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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta quinta-feira (25) da cerimônia de celebração dos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), na Sala São Paulo, região central da cidade. Durante a cerimônia houve a entrega da Medalha Armando de Salles Oliveira para entidades com atuação de grande relevância na parceria com a USP ao longo dos anos. Instituída em 2008, a medalha é uma homenagem da Universidade às pessoas e instituições que contribuem para a sua valorização e desenvolvimento. Lula foi um dos contemplados coma medalha.

Durante seu discurso, Lula cumprimentou a universidade pela formação de inúmeras autoridades que atuaram no governo e personalidades que contribuíram para o desenvolvimento e crescimento do país e que continuam prestando seus serviços. “Embora eu não tenha tido a oportunidade de estudar na USP, eu fui muito ajudado a construir tudo o que nos fizemos nesse país por muitas mulheres e homens da USP, por isso obrigado à USP”, disse.

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Lula afirmou ainda que a cada dia a USP fica cada vez mais com a cara de um Brasil miscigenado e não é mais pensada para que São Paulo seja o centro do Brasil. “É a cara do povo brasileiro da periferia, que durante muitas décadas nem sonhava em chegar na USP e hoje é praticamente a metade da universidade”.

O presidente reforçou que, atualmente, mais da metade dos estudantes da USP são oriundos da escola pública e isso significa que, mesmo com a adesão ao sistema de cotas, a Universidade de São Paulo está mostrando que para fazer parte do berço do conhecimento não é preciso ter nascido em berço de ouro.

“É preciso muito esforço individual e é preciso agarrar todas as oportunidades que o governo oferece à parcela menos favorecida da juventude brasileira”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso no aniversário de 90 anos da Universidade de São Paulo (USP) para afagar seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e assegurar que tem contribuído para que o chefe da equipe econômica seja reconhecido como o melhor a ocupar o cargo na história.

Após agradecer a USP por fornecer ministros aos seus governos, Lula pontuou que Haddad, um uspiano, lidera hoje um dos cargos mais importantes e lembrou também da passagem dele pela prefeitura de São Paulo e pelo ministério da Educação.

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"Agora, mais recentemente, a um dos cargos mais importantes, mais visados do governo, tenho nada mais nada menos que o cara que foi na época o melhor ministro da Educação deste País, companheiro Fernando Haddad, e que estou trabalhando para que ele seja o melhor ministro da Fazenda deste Pais", declarou Lula diante de seu ministro da Fazenda, que assistiu à cerimônia.

Em outro momento do discurso, ao citar usuários de crack em situação de rua que andam como "zumbis" pelas vias de São Paulo, Lula lembrou que Haddad começou a encontrar uma solução ao problema. A referência foi ao programa De Braços Abertos, implementado durante a gestão de Haddad na prefeitura da capital paulista. "Mas ela a solução desapareceu, e acho que precisamos assumir a responsabilidade de resolver esse problema", emendou Lula durante a cerimônia realizada na Sala São Paulo, localizada numa área do centro da cidade com grande ocupação de pessoas em situação de rua.

O evento não contou com a presença do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que concentrou o dia em agendas com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Entre os presentes estiveram a primeira-dama do País, a socióloga Rosangela da Silva, a Janja, o vice-presidente Geraldo Alckmin e sua esposa, Lu Alckmin, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Cinquenta anos depois de serem assassinados na ditadura militar brasileira, dois estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foram homenageados pela universidade com diplomas honoríficos neste mês. Mortos em 1973, Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz foram alunos do Instituto de Geociências (IGc) na década de 1970 e também militantes do movimento estudantil da USP. 

A homenagem faz parte do projeto Diplomação da Resistência, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) e da vereadora paulistana Luna Zarattini (PT), em parceira com o Instituto de Geociências da USP.

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As duas diplomações póstumas são as primeiras entre 33 homenagens que a universidade deve promover por meio do projeto para estudantes que foram assassinados pela ditadura militar. O objetivo, informou a instituição, é “reparar as injustiças e honrar a memória dos ex-alunos”.

“Diplomar estudantes que foram assassinados na ditadura significa reparar uma dívida histórica que a universidade tem com esses estudantes. Muitos deles se destacaram academicamente, politicamente e, por razões óbvias, não puderam finalizar seus estudos porque estavam mortos”, disse Renato Cymbalista, coordenador da Diretoria de Direitos Humanos e Políticas de Memória, Justiça e Reparação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento. “É muito importante que a universidade reconheça essa enorme ruptura, essa tragédia, e se coloque em uma posição de solidariedade e de empatia com os familiares, com os amigos e com os parentes das vítimas e também consiga se colocar como uma instituição que não aceita a violação de direitos humanos”, acrescentou, em entrevista à Agência Brasil.

Em 2013, a universidade criou a sua própria Comissão da Verdade para examinar e esclarecer as graves violações aos direitos humanos que foram praticadas contra docentes, alunos e funcionários da universidade durante a ditadura militar brasileira. No relatório final, a Comissão da Verdade concluiu que a ditadura militar foi responsável pela morte de 39 alunos, seis professores e dois funcionários da universidade.

“Uma das recomendações da Comissão da Verdade da USP foi justamente a diplomação honorífica. Algo que nós agora estamos seguindo”, disse Cymbalista.

Alexandre Vannucchi Leme

Alexandre Vannucchi Leme tinha apenas 22 anos e estudava Geologia da USP. quando foi preso, torturado e morto por agentes do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) paulista, um órgão subordinado ao Exército.

Nascido em Sorocaba, era filho de professores e militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) na época de sua prisão. Segundo a Comissão Estadual da Verdade, ocorrida na Assembleia Legislativa de São Paulo, Leme foi visto pela última vez no dia 15 de março de 1973, assistindo aulas na USP. No dia 16 de março, ele foi preso por agentes do DOI-Codi e submetido a intensas sessões de tortura. Um inquérito policial instaurado na época informava que ele foi preso “para apurar atividades subversivas da ALN”. No dia seguinte à sua prisão, Leme morreu em decorrência das torturas.

O estudante foi enterrado como indigente e a causa da morte divulgada pelo governo foi atropelamento, que teria ocorrido, segundo a versão militar, enquanto Vannucchi tentava fugir da polícia. Apenas em 2014 sua certidão de óbito foi retificada, com a informação de que havia sido morto no DOI-Codi por tortura.

