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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou nesta quinta-feira, 5, que as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, atrapalham os investimentos no Brasil. "Espero que Bolsonaro tenha algum amigo sincero perto dele", disse a uma plateia de empresários, em evento em Brasília.

Dino defendeu ainda que "não é saudável" o presidente produzir crises todos os dias.

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"Quando houve a redemocratização do Brasil, Figueiredo era o presidente. E ele convivia, dentro do possível, com governadores de oposição", pontuou Dino, referindo-se ao ex-presidente da República João Baptista Figueiredo. "Então, acho que é preciso haver comparação com outros momentos da vida brasileira."

O governador afirmou ainda que não faz uma oposição de "vetos ideológicos" às propostas do governo Bolsonaro. "Ontem defendi a aprovação do acordo da base de Alcântara, que foi celebrado pelo governo federal", exemplificou. "Não temos vetos ideológicos."

Também presente ao evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), evitou falar diretamente sobre os efeitos das declarações de Bolsonaro sobre os investimentos no País. Leite afirmou que o período atual é difícil a ser administrado. "Um enorme desafio nos tempos atuais", falou, citando a interferência das redes sociais na política. Segundo ele, há uma "provocação diária pelos tuítes".

Os dois governadores participaram nesta quinta-feira da conferência "Agenda do Brasil para Crescimento Econômico e Desenvolvimento", promovida pelo Council of the Americas (COA), em Brasília.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira, 5, que a tarefa do novo governo não é "simples nem fácil" e defendeu, que no novo projeto de governo para o Brasil, a aproximação com os Estados Unidos é "fundamental". "Temos uma relação equilibrada em termos de trocas comerciais", afirmou a ministra, acrescentando, contudo, que a pauta agropecuária ainda é concentrada em alguns produtos.

A ministra disse que café, álcool e suco de laranja dominam a pauta do Brasil com os Estados Unidos. "Nossa proposta é ampliar as trocas comerciais e diversificar esta pauta, de modo que seja benéfico para os dois países", afirmou. De acordo com a ministra, o valor agropecuário da pauta do Brasil com EUA ainda é baixo.

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Tereza Cristina participa na manhã desta quinta, em Brasília, da conferência "Agenda do Brasil para Crescimento Econômico e Desenvolvimento", promovida pelo Council of the Americas (COA).

Preservação ambiental

A ministra da Agricultura também disse que a "mídia internacional pintou a situação da Amazônia de cores irrealistas". Segundo ela, "o problema da Amazônia existe e está sendo tratado da forma que merece".

"Estive recentemente na região. Não é correto associar o que lá ocorre com a venda de alimentos", afirmou a ministra. "A preservação ambiental é um ativo que o Brasil construiu e tem há muitos anos."

A ministra citou a agricultura de baixo carbono, a integração entre lavoura, pecuária e floresta e também o plantio direto como ações sustentáveis. De acordo com Tereza Cristina, o País desenvolveu políticas e mecanismos para defender a preservação ambiental. A ministra afirmou ainda que a reforma tributária pode melhorar a competitividade no Brasil e a atração de investimento externo. E pontuou, ainda, que tem reforçado sua agenda internacional.

O Conselho das Américas, organização não governamental norte americana, realizará pela primeira vez uma missão para o Nordeste do Brasil. O encontro está agendado para esta quarta-feira (8), no hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem, e tem por objetivo promover o diálogo entre os setores público e privado dos países do continente americano.

Um grupo de cerca de 50 empresários americanos participará do evento que irá discutir as oportunidades de negócios no setor de infraestrutura e as perspectivas futuras para a região. A organização não governamental, ao longo de sua história, tem feito visitas sistemáticas ao Sul e Sudeste do país, mas este ano o foco será o Nordeste, mais precisamente o Estado de Pernambuco.

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A agenda incluirá debates sobre o financiamento de projetos e parcerias público-privadas, uma visita às instalações do Complexo Industrial de Suape, bem como reuniões com os secretários de Governo, Maurício Rands, e de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio. A avaliação dos organizadores do evento é que o Nordeste do Brasil, particularmente Pernambuco, está atraindo cada vez mais a atenção do mundo. Antes da recessão global de 2009, as oportunidades de investimento na região estavam concentradas no turismo. Mas na última década, o panorama mudou e as oportunidades cresceram na região, que registra uma taxa de elevação do PIB que ultrapassou a média nacional.

Entre os participantes, estão empresas da área de logística, bebidas, agronegócios, energia eólica, vidros, produtos farmacêuticos e de beleza, automação industrial e de engenharia. O evento começará às 9h, com palestra de abertura de Rands. Em seguida, representando o Ministério da Integração Nacional, Henrique Sampaio falará sobre a dinâmica da região Nordeste do Brasil; o secretário Geraldo Júlio apresentará os projetos e as perspectivas de Pernambuco e Paulo Guimarães, Chefe do Departamento Regional Nordeste do BNDES, falará sobre linhas de crédito e parcerias público-privadas. À tarde, o grupo seguirá para uma visita ao Complexo de Suape.

A conferência poderá ser acompanhada, ao vivo, através do site da organização.

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