Tópicos | desigualdades regionais

O governador Paulo Câmara (PSB) não poupou críticas ao Governo Federal durante um debate sobre os desafios para o desenvolvimento do Nordeste. Segundo o socialista, as “desigualdades regionais ainda estão presentes fortemente” no país e o planejamento da região para os próximos anos depende, inclusive, do resultado do processo de privatização do Sistema Eletrobras, incluindo a Chesf e a gestão do Rio São Francisco. Paulo Câmara e os governadores nordestinos são contra a venda dos ativos da empresa. 

"Não podemos discutir o futuro do Nordeste se não soubermos qual será o destino do Sistema Eletrobrás na nossa região", alertou Paulo, nessa terça-feira (5), na  segunda edição do diálogo público "Nordeste 2030 - Desafios e Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável", promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Banco do Nordeste (BNB).

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O pessebista também criticou o fato de o presidente Michel Temer (PMDB) não ter respondido ainda a carta que os nove governadores da região enviaram pedindo informações sobre a venda da Chesf. "Não recebemos nenhum telefonema, nenhuma explicação. Isso mostra, claramente, qual é o olhar que se tem para o Nordeste", observou o governador pernambucano.

Sob a ótica de Câmara, há um "desmantelamento" de órgãos responsáveis pelo desenvolvimento regional, como Sudene, DNOCS, Codevasf e o próprio Banco do Nordeste. Na avaliação dele, todos sabem que o Nordeste tem de crescer mais do que o restante do Brasil para que possa superar a diferenças entre os Estados. "E isso passa pelo planejamento energético da Região. Vivemos num País sem planejamento, que não olha as desigualdades regionais, que não olha o que efetivamente acontece nas regiões", salientou.

O governador de Pernambuco questionou ainda a concentração de recursos na União. "A verdade é que, às vésperas de completar 30 anos da Constituição Cidadã, as desigualdades regionais ainda estão presentes fortemente. A gente vê um Brasil no qual há concentração de recursos nas mãos da União como nunca se viu em períodos democráticos. Sempre se concentrou recursos no Brasil, mas em períodos ditatoriais", comparou Paulo Câmara.

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