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A um dia do prazo para que a Justiça Eleitoral julgue todos os registros de candidatura, o número de candidatos que desistiram da disputa nas Eleições 2022 chegou a 799, superando a quantidade de desistentes nas eleições gerais de 2018, quando 770 candidatos abandonaram a campanha.

As desistências deste ano representam 25,3% de todos as candidaturas consideradas ineptas. Até o momento, 876 (51,35%) tiveram o pedido de registro negado pela Justiça Eleitoral por não atenderem aos critérios da legislação eleitoral ou apresentarem algum impedimento, incluindo os previstos da Lei da Ficha Limpa.

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São os casos, por exemplo, das duas candidaturas à Presidência da República negadas até o momento: a de Pablo Marçal, que pretendia concorrer pelo Pros, mas não comprovou o apoio partidário necessário; e Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa por sua condenação no caso do Mensalão.

Outro motivo para uma candidatura ser considerada inapta é quando o registro foi cancelado pelo partido, o que ocorreu 13 vezes até o momento. É possível ainda que o pedido sequer seja conhecido pela Justiça Eleitoral, em geral devido alguma irregularidade formal que impede seu julgamento. Neste ano, esse foi o caso de 15 registros.

Há ainda as situações em que houve morte de candidato. Desde o início da campanha, três candidatos às eleições deste ano morreram. Todos disputavam uma vaga de deputado federal. São eles o empresário Ilson Baiano (Solidariedade-BA), que morreu de causas naturais não declaradas; o aposentado Adair Ferreira de Souza (Patriota-RO), que teve um ataque cardíaco; e o advogado Antonio Weck (PSC-RS), que morreu em acidente de trânsito na BR-116.

Em todos os casos – seja por indeferimento, cancelamento, não conhecimento ou morte – o partido ou federação correspondente tem até 10 dias corridos para apresentar um substituto.

Números consolidados

Os números finais ainda devem ser consolidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que atualiza os dados ao menos três vezes ao dia. De acordo com a atualização mais recente, às 14h deste domingo (11), ainda há, por exemplo, 2.515 candidaturas aguardando julgamento.

Neste ano, há um recorde de pedidos de registro de candidatura em eleições gerais, que chegou 29.163. Desses, a Justiça Eleitoral já deferiu ao menos 24.440. O prazo para que a Justiça Eleitoral julgue todos os pedidos se encerra amanhã (12), incluindo recursos. Não raro, porém, esse prazo pode ser extrapolado em situações complexas, em que o candidato pode inclusive recorrer à Justiça comum para garantir seu nome na urna, nas chamadas candidaturas sub judice, ou seja, com pendências judiciais.

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) reagiu ao movimento de presidenciáveis da terceira via que, nesta quinta-feira (31), ensaiam desistir da corrida presidencial. Enquanto João Doria (PSDB) deve anunciar sua saída da disputa em pronunciamento às 16 horas, Sergio Moro deve migrar para o União Brasil e tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ciro escreveu: "Muitos vão ceder, mas não serei eu".

O ex-ministro é um dos únicos presidenciáveis que se colocam como alternativa à polarização mas, ao mesmo tempo, não está envolvido nas conversas em torno da aglutinação do centro para uma candidatura viável ao Planalto. Ao contrário de Moro e Doria, que já haviam apontado a possibilidade de abrir mão de "projetos pessoais" para fortalecer a terceira via, Ciro "corre sozinho" na disputa.

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A possível desistência do ex-juiz representa uma oportunidade para Ciro. Ele e Moro apareciam empatados na maioria das pesquisas de intenção de voto divulgadas recentemente.

A movimentação do campo da terceira via nesta quinta-feira começou com a desistência do governador paulista, que, ao contrário do que vinha anunciando desde o ano passado, deve permanecer no cargo atual e retirar sua pré-candidatura à Presidência. No mesmo dia, Moro dá sinais de que também deve deixar de estar à disposição para tentar o Executivo federal. Essas ações reconfiguram o xadrez eleitoral e podem mexer nos arranjos das candidaturas.

O programa Mais Médicos teve 15% de desistências de médicos brasileiros nos três primeiros meses após a saída dos profissionais cubanos. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo na manhã desta quinta-feira (4). O dado representa cerca de 1.052 médicos que entraram no programa em dezembro de 2018.  

Com o fim da participação de Cuba no programa, 7.120 brasileiros assumiram os cargos nas duas rodadas iniciais da seleção. De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo médio da permanência dos brasileiros varia de uma semana a três meses e que, por isso, as desistências já eram previstas.

Espera-se que 1.397 profissionais brasileiros com formação no exterior sejam contratados. Contudo, não há data para as novas admissões.

 

Após cerca de 200 profissionais terem desistido de ingressar no programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde informou hoje (4) que vai reabrir as vagas a partir de amanhã (5). Esses profissionais informaram aos municípios que não irão assumir o posto.

As informações sobre as vagas de desistência serão atualizadas diariamente.

