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O partido Podemos quase dobrou de tamanho após incorporar o Partido Social Cristão (PSC) e terminou o ano de 2023 com 796,4 mil correligionários, na 9ª posição no ranking do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de partidos por quantidade de filiados.

Antes da incorporação, autorizada pelo TSE em junho do ano passado, os dois partidos ocupavam a 13ª (Podemos) e a 14ª posições (PSC), com pouco mais de 402 mil filiados cada. Logo depois de absorver o PSC, em julho, o Podemos chegou a ter 803,7 mil.

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O PSC não conseguiu atingir o mínimo de votos necessários para ultrapassar a cláusula de barreira, mecanismo que determina que cada sigla deve alcançar um mínimo de 2% no total de votos válidos para a Câmara dos Deputados a nível nacional ou eleger 11 deputados federais para poder acessar o fundo partidário e o horário eleitoral gratuito em rádio e TV. A extinta sigla elegeu seis deputados e um senador nas últimas eleições.

Com a decisão do TSE, os votos destinados ao PSC passam a ser computados pelo Podemos, o que aumenta o acesso da sigla à fatia do fundo partidário.

O "novo" Podemos passa a ter agora 18 parlamentares eleitos para a Câmara, e sete para o Senado. O único senador eleito pelo PSC, Cleitinho (Republicanos-MG), trocou de partido no final de 2022.

Conforme a Lei dos Partidos Políticos, incorporações e fusões podem ocorrer livremente, desde que respeitem "a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana".

Enquanto a fusão transforma dois partidos já existentes em um novo, como o caso do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Patriota que originou o Partido da Renovação Democrática (PRD), na incorporação uma das legendas é absorvida pela outra.

Se 2023 ficou marcado na história da política nacional como um ano em que vários partidos fizeram acordos para, assim, comandar ministérios do terceiro mandato do presidente Lula (PT), também conseguiu ficar conhecido por ter sido um ano em que as importantes lideranças políticas traçaram suas estratégias para a tão aguardada eleição municipal de 2024. Em Pernambuco, por exemplo, a direita caminhou por todo o território do Estado, com o objetivo de firmar alianças, alcançar protagonismos e resolver os problemas referentes a sua popularidade.

Partidos como Progressistas e Podemos ampliaram seus números de prefeituras. No mês de maio, ao alegarem que buscavam alinhamento de suas ideias com as propostas da sigla, os gestores da cidade do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, e do município de Moreno, Edmilson Cupertino, abandonaram seus antigos partidos - PL e PSB, respectivamente - e logo apareceram em fotografias ao lado do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), atual presidente estadual do Progressistas. Outra desfiliação que foi também muito comentada na atmosfera política pernambucana foi a do prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, que deixou o PSD e formalizou a sua filiação no Podemos em março.

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Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Arthur Leandro definiu essas estratégias dos partidos como “inteligentes”, pois ao mesmo tempo em que as siglas se “potencializam eleitoralmente”, também conseguem “aumentar o comando de espaços tanto no território como no orçamento”. O estudioso também acredita que essas movimentações dos partidos “são naturais” e correspondem ao protagonismo que conseguiram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Progressistas, por exemplo, não só está criando estratégias para as reeleições dos prefeitos recém-filiados, mas também vem tentando inserir na próxima disputa municipal, nomes que já são conhecidos entre os pernambucanos, como é o caso da deputada bolsonarista Clarissa Tércio (PP), que entrará na corrida pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. A parlamentar, que tem um papel importante para a manutenção do bolsonarismo no estado, já se mostrava interessada pelos assuntos ligados a Jaboatão antes mesmo que seu partido a indicasse como pré-candidata em setembro. Por defender pautas conservadoras, Clarissa solicitou, no início do ano, reforço policial na Marcha da Maconha do município. Na época, a deputada afirmou que a ação policial seria para apurar “eventuais condutas criminosas e uso ou tráfico de entorpecentes”.

No entanto, diferente da Clarissa, que ainda defende fortemente a reputação do bolsonarismo, outras figuras políticas da direita pernambucana logo se viram na necessidade de se adaptarem ao atual cenário político após a saída de Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto.

Um dos partidos que passou a integrar a gestão Lula foi o Republicanos, que mesmo dividido entre apoiar o líder petista, para conseguir alguma visibilidade no governo, e manter a sua fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu emplacar o nome do pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) no Ministério dos Portos e Aeroportos.

O cientista político Arthur Leandro pontua que a ida do filho do ex-deputado federal Silvio Costa, ferrenho defensor de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), reforça a governabilidade do presidente e dá visibilidade ao pernambucano.

“O Silvio Costa Filho procura evidência e controle político. E a condição de ministro assegura controle sobre uma fatia do orçamento, de articulação junto ao Governo Federal, não só na sua pasta, mas nas outras também. Então o ministro e o presidente da República têm clareza dos interesses que os unem nessa relação. É uma relação pragmática e que não deve alterar, digamos assim, a natureza, seja da visão que o presidente e seu núcleo de articulação política percebe acerca das forças do país, nem alterar a orientação de partidos como Republicanos”, disse.

Os desafios do PL estadual

Outro assunto abordado por Arthur Leandro foi as manobras feitas pelo Partido Liberal, em 2023, para driblar dificuldades e “se estabelecer na região Nordeste como uma alternativa ao histórico predomínio das esquerdas”. “A estratégia dos partidos de direita é de negociação com as lideranças regionais”.

As negociações, citadas por Arthur, fazem com que outros partidos ou lideranças políticas, que tentam pensar de forma independente e vão de encontro às decisões das suas siglas, apoiem as pré-candidaturas do partido de Bolsonaro. Com esse cenário, nomes já estão sendo lançados para a disputa de 2024. Como por exemplo, o da presidente estadual do PL Mulher, Izabel Urquiza (PL), para a corrida eleitoral da cidade de Olinda. 

