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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta segunda-feira (29), pode contar “um dia” ao presidente da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como o pai dele, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, desapareceu no período da ditadura militar. 

Bolsonaro fez a ponderação ao reclamar da postura da OAB diante da investigação contra Adélio Bispo, autor da facada que sofreu em setembro do ano passado. O presidente ressaltou que Felipe Santa Cruz "não vai querer ouvir a verdade" sobre o pai.  

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“Um dia se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, afirmou o Bolsonaro, de acordo com o site G1.

“Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro”, acrescentou o presidente.

Fernando Santa Cruz de Oliveira desapareceu em fevereiro de 1974 depois de ter sido preso por agentes do DOI-CODI, no Rio de Janeiro. Ele foi preso junto com o amigo, Eduardo Collier, e participou de movimentos estudantis e integrou a Ação Popular (AP). No relatório da Comissão da Verdade, contudo, não há registro de que Fernando tenha participada de luta armada.

Felipe tinha dois anos quando o pai desapareceu. Avó do presidente da OAB, Elzita Santa Cruz, dedicou a vida para esclarecer os desaparecimentos dos presos pelo DOI-CODI e chegou a ir de quartel em quartel para tentar encontrar o filho na época da ditadura. A pernambucana morreu em junho deste ano.

Adélio Bispo

Antes de mencionar o pai do presidente da OAB, Bolsonaro perguntou qual era a intenção da entidade ao impedir que a Polícia Federal tivesse acesso ao telefone de um dos advogados de Adélio Bispo.

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”, questionou o presidente.

Em março, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Néviton Guedes, atendeu a um pedido Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) e da OAB de Minas Gerais e mandou suspender a investigação sobre a participação do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu o autor da facada.

Sobre o fato de Adélio ter sido considerado inimputável, o presidente afirmou que ainda espera novas revelações por parte do acusado. “Como não recorri, agora ele é maluco até morrer. Vai ficar em um manicômio judicial, uma prisão perpétua. Estou sabendo que ele está aloprando lá. Abre a boca, pô. Ah, não tem valor porque é maluco, abre a boca, pô! Quem sabe dê o fio da meada”, frisou.

O presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta sexta-feira (18), na sua conta pessoal do Twitter, uma lista onde o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) identifica os 11 países que usaram recursos do banco e as razões para esse empréstimo.

“Ainda vamos bem mais a fundo! BNDES divulga interessante link identificando os países que usaram os recursos financeiros do Brasil e os motivos dos empréstimos. Tire suas conclusões", escreveu na rede social.

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A página do BNDES apresenta o detalhamento de contratos com Angola, Argentina, Costa Rica, Cuba, Equador, Gana, Guatemala, Honduras, México, Moçambique, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela. Segundo o banco, o país ou empresa importadora assume a responsabilidade de pagar o financiamento ao BNDES, com juros, em dólar ou euro. Por isso, os contratos de financiamento à exportação envolvem três partes: a empresa brasileira exportadora, o importador e o BNDES.

Durante a campanha eleitoral Bolsonaro, afirmou que iria "abrir a caixa preta do BNDES e de outros órgãos". No início deste mês, o presidente foi às redes sociais reafirmar o compromisso de "revelar ao povo brasileiro o que feito com seu dinheiro nos últimos anos" e disse que muitos contratos seriam revistos.

Empréstimos

Segundo o BNDES, o órgão financia exportações de engenharia brasileira para obras no exterior desde 1998. Os recursos do BNDES envolvidos nessas transações são sempre liberados no Brasil, em reais, para a empresa brasileira exportadora.

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