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O cenário se repete: chegado o domingo (2) das Eleições 2022, os "santinhos" tomam conta das ruas do Recife. A prática, que é irregular, consiste na soltura de panfletos, adesivos e qualquer artigo de propaganda eleitoral no dia da votação.

Na capital pernambucana, trechos entre a região central a partir de Santo Amaro, até a Zona Norte da cidade, estavam inteiramente sujos com os artigos. Candidatos como Lula da Fonte (deputado federal pelo PP), Ricardo Radiador (deputado estadual pelo Patriota) e Felipe Carreras (deputado federal pelo PSB) foram alguns dos mais vistos na chuva de santinhos.

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O descarte irregular de propaganda eleitoral no dia da eleição é proibido pela legislação eleitoral e pode, ainda, configurar crime de boca de urna em alguns casos. É comum que a distribuição seja feita na noite anterior à votação, para que postulantes tenham maior visibilidade entre o eleitorado. Os partidos e candidatos, porém, devem ser responsabilizados pela infração.

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Votação

Em Pernambuco, o horário de votação será das 8h às 17h. Exceto em Fernando de Noronha (PE), onde será das 9h às 18h. É preciso estar munido de documento oficial com foto para votar. Celulares são proibidos na cabine de votação, mas aprovados na seção eleitoral, bem como bandeiras, camisas, broches e qualquer manifestação política individual que não limite a expressão de outro eleitor.

Dez anos após deixar o DEM para fundar o PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab aposta em lançar candidaturas nos três maiores colégios eleitorais do País e fala em um nome próprio na disputa presidencial para manter o partido entre os cinco maiores do Brasil.

Ausente dos movimentos que ensaiaram formar uma frente ampla de centro para tentar quebrar a polarização entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, o dirigente mantém uma distância regulamentar do Palácio do Planalto e o selo de "independente" da agremiação no Congresso enquanto conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre 2022.

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O partido teve um crescimento considerável nas eleições municipais do ano passado, saltando de 538 para 634 prefeitos eleitos, mantendo-se como o 3.º do País com mais municípios. Com 35 deputados federais, o PSD tem a quarta maior bancada da Câmara e um ministro (Fábio Faria, das Comunicações), mas tenta se desvencilhar do Centrão, o consórcio de partidos que dá sustentação ao presidente da República. "O PSD não tem problemas de convivência com partidos do centro, mas desde o início não integra esse bloco", disse.

Desde o final do ano passado Kassab passou a se dedicar às articulações do PSD para 2022. A prioridade do partido, afirma, vai ser crescer "com qualidade". "Nossa meta é continuar entre os cinco principais partidos do Brasil depois das eleições", disse. Sua prioridade até agora é avançar em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Tendo como ativo o tempo de TV e um Fundo Eleitoral consistente, Kassab atraiu o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e seu grupo político. Assim como Kassab, o chefe do executivo carioca também mantém uma porta aberta com Lula e dialoga com a frente de esquerda que se forma em torno do deputado Marcelo Freixo (PSB), mas planeja lançar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como candidato a governador da "terceira via" fluminense.

Em Minas, o cenário está consolidado, segundo Kassab, com a candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ao governo. "Se ele não quiser, será o senador Carlos Viana", afirmou. O partido ainda tem o senador e ex-governador Antonio Anastasia.

Em São Paulo, o partido pode receber o ex-governador Geraldo Alckmin, que ficou isolado no PSDB e passou a conversar com outras legendas sobre uma eventual candidatura. Se decidir deixar mesmo o PSDB, Alckmin assumiria o controle do PSD-SP com "porteira fechada" assim como Paes no Rio.

No plano nacional, Kassab afirma que o seu partido terá uma candidatura presidencial. "A gente entende que é fundamental ter uma candidatura própria para o partido ter uma cara", disse. "Defendemos alguém com o perfil da Luiza Trajano ou do Rodrigo Pacheco (presidente do Senado)".

Os números credenciam Kassab a falar em candidatura própria: 650 prefeitos eleitos, 5671 vereadores e mais votos no cômputo geral que o PSDB e DEM.

