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O mercado de seguros deve acelerar o ritmo de crescimento no próximo ano e alcançar expansão de 12,4% em relação a 2014, segundo projeção da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Os destaques, conforme a Confederação, serão os segmentos de saúde e previdência privada, com alta de 17,5% e 10,5%, respectivamente.

"Temos expectativa de Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem bastante conservadora. Mesmo em um cenário sem muita expansão da economia, o mercado de seguros vai continuar com sua rota de crescimento na casa de dois dígitos", destacou Marco Antônio Rossi, presidente da CNseg e da Bradesco Seguros.

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A expectativa da CNseg para o segmento de seguro de vida é de 8,7% e para seguros gerais é de avanço de 7,6% no ano que vem ante 2014. Já o segmento de capitalização, segundo Rossi, deve apresentar incremento de 8,0%.

Ele afirmou ainda que o mercado de seguros deve encerrar este ano com crescimento levemente acima da projeção da CNseg, com expansão de 11,2%. Recentemente, a Confederação revisou para baixo sua expectativa para o crescimento do segmento em 2014, que passou de 15,6% para 11%.

Para o segmento de saúde, a CNseg projeta alta de 15,2% este ano ante 2013 e de 11% para previdência privada. Seguros gerais, vida e capitalização devem crescer 9,0%, 5,9% e 5,0%, respectivamente, e na mesma base de comparação.

De janeiro a outubro, considerando saúde até junho, os prêmios do mercado de seguros alcançaram R$ 154,9 Bilhões, aumento de 7,9% em um ano, segundo a CNseg, com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Excluindo saúde, o avanço foi de 8,9%.

Na análise por regiões, os destaques foram Centro-Oeste e Nordeste, com expansões de 14,94% e 9,40%, respectivamente e na mesma base de comparação. Já entre os segmentos, os maiores avanços vieram de saúde e previdência privada.

O desafio para o próximo ano, segundo Rossi, é ampliar a oferta de seguros para os consumidores, oferecendo proteção para os diversos riscos aos quais as pessoas estão expostas. O segmento de pequenas e médias empresas, conforme o presidente da CNseg, é uma oportunidade de crescimento para o setor.

O mercado de seguros hoje representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Há 15 anos, estava em 1%. O patrimônio líquido do segmento atingiu R$ 117,7 bilhões ao final de outubro (sendo saúde com dados até junho), e as provisões técnicas somaram R$ 557,3 bilhões.

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revisou para baixo sua expectativa para o crescimento do mercado de seguros em 2014, que passou de 15,6% para 11%. A mudança, segundo Marco Antonio Rossi, presidente da entidade e da Bradesco Seguros, foi motivada pelo desempenho de previdência privada aberta, que ainda não se recuperou totalmente do impacto da mudança das regras de alocação de recursos, e pela volatilidade no mercado futuro de juros, que comprimiu a rentabilidade dos títulos e impulsionou uma onda de saques no ano passado.

Ele minimizou ainda o impacto do menor desempenho econômico no setor de seguros. "Fizemos um reposicionamento. O mercado de seguros ainda deve crescer dois dígitos, na faixa de 11%. É uma área diferenciada da economia brasileira, mantendo rotina dos últimos dez anos, de um crescimento sempre muito sólido", destacou Rossi, em conversa com jornalistas, nesta quinta-feira, 04.

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De acordo com ele, a recuperação do setor de previdência privada aberta, que deve voltar a crescer no segundo semestre, e o fato de a base de comparação já estar refletida pelos impactos das mudanças nas regras deste segmento devem contribuir para o setor de seguros manter crescimento na casa dos dois dígitos. Rossi lembrou que no Brasil o mercado de seguros tem ainda baixa penetração.

"Temos uma possibilidade de aumento da penetração de seguros no Brasil que acaba suprindo algum desempenho da economia que venha aquém daquilo que a gente imagina. Isso ainda é muito favorável para o mercado segurador", avaliou o presidente da Cnseg. O baixo índice de desemprego no Brasil, conforme ele, favorece a contratação do seguro, principalmente no segmento de pessoas, que inclui seguros de vida e previdência privada.

A Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), apelidada de "Segurobrás", analisa a possibilidade de atuar na cobertura dos chamados "riscos não gerenciáveis" nas concessões de ferrovias federais por meio do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE), disse, nesta terça-feira, 8, o presidente da agência, Marcelo Pinheiro Franco.

O edital de concessões de cinco rodovias federais em 2013 já incluía essa garantia do FGIE. Segundo Franco, o fundo será constituído no segundo semestre e seu patrimônio deverá chegar gradualmente a R$ 11 bilhões. O executivo explicou que o FGIE terá alavancagem máxima de até cinco vezes o montante dos recursos de seu patrimônio líquido.

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Os riscos não gerenciáveis são aqueles que o mercado segurador não tem disposição de garantir. Isso inclui riscos políticos e extraordinários como a dificuldade de obtenção de licenças ambientais, descumprimento de obrigações pelo poder concedente e decisão administrativa que impeça a cobrança das receitas na concessionária.

A ideia é que a ABGF atue na fase de completion (conclusão) - físico, de crédito e financeiro dos projetos. O FGIE vai substituir os fundos de garantias já existentes para grandes projetos e que serão centralizados na agência, como os fundos garantidores para o setor naval e para Parcerias Público Privadas (PPP) e de outros setores de infraestrutura, em especial projetos do Programa de Investimento em Logística (PIL) e até os Jogos Olímpicos 2016.

