Os ativistas pela independência da Catalunha formaram uma corrente humana de aproximadamente 400 quilômetros na tarde de hoje, mas o desafio organizacional maior dos separatistas pode vir depois, à medida que eles tentam angariar apoio para um prometido referendo sobre a independência da região.
Não está completamente claro se os catalães conseguiram preencher todo o percurso, que se estendeu dos pés dos Pirineus até o Mar Mediterrâneo, mas imagens televisionadas por helicópteros sobre as áreas rurais não mostram buracos perceptíveis na corrente humana.
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Os organizadores estimam que 1 milhão de pessoas participaram da manifestação, sendo que muitos deles trajavam sobre seus ombros bandeiras com as cores da Catalunha. O Ministro do Interior da Espanha, Ramon Espadaler, estimou a participação no ato em 1,6 milhão de pessoas.
O referendo, prometido para 2014 pelos principais partidos políticos da Catalunha, provocou a oposição do governo central conservador e revelou tensões dentro do movimento pela independência que dificilmente serão resolvidas. Pesquisas indicam que a maioria dos catalães concordam com o referendo, mas o apoio à independência está em torno de 50%.
O líder político Artur Mas declarou que se o governo não encontrar um meio de canalizar as demandas desse movimento, "então eu acho que o estado da Espanha tem um sério problema com a Catalunha".
Muitos catalães acreditam que a separação poderia libertá-los dos problemas econômicos do país, mas eles não têm respaldo das autoridades. "A pior coisa que um político pode fazer é forçar seu povo a se separar" em dois grupos, disse a vice-primeira-ministra espanhola, Soraya Sáenz de Santamaría.
Nos últimos dias, o protesto foi pelo menos parcialmente ofuscado por declarações aparentemente contraditórias em relação ao calendário para o referendo sobre a independência da Catalunha proposto pelo líder catalão Artur Mas.
Em uma entrevista de rádio na semana passada, Mas pareceu recuar de um compromisso anterior de realizar o referendo no ano que vem, dizendo que ele não esperava que o governo federal fosse permitir isso. Mas disse que os catalães poderão ter de se contentar com a realização das eleições parlamentares de 2016, que terão força de referendo. Fonte: Dow Jones Newswires.