Izabel foi candidata a vice-governadora na chapa encabeçada pelo presidente estadual da sigla, Anderson Ferreira (PL), nas eleições de 2022. Os dois terminaram as eleições em terceiro lugar, atrás da adversária Marília Arraes (Solidariedade), e da atual governadora, Raquel Lyra (PSDB). No município de Olinda, a chapa obteve 26,61% dos votos, sendo a mais votada no primeiro turno. Devido a esse resultado expressivo entre os eleitores do município, Izabel passou a ter seu nome credenciado para a próxima eleição.

Conflitos de ideias no União Brasil 

Se partidos como Progressistas, PL, Republicanos e Podemos, se organizam para 2024 sem apresentarem conflitos internos relevantes, outros ainda tentam cumprir o dever de unir as ideias dos seus políticos e assim ter êxitos, como é o caso do União Brasil, que surgiu da junção dos antigos DEM e PSL.

No campo político nacional, crises entre o presidente do partido, Luciano Bivar (UB-PE), e o secretário-geral, ACM Neto (UB-BA), já foram noticiadas, assim como também desfiliações de parlamentares. Para Arthur Leandro, esses conflitos também se reproduzem em Pernambuco.

“O PSL e o DEM são partidos muito diferentes, então o tipo de dificuldade que aconteceu no nível nacional, ele se reproduz em Pernambuco pelo fato de que os partidos têm funcionamentos internos que são diferentes. Não estou falando apenas de spoiler de liderança política de cada um das forças, mas basicamente do jeito de operar. O Democratas, aqui a gente tem a liderança do Mendonça Filho, que é diferente da liderança do PSL com o Luciano Bivar. Então quando a gente olha sobre essa união em termos de distribuição no território nacional, há locais em que o PSL era mais forte e há locais em que o Democratas era mais forte. Aqui em Pernambuco a liderança de Mendonça Filho era mais relevante e mais tradicional do que a liderança de Luciano Bivar, que foi uma liderança de circunstância, por ter sido o cara que abrigou o ex-presidente Bolsonaro. Então isso deu uma vitaminada, digamos assim, no PSL aqui em Pernambuco”, explicou.

O estudioso afirmou que “em Pernambuco o Democratas era um partido mais robusto do ponto de vista das suas lideranças, enquanto o PSL era um partido que foi catapultado, e que foi vitaminado, digamos assim, pela candidatura de Bolsonaro e pelo fenômeno das eleições de 2018”.

Gestão Raquel Lyra

Sobre a gestão Raquel Lyra (PSDB), que já foi apontada como um governo bolsonarista pelos seus adversários, o cientista político acredita que, em 2023, ela gerou “descontentamentos” tanto na esquerda, como na direita.

Para o estudioso, os acenos da líder tucana ao governo Lula, trouxe “desconforto” a base parlamentar e as lideranças bolsonaristas do estado. Entretanto, Arthur também apontou que o fato da governadora “ter abrigado pessoas claramente bolsonaristas no seu secretariado, como por exemplo a sua secretária de educação, que era secretária de Anderson Ferreira, em Jaboatão, gerou descontentamento na área tão sensível ao campo da esquerda, como a área de educação”. 

Mesmo com essas observações, o estudioso acredita que Raquel se posicionou de maneira “equilibrada” em relação à distribuição de forças no espectro nacional. 

“Ela não reproduziu a clivagem que há no país e ela soube buscar e apresentar o presidente Lula como parceiro, como aliado. Raquel se mostrou como alguém capaz de trazer esse apoio, trazer essa parceria para desenvolver o estado. Então o posicionamento, a postura de Raquel, em relação ao governo Lula, foi inteligente, foi estratégico e não deve mudar no ano que vem”, completou.

 “Direita consistente”

Questionado sobre como a direita exerceu o seu dever em 2023, Arthur Leandro fez questão de afirmar que “a direita se posicionou de maneira consistente” e que ela “não teve enfraquecimento das bases locais” da última eleição municipal para o cenário político desse ano.

“A direita está presente, está potencializada. Se a gente comparar, por exemplo, o ano de 2024 com o cenário que a gente tinha, por exemplo, em 2010, a gente vê que é outro mundo, né? A gente tem a direita viva, acesa, tanto do ponto de vista do lançamento de candidaturas, tipicamente a direita, e eu diria até uma direita com influência, com inspiração bolsonarista, como no campo da centro-direita, do apoio, junto a lideranças locais, nos bairros”, explicou.

Um vereador da cidade de Sorriso, a 398 km de Cuiabá, no Mato Grosso, foi visto em um vídeo fazendo zombaria com famílias de pessoas com deficiência. O presidente da Câmara Municipal, Iago Mella (Podemos) aparece com outra pessoa, que finge ter deficiência, e ri enquanto encena a introdução de um discurso à população. “Pais e mães de excepcionais de Sorriso”, diz no vídeo. 

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O termo “excepcionais”, para se referir a pessoas com deficiência intelectual foi utilizado e popularizado ainda na década de 1990. Atualmente posto em desuso, a palavra é considerada pejorativa. 

Em nota, Iago Mella esclareceu que o vídeo foi feito há cerca de seis anos, e que já havia se desculpado na época. Diz ainda que “reconhece que a imitação foi insensível e inapropriada, e que sabe do impacto negativo que o comportamento pode ter gerado na sociedade”. 

Confira a nota completa na íntegra 

O presidente da Câmara de Sorriso, Iago Mella, vem por meio desta esclarecer sobre um vídeo que está circulando em WhatsApp e redes sociais em que ele aparece com um colega que estaria zombando de pessoas com deficiência. 