Quando questionado sobre os nomes da sigla que estão neste momento colocados como presidenciáveis do PSD, Gilberto Kassab apresenta uma lista extensa: o senador Antonio Anastasia (MG), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, o governador do Paraná, Ratinho Jr, o deputado federal Fábio Traud (MS) é o senador Otto Alencar (BA).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos 10 dias que antecederão o início do horário eleitoral gratuito em rádio e TV, marcado para 19 de agosto, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, intensificará a agenda de campanha com foco nos 10 principais colégios eleitorais do País. Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Campos quer aproveitar o momento do começo da exposição nos telejornais e circular pelos Estados que serão decisivos na disputa pelo Palácio do Planalto.

Campos aumentará sua presença em São Paulo (onde já está seu QG de campanha), Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Ceará, Pará e Santa Catarina, Estados que somam mais de 102 milhões de eleitores de um universo de 142.467.862. "Considero essa fase tão importante quanto o horário eleitoral", resumiu o coordenador da campanha do PSB, Carlos Siqueira.

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A coordenação do PSB dividiu a campanha em três fases: a primeira foi a da agenda institucional, onde o candidato participou de eventos promovidos por entidades e atendeu a convites para encontros com segmentos sociais. A segunda fase é da concentração de esforços nos grandes colégios eleitorais e a terceira é a propaganda eleitoral em rádio e TV.

Acompanhado a maior parte das vezes de sua vice de chapa, a ex-senadora Marina Silva, o candidato poderá incluir na agenda - dependendo da programação - outros Estados. "Não há uma exclusividade de agenda", explicou Siqueira. Hoje (7), por exemplo, o pessebista começou o dia em atividade de campanha em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País (31.998.432 eleitores ou 22,404% do eleitorado), e à tarde seguiu para Salvador (BA). A Bahia tem 10.185.417 ou 7,132% do eleitorado brasileiro. "É uma agenda que tende a se intensificar cada vez mais", emendou o coordenador.

Primeiro programa

A campanha ainda trabalha no formato do primeiro programa que vai ao ar no dia 19 e mantém segredo de como pretende apresentar Campos ao eleitorado. O candidato será o primeiro a aparecer no horário eleitoral e terá 2 minutos e 3 segundos para defender suas propostas.

Enquanto não começa o horário eleitoral, a campanha do PSB vem explorando a divulgação de vídeos nas redes sociais. Foi criado um canal na internet, a TV 40, para divulgar as peças da campanha, os discursos, os principais momentos do candidato e de sua vice, depoimentos de aliados e artistas, além dos eventos ao vivo da campanha. Quem segue o candidato no Facebook ou no Twitter é convidado a assistir os "programas". A ideia é fazer com que a TV na internet se torne uma extensão do horário eleitoral em rádio e TV, já que Campos terá uma exposição oficial bem menor que seus adversários.

Já afinados em alguns estados brasileiros a Rede Sustentabilidade e o PSB divergem em alguns campos políticos, entre eles, os dois maiores colégios eleitorais do país São Paulo e Minas Gerais. A divisão nos diretórios já é notória, inclusive, pelos nomes ventilados pelos líderes das duas legendas para as chapas majoritárias. O maior entrave, segundo o representante do Rede em Pernambuco, ex-deputado Roberto Leandro, seria o anseio dos socialistas em se aliarem ao PSDB nestes estados. 

“Em São Paulo já houve um avanço significativo na posição do PSB, que iria assumir uma vaga de vice na chapa do PSDB (com o deputado federal Márcio França). Sugerimos uma candidatura própria do nosso campo”, revelou Leandro fazendo menção a um processo de “laranjas políticos”, que poderiam ser usados pelo PSB, caso a aliança entre tucanos e socialistas fosse concretizada. 

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Os nomes paulistas sugeridos pelos dirigentes do Rede, foram os do escritor Célio Turino e do biólogo João Paulo Copabianco. “Eles são as melhores opções”, frisou o ex-deputado. Em Pernambuco, de acordo com Roberto Leandro, ainda existe a possibilidade da aliança Rede-PSB adquirir o apoio do Partido Verde (PV). “É possível também que o PV, embora esteja com uma candidatura própria nacional, seja atraído em São Paulo. Agregando outras forças, com as mesmas defesas”, disse. 

No campo eleitoral mineiro, a divisão entre os dois partidos é ainda mais perceptível. “Lá uma parcela do PSB quer compor com o PSDB outra não. A posição majoritária da Rede lá é que não aja nenhum acordo com os tucanos e que sigamos o mesmo exemplo de São Paulo”, frisou. “Temos tempo até a convenção (em junho). Esperamos que tanto em São Paulo como em Minas a gente entre em consenso”.

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