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As inscrições do edital de convocação para o programa vão até sexta-feira (7), prazo para os interessados aderirem e escolherem o município de atuação. Podem se inscrever somente médicos com registro no Brasil. Os profissionais têm até o dia 14 deste mês para apresentação nos municípios. Pelo cronograma, 18 de dezembro é a data para a publicação da lista dos médicos homologados, para iniciarem as atividades.

De acordo com o ministério, o principal motivo alegado pelos médicos para desistência é incompatibilidade de horário com outras atividades profissionais. Outra parcela informou que foi aprovada para residência médica, recebeu nova proposta de trabalho ou problemas pessoais.

"Os médicos que decidirem não comparecer às atividades devem informar ao município alocado, que comunicará a desistência ao Ministério da Saúde. A pasta tem feito contato com os profissionais alocados por meio do endereço eletrônico informado na inscrição, além de ligações telefônicas. Mais de 3.000 ligações foram feitas no início desta semana", informou a assessoria do ministério.

A jornada do programa prevê 40 horas semanais, em uma equipe de Saúde da Família. Segundo a pasta, até as 18h desta terça-feira, das 34.653 inscrições, 23.951 foram concluídas e 8.405 vagas estavam preenchidas, sendo que 3.276 médicos já se apresentaram ou começaram a trabalhar 

"O edital do programa Mais Médicos é uma seleção para a ocupação de vagas de médicos nos municípios. Assim, como todo processo seletivo, os participantes possuem autonomia em assumir ou não a vaga selecionada, Em caso de necessidade, o Ministério da Saúde irá realizar novas chamadas até que complete o quadro de vagas do programa ", informou o Ministério da Saúde.

O edital foi lançado para substituir os mais de 8 mil médicos cubanos que deixaram o atendimento, após Cuba anunciar a saída do programa por discordar de mudanças anunciadas pelo governo eleito. 

O Cine PE Festival Audiovisual de 2017 foi adiado. A diretora do evento, Sandra Bertini, se manifestou, em nota, sobre a desistência de alguns cineastas de participar da programação por discordar do direcionamento político de alguns filmes anunciados pelo festival.

--> Cine PE anuncia programação completa de sua 21ª edição

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“Jamais houve quaisquer formas de politização das programações, pois uma simples pesquisa sobre as edições passadas, facilmente será revelado que o Festival sempre se pautou em mostrar tendências, linguagens, estéticas e ideologias”, afirma a nota. O texto também diz que o festival sempre pautou suas programações “pelo respeito aos valores básicos da liberdade, quais sejam o direito de expressão, o respeito à pluralidade e o combate ao instrumento da censura”.

Segundo Sandra Bertini, a produção foi surpreendida com as desistências e a retirada dos filmes a menos de 15 dias da realização do evento. Argumenta ainda que os títulos serão substituídos por outros que também se inscreveram, mas não foram selecionados na primeira programação divulgada. A reprogramação por conta das substituições “demanda por um tempo superior ao prazo do período de realização agendado, de tal modo que, pelo dever da prudência que sempre inspirou o Festival, será necessária postergar a execução do evento”.

O Cine PE se prepara para realizar sua 21ª edição, que tem como homenageados os atores Rodrigo Santoro e Cássia Kiss, além do crítico de cinema pernambucano Luiz Joaquim.

Ainda não há uma nova data prevista para a realização do Cine PE.

Leia a íntegra da nota de Sandra Bertini, diretora do Cine PE:

"A Direção do Cine PE, em função das manifestações contrárias à programação do evento, que proporcionaram a retirada de alguns dos filmes selecionados, dirige-se ao público em geral, para esclarecer os pontos e comunicar as seguintes decisões:

1.   Que ao longo de 20 anos de realizações, que tornaram o Festival uma das referências nacionais do setor, todas suas programações, indistintamente, foram pautadas pelo respeito aos valores básicos da liberdade, quais sejam o direito de expressão, o respeito à pluralidade e o combate ao instrumento da censura;

2.   Que, por isso mesmo, jamais houve quaisquer formas de politização das programações, pois uma simples pesquisa sobre as edições passadas, facilmente será revelado que o Festival sempre se pautou em mostrar tendências, linguagens, estéticas e ideologias, da forma mais coerente possível, por entender e evidenciar que o conceito da diversidade dever ser de todos e para todos;

3.   Que apesar dessas manifestações se colocarem em tempo impróprio da pré-produção do evento, posto que a surpresa por essa represália, evidentemente, proporcionou um ônus fora do planejamento, torna-se cabível, pelo verdadeiro princípio democrático, respeitar-se as decisões tomadas;

4.   Que essa situação implica na substituição dos títulos por outros que também fizeram suas inscrições de modo espontâneo, que estejam em ordem classificatória da Curadoria e que ainda se revelem dispostos a entenderem os valores que são a essência de quem faz arte e cultura – a liberdade de produzir e o sentimento de consideração pelas obras realizadas, na maioria das vezes, com enormes esforços;

5.   Que essa adequação da situação à nova grade de programação, por razões técnicas e burocráticas, demanda por um tempo superior ao prazo do período de realização agendado, de tal modo que, pelo dever da prudência que sempre inspirou o Festival, será necessária postergar a execução do evento, cuja nova data será divulgada oportunamente;

6.   Que, por fim, destacamos e enaltecemos o papel da Curadoria, a quem foi confiada a árdua missão do processo seletivo dos filmes, justo por ela reconhecer a importância do respeito à pluralidade, desde a criação à difusão, enquanto princípio basilar a ser perseguido, irrevogável e indistintamente, quaisquer que sejam os produtos artístico-culturais."

Sonho de consumo dos vestibulandos, a Universidade de São Paulo (USP) não é a primeira opção entre todos os aprovados no processo seletivo. Dos convocados ontem pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que organiza a seleção para a USP, quase um em cada cinco não deve fazer a matrícula, segundo a média dos últimos anos.

Dos aprovados na primeira chamada de 2013, 18,9% não se inscreveram. Na edição anterior, o índice foi mais alto: 21,7%. Com o objetivo de mapear os motivos pelos quais parte dos selecionados desistiu da USP, a universidade aplicou questionários aos candidatos das edições de 2011 e 2012 que foram aprovados, mas não se matricularam.

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No estudo, porém, a Fuvest esclarece que a real proporção de desistentes em 2011 foi menor porque também havia candidatos com o ensino médio incompleto que estavam impedidos de iniciar a graduação. De acordo com a universidade, a taxa final de aproveitamento das vagas é alta - menos de 2% ficam ociosas após todas as chamadas do vestibular.

O levantamento revelou que, além da qualidade de ensino, aspectos pessoais dos candidatos pesam bastante na escolha da instituição. A localização da faculdade na cidade ou a distância em relação ao município de origem do candidato foram os motivos mais fortes para desistências. Depois, as dúvidas vocacionais surgem como razões expressivas para o não ingresso na USP. Em 2011 e 2012, por exemplo, cerca de 15% dos que se matricularam em outra faculdade em um curso diferente daquele em que foram aprovados na Fuvest alegaram dúvidas na escolha de carreira. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Dos 26 médicos brasileiros que optaram a trabalhar em Fortaleza, no Ceará, pelo programa federal Mais Médicos, 11 desistiram. Ficaram cinco que já estão em prestando atendimento nos postos de saúde do Grande Bom Jardim, área mais violenta da cidade.Os desistentes alegaram o problema da segurança para não aceitar o trabalho.

A Secretaria de Saúde de Fortaleza solicitou ao Ministério da Saúde a abertura de nova chamada para as 11 vagas ociosas. A secretária municipal de Saúde, Socorro Martins, considera a desistência comum. "Isso é natural, porque eles têm interesse em um primeiro momento e depois avaliam. Acho que isso não aconteceu só no Ceará".

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O Ceará é o Estado com um dos menores índices de médicos por mil habitantes. Enquanto a média nacional é de 1,8 médicos por mil habitantes, o Ceará tem 1,05 médicos/mil habitantes, a sétima pior média nacional. Das 834 vagas ofertadas pelo Mais Médicos para o Estado, 106 médicos brasileiros demonstraram interesse e apenas 35 iniciaram as atividades.

Desistências continuam a ser registradas em todo o País. Pelo menos duas cidades paulistas anotaram saídas de médicos brasileiros nesta quarta-feira (4): Ribeirão Pires, no Grande ABC, e a capital, que receberia seis profissionais e agora está com cinco. No Rio, apenas 3 dos 17 profissionais inscritos começaram a trabalhar. Outros 11 desistiram oficialmente das vagas que pleiteavam, e dois, até o fim da tarde desta quarta-feira, não tinham aparecido nem feito contato.

Mesmo no Nordeste, que receberia o maior grupo na primeira fase, os registros vêm aumentando. Apesar de a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador informar que registrou apenas cinco pedidos oficiais de desistência, o número de profissionais que podem não aderir ao programa na cidade poderá chegar a 16 - metade dos 32 homologados.

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Na Paraíba, há o caso de Alagoinha, distante só 99 km da capital, onde o médico se apresentou na segunda e não voltou mais. Já em Cajazeirinhas, a 366 km de João Pessoa, a secretária de Saúde Sacha Dantas disse que o médico tentou fazer acordo para trabalhar dois dias na semana - o que foi recusado.

Doido é tu

E em Fortaleza até virou piada. Dos 26 selecionados, 11 desistiram, quando souberam que iam trabalhar no Grande Bom Jardim, área mais violenta da capital cearense. As desistências ocorreram nesta terça-feira, 3, e quarta-feira, quando os profissionais notaram a vulnerabilidade do posto de saúde.

A piada vem do fato de os médicos terem sido recebidos na segunda pelo bloco carnavalesco "Doido é Tu". O que se fala nas ruas é que os médicos que desistiram disseram: "Doido é tu que fica aqui". (Colaboraram Janaína Araújo e Lauriberto Braga, especiais para o Estado).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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