Esse vídeo foi gravado há cerca de 6 anos, no entanto, mais uma vez vem à público se manifestar sobre ele. O conteúdo está sendo divulgado completamente fora de contexto, com pretextos exclusivamente políticos, com o intuito de tentar induzir o público em geral de que compactua com essas práticas. O material já foi, inclusive, utilizado durante a campanha eleitoral com o intuito de prejudicar a imagem do então candidato Iago Mella e na ocasião, o colega, que imita um deficiente, veio a público se desculpar pela brincadeira. 

Iago reconhece que a imitação foi insensível e inapropriada, e que sabe do impacto negativo que o comportamento pode ter gerado na sociedade. Garante que repudia com veemência essa situação e deixa claro que a intenção não foi de zombar ou menosprezar qualquer pessoa e principalmente pessoas com deficiência. 

Ele garante que seu compromisso de campanha focado na inclusão de pessoas com deficiência está sendo cumprido à risca, o que demostra seu respeito e sensibilidade com esse público. 

Prova disso são as diversas pautas que vem trabalhando em prol das pessoas com alguma deficiência, focando na sensibilização e inclusão, tão necessários. 

Como presidente, juntamente com os demais vereadores, destinou R$ 1 milhão para a construção da nova sede da APAE. Também garantiu emenda impositiva no valor de R$ 20 mil para manutenção dos serviços da instituição e de R$ 100 mil para contratação de segurança armada para a escola. 

Com foco na inclusão, é autor do projeto de lei para disponibilização de brinquedos adaptados para crianças com deficiência em locais públicos de lazer; outro projeto de lei para inserção do símbolo do Autismo em vagas de estacionamentos e pedido de criação de novas vagas e, o mais recente, que dispõe sobre os instrumentos de vigilância e rastreamento precoce do autismo nas unidades públicas de saúde e educação. 

Por fim, Iago Mella reforça o pedido de desculpas à sociedade sorrisense como um todo, em especial a quem se sentiu ofendido, agradece a oportunidade de poder esclarecer os fatos e reforça seu comprometimento com as causas voltadas à inclusão social de pessoas com deficiência. 

 

Durante a cerimônia solene de filiação ao Podemos, realizada nesta segunda-feira (13), no Recife, o ex-senador Armando Monteiro listou as razões pelas quais escolheu agregar forças ao partido, após ter se desfiliado do PSDB em setembro deste ano. O evento contou com a presença de autoridades políticas do partido, como a presidente nacional, deputada federal Renata Abreu (Pode-SP), e a diretoria estadual, além de demais personagens políticos de Pernambuco. 

Afinidade ideológica 

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No seu discurso, Monteiro pontuou cinco tópicos, a começar pelas afinidades ideológicas com a filosofia do partido. “O partido tem o ideário que se ajusta às minhas convicções, que são essencialmente liberais, no plano econômico. Eu diria que há de mais desejável, que é um postulado da social-democracia, que a economia de mercado socialmente controlada”, afirmou. 

Crítica à polarização 

“O Podemos não está vinculado a essa extremada, maniqueísta e tóxica polarização que está instalada no Estado brasileiro. O Podemos não tem alinhamentos incondicionais, nem automáticos. O podemos, no plano nacional, tem apoiado algumas iniciativas importantes, sobretudo porque tem compromisso com a agenda de reformas, e de modernização do país”, argumentou Armando, criticando ferrenhamente a polarização política travada no país desde as eleições de 2018. 

Participação da mulher 

“É o partido presidido por uma mulher. Isso tem simplificado, por nós precisamos ampliar a participação da mulher, a política fica melhor quando isso acontece”, declarou, se voltando para a deputada Renata Abreu, presidente do partido. 

Vocação municipalista 

“O Podemos tem uma marca em Pernambuco, que me agrada muito, que é uma vocação municipalista. Os principais dirigentes, ou foram, ou são prefeitos. O que significa dizer que o partido nasce com essa vocação para ter presença nos municípios de Pernambuco”, declarou. 

Gosto pelo nome 

"O nome traduz duas ideias muito interessantes: A da ação, conjugada com a esperança. E como a política é um exercício de esperança, mas é um exercício de esperança que não pode ser uma atitude passiva diante do que se busca, é preciso agir, ajudar a esperança. Então, o compromisso do podemos é também o compromisso da ação política permanente”, disse, por fim. 

 

O ex-senador Armando Monteiro teve sua filiação ao Podemos homologada nesta segunda-feira (13), em evento do partido realizado no bairro do Pina, zona Sul do Recife. A solenidade contou com a presença da presidente nacional, a deputada federal Renata Abreu (Pode-SP), o presidente estadual, prefeito de Paudalho Marcelo Gouveia, o vice, Ricardo Teobaldo, a vice-governadora do estado Priscila Krause (Cidadania), entre outras autoridades políticas. O ex-tucano chega ao partido com toda pompa e expectativas de atrair mais nomes para a legenda, às vésperas das eleições municipais de 2024. 

Monteiro havia se desfiliado do PSDB em setembro deste ano, quando enviou uma carta oficial a Raquel Lyra, que é vice-presidente nacional do partido. Mesmo com a ruptura partidária, sua entrada no Podemos ainda o mantém na base aliada do governo do estado. “A vida é feita de ciclos”, afirmou o ex-senador e ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT). Nas últimas eleições, em 2022, o então psdbista foi peça fundamental para a vitória da atual governadora em Pernambuco, segundo as palavras da própria gestora.

