Os procedimentos de saúde que não possuem nível elevado de urgência, também conhecidos como consultas eletivas, sofreram uma drástica queda na pandemia do Covid-19. Segundo os dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), a crise sanitária impediu que mais de 27 milhões de consultas eletivas fossem realizadas em 2020, uma diferença de 26,9 milhões, quando comparado ao mesmo período de 2019.
De acordo com o levantamento apresentado pelo estudo da CFM, entre as consultas não realizadas estavam 16,6 milhões de exames de diagnóstico, 8,8 milhões de procedimentos clínicos e 1,2 milhões de pequenas cirurgias.
##RECOMENDA##Já em 2021, por conta do avanço da vacinação e da queda no número de casos de Covid-19, uma pesquisa realizada pela consultoria em benefícios Amarq mostrou que o número de consultas eletivas teve um aumento de 15% quando comparado a 2020.
Para a CEO da Amarq, Mariana Marques, este índice tende a crescer, agora que 73% da população brasileira tomou pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19, como apontam os dados do Ministério da Saúde.
Segundo Mariana, por meio das consultas eletivas, é possível identificar doenças assintomáticas e seus devidos tratamentos. “Como sabemos e defendemos, doenças descobertas no início têm mais chances de cura. Manter-se em dia com a saúde é essencial”, afirma.
De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendável que uma criança realize sete procedimentos eletivos durante o primeiro ano de vida, dois no segundo ano e, após isso, as consultas devem ser realizadas anualmente. “Já nos adultos, é recomendado ao menos uma consulta por ano. Em casos de doença, o ideal é verificar a frequência com o seu médico”, recomenda. Mariana.
A CEO da Amarq lembra que a frequência das consultas variam de acordo com a idade e diagnósticos do paciente. “Recomendamos que sempre é importante o indivíduo se sentir bem e estar em dia com seus exames preventivos”, destaca Mariana.
Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que aproximadamente 73% de todas as mortes no Brasil ocorrem devido a doenças consideradas evitáveis, as chamadas Doenças não Transmissíveis (DNTs), como as cardiovasculares, respiratórias, diabetes, renais, entre outras.