Ronaldo Mouth Queiroz

Ronaldo Mouth Queiroz também era estudante de Geologia e vinculado à ALN. Foi presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP e, sob o pseudônimo de Mc Coes, produziu um jornal independente que fazia críticas políticas bem-humoradas.

Queiroz foi morto a tiros por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em 6 de abril de 1973, três semanas após a morte de Vannucchi, enquanto estava em um ponto de ônibus. A versão oficial dizia que Queiroz teria morrido após uma troca de tiros com militares, mas testemunhas que estavam no mesmo ponto de ônibus disseram ter visto ele ser executado.

Conceder o diploma honorífico a esses estudantes é um caminho para a memória e a reparação desse período. No entanto, os familiares e amigos das vítimas da ditadura militar no Brasil ainda prosseguem na luta por justiça e condenação. “O Brasil não foi capaz de fazer justiça. Ele não foi capaz de condenar explicitamente os algozes da ditadura. Isso porque, quando a gente teve a nossa lei da anistia, nós anistiamos tanto aqueles que tinham sido perseguidos pela ditadura, que estavam em exílio ou que estavam na clandestinidade quanto os torturadores. E isso teve algumas consequências bastante problemáticas porque a gente nunca conseguiu realmente fazer justiça como, por exemplo, aconteceu na Argentina, onde perpetradores foram para a cadeia e estão pagando por seus crimes. Isso não aconteceu aqui no Brasil”, disse Cymbalista.

Nesta sexta-feira (15), a Universidade de São Paulo (USP), lançou o ‘Projeto de Resistência’. A iniciativa homenageia estudantes que foram assassinados durante a Ditadura Militar. A ação é da vereadora Luna Zarattini (PT-SP) em conjunto com a universidade. 

O projeto irá conceder diplomas honoríficos para 31 alunos da USP mortos durante o período, com a intenção de reparar as injustiças e honrar a memória dos ex-alunos. Segundo a Comissão da Verdade da universidade, 39 estudantes foram assassinados, além de seis professores e dois funcionários. 

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Os primeiros homenageados do ‘Projeto de Resistência’ foram Alexandre Vannucchi e Ronaldo Queiroz, ex-alunos da USP na década de 1970 e militantes do movimento estudantil da universidade paulista.

A Universidade de São Paulo (USP) é considerada a mais empreendedora do Brasil. Isso é o que aponta o Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE), iniciativa da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior). Neste ano, o ranking de universidades QS World, um dos mais respeitados do mundo, já havia colocado a Universidade de São Paulo (USP) como a melhor instituição de ensino superior da América Latina.

É a quarta vez em que a instituição figura no topo da lista, a exemplo do que ocorreu nos anos de 2016, 2017 e 2019. No ano passado, a primeira colocação foi ocupada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que agora ficou em segundo lugar. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ocupa a 25ª colocação, com 49,63 pontos. Já a Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) ficou na 36.ª posição, após somar 46,48 pontos. Com 43,24 pontos, a Universidade Federal do ABC (UFABC) figura na 51ª colocação.

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O Ranking de Universidades Empreendedoras é feito a partir da coleta e análise de dados de três diferentes fontes: pesquisa com alunos, levantamento de embaixadores (estudantes voluntários) e análise de bases de dados complementares. Para ser considerada uma instituição empreendedora, a universidade precisa estar inserida em um ecossistema que desenvolve a sociedade por práticas inovadoras. O ranking avalia Cultura Empreendedora, Inovação, Extensão, Internacionalização, Infraestrutura e Capital Financeiro.

Segundo a coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida), Fátima de Lourdes dos Santos Nunes, tem havido uma dedicação da USP para pensar e promover iniciativas nessa direção. "Colocar a inovação como uma área adjunta da Pró-Reitoria de Pesquisa fortaleceu e fomentou esse tipo de ação. Também tem acontecido um trabalho muito forte da Agência USP de Inovação para oferecer treinamentos, cursos e envolver alunos nessas atividades", afirma.

HISTÓRICO

A Brasil Júnior, organização sem fins lucrativos que representa estudantes inseridos em empresas juniores, produz o ranking desde 2016. Neste ano, 108 instituições de todo o Brasil participaram da avaliação. Mais de 4 mil estudantes foram ouvidos nesta edição, segundo a entidade.

"A Rede Federal (de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) é inovadora, e o empreendedorismo está no DNA das instituições, desde o ensino técnico até a formação integral e integrada. Tudo o que a Rede produz tem o viés inovador", afirma Alexandre Bahia, Diretor Executivo do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fuvest, responsável pelo vestibular da USP, divulgou uma nova lista de leituras obrigatórias para os anos de 2026 a 2028, centrando-se exclusivamente em mulheres autoras de língua portuguesa. Entre as selecionadas estão nomes como Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen. Essa mudança tem como objetivo enfatizar e valorizar o papel das mulheres na literatura, reconhecendo décadas de invisibilidade. A presidente do Conselho Curador da Fuvest e vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, destaca a necessidade dessa renovação, enquanto Aluísio Cotrim Segurado, Pró-Reitor de Graduação da USP, acredita que a mudança é corajosa, necessária e mantém a qualidade da lista.

A partir de 2029, a lista de leituras obrigatórias volta a incluir autores da literatura brasileira e de língua portuguesa, como Machado de Assis, Erico Verissimo e Luís Bernardo Honwana. Nesse ano, a seleção contempla quatro obras escritas por autoras e autores negros. Destaca-se ainda a inclusão de "Incidente em Antares", de Erico Verissimo, como representante da literatura fantástica, introduzindo uma novidade no vestibular. Essa abordagem visa enriquecer a diversidade de gêneros literários explorados no exame.

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De acordo com Gustavo Ferraz de Campos Monaco, diretor executivo da Fuvest, a escolha pelo predomínio de autoras mulheres na nova lista não nega a literatura feita por homens, que é e continuará a ser essencial. “Trata-se, antes, de trazer a público e valorizar o que, muitas vezes, ainda não se conhece, e de destacar a importância das mulheres no cânone, em diferentes períodos históricos, nos mais variados gêneros literários, com perspectivas diversas. Esta é, assim, uma lista que posiciona a literatura como uma ferramenta de reflexão e transformação social”.