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Com uma trajetória política extensa e sua família ligada a nomes importantes do cenário eleitoral pernambucano, Lyra se referiu a Monteiro como uma figura paterna, durante sua fala antes da cerimônia. “O que você fez por mim, muitas vezes eu tive a honra de meu pai também trabalhar por mim, Gustavo (Krause) poder fazer por Priscila, e o que o senhor fez com a gente foi o papel que um pai faz com um filho. No caso, com duas filhas”, declarou, em agradecimento.

Armando em Brasília 

Para Renata Abreu, as expectativas se alinham com a realidade de Pernambuco, conforme o que for decidido pela diretoria estadual. “Meu sonho é você em Brasília, como senador”, afirmou a parlamentar.

Eleições 2024

Já Armando, fez questão de negar pretensões políticas para a corrida eleitoral de 2024, o ex-governador do estado foi enfático ao afirmar que não tem pretensão de se candidatar à prefeitura do Recife. “Certamente meu papel na eleição municipal é estar ao lado dos companheiros para fortalecer o partido. Eu não tenho nenhuma pretensão em disputar a eleição municipal. Acho que nosso desafio do podemos é o fortalecimento do partido”, declarou.

“Evidentemente quem está na política está susceptível a receber alguma missão e alguma convocação, e eu espero ter saúde em qualquer hipótese”, concluiu.

O ex-senador Armando Monteiro Neto ingressará oficialmente no Podemos no dia 13 de novembro. O ato de filiação será às 16h, no Hotel Luzeiros, no bairro do Pina, Zona Sul da capital. A cerimônia será comandada pela presidente nacional do partido, a deputada federal Renata Abreu.

A ficha de filiação será abonada pelo presidente estadual do partido, o prefeito, Marcelo Gouveia. “O Podemos de Pernambuco fica muito feliz em receber um quadro tão representativo e qualificado. Armando é referência da boa política do Brasil e de Pernambuco. Um homem íntegro com relevantes serviços”, afirmou Gouveia.

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Armando Monteiro esteve filiado ao PSDB até o último mês de setembro, quando entregou carta de desfiliação à presidente estadual do partido, Governadora Raquel Lyra.  Na carta, manifestou a expectativa de que as relações e compromissos políticos com a governadora “possam transcender aos limites partidários”, compromisso que reitera com a filiação ao Podemos, partido que integra a base aliada do Governo Estadual.

“Escolhi o Podemos porque o partido não se vincula à extrema polarização, que lamentavelmente, vem marcando a vida política do nosso país. O Podemos tem ideário moderno e perfil independente. Chego como soldado para trabalhar ao lado dos companheiros pelo seu fortalecimento e para ampliar sua contribuição ao desenvolvimento do nosso estado” destacou Armando. Marcelo Gouveia ressalta ainda que “Armando será peça chave e figura fundamental para o crescimento do partido”, completo Gouveia.

TRAJETÓRIA RECONHECIDA - Armando tem uma densa trajetória na vida pública, tendo representado Pernambuco em três mandatos consecutivos na Câmara Federal, entre 1999 e 2011. Em 2006, foi o Deputado Federal mais votado do estado. Entre 2011 e 2019 exerceu o mandato de Senador da República, período em que obteve, em diversas oportunidades, o reconhecimento do DIAP na lista dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, destacando-se no papel de negociador em temas fundamentais da pauta econômica e social.

Foi Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2015 e 2016, tendo sido ainda presidente da CNI entre 2002 e 2010.

Hoje, além de sua atuação no setor privado, é conselheiro emérito da CNI e integra o Fórum Nacional da Indústria, como coordenador, dedicando-se a temas como a reforma tributária junto ao Congresso Nacional.

*Da assessoria de imprensa

Enquanto a candidatura do senador Sérgio Moro (União Brasil) é questionada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, a pré-campanha do ex-juiz da Operação Lava Jato em 2022, pelo Podemos à Presidência da República, gerou imbróglio na Justiça de São Paulo, culminando em uma ordem de bloqueio de R$ 2,3 milhões da legenda.

A constrição se deu a pedido da D7 Produções Cinematográficas, empresa contratada para a pré-campanha de Moro. Ela alega calote no contrato com o Podemos para a prestação de serviços de assessoria em comunicação social, marketing e publicidade de Moro.

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Inicialmente o ex-juiz lançou pré-candidatura à Presidência pelo Podemos. Sem apoio na legenda, ele migrou para o União Brasil, em abril de 2022, e desistiu da corrida ao Planalto.

Pelo União Brasil, Moro concorreu à vaga no Senado, pelo Paraná, e foi eleito com 1,9 milhão de votos. A cadeira do senador, no entanto, está sob ameaça - o parlamentar é alvo de ação que pede sua cassação por suposto caixa 2 nas eleições 2022.

O bloqueio das contas do Podemos foi decretado no início do mês pelos desembargadores da 19ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. No entanto, quando a Justiça foi vasculhar as contas da legenda, encontrou somente R$ 6,287,25, que já foram penhorados.

O Podemos tenta reverter a decisão de 2º grau e, nesta segunda-feira, 31, teve uma vitória em primeira instância: a juíza Flávia Poyares Miranda, da 28ª Vara Cível de São Paulo, negou decretar um novo bloqueio de valores do partido, alegando que a medida seria um 'ato inútil'.

A magistrada ponderou que 'idêntica providência' foi realizada recentemente - em referência à ordem do Tribunal de Justiça - e que a produtora não foi satisfeita integralmente. "A providência requerida é incompatível com o critério da economia processual, segundo o qual se deve evitar a prática de atos inúteis por parte do Juízo", ressaltou.

Flávia Poyares Miranda destacou que a D7 Produções Cinematográficas não comprovou que a situação patrimonial do Podemos mudou, 'com a consequente majoração patrimonial, por meio de aquisição de bens ou de créditos', desde a penhora dos R$ 6 mil.

