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O dólar à vista fechou em baixa nesta segunda-feira, 12, alinhando-se ao recuo frente a divisas de economias emergente e ligadas a commodities. O movimento foi direcionado, principalmente, pelo acordo entre grandes produtores de petróleo para limitar a oferta e apoiar os preços da commodity. No entanto, a baixa do dólar foi limitada pelo ambiente político tenso no Brasil, o que também sustentou a moeda em alta pela manhã. O dólar à vista encerrou em baixa de 0,72%, aos R$ 3,3470.

Para o cenário doméstico, a principal preocupação citada por profissionais de câmbio era o impacto da crise política na agenda econômica do governo. Na véspera da votação final da PEC do Teto no Senado, a expectativa é de aprovação da medida, o que também - ao longo do dia quando informações eram digeridas - ajudou a aliviar a alta do dólar. No entanto, cresceu a ansiedade em torno do placar dos votos amanhã.

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O câmbio doméstico passou por uma sessão de contrastes nesta segunda-feira. Depois de avançar aos R$ 3,4076 (+1,08%) pela manhã, o dólar à vista recuou à mínima de R$ 3,3368 (-1,02%) no começo da tarde. De acordo com dados da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,264 bilhão.

Em meio a essa turbulência política, o governo tem reforçado o discurso de que lançará um pacote de medidas microeconômicas para ajudar a recuperação. De acordo com fontes, a iniciativa deve vir com atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prepara uma linha de apoio à reestruturação das dívidas das empresas em dificuldades financeiras.

Nos últimas minutos da sessão, o dólar futuro para janeiro foi às mínimas. No mercado futuro, o dólar para janeiro encerrou em queda de 1,25%, aos RS$ 3,3580, com mínima em R$ 3,3565 (-1,29%). Já na máxima tocou R$ 3,4265 (+0,76%). O giro somou US$ 12,920 bilhões.

Hoje, o Banco Central concluiu o processo de rolagem de contratos de swap cambial que venceriam em janeiro de 2017. A instituição vendeu o lote integral de 9.995 contratos de swap cambial tradicional no leilão realizado na manhã desta segunda-feira, numa operação que somou valor financeiro de US$ 499,7 milhões. Agora, o vencimento mais próximo é o de fevereiro, para o qual há 128.620 contratos (US$ 6,431 bilhões) em aberto.

A expectativa de profissionais ouvidos pelo Broadcast é de que o BC volte a atuar com swap cambial apenas em situação de estresse no mercado, como numa sessão de alta exacerbada do dólar ou volatilidade excessiva. Após o encerramento das negociações no mercado, o BC anunciou que fará amanhã dois leilões de linha de até US$ 4,2 bilhões. O mercado aguardava o anúncio, uma vez que o fim do ano costuma ser uma época de demanda por capital, principalmente, para instituições que precisam fazer remessas ao exterior.

Para a Ponte Preta, uma partida com cara de amistoso de luxo. Na Portuguesa, o jogo da vida. É com este cenário de contrastes que as equipes fazem o duelo estadual, neste domingo, às 17 horas, que pode garantir a permanência dos paulistanos na elite do Campeonato Brasileiro. O confronto, válido pela 37.ª e penúltima rodada, será realizado no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Com o empate entre Fluminense e Atlético-MG, na noite do último sábado, a Ponte ficou matematicamente rebaixada, pois, com 36 pontos, não pode mais alcançar o atual campeão brasileiro, que chegou aos 43, nestas duas últimas rodadas do Brasileirão. Entretanto, o foco do time campineiro está todo voltado para a decisão da Copa Sul-Americana contra o Lanús, da Argentina, em dois jogos nas próximas duas semanas. "Infelizmente, nem mesmo um possível título apagará nossa decepção por este rebaixamento", reconheceu o técnico Jorginho.

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Enquanto isso, a Portuguesa pode se garantir matematicamente na elite. Com 44 pontos, na 14.ª posição, bastaria vencer o jogo e torcer por tropeços de Coritiba e Vasco. "Para nós, este jogo é uma decisão e temos que tratá-lo como tal", reafirmou o técnico Guto Ferreira.

Jorginho já confirmou que poupará os jogadores que começaram jogando contra o São Paulo, no empate por 1 a 1, em Mogi Mirim (SP), na última quarta-feira, pelas semifinais da Sul-Americana. O time todo será reserva, mas contará com antigos titulares como o meia Adrianinho e o atacante William, artilheiro com 29 gols no ano e que se recupera fisicamente após sofrer uma lesão muscular. "É nossa obrigação entrar em campo e honrar esta camisa", garantiu o atacante.

Na Portuguesa, o mistério é total. Guto Ferreira fechou os treinos da semana e não confirmou o time. O certo é que o volante Willian Arão, que levou o terceiro cartão amarelo, e o meia Héverton, expulso, cumprem suspensão. Como só o primeiro era titular, a novidade será o volante Ferdinando. O zagueiro Moisés Moura e o atacante Diogo, lesionados, devem continuar de fora.

Curiosamente, a própria torcida da Ponte Preta já se conformou com o rebaixamento e se concentra no sonho de conquistar o primeiro título de sua história de 113 anos. Por isso, a expectativa é de um público pequeno no Moisés Lucarelli.

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