Enquanto que para Monaco, o fato de a nova lista apresentar obras a partir do período do Romantismo em diante não impactará a maioria dos candidatos que prestarão o vestibular pela primeira vez na edição de 2026: “Esses estudantes estão terminando o primeiro ano, fase em que a análise literária escolar costuma avançar até o Arcadismo. Romantismo e Realismo são os principais movimentos literários analisados no segundo ano do ensino médio e, assim, as escolas terão tempo de introduzir essas obras ainda no curso de 2024”.

As obras de leitura obrigatória para o vestibular de 2025 continuam as mesmas já anunciadas pelos organizadores da prova: Marília de Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga), Quincas Borba (Machado de Assis), Os Ratos (Dyonélio Machado), Alguma Poesia (Carlos Drummond de Andrade), A Ilustre Casa de Ramires (Eça de Queirós), Nós Matamos o Cão Tinhoso! (Luís Bernardo Honwana), Água Funda (Ruth Guimarães), Romanceiro da Inconfidência (Cecília Meireles) e Dois Irmãos (Milton Hatoum).

A primeira fase da Fuvest 2024, o vestibular da Universidade de São Paulo (USP), será realizada neste domingo, 19 de novembro. Ao todo, 110 mil pessoas se inscreveram para participar do exame - cerca de 10 mil como treineiros e 100 mil disputando, de fato, as 8.140 mil vagas no ensino superior.

De acordo com a Fuvest, os cursos de Medicina, Psicologia e Relações Internacionais são os mais concorridos este ano. São 117, 86 e 78 candidatos para cada vaga disponível nos três cursos, respectivamente.

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Para conquistar uma vaga, é preciso atingir nota mínima nesta primeira fase e, então, estar entre os mais bem colocados na segunda fase, que acontece nos dias 17 e 18 de dezembro.

Algumas carreiras, como Música, Artes Cênicas e artes visuais, têm ainda provas de habilidade específica. Elas serão realizadas entre 3 e 11 de janeiro de 2024.

O que levar e o que não levar para fazer a prova da Fuvest?

Você precisará apenas do seu documento original com foto na versão física ou digital e uma caneta azul ou preta de corpo transparente para realizar a prova. No entanto, também é recomendado e autorizado levar:

Garrafas de água;

Alimentos leves;

Lápis ou lapiseira;

Borracha;

Apontador;

Régua transparente.

É proibido levar para o local de prova:

Relógio individual de qualquer tipo;

Qualquer equipamento eletrônico, como calculadora, telefone celular, computador, tablet, reprodutor de áudio, máquina fotográfica etc (o celular pode ser guardado, desligado, dentro de um saco plástico fornecido pelos aplicadores de prova);

Material impresso ou para anotações;

Corretivo de qualquer material ou espécie;

Caneta hidrográfica ou outras, diferentes de caneta esferográfica de tubo transparente;

Caneta marca-texto;

Compasso;

Lápis com tabuada;

Forro, boné, chapéu ou similares, óculos de sol;

Protetor auricular, fone de ouvido ou similares;

Quaisquer outros materiais estranhos à realização da prova.

Caso utilize o documento com foto na versão digital, ele deve ser apresentado na porta da sala de provas. Posteriormente, o celular deve ser desligado e colocado dentro do saquinho fornecido pelos aplicadores da prova.

Como saber o local de prova?

O local de prova da primeira fase da Fuvest está disponível desde 3 de novembro na área do candidato, no site da Fuvest. Basta fazer o login e consultar. Quem for convocado para a segunda fase poderá consultar o novo local de prova a partir de 1º de dezembro.

Que horas começa a prova e qual o tempo mínimo e máximo de permanência?

Nas duas fases da Fuvest 2024, os portões se abrem às 12h e fecham às 13h. Já o tempo de prova, é diferente em cada fase. Na primeira, é possível terminar as questões até as 18h, podendo sair a partir das 16h. Já na segunda etapa, nos dois dias, a prova vai até as 17h e o candidato pode sair a partir das 15h.

O que cai em cada fase da Fuvest?

A primeira prova da Fuvest conta com 90 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais que fazem parte das disciplinas ofertadas obrigatoriamente no ensino médio: Português, Matemática, Inglês, História, Geografia, Física, Química etc. Algumas questões podem conter conteúdo indisciplinar e focado em atualidades.

A segunda fase da Fuvest é dividida em dois dias de prova. No primeiro dia, serão cobradas 10 questões dissertativas de português (gramática, interpretação de texto e literatura), além de uma redação dissertativa. Já no segundo dia de prova, são 12 questões dissertativas de disciplinas específicas, que têm relação com o curso escolhido pelo candidato.

Quem escolher Engenharia, por exemplo, terá de responder sobre Matemática e Física. Já quem optar por Medicina, terá questões de Biologia e Química. As 12 perguntas podem ser divididas entre duas a quatro disciplinas. O número de questões para cada uma delas será sempre igual.

Quais cursos da USP têm prova de habilidade específica? E quando elas acontecem?

Quatro cursos da USP têm prova de habilidade específica na Fuvest:

Artes Cênicas, de 8 a 11 de janeiro de 2024 (segunda a quinta);

Artes Visuais, de 8 a 11 de janeiro de 2024 (segunda a quinta);

Música (SP), de 3 a 6 de janeiro de 2024 (quarta a sábado);

Música (RP), em 4 de janeiro de 2024 (quinta-feira).

Qual é o calendário da Fuvest 2024?

Primeira fase da Fuvest: 19 de novembro de 2023;

Resultado da primeira fase e divulgação do local de prova da segunda fase: 1º de dezembro de 2023;

Segunda fase da Fuvest: 17 e 18 de dezembro de 2023

Provas de habilidade específica (se tiver): entre 3 e 11 de janeiro, a depender do curso;

Divulgação do resultado final e primeira chamada: 22 de janeiro de 2024;

Segunda chamada: 14 de fevereiro de 2024;

Manifestação de interesse na lista de espera: 26 de fevereiro de 2024.

Como funciona o sistema de cotas da USP?

A USP disponibiliza cotas para pessoas pretas, pardas, indígenas e que estudaram em escola pública. Do total de vagas oferecidas, 50% são para ampla concorrência e os outros 50% reservados para estudantes que fizeram o ensino médio de forma integral em escolas públicas.

Entre as vagas reservadas para os cotistas de escolas públicas, 37,5% são para os candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

A classificação acontece da seguinte forma:

Primeiro, vão ser preenchidas as vagas destinadas à ampla concorrência (AC). Nelas, serão alocados os candidatos de todas as modalidades;

Depois, são preenchidas as vagas para quem concorreu pela escola pública (EP) e não passou em AC.