A juíza instou a produtora a indicar novos bens do Podemos passíveis de penhora, sob pena de suspensão do processo de execução - onde são cobrados os valores pela empresa de comunicação.

O imbróglio na Justiça de São Paulo teve início ainda em 2022, com uma ação em que a D7 cobrou R$ 2.284.742,73 por 'inadimplemento' de contrato fechado com o Podemos. Ainda no ano da corrida eleitoral, o juízo de primeira instância chegou a bloquear R$ 2,3 milhões em sete contas da legenda.

Em setembro, em meio ao período eleitoral, o Podemos recorreu da constrição, alegando que os valores seriam usados para custear gastos partidários e assim seriam impenhoráveis. A solicitação foi acolhida em primeiro grau, o que fez a D7 levar o caso para o Tribunal de Justiça.

No início do mês, os desembargadores da 19ª Câmara de Direito Privado consideraram que a tese de impenhorabilidade do Fundo Partidário não tem 'aplicação absoluta' no caso em questão. Segundo os magistrados, os valores cobrados estão ligados à despesas de propaganda e campanha eleitoral e assim não haveria impedimento para a quitação das dívidas.

"Diante desse cenário, reconhecer a impenhorabilidade do fundo partidário para o pagamento de referidas despesas é prestigiar a inadimplência do executado (Podemos), que não pode se utilizar dessa diretriz com o fim de impedir injustificadamente a efetivação do direito material do exequente (D7)", registrou o acórdão.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou a posição que já havia apresentado em decisão individual e votou, no início da madrugada desta sexta-feira (9), para destinar o mandato do deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) ao seu suplente, o economista Luiz Carlos Hauly. Ele foi acompanhado por Alexandre de Moraes.

O destino da vaga do ex-procurador da Operação Lava Jato está sendo decidido em uma sessão extraordinária no plenário virtual do STF. A votação termina às 23h59 desta sexta.

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A posição de Toffoli e Moraes contraria o que havia decidido o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que após uma recontagem dos votos anunciou o pastor Itamar Paim (PL) como substituto.

Dallagnol foi o deputado mais votado no Paraná. Ao cassar o mandato do ex-procurador, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou expressamente que os votos deveriam ser contados a favor do Podemos.

O TRE concluiu, no entanto, que nenhum outro candidato do partido ultrapassou a chamada cláusula de desempenho - mínimo de 10% do quociente eleitoral no respectivo Estado.

Para Toffoli, a regra não se aplica para definir os suplentes. "Não se faz mister a exigência de votação nominal", afirmou.

Na mesma linha, Moraes ressaltou o protagonismo dos partidos poli´ticos no sistema de votação proporcional. "A vaga conquistada pela agremiação deve ser preenchida por suplente mais votado sob a mesma legenda, independente de votação nominal mínima, no caso, Luiz Carlos Jorge Hauly", escreveu.

Luiz Carlos Hauly foi deputado federal por sete mandatos, entre 1991 e 2019. É economista e foi um dos principais apoiadores da reforma tributária. Ele também foi secretário da Fazenda do Paraná, além de vereador e prefeito de Cambé, a cerca de 400 quilômetros de Curitiba.

Cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ato referendado pela Câmara, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi convidado pelo Podemos para um cargo remunerado no partido. A ideia é que o ex-procurador da Lava Jato assuma um projeto de formação de novas lideranças políticas.

Deltan conversou sobre a proposta nesta semana com a presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP).

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A legenda afirma que Deltan e Renata não discutiram o salário, uma vez que o ex-parlamentar ainda não aceitou o convite. Deltan recebia um salário de 41,6 mil, fora benefícios, como deputado federal. Ele foi cassado no último dia 16 pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa.

Como procurador da República, Deltan recebia um salário de R$ 33.689,11. Ele deixou o Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2021, na esteira de procedimentos que poderiam resultar em processos administrativos disciplinares (PADs) - motivo que embasou a sua cassação pela Justiça Eleitoral. Deltan nega que seu desligamento tenha tido essa motivação.

Ao sair do MPF, Deltan se filiou ao Podemos, junto ao ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro (hoje no União Brasil), e passou a receber um salário de R$ 15 mil do partido.

O gabinete de Deltan na Câmara foi fechado por volta das 17h30 dessa quarta-feira, dia 7. Como mostrou o Estadão, o político teve que entregar a sala após a cassação do TSE, e seus assessores levavam as últimas sacolas de materiais antes do espaço ser entregue ao novo ocupante. O ex-deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) assumirá a vaga.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido do Podemos e determinou que o suplente do ex-deputado Deltan Dallagnol, Luis Carlos Hauly (Podemos-PR), deve assumir a vaga aberta na Câmara. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) havia declarado como eleito Itamar Paim, do PL.

A decisão é liminar e deve ser confirmada pelos demais ministros.

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O TRE-PR entendeu que Hauly não atingiu votos suficientes para ser eleito. De acordo com a reforma eleitoral de 2019, os candidatos devem atingir 10% do quociente eleitoral para serem eleitos - o que não foi o caso de Hauly, que deveria ter recebido pelo menos 18 mil votos para superar a barreira. Se o porcentual não é atingido, os votos são distribuídos.

Pelo cálculo do TRE-PR, o sucessor "natural" de Dallagnol seria o pastor bolsonarista Itamar Paim, que concorreu à Câmara pelo PL e recebeu 47 mil votos.

Ao derrubar a decisão do TRE-PR que declarou Paim eleito, Toffoli observou que a votação mínima de 10% do quociente eleitoral não se aplica a suplentes. "Constata-se, assim, sem maiores dificuldades, que, para a definição dos suplentes da representação partidária, não se faz mister a exigência de votação nominal prevista no art. 108, equivalente a 10% do quociente eleitoral."

