A pesquisa ‘Sobrevivência de Empresas (2020)’, promovida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revelou que os microempreendedores individuais (MEI) são os que apresentam maior taxa de mortalidade em até cinco anos. O estudo é feito com base em dados da Receita Federal e com apuração em campo.
Segundo o levantamento, a taxa de mortalidade dos MEI é de 29%. No que diz respeito às microempresas, a taxa de falência, após cinco anos, é de 21,6%, enquanto os negócios de pequeno porte apresentam 17%.
##RECOMENDA##“Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, comentou o presidente do Sebrae, Carlos Melles, ao analisar os dados do estudo, conforme informações da Agência Sebrae de Notícias.
A pesquisa chegou à conclusão de que a maior taxa de falência dos MEI está ligada à “extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP)”. De acordo com a análise, “as facilidades de abrir e fechar o MEI faz com que este sistema se assemelhe ao padrão norte-americano de abrir e fechar empresa. Logo, com a maior facilidade de registro e baixa, passa a ser natural entrar e sair de uma atividade, sem que isso gere implicações burocráticas excessivas”.
A principal causa para fechamento dos negócios apontada por parcela expressiva dos empresários é a pandemia da Covid-19. “Independentemente do porte, mais de 40% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, destacou Melles.
Ainda segundo o estudo, o comércio carrega a maior taxa de mortalidade. Nesse segmento, 30,2% dos empreendimentos fecham as portas em cinco anos. Em seguida, aparecem indústria da transformação, com 27,3%, e serviços, com 26,6%. “As menores taxas de mortalidade estão na Indústria Extrativa (14,3%) e na Agropecuária (18%). Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade com um percentual de 30%. Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram uma taxa de mortalidade de 29%. Amazonas e Piauí foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade (22%), seguidos por Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro (23%)”, acrescentou o Sebrae.
Com informações da Agência Sebrae de Notícias