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O Brasil está em crise. É o que vem sendo dito há alguns anos para justificar as baixas nos mais diferentes segmentos. Porém, produtores e artistas de brega parecem estar alheios à essa 'crise'. O movimento está em franco crescimento e, inclusive, foi tema de um dos debates do festival Porto Musical, nesta sexta (2). Na mesa, estavam os produtores Dany Bala e Victor Ronã, que, em seguida, explicaram ao LeiaJá onde está a força do brega. 

Victor e Dany representam alguns dos artistas de maior sucesso na cena. MC Troia e Tocha são alguns deles. Além disso, os dois trabalham produzindo músicas e videoclipes, pela produtora ProRec, com estrutura milionária que não deixa nada a dever a trabalhos feitos fora de Pernambuco. Pelo contrário, Dany já está acumulando clientes de outros estados e até de fora do país. Para Victor, um dos motivos deste crescimento é o aumento do público que consome o brega: "O povo em si começou a consumir mais, a clase A e B está começando a consumir isso". Ele conta que isso se traduz em eventos de cachês e "nível" altos, como grandes formaturas. Já Dany, explicou do cuidado com as produções para atingir todos os públicos: "A gente tenta investir em equipamentos e até aprendizagem para poder se igualar ao mercado".

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O resultado de tanto investimento e trabalho é uma cena que só cresce e já ultrapassou os limites das comunidades de onde saem os artistas em sua maioria. Só para ter uma noção, o MC Troia, o Troinha, produzindo por Victor, já alcançou posição de destaque. Este ano, Troinha virou boneco gigante de Olinda e já está fechando uma turnê na Europa. 

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Em tempos de instabilidade econômica, um dos ramos que consegue driblar a crise é o mercado pet. A relação do brasileiro com os animais de estimação é maior do que os problemas financeiros e pesquisas mostram que o ramo nada contra a corrente dos negócios sem sucesso. O ingresso no ramo dos bichos pode ter resultados proveitosos.

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Sem medo de arriscar no potencial, há dez anos Leandro Urbano virou banhista e, em seguida, tosador. “Eu entrei nesse ramo por necessidade e, através dele, eu aprendi a gostar do meio”, explica. Sua preparação para conseguir bons padrões de tosa foi necessária por meio de cursos e aperfeiçoamentos. “Eu fiz três capacitações: máquina, tesoura e cachorro de pelo liso. Agora falta a tosa na faca”, revela Leandro. Em um dia, o profissional chega a tosar cerca de seis cachorros. A média de tempo para retirada de pelo dos bichos é entre uma hora e uma hora e meia.

Segundo o especialista em tosa, a profissão é rentável. “Eu ganho em torno de R$ 2 mil, um salário que muitas pessoas que são formadas não ganham”, conta Leandro Urbano. Ainda de acordo com o tosador, o trabalho com os animais requer cuidado, paciência e amor aos bichos. “O que me diferencia é a dedicação e o carinho que eu tenho com os animais. Além disso, classifico, hoje em dia, meu trabalho como sendo bom”, diz o profissional, que trabalha em uma loja localizada no Recife.

Além do tratamento direto com aparência dos bichos, há também os profissionais que atuam cuidando da saúde dos pets. A médica veterinária Carolina Santoianni trabalha há cerca de três anos na clínica do petshop Pet Palace, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. O desejo de virar médica veterinária veio desde criança e a paixão aflorou quando foi prestar o vestibular. 

Segundo a especialista em animais, a rotina diária na clínica é de muitos atendimentos relacionados a problemas de pele. “Não tem muita emergência, mas de vez em quando recebemos alguns casos, como uma ‘diarreiazinha’”, explica e médica. 

Antes de trabalhar na clínica, Carolina foi atuar como representante de vendas. “Você vai representar um laboratório, visitar um veterinário e demonstrar os produtos do laboratório. Pode ser ração, podem ser medicamentos. A finalidade é vender”, conta a veterinária. Além da área comercial, a especialista também chegou a dar plantões. 

A veterinária ainda conta que o momento é de mais estudos na profissão. A médica está planejando iniciar a especialização em oftalmologia. “Se eu, como clínica geral, quiser tratar um problema de pele, eu posso tentar. Se não der certo, o animal não vai perder um sentido; eu encaminho ele para um dermatologista. Mas o olho não. Se eu vir um animal que tem um problema e eu tentar uma coisa e der errado, ele pode perder aquele olho”, aponta a veterinária.

Novidade no mercado

A necessidade de cuidado com animais fez o empresário GG Sampaio criar uma rede de planos de saúde para bichos. “Eu tenho um cão em casa que, por conta dos barulhos dos festejos juninos, pulou do quarto andar no prédio. De uma hora pra outra, gastei R$ 5 mil e nesse momento senti a necessidade de prevenção”, conta o dono da Pet Saúde. Sua relação com a saúde dos bichos é também uma questão de direitos. “Quando um humano não tem plano, ele pode recorrer ao SUS, mas o pet não”, completa.

Com menos de um ano de funcionamento, a rede de planos de saúde para animais atua nos estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Paraíba e, recentemente, Ceará. A Pet Saúde oferece dois pacotes: o Pet Essencial, no valor de R$ 60, que é voltado para a prevenção; e o Pet Especial, com mensalidades de R$90, que atuam no quesito de tratamento. 

Dados de pets no Brasil – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, o Brasil possuía 132,4 milhões de animais de estimação domiciliados. Desses, 52,2 milhões são cães, 37,9 milhões são aves (não criadas para o consumo), 22,1 milhões são de gatos, 18 milhões são peixes ornamentais e 2,21 milhões de pequenos animais, como répteis (iguanas, cobras e lagartos) e mamíferos (ratos, chinchilas, coelhos e porquinhos).

Em 2015, o segmento faturou um total de R$ 18 milhões, sendo 67,3% destinados à alimentação dos bichos; 17% ao mercado de serviços para os animais; 8% aos chamados Pet Care, que são equipamentos, acessórios e produto de beleza e higiene pessoal. Por fim, 7,7% do total foi destinado a medicamentos veterinários. De 2014 para 2015, o crescimento no setor foi equivalente e 7,6%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Confira um vídeo a seguir com os personagens desta reportagem:

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