O deputado Fábio Macedo (Pode-MA) foi eleito líder do bloco partidário formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC e conta com 142 deputados.

“Este bloco parlamentar está unido em torno de bandeiras programáticas, entre elas a independência do Parlamento, a despolarização política, a busca por consensos, a defesa da democracia e o desenvolvimento do Brasil", disse Fabio Macedo, que foi deputado estadual no Maranhão na legislatura passada e exerce seu primeiro mandato como deputado federal.

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Este é o único bloco partidário em funcionamento na Câmara. Foi formado no dia 1º de fevereiro para a eleição da Mesa Diretora, com 20 partidos e 496 deputados. Após a eleição, diversos partidos deixaram o bloco, que se consolidou agora com esses cinco partidos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), parabenizou o grupo. "Parabenizo os líderes do Republicanos, PSD, PSC, Podemos e MDB pela formação do bloco para atuação na Câmara dos Deputados. Sempre defendi a unidade para reduzirmos o número de partidos, fortalecendo-os e dando à sociedade confiança no nosso sistema partidário. Dessa forma, reafirmamos o compromisso com a democracia e o Parlamento brasileiros", disse ele em suas redes sociais.

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) fez falas apontadas como xenofóbicas após comparar a Bahia ao Haiti e afirmar que a compra de votos é algo comum na política do Nordeste. A declaração foi repreendida pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Antipetista declarado, o parlamentar criticou o Nordeste pela eleição de Lula (PT) e colocou a pobreza na região como estratégia política para perpetuar a continuidade de partidos da esquerda. "Se o Brasil tivesse uma educação melhor, com renda melhor, o Lula não seria presidente. O interesse desses políticos é que continue ruim", apontou. 

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Maurício disse que os nordestinos não cobram seus políticos e, por isso, os eleitos não mantêm o compromisso com o eleitor. Na sua opinião, essa realidade é oposta nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

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Em um ataque direto à Bahia, o deputado comparou o estado com o Haiti. "A gente teve lá na Bahia. É um Haiti, assim, não tem explicação. É uma pobreza. Tudo pichado. É sujo. E era uma área turística, então a gente fica imaginando onde não é", afirmou.

As falas foram condenadas pelo do Supremo Tribunal Federal (STF) ex-ministro Joaquim Barbosa nas redes sociais. O ex-magistrado o aconselhou a reter a "baba ofídico-peçonhenta que emana da boca" e a conhecer o peso histórico da Bahia. Ele ainda questionou as causa da “diáspora gaúcha” para outras regiões.

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O senador pelo estado de Goiás, Jorge Kajuru (Podemos), decidiu marcar na pele a admiração que tem pelo amigo e também senador Alvaro Dias. O radialista e apresentador esportivo tatuou o rosto do líder do Podemos no Senado nas costas.

Em um encontro para revelar a homenagem, Kajuru fez mistério e discursou antes de levantar a camisa. “Eu quero apresentar o meu jeito de acrescer a esse homem público que o Brasil inteiro respeita e admira. Esse homem público que eu só aprendi com ele a vida inteira e pessoalmente viramos amigos. Então, Deus me deu esse presente e eu quero mostrar para ele”, anunciou.

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A atitude do senador surpreendeu Alvaro Dias (Podemos), que trocou palavras de carinho com o amigo. “Que barbaridade Kajuru. Essa é a maior demonstração de amizade que eu recebi até hoje. É uma honra para mim tá nessas costas aí”, agradeceu. “São as costas de um homem de bem”, acrescentou o senador.

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Conhecido como uma figura irreverente desde os tempos de imprensa, o senador Kajuru tem o hábito usar o corpo para homenagear os amigos. O rosto de Alvaro Dias foi posicionado no meio  de outras duas tatuagens dos apresentadores José Luiz Datena e Adriane Galisteu. Ele também tem uma no braço com o rosto de Cláudia Leitte e outra da mãe.

Os partidos Podemos e PSC anunciaram, nessa terça-feira (22), que irão se fundir. Com a junção, a nova sigla se chamará Podemos e vai manter o número 20, do PSC.

As duas legendas vão formalizar a fusão em convenção marcada para o início de dezembro. Ao se tornarem uma sigla só, os partidos passarão a ter, em 2023, uma bancada de 18 deputados federais e 7 senadores. O anúncio foi feito na noite dessa terça-feira pela presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), e pelo presidente do PSC, Pastor Everaldo.

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Em nota conjunta divulgada à imprensa, os partidos afirmam que "o novo conjunto de forças nasce comprometido com o Estado Democrático de Direito". Com a incorporação, o novo partido passa a ter também 48 deputados estaduais, 198 prefeitos e 3.045 vereadores em todo o País.

Dos 28 partidos e federações que concorreram nas últimas eleições, apenas 12 conseguiram alcançar a cláusula de desempenho prevista para o pleito deste ano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São eles: as federações PT/PCdoB/PV, PSDB/Cidadania e Psol/Rede, bem como os partidos MDB, PDT, PL, Podemos, PP, PSB, PSD, Republicanos e União.

Ao atingir a cláusula, vão continuar recebendo recursos do Fundo Partidário e permanecerão com acesso a tempo de propaganda em rádio e televisão durante os próximos quatro anos. 

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Dos 16 partidos que não alcançaram a cláusula, segundo o TSE, sete elegeram deputados federais: Avante, PSC, Solidariedade, Patriota, PTB, Novo e Pros. Os demais partidos que não atingiram a cláusula foram: Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP.  Esses partidos têm diversas alternativas, como se fundir, ser incorporadas ou ainda constituir federações com outros partidos que tiveram melhor desempenho nas urnas. Do contrário, não terão acesso a recursos públicos nem a tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV. 