Em seguida, classificam-se aqueles que se declararam como pessoa negra, de cor preta ou parda, ou indígena e que se inscreveram para cotas nesta modalidade, chamada PPI.

Em assembleia geral realizada ontem, os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde 20 de setembro, votaram para continuar paralisados.

O encontro teve momentos de tensão, discordâncias e maior divisão entre os que defendem a saída da paralisação e os que apoiam a permanência.

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Diferentemente das assembleias anteriores, a decisão não foi decretada por contraste, mas por contagem do votos, com placar de 387 a 215 em favor da extensão da greve contra a proposta de voltar às atividades, mas manter estado de mobilização.

Após rodadas de negociações com os alunos, a reitoria chegou a apresentar uma série de compromissos, como a admissão de 1.027 docentes (sendo mais de 140 vagas abertas de forma antecipada), o aumento no número de bolsas para alunos de baixa renda, uma construção de creche na USP Leste e a garantia de que nenhum curso será fechado por falta de professores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de evitar casos graves da covid-19, a vacinação infantil contra a doença é fundamental para proteger as crianças de sequelas da infecção, a chamada covid longa.

A afirmação é de Clovis Artur Almeida da Silva, professor titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP. 

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Durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, que terminou mo sábado (7) em Goiânia (GO), o professor falou que essa vacinação é importante principalmente para crianças que tenham doenças crônicas, como as reumáticas.

“As vacinas mostraram segurança e resposta imune adequada, inclusive nos pacientes reumáticos e que tomam imunossupressores. Mesmo que eles tenham taxas menores de resposta, as vacinas são adequadas para combater a infecção viral”, disse ele.

A covid longa é definida como qualquer sintoma persistente após três meses da infecção pelo novo coronavírus ou pelas complicações que surgem após uma infecção pelo coronavírus. Associadas a essa covid longa podem surgir problemas sérios, como as miocardites (inflamação no músculo que bombeia o coração), os impactos emocionais e as dificuldades na aprendizagem. “O vírus agride o cérebro e leva a sequelas. Leva à ansiedade e depressão também. Mas ainda não está claro quanto tempo dura isso [esses impactos]”, acrescentou Silva.

Um estudo  feito no Instituto de Pediatria do Hospital das Clínicas da USP e publicada na revista Clinics identificou sintomas prolongados da covid-19 em 43% crianças e adolescentes três meses após a infecção. Os sintomas mais presentes foram dores de cabeça, reportadas por 19% do total de pacientes. Dores de cabeça fortes e recorrentes foram a queixa de 9%, mesmo percentual disse ter cansaço. A falta de ar afetou 8% e a dificuldade de concentração, 4%.

O professor destacou que, nesse estudo, cerca de 80% dessas crianças já apresentavam, antes da infecção, problemas crônicos como doenças reumatológicas, renais e oncológicas.  Esse estudo também identificou que as crianças que tiveram covid, passaram a apresentar mais dificuldades de aprendizado do que as crianças que não tiveram a doença.

“As crianças e adolescentes que tiveram covid tinham significativamente valores menores do domínio escolar de aprendizado mostrando que esses pacientes, possivelmente, vão ter impacto no rendimento escolar, no aprendizado escolar”.

Para prevenir a covid-19 e a covid longa, reforçou o professor, é importante que as crianças sejam vacinadas. E essas vacinas estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o território nacional.

Mas não é isso que tem ocorrido no Brasil. Segundo boletim do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em agosto deste ano, apenas 11,4% das crianças brasileiras entre seis meses e cinco anos tomaram ao menos duas doses da vacina contra a covid-19.

“Já há estudos mostrando que a vacina diminuiu a covid, diminuiu a covid longa e que, quem tinha covid longa, melhorou mais rápido com a vacina. A grande questão é: vacine. Se tiver novas doses e novas vacinas, continue sendo vacinado”, aconselhou o professor. 

* A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Reumatologia

Em assembleia da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), realizada na noite desta quinta-feira (5), os professores da USP decidiram manter a paralisação da categoria até a próxima terça-feira (10), quando devem se reunir novamente para deliberar como devem seguir no movimento.

Com a decisão de manter os braços cruzados, os professores continuam acompanhando os estudantes na greve estudantil, deflagrada há mais de duas semanas. As principais reivindicações dos manifestantes, que marcharam na Avenida Paulista nesta quinta, são a contratação de novos docentes e a melhoria na política de permanência estudantil.

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Conforme o Estadão mostrou, a universidade perdeu 800 professores nos últimos dez anos. Como a reposição da categoria não acompanha a quantidade de alunos, os estudantes de algumas faculdades precisam se juntar com outras turmas para acompanhar as aulas, e disciplinas correm o risco de deixar de serem oferecidas em virtude da ausência de profissionais para lecioná-las.

A greve ganhou adesão na última semana, com a inclusão de faculdades como Poli, Medicina e unidades da USP de outras cidades. Os grevistas têm feito barricadas nas faculdades, controlado acesso e, segundo professores, barrado a entrada de docentes no interior dos prédios. Os alunos entendem que esta é a única forma de impedir que a greve não seja desrespeitada com a retomada de aulas.

Uma negociação na quarta (4), entre os manifestantes e reitoria da USP avançou para um acordo entre as partes, com a proposta de abertura de mais 148 vagas para contratação de professores, número que corresponde à quantidade de profissionais aposentados em 2022. Entretanto, os estudantes resolveram manter a greve por entender que ainda há pautas que precisam ser atendidas. Uma nova reunião com a reitoria está agendada para a próxima segunda, 9.

O mesmo foi interpretado pelos docentes da Adusp nesta quinta. A categoria reconhece os avanços nas negociações, mas entende que ainda há possibilidades de mais progressos. Entre eles, a "reposição automática de cargos vagos em função de mortes, aposentadorias ou exonerações e às políticas de permanência estudantil", conforme afirma a nota divulgada pela Adusp.

Não são todos os professores que são à favor da paralisação das atividades. Docentes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco divulgaram nesta quinta uma carta dizendo que não há mais possibilidade de negociação com os estudantes grevistas e que as aulas voltarão em formato online.

