assim que o primeiro secretário da Câmara, Cícero Pinheiro (PTB), inicou a leitura do pedido de cassação do presidente impetrado pelo suplente de vereador Maurício Carneiro da Silva (PHS), mais conhecido como Thoga. De acordo com a denúncia, Denis, que também é empresário do setor de medicamentos e materiais hospitalares, seria o titular e sócio de três empresas do segmento, todas localizadas no mesmo endereço. Ainda segundo o documento, o presidente da Câmara seria titular de documentos falsos (CPFs e RGs), com o mesmo nome ou nomes parecidos, que constam na Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) nos registros das empresas que ele seria sócio. 

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O pedido é subscrito por 12 vereadores e as empresas em questão são: Medison Denis Material Hospitalar Eireli ME, Medical Vision - Material Médicos LTDA-ME e Rdmed Materiais Hospitalares e Odontológicos LTDA. 

Em reação, Denis disse que os mesmos 12 parlamentares são acusados de trabalhar para a prefeitura e classificou a queixa contra ele de “infundada”.  “Podem tentar denegrir minha imagem, inventar histórias, mas vamos ver qual máscara cairá”, rebateu. 

“Eu não posso concordar com o que está acontecendo hoje em São Lourenço da Mata. Assim como o povo, eu também fui enganado por Bruno. E ele está usando os demais vereadores para impedir o meu trabalho, que é fiscalizar o Executivo. Sou pago para isso, e irei continuar com o meu trabalho, principalmente com tantos indícios de desvio de verbas públicas. Tem vereador recebendo aluguel da prefeitura de sua casa que está fechada há meses, ou parlamentares que fazem o que o prefeito quer, por ter cargos de amigos e parentes na prefeitura. A velha política do ‘toma lá, dá cá’”, acrescentou Denis Alves.

Segundo o presidente, as contas públicas estão sendo mascaradas e “como a prefeitura amanheceu com o carro do Ministério Público batendo em sua porta para recolher documentos”, os vereadores resolveram pedir a cassação dele. “Mais de R$ 24 milhões sumiram dos cofres públicos da Prefeitura de São Lourenço da Mata, em menos de três meses. Estão literalmente maquiando a receita para esconder os desvios de verbas públicas”, acusou. Os vereadores Leonardo Barbosa (SD) e Roco (PP) saíram em defesa de Denis Alves.

Veja a troca de farpas na sessão:

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