Partidos e candidatos têm cláusula de desempenho na eleição para a Câmara Conforme a Emenda Constitucional 97, de 2017, só terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:  • tiverem elegido pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos 9 estados; ou  • obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 9 estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles. 

A cláusula de desempenho passou a ser aplicada a partir das eleições gerais de 2018 e será reajustada de forma escalonada em todos os pleitos federais até atingir o ápice nas eleições gerais de 2030.

  *Da Agência Câmara de Notícias

O ex-juiz da Lava Jato e atual candidato ao Senado Federal, Sergio Moro (União Brasil), acusou o Podemos, seu antigo partido, de corrupção. Além dos conflitos internos, que tomaram maior proporção no insucesso da candidatura do ex-ministro da Justiça à Presidência da República, o antes padrinho político de Moro, Álvaro Dias (Podemos), também se tornou seu principal concorrente para o Senado, no estado do Paraná. 

As acusações, porém, foram devolvidas pela legenda, que o chamou de “mentiroso” e acusou o candidato de já ter favorecido amigos com dinheiro público e que usou o fundo partidário para supérfluos.  

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"Quando estava no Podemos tomei conhecimento de algumas situações suspeitas envolvendo casos de corrupção e, em razão disso, solicitei a contratação de uma auditoria externa como condição para continuar filiado", disse Moro ao Estadão, tendo acrescentado que a “alta direção” da sigla tinha conhecimento da movimentação. 

De acordo com Moro, o assunto era conhecido também por Álvaro Dias. "Decidiram não tomar qualquer medida após o resultado preliminar. Essa é a principal razão que me levou a sair do partido", afirmou. A assessoria de Dias informou que o candidato do Podemos não integra a direção do partido e que a melhor pessoa para comentar a acusação de Moro seria Renata Abreu, deputada e presidente da legenda. 

Podemos responde 

O partido disse que o ex-juiz exigiu que o Fundo Partidário fosse usado para pagar estilista pessoal, alfaiataria, roupas, sapatos e óculos de grife, entre outros itens e “hábitos de luxo”. A legenda também insinuou que o atual aliado de Moro e suplente em sua chapa, Luís Felipe Cunha, teria tentado utilizar o Fundão para outros interesses. 

Cunha é dono da consultoria Bella Ciao, que recebeu R$ 60 mil do partido para colaborar na elaboração do programa de governo do então presidenciável. Segundo a legenda, o serviço não foi prestado. 

“A despeito de todo e qualquer pedido, o Podemos jamais aceitou pagar qualquer despesa pessoal do senhor Sérgio Moro. Além disso, não admite a manutenção de contratos que não tenham comprovação de execução. A não entrega de relatórios de prestação de serviços foi a razão da suspensão de pagamentos à consultoria do Bella Ciao, cujo sócio é Luis Felipe Cunha, indicado pelo senhor Sérgio Moro como seu assessor direto”, disse o Podemos, em nota. 

Por fim, o partido comentou sobre a suposta investigação solicitada por Sérgio Moro, que teve resultado negativo para ilicitudes, de acordo com a consultoria que realizou o processo. A conclusão da análise teria ocorrido em julho, na semana posterior à saída de Moro do Podemos.  

"Não houve, portanto, qualquer iniciativa exclusiva de Moro para pedido de auditoria. O resultado da auditoria é objetivo e conclui pela regularidade integral, sem qualquer prova contrária, atestando expressamente que nenhuma prova de ilícito foi identificada”, informou a direção. 

A Saud Advogados, responsável pela auditoria, afirmou que "não chegou a concluir pela ocorrência de atos ilícitos", mas que foram identificados pontos de atenção e melhoria para compliance”. O Podemos estuda, agora, a possibilidade de processar Moro por calúnia e imputação de crime não comprovado. 

 

O Podemos decidiu nesta quinta-feira, 4, que vai apoiar a candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet. O partido vai se somar à aliança que também já conta com PSDB e Cidadania, que indicaram a senadora tucana Mara Gabrilli (SP) para ser candidata a vice.

Inicialmente a sigla pretendia lançar o ex-juiz Sérgio Moro como candidato a presidente, mas ele trocou o partido pelo União Brasil e hoje é candidato ao Senado pelo Paraná. O anúncio da aliança será feito nesta sexta-feira, 5, último dia das convenções partidárias.

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A definição pelo apoio ao MDB aconteceu após a legenda avaliar várias outras alternativas. O Podemos convidou o senador Alvaro Dias (PR) para concorrer ao Palácio do Planalto, mas ele recusou e preferiu tentar a reeleição. O partido foi convidado para indicar a vice da candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, e também estudava adotar neutralidade na disputa presidencial, mas preferiu optar pela aliança com o MDB.

A saída de Moro do Podemos em abril foi motivada pela escassez de recursos do partido, que elegeu apenas 11 deputados federais. A sigla, que tem seu funcionamento ameaçado pelas exigências da cláusula de desempenho, que retira o fundo e propaganda das legendas caso não sejam cumpridas, terá de eleger novamente uma bancada de pelo menos 11 deputados federais neste ano. Após desfiliações, hoje, o partido tem oito. A meta é conquistar ao menos 25 cadeiras na Câmara.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, era outro que chegou a ser apontado como possibilidade de candidatura presidencial, mas ele deve concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Distrito Federal. Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, também vai disputar o cargo, mas no Paraná.

O Podemos, partido do senador Marcos do Val (ES), repreendeu o parlamentar após ele admitir ao Estadão que recebeu R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto por ter apoiado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na eleição para presidência do Senado, em fevereiro do ano passado. Os outros seis senadores do partido, incluindo o líder da bancada, Alvaro Dias (PR), assinaram uma nota condenando o esquema, que envolve a distribuição de verbas públicas para favorecer aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da cúpula do Congresso.