"A 'greve' não é dos professores. As aulas não serão repostas. Haverá perda do semestre para aqueles que não voltarem às atividades. Provavelmente, isso poderá causar prejuízos a todos e, mais imediatamente, àqueles que deveriam colar grau no final do ano", disse o diretor da São Francisco, Celso Fernandes Campilongo. "As aulas prosseguirão de modo virtual (online), para os professores que assim desejarem fazer", completou.

O professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) e ex-presidente do centro acadêmico da São Francisco, Eugênio Bucci, afirmou em artigo publicado nesta quinta no Estadão que as reivindicações dos grevistas já foram atendidas, com a contratação de mais professores e aumento das bolsas para estudantes vulneráveis, e entende que não há razão para o movimento atual.

"Os piquetes, organizados pela minoria da minoria, amontoando cadeiras escolares para bloquear portas e corredores das faculdades, ofendem a comunidade e rendem fotografias impactantes, que só servem para abastecer o discurso contrário à vida intelectual, à ciência e às artes", diz Bucci. "A história está cheia de jornadas de lutas estudantis que nos orgulham. Não é o caso da presente greve, é óbvio. Ela não nos orgulha", completou o professor.

Os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram na noite da terça-feira, 26, paralisar as atividades docentes até a próxima segunda, 2. O gesto, aprovado em assembleia geral, é uma demonstração de apoio à greve dos estudantes, deflagrada na semana passada. De acordo com a Associação de Docentes da USP (Adusp), os professores vão se reunir na segunda-feira que vem, em uma nova assembleia, para decidir o indicativo de greve.

A greve estudantil foi aprovada na última terça-feira, 20, sob o argumento de que a USP apresenta defasagem no quadro de professores, e a falta de contratação tem colocado em risco a continuidade de algumas disciplinas, como Japonês e Coreano, que são ministradas no curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

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Foi justamente a FFLCH a primeira a aprovar a greve, que ganhou adesão de outras faculdades, como a Faculdade de Direito, nos últimos dias. Nesta terça, 26, os universitários fizeram uma manifestação pelas ruas da capital até o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

As assembleias setoriais que trouxeram deliberação de paralisação foram a Faculdade de Educação, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - que já tinha demonstrado apoio aos estudantes na semana passada -, o Instituto de Matemática e Estatística (IME) e o Instituto de Psicologia (IP).

Embora não estivessem presentes todas as faculdades e institutos da USP, a decisão vale para todos os representantes da categoria da universidade, de acordo com Michele Schultz, presidente da Adusp.

"A deliberação de uma assembleia geral vale para toda a categoria docente, de todas unidades. Agora, as assembleias setoriais debaterão o indicativo de greve para levar seus posicionamentos para a geral no dia 2 de outubro", disse Michele ao Estadão.

Assim como os estudantes, os docentes também reivindicam mais contratações de professores. "O número adequado de servidoras e servidores docentes e técnico-administrativas (os) é a garantia de melhores condições de trabalho e estudo. É inadmissível que estudantes sejam prejudicadas e prejudicados por falta de docentes", completa a presidente da Adusp.

O corpo docente da USP foi encolhendo ao longo dos últimos anos. Como mostrou uma reportagem do Estadão, a USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023, o que representa uma queda de 15% na quantidade de docentes, dentro de um cenário onde o mesmo número de alunos continuou igual.

Na Faculdade de Medicina Veterinária e Zoologia (FMZV), por exemplo, o quadro encolheu 22,1% entre setembro de 2014 e agosto de 2023 (queda de 104 para 81 professores); na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 21,37% (de 117 para 92), e no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICM), a queda foi 21,13% (142 para 112).

Os números foram divulgados pela Adusp, com base nas folhas de pagamento disponíveis no portal de transparência da universidade. A defasagem é resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, que impediram novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.

A greve também foi impulsionada pelo pedido dos alunos por melhorias na política de permanência estudantil. Na votação pela paralisação, os docentes engrossaram o apoio à pauta.

"A administração da universidade tem condições de ampliar as políticas de permanência estudantil", Michele Schultz. "A universidade passou a receber mais estudantes em situação de maior vulnerabilidade social com a política de cotas. É necessário que haja efetiva inclusão destes estudantes", completou.

Procurada pelo Estadão, a reitoria da USP não retornou até a publicação desta reportagem.

Após a entrada dos professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), agora é a vez dos estudantes da Faculdade de Direito aderirem à greve de estudantes iniciada pelos alunos da FFLCH que demanda por novas contratações de professores. Uma Assembleia Geral realizada na noite da segunda-feira (25) decidiu pela adesão do corpo estudantil do curso.

Segundo o Centro Acadêmico 11 de Agosto, responsável pela reunião, dos 630 estudantes presentes, 606 votos foram positivos a inclusão.

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A greve começa nesta terça-feira (26), com as negociações das pautas e uma nova reunião deve ser realizada na próxima segunda-feira (2), para decidir os próximos passos do grupo.

Dentre as reivindicações estudantis, a principal é a disponibilização de vagas para novos docentes efetivos, suficientes para preenchimento necessário e a garantia das políticas afirmativas na reserva de vagas para os concursos públicos a serem realizados para os cargos. Além disso, também exigem melhores condições de permanência estudantil.

Como mostrou uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023. São 15% a menos de docentes, sem que tenha mudado o número de alunos, resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, quando não foram autorizadas novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.

A reitoria da universidade afirma manter em curso um esforço para a contratação de docentes de forma escalonada, até 2025. Uma parte das vagas foram adiantadas, mas, a maioria dos novos professores só deve chegar no próximo ano.

"Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas. Ao final desse esforço, a USP terá o mesmo número de professores e professoras de 2014", afirmou em nota publicada na última quinta-feira (21).

Como parte da greve que começa nesta terça-feira, o Centro Acadêmico afirmou que as entradas da Faculdade serão interditadas com uso de cadeiras e mesas e aulas online serão vetadas e sofrerão intervenção.

Uma reunião de negociação com a reitoria está marcada para ocorrer nesta quinta-feira (28), e uma Assembleia Geral da Universidade na sexta-feira (29), ambas na Cidade Universitária.

O fim e o começo do ano são marcados por vários vestibulares pelo Brasil. Os estudantes que procuram por uma oportunidade na universidade pública devem estar atentos às datas das inscrições e aplicações das provas.

