O número de homens que morrem vítimas de melanoma maligno aumentou em todo o mundo, enquanto em alguns países as taxas são constantes ou decrescentes para as mulheres, de acordo com o estudo apresentado por pesquisadores na Conferência de Câncer do Reino Unido, que ocorre entre os dias 4 e 6 de novembro.
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, apesar de não ser o mais comum. A doença tem origem nas células produtoras de melanina e representa somente 5% dos casos de câncer de pele. O problema é que esse tipo de tumor possui alta capacidade de produzir metástases e se espalhar para outros órgãos como fígado, pulmões e cérebro.
##RECOMENDA##Pesquisadores estudaram dados mundiais sobre mortes coletadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 33 países. Eles descobriram que os índices de morte por melanoma em homens estavam aumentando em todos os países, com exceção da República Tcheca, onde houve uma redução anual estimada de 0,7% entre 1985 e 2015.
No geral, as maiores taxas de mortalidade foram encontradas na Austrália (5,72 para cada 100 mil homens e 2,53 por 100 mil em mulheres) e na Eslovênia (3,86 em homens e 2,58 em mulheres). A menor taxa, mas ainda superior à das mulheres, foi a do Japão (0,24 em homens e 0,18 em mulheres).
De acordo com uma das responsáveis pelo estudo, a médica Dorothy Yang, o principal fator de risco para o melanoma é a exposição excessiva à radiação ultravioleta, que pode ocorrer pela exposição ao sol ou por bronzeamento artificial. "Mais pesquisas serão necessárias para explorar os fatores subjacentes a essas tendências. Existem evidências que sugerem que os homens são menos propensos a se proteger do sol ou se engajar com campanhas de conscientização e prevenção do melanoma. Há também trabalhos em andamento que procuram por fatores biológicos subjacentes à diferença nas taxas de mortalidade entre homens e mulheres”, acrescentou.
"Apesar dos esforços de saúde pública para promover a conscientização do melanoma e encorajar comportamentos inteligentes, a incidência de melanomas tem aumentado nas últimas décadas. No entanto, alguns novos relatórios identificaram sinais de estabilização e declínio nas taxas de mortalidade por melanoma em lugares como a Austrália e o norte da Europa", completou.