"Nós, senadores pelo partido Podemos, declaramos que somos contrários ao recebimento de verbas ou recursos provenientes das emendas RP-9 (orçamento secreto). Não compactuamos com essa forma de se fazer política", diz a nota.

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Na entrevista, Marcos do Val afirmou que teve o direito de indicar R$ 50 milhões em emendas para o Espírito Santo como forma de "gratidão" ao apoio dado a Pacheco. O valor foi informado pelo ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP), articulador da eleição, de acordo com ele. Depois da publicação, o senador divulgou uma nota afirmando que foi mal interpretado e pediu desculpas.

No ano passado, o Podemos declarou apoio à eleição de Simone Tebet (MDB-MS) para a presidência do Senado. Marcos do Val e o senador Romário (RJ), que mudou para o PL, apoiaram Pacheco, na contramão da bancada. Conforme o Estadão publicou na ocasião, o Planalto liberou verbas do orçamento secreto para favorecer Pacheco na eleição do Senado e Arthur Lira (Progressistas-AL) na disputa pela presidência da Câmara.

"Entendemos que as emendas individuais e de bancada são suficientes. Sempre defendemos o fim das emendas RP-9?, diz a nota do Podemos.

Integrantes do partido demonstraram contrariedade com a postura do colega, mas não houve nenhuma decisão em relação ao parlamentar. "Sempre fui contra o orçamento secreto, a começar que tudo que é secreto é reprovável e censurável. Em segundo lugar, o orçamento secreto foi discriminatório e correspondeu à compra de votos", disse o senador Lasier Martins na noite de quinta-feira, 7, após as declarações de Marcos do Val.

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL), ameaçou se desfiliar do Podemos se o partido apoiar o presidente nesta eleição. Demitido em junho de 2019, após cinco meses no cargo, Santos Cruz disse que o chefe do Executivo não cumpriu nada do que prometeu na campanha eleitoral.

A tendência da cúpula do Podemos é não fechar aliança nacional na disputa presidencial, mas a maioria dos deputados e senadores da legenda apoia Bolsonaro. "Se o partido decidir por isso, estou fora. Saio", disse o general ao Estadão.

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Amigo do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, Santos Cruz entrou com ele no Podemos, em novembro do ano passado. Desde que o ex-juiz da Lava Jato migrou para o União Brasil, há três meses, o militar foi sondado para concorrer ao Palácio do Planalto. Na sua avaliação, porém, os políticos do Podemos estão hoje mais preocupados com suas próprias candidaturas do que com a eleição presidencial.

Para cumprir as exigências da cláusula de desempenho, o Podemos terá de eleger uma bancada de pelo menos 11 deputados federais. Hoje, o partido tem oito. A meta é conquista ao menos 25 cadeiras na Câmara e quatro no Senado.

Responsável pela articulação política com o Congresso nos primeiros meses do mandato de Bolsonaro, o general virou alvo dos filhos do presidente e foi defenestrado. O maior embate ocorreu com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), responsável pelas redes sociais do pai.

Agora, Santos Cruz diz que Bolsonaro tem tentado usar as Forças Armadas como instrumento político para um projeto pessoal de poder e repudia os ataques feitos às urnas eletrônicas. O general avalia concorrer a um cargo eletivo pelo Distrito Federal, mas não anunciou qual seria. "Tem de definir isso, ver se o Podemos tem interesse ou não de lançar candidato próprio (a presidente)", disse Santos Cruz.

A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, disse que a definição sobre candidaturas ocorrerá "nas próximas semanas". O Podemos deve liberar os diretórios regionais. Nos bastidores, no entanto, dirigentes do partido admitem que a preferência da maioria é por um segundo mandato do presidente.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse que "muito provavelmente" estará com Bolsonaro. Já Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato no Paraná, declarou que, se houver um segundo turno entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiará o atual chefe do Executivo. Deltan vai concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Podemos-PR.

PALANQUE

O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), disse que o Podemos está no mesmo palanque de Bolsonaro em alguns Estados, como no Rio de Janeiro, onde o partido apoia a reeleição do governador Cláudio Castro (PL-RJ), e no Ceará. Lá, a sigla vai apoiar o Capitão Wagner (União Brasil) para governador. Tanto Castro quanto Wagner têm o aval de Bolsonaro. "Não há nenhuma manifestação do Podemos ainda em relação à eleição nacional, mas nos Estados há uma grande proximidade", disse Portinho.

Mesmo assim, Renata e o líder do partido no Senado, Álvaro Dias (PR), rejeitam o apoio formal a Bolsonaro e, pessoalmente, indicam disposição de endossar um projeto de terceira via. Ao ser questionado sobre qual seria o melhor nome para a Presidência, Dias ironizou: "Barack Obama".

O ex-deputado José de Abreu, de 77 anos, presidente de honra do Podemos, morreu na manhã desta sexta-feira (3), em São Paulo. A morte foi confirmada pela sua filha, a presidente do Podemos e deputada Renata Abreu (PODE-SP), em suas redes sociais. José de Abreu estava internado desde o dia 24 de maio. 

A família não divulgou a causa da morte. José de Abreu iniciou a vida política no MDB. Foi eleito deputado federal por São Paulo, em 1994, pelo PSDB, sendo reeleito ao cargo em 1998 pelo mesmo partido. 

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Antes de entrar na política, José de Abreu foi diretor-presidente do Sistema Atual de Radiodifusão Ltda., em Itapevi (SP), de 1990 a 94, e foi diretor do Sindicato da Indústria e Máquinas de São Paulo de 1984 a 86. Publicou o livro "Família Abreu: mil anos de história". 

*Da Agência Câmara de Notícias

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