Para ajudar os vestibulandos que precisam se preparar para o exame, o LeiaJá organizou as datas dos principais vestibulares do país para facilitar a pesquisa. Confira o cronograma abaixo:

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Exame Nacional do Ensino Médio - Enem 2023

Provas para público geral: 5 e 12 de novembro

Provas para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL): 12 e 13 de dezembro

Divulgação dos gabaritos: 24 de novembro

Divulgação dos resultados: 16 de janeiro de 2024

Acesso à mais informações podem ser acessadas na Página do Participante.

Fuvest 2024 (vestibular da Universidade de São Paulo - USP)

Fim das inscrições: 6 de outubro de 2023, às 12h

Data limite para pagamento da taxa de inscrição: 10 de outubro

Divulgação de locais de prova - 1ª fase: 3 de novembro

Prova da 1ª fase: 19 de novembro

Convocação para 2ª fase: 1º de dezembro

Divulgação de locais de prova - 2ª fase: 1º de outubro

Provas de Competências Específicas - Música (São Paulo): 11 a 14 de dezembro

Provas da 2ª Fase - Português e Redação: 17 de dezembro

Provas da 2ª Fase - Disciplinas específicas: 18 de dezembro

Provas de Competências Específicas - Música (Ribeirão Preto): 3 a 6 de janeiro de 2024

Provas de Competências Específicas - Artes Visuais: 4 de janeiro de 2024

Provas de Competências Específicas - Artes Cênicas 8 a 11 de janeiro de 2024

Divulgação da 1ª Chamada: 22 de janeiro de 2024

Pré-Matrícula Virtual – 1ª Chamada: 29 de janeiro de 2024 até às 16h de 1º de fevereiro de 2024

Divulgação da 2ª Chamada: 14 de fevereiro de 2024

Pré-Matrícula Virtual – 2ª Chamada: 19 de fevereiro até às 16h de 20 de fevereiro de 2024

Lista de espera: 26 a 27 de fevereiro de 2024

Convocação da lista de espera (3 chamadas): 5 e 6 de março de 2024 / 12 e 13 de março de 2024 / 19 e 20 de março de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas no site da Fuvest.

Sistema Seriado de Avaliação (SSA) - Universidade de Pernambuco (UPE)

Locais e horário de provas do SSA 3: a partir do dia 30 de outubro

Locais de prova do SSA 1 e 2: a partir de 13 de novembro

Provas do SSA 3: 19 e 26 de novembro

Pedido de recurso do SSA 3 até às 23h59 do dia 28 de novembro

Provas do SSA 1: 3 e 10 de dezembro, pela manhã

Provas do SSA 2: 3 e 10 de dezembro, pela tarde

Divulgação dos recursos do SSA 3: 12 de dezembro

Pedido de recurso do SSA 1 e 2: até às 23h59 do dia 12 de dezembro

Divulgação do resultado de recursos do SSA 1 e 2: 28 de dezembro

Resultados dos candidatos classificados do SSA 3: até o dia 20 de fevereiro de 2024

Resultado dos candidatos: até o dia 31 de março de 2024 

Previsão de divulgação dos classificados e matriculados por entrada: até o dia 12 de abril de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas no site de Processo de Ingresso da UPE.

Vestibular Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) 2024

Habilidades Específicas - Músicas: 18 e 29 de setembro 

Divulgação dos locais de prova da 1ª fase: 17 de outubro

Provas - 1ª fase: 29 de outubro

Divulgação dos aprovados na prova de Habilidades Específicas – Música: 13 de novembro

Divulgação dos convocados para a 2ª fase e locais de prova: 23 de novembro

Provas - 2ª etapa: 3 e 4 de dezembro

Provas de Habilidades Específicas (exceto música): 7 a 9 de dezembro

Divulgação da lista de convocados da 1ª a 8ª chamada: 29 de janeiro de 2024 a 14 de março de 2024

Matrícula virtual da 1ª a 8ª chamada: 30 e 31 de janeiro de 2024 a 15 de março de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas pela página da Comvest.

Vestibular da Unesp 2024

Fim das inscrições: 09 de outubro

Data final para pagamento da taxa de inscrição: até 10 de outubro

Divulgação dos locais de prova - 1ª fase: a partir do dia 6 de novembro

Provas da 1ª fase: 15 de novembro

Divulgação dos locais de prova - 2ª fase: 4 de dezembro

Divulgação de locais de prova - Habilidades Específicas: 4 de dezembro

Provas da 2ª fase: 10 e 11 de dezembro

Provas presenciais (IA São Paulo) - Habilidades Específicas: 12 a 16 de dezembro e 19 a 21 de dezembro

Provas presenciais (FAAC Bauru) - Habilidades Específicas: 15 de dezembro

Divulgação do resultado da Unesp 2024: 31 de janeiro de 2024

Matrícula não-presencial da 1ª chamada: 01 a 05 de fevereiro de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas pela página do Vestibular Unesp.

Vestibular da UnB - Universidade de Brasília 2024

Fim das inscrições: 19 de setembro

Fim do período de solicitação de isenção ou redução da taxa: 19 de setembro

Resultado da solicitação de isenção ou redução: 26 de setembro

Data limite pagamento taxa de inscrição: 6 de outubro

Divulgação dos locais de prova: 9 de novembro

Provas: 25 e 26 de novembro

Divulgação do gabarito: 28 de novembro

Divulgação do resultado final: 16 de janeiro de 2024

Acesso à mais informações podem ser feitas pela página do Cebraspe.

O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP), aprovou a tabela de vagas dos curso de graduação da instituição. Com três forma de ingresso de novos alunos (vestibular Fuvest, Enem USP e Provão Paulista), o quantitativo de oportunidades oferecidas pela USP, em 2023, é de 11.147.

Desse número, a universidade paulista ressalta que haverá reserva de 50% das vagas em cada curso e turno para candidatos oriundos de escolas públicas, considerando os três processos seletivos. Nesse percentual ocorre reserva de vagas para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI) equivalente à proporção desses grupos em São Paulo.

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Confira a distribuição das vagas entre as três seletivas:

Vestibular Fuvest (8.147)

- ampla concorrência: 4.888

- escola pública: 2.053

- escola pública (PPI): 1.206

Enem USP (1.500)

- ampla concorrência: 685

- escola pública: 512

- escola pública (PPI): 303

Provão Paulista (1.500)

- ampla concorrência e escola pública: 942

- PII: 558

O cestringiu o pronto-atendimento adulto desde a semana passada por superlotação. A unidade, na zona oeste de São Paulo, também suspendeu as cirurgias eletivas (não urgentes) por tempo indeterminado até que o fluxo de atendimentos seja normalizado. Segundo a direção do hospital, aumentou a quantidade de pacientes encaminhados pelo poder público ao centro médico de referência ligado à universidade.