Sem concorrência

A Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) não é uma concorrente de resseguradores em operação no País, afirmou o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira. Segundo ele, a atuação da agência será focada em viabilizar coberturas que não puderam ser absorvidas pelo mercado privado.

"A função da ABGF não é concorrer com o mercado, mas ocupar o que os economistas chamam de falhas de mercado, riscos em que não há disposição do mercado ou não são próprios para o mercado", explicou Oliveira. Segundo ele, a agência desenvolve garantias para riscos não gerenciáveis no programa de concessão de rodovias, em que financiadores querem certeza de que o projeto será entregue operando, apesar dos riscos políticos e extraordinários.

"A ABGF está viabilizando coberturas para esses riscos que não teriam aceitação", disse. O secretário ressaltou que a ABGF faz parte de um conjunto de políticas do governo para que o mercado de resseguros ande sozinho. "A abertura de capital do IRB será o próximo passo nesse movimento", contou.

O mercado de seguros brasileiro deve crescer acima dos 15% neste ano, de acordo com o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Marco Antonio Rossi, que também é presidente da Bradesco Seguros. "As perspectivas para os próximos anos são muito positivas. As pessoas estão aprendendo a comprar seguros e as oportunidades vão além da região Sudeste", disse.

Apesar do otimismo quanto ao potencial do mercado de seguros, Rossi disse que mudanças nas regras da previdência impactaram o desempenho do setor no terceiro trimestre deste ano e, por isso, os mais de 15% estimados são menores do que os 18% previstos pela Confederação no começo de 2013. Ele explicou ainda que esses reflexos já foram adequados e desde meados de agosto o mercado voltou a emitir prêmios no mesmo ritmo do restante do ano.

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"Até agosto 15% é o que temos de crescimento. Esperamos ultrapassar os 15% e em meio à aceleração do mês de setembro podemos conquistar crescimento de 17% neste e no próximo ano", afirmou o presidente da CNseg.

Sobre a maior presença das seguradoras na bolsa de valores, ele disse que é algo "plenamente" possível e que o mercado de seguros tem muito para se expandir. Atualmente, o Brasil é o 13º país do mundo em consumo de seguros.

De acordo com o presidente da Fenasaude (Federação Nacional de Saúde Suplementar), Marcio Coriolano, que também é presidente da Bradesco Saúde, a maioria das seguradoras brasileiras já é de capital aberto - além de Bradesco Seguros e Itaú Seguros, que são ligadas a bancos que já têm capital aberto, há também listadas individualmente SulAmérica, Porto Seguro e BB Seguridade.

O novo presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marco Antônio Rossi, que assume nesta terça-feira a entidade, afirmou que o mercado desses contratos vive um momento especial e possui uma reserva acima dos R$ 500 bilhões. De acordo com Rossi, o objetivo do setor é ter um crescimento real de 5% ao ano. "É o nosso objetivo para os próximos três anos. Estamos com energia e possibilidade que aconteça", afirmou. Ele disse que o mercado de seguros representava 1% do Produto Interno Bruto (PIB) na década de 1990 e chegou próximo de 6% em 2012, o que mostra grande transformação no mundo de indenizações.

Rossi atribui esta transformação no mercado ao trabalho intenso das seguradoras para entender o que a população gostaria de ter, além de ser fruto de um País mais rico. No entanto, o novo presidente da CNseg disse que o Brasil ainda está muito longe de alcançar o patamar de países avançados. "Somos a 15.ª nação do mundo em consumo de seguro. A penetração do seguro nas famílias está muito aquém e daquilo que é importante para o País. A seguradora tem papel de complementar em áreas onde o Estado não tem condições de fazer a cobertura completa", disse.

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"O mundo do seguros é muito complexo, é grande e com perspectiva de crescimento ainda maior." Rossi disse que cem mil profissionais trabalham na atividade no País, que 1 bilhão de procedimentos médicos foram pagos em 2012 e 500 mil bebês nasceram por meio dos planos de saúde suplementar e outros 500 mil benefícios diretos por morte foram despendidos. "Os hospitais são cobertos pela saúde suplementar, principal fonte de pagamento dos grandes hospitais do País", disse. O novo presidente do CNseg, que também preside a Bradesco Seguros, assume a presidência da confederação em substituição a Jorge Hilário Gouvêa Vieira, que esteve à frente da entidade nos últimos três anos.

Carro popular

 

Rossi disse que há grande possibilidade de ser implementado este ano no País o seguro de automóvel popular. Segundo o novo presidente da CNseg, o seguro de automóvel atualmente é destinado para quem tem nível de carro alto e mais caro. "Quem tem carro mais antigo não tem cobertura porque temos um conjunto de normas e leis que não permite usar peças não originais e faz o seguro ser mais difícil de ser colocado para esta camada da população. A reutilização de peças ou não originais faria com que o preço do seguro caísse no País", declarou.

Conforme Rossi, a construção desse novo produto é trabalhada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). "A construção de um produto é um pouco morosa, mas há grande possibilidade de que ocorra este ano", afirmou. Ele também defendeu a necessidade de ampliação do seguro-saúde, como VGBL saúde. "O País tem um problema. Nós estamos vivendo cada dia mais e, se não construirmos uma provisão para que uma pessoa, agora com 30 anos, possa bancar a saúde quando precisar, o governo não terá condições de bancar a saúde para todo mundo", disse.

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