A unidade de saúde, importante polo de atendimento na região, foi projetada para receber até 11 pacientes de forma simultânea em seu pronto-socorro. Nas últimas semanas, contudo, o volume tem sido muito superior, o que tem feito a unidade a atender fora das condições consideradas ideais.

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"Não é um fechamento efetivo. Hoje (segunda-feira, 24) mesmo chegaram dois novos pacientes. O que fizemos é um fechamento temporário para dar vazão aos internados", afirma José Pinhata Otoch, cirurgião e superintendente do HU.

"Temos 11 leitos no pronto-socorro - que nunca foram suficientes - e mais 11 macas, que não é o adequado. Na semana passada, tivemos de colocar pacientes em cadeiras. Pensando na segurança em saúde, isso é um absurdo." Conforme Pinhata, na semana passada o número de atendidos de uma vez chegou a 46.

A situação se agravou a partir do momento em que a Central de Regulação de Urgência e Emergência (CRUE), que é administrada pelo município, transformou a unidade em referência de urgência e emergência para toda a região oeste.

"O grande problema é que o sistema de urgência está atendendo a uma demanda muito maior do que pode receber. Somos, infelizmente, o único hospital de cuidados intermediários da zona oeste, uma região que tem 1,5 milhão de pessoas", afirma o superintendente.

Segundo ele, o aumento de atendimentos no pronto-atendimento é reflexo ainda da crise sanitária do novo coronavírus e da alta de casos de acidentes de motocicletas. "Estamos colhendo frutos ainda da pandemia de covid-19. São pessoas que tinham doenças pré-existentes, não tiveram atendimento adequado no período e suas doenças pré-existentes estão repercutindo agora", acrescenta o médico.

Além do fechamento parcial do pronto-atendimento, as cirurgias eletivas também estão suspensas. "Sou cirurgião por formação, e suspender uma eletiva é a última coisa que queremos. Mas se trata de uma situação complexa", diz.

Ele lembra que as cirurgias dependem da liberação de leitos, o que nem sempre ocorre na velocidade que deveria. "Temos casos de pacientes que estão há mais de uma semana aguardando transferência para hospitais de alta complexidade." Vale ressaltar que os setores de pronto-atendimento obstétrico e pediátrico permanecem aberto.

A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Secretaria Executiva de Atenção Hospitalar, informou que os atendimentos para ortopedia por meio do SUS são realizados em hospitais da rede pública ou em clínicas parceiras. O Hospital Universitário faz parte da grade de referência para casos de urgência e emergência na cidade.

A pasta ressalta que, na zona oeste, a cidade conta com o Hospital Mario Degni, Sorocabano, Hospital das Clínicas e o Hospital Universitário, sendo os dois últimos referência para o atendimento de ortopedia.

Maternidade sem restrição

O pronto-atendimento obstétrico e a maternidade, afirma o hospital, funcionam sem restrição. "Os demais pacientes adultos e pediátricos que chegam espontaneamente ao Pronto Socorro do HU estão sendo avaliados pela triagem médica e de enfermagem e os casos que não são de urgência ou emergência estão sendo orientados e encaminhados para a rede de atenção primária", informa a unidade, em nota.

Entre 2013 e o ano passado, o HU viu sua quantidade de leitos ativos reduzir de 233 para 145, segundo o Associação de Docentes da USP (Adusp), que cita números do Anuário Estatístico da instituição. O total de internações, por sua vez, caiu para menos da metade. E o total de funcionários foi de 1.853 para 1.393.

Entre 2015 e 2016, o HU reduziu os atendimentos e e o tamanho da equipe após um programa de demissão voluntária (PDV). As medidas foram tomadas por causa de uma grave crise orçamentária da universidade, que teve aumento grande dos gastos com a folha de pagamento.

Comitê de crise foi instalado

Um comitê de crise foi criado pela superintendência do HU na semana passada. Diariamente, o grupo se reúne para acompanhar o fluxo de pacientes na unidade e avaliar medidas a serem tomadas.

A reitoria da USP deverá se reunir com gestores de saúde do Estado e do Município para debater a situação. Procurada pela reportagem, a reitoria ainda não se manifestou.

Em nota, o Departamento Regional de Saúde da Grande São Paulo (DRS I), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, informou ter sido comunicado sobre a criação do comitê de crise pela USP e que aguarda reunião para debater a situação do pronto-socorro.

"O DRS reforça estar à disposição para, em conjunto com a USP e com o Município de São Paulo, restabelecer a normalidade dos serviços prestados no hospital. Além disso, presta apoio à unidade no sentido de regularizar o fluxo de pacientes junto à regulação", diz o texto.

Os alunos da 3ª série do Ensino Médio da rede pública do Estado de São Paulo ganharam uma nova porta de entrada para as universidades públicas paulistas: o Provão Paulista, exame que será aplicado pela primeira vez em novembro, em data ainda não definida, em todas as escolas públicas de Ensino Médio. O exame será composto por questões de múltipla escolha e redação.

A secretaria estadual da Educação de São Paulo estima que por meio dessa prova serão oferecidas cerca de 10 mil vagas. Através dela será possível ingressar em escolas como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Cada instituição tem autonomia para definir quantas vagas serão oferecidas por meio dessa prova.

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Versões do Provão também serão aplicadas aos alunos da 1ª e da 2ª séries do Ensino Médio da rede pública estadual, para começar a compor uma nota acumulada. Em 2024, a classificação vai considerar as provas feitas em dois anos - na segunda e terceira séries do ensino médio.

A partir de 2025 serão consideradas as avaliações feitas nas três séries. Segundo a pasta da Educação, essa medida serve também para combater o abandono e a evasão no Ensino Médio.

Unesp

No final do mês passado, o Conselho Universitário da Unesp aprovou o ingresso da Universidade no Vestibular Paulista Seriado a partir de 2024. De 3.854 vagas destinadas a egressos de escolas públicas, a instituição vai oferecer 980 vagas para o Provão Paulista - 12,76% do total de vagas dos 136 cursos de graduação. Do total, 343 serão destinadas a alunos pretos, pardos e indígenas.

De acordo com comunicado no site oficial, a instituição explicou que os cursos menos procurados oferecerão proporcionalmente mais vagas para o vestibular seriado. "Os porcentuais das vagas oferecidas por curso variarão de 10% (cursos mais procurados) a 30% (menos procurados)", diz.

"Um ponto interessante do projeto é a aproximação da universidade com o ensino médio", disse o reitor da Unesp Pasqual Barretti, na sessão que aprovou a adesão ao programa.

"A ideia é fazer com que o aluno do ensino médio veja sentido em concluir e seguir com os estudos, além de ter algum apoio para fazer uma universidade. Hoje, eles vão se autoexcluindo (do sistema de ensino público) na medida em que têm dificuldades crescentes, às vezes de poder socioeconômico e às vezes de pensar que não vão conseguir, que a universidade não é para ele. Essa construção que as universidades fizeram junto com a secretaria de educação é para tirar isso de cena."

Outra forma de ingressar na universidade é por meio do vestibular próprio da instituição, organizado pela Fundação Vunesp. Notas do Enem podem ser utilizadas para o preenchimento de eventuais vagas remanescentes do vestibular, por meio do Processo Seletivo Unesp-Enem 2023.

USP

O ingresso de estudantes na USP se dava de suas formas. O vestibular próprio, organizado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), e o Processo seletivo Enem USP. No caso deste último, não se usa mais o Sistema de Seleção Unificado (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), decisão tomada no ano passado, mas sim uma plataforma própria, também coordenada pela Fuvest.

O Estadão entrou em contato com a instituição pedindo como funcionará o ingresso pelo vestibular seriado, mas ainda não obteve resposta.

Unicamp

O ingresso de estudantes na Unicamp se dá principalmente por vestibular próprio e pelo processo seletivo Enem-Unicamp, também por sistema próprio, sem utilizar o Sisu. Também há vagas destinadas à seleção por meio do desempenho em olimpíadas científicas e competições de conhecimento, e um vestibular indígena.

O Estadão entrou em contato com a instituição pedindo como funcionará o ingresso pelo vestibular seriado, mas ainda não obteve resposta.

A distribuidora Enel São Paulo aderiu ao programa USP Diversa da Universidade de São Paulo (USP) que visa reunir recursos e financiamento de bolsas de permanência estudantil para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

A empresa é a primeira do setor  a participar do programa e irá arcar com 25 bolsas para alunas pretas e pardas, que cursam carreiras ligadas à área de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

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“Prezamos a diversidade porque acreditamos que as grandes inovações, assim como as pequenas conquistas, são alcançadas em ambientes inclusivos. A diversidade é inclusão, mas é também inovação, porque significa ser capaz de se reinventar a cada dia, dividir experiências, enxergar novas perspectivas e ser receptivo à mudança”, afirmou o diretor de Pessoas e Organização da Enel Brasil, Alain Rosolino.

O USP Diversa pode ser apoiado por pessoas físicas ou jurídicas que desejam contribuir com o programa. Empresas como Itaú, Santander, Deutsche Bank e Dow Química já oferecem mais de 300 auxílios, no valor de R$ 800 mensais.

O Brasil tem de se preparar para enfrentar a radicalização online. É com essa premissa que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) montaram um relatório sobre como os grupos de ódio se articulam nas redes e quais medidas podem ser tomadas para evitar a escalada de violência. A previsão é de que o documento, com cerca de 40 páginas, seja entregue no começo da próxima semana ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O País tem passado por uma disseminação de ameaças nas redes sociais, o que levantou a cobrança por uma maior moderação das plataformas e por investigações mais integradas para combater grupos extremistas. Atentados em São Paulo e Blumenau (SC) vitimaram ao menos cinco pessoas nas últimas semanas, entre alunos uma professora. Em outros Estados, como Goiás e Amazonas, também houve tentativas de ataques.

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"O que a gente enfrenta agora, e isso ocorre não só o Brasil, mas a nível global, é o extremismo pós-organizacional. São redes extremistas sem uma hierarquia fixa, sem um elo direto com um organização", afirma ao Estadão a pesquisadora Michele Prado, uma das autoras do relatório. O documento, que está em fase de revisão, teve colaboração de um grupo de sete integrantes do Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP.

Logo após o caso de Vila Sônia, no mês passado, o grupo de pesquisa lançou uma nota técnica para alertar sobre o avanço do extremismo em ambiente escolar no País. Com o caso recente em Blumenau e o aumento da preocupação sobre o tema, os pesquisadores estreitaram as relações com o Ministério da Justiça. "O relatório é resultado justamente disso, e é uma tentativa de tentar conter o avanço de grupos extremistas", afirma Michele.

Um dos focos do relatório, segundo a pesquisadora, é reforçar a importância da utilização de hashes, que são códigos numéricos criados por meio de um algoritmo criptográfico, para identificar mais precisamente cada arquivo. "É muito importante que isso seja implementado o quanto antes, para evitar a circulação por muito tempo de vídeos e imagens extremistas nas redes", diz a pesquisadora.

Grupos

Evitar a circulação de vídeos de massacres antigos e materiais violentos é um primeiro passo para evitar a radicalização das chamadas subculturas, que são grupos que se formam na internet - inicialmente, em torno de algum tema específico - e acabam aprofundando a relação em comunidade.

Conforme pesquisadores, os massacres em escolas são crimes que, ainda que normalmente praticados pelos chamados "lobos solitários" - em geral, adolescentes e homens -, têm um caráter coletivo. Muitos dos agressores normalmente se articulam, antes dos atentados, justamente por subculturas e exaltam agressores antigos.

Em outra frente, o relatório que será enviado ao ministério indica quais seriam alguns dos "perfis âncoras" que acumulam o maior número de interações nas redes e, desse modo, têm potencial de influenciar mais pessoas. Essas informações, se houver necessidade, podem ser direcionadas pelo ministério para Secretarias de Segurança Pública de determinados Estados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação prepara uma política nacional de combate à violência nas escolas, com a participação de especialistas e agentes de forças de segurança. O primeiro passo é a publicação, nos próximos dias, de um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a criação de um grupo interministerial de trabalho para traçar protocolos, capazes de evitar casos recentes de violência escolar. 

O MEC foi cobrado na semana passada, após o ataque ocorrido em São Paulo, que terminou com uma professora morta, a desenvolver um plano para estabelecer procedimentos unificados para combater a violência nas escolas. Diante de mais um episódio com vítimas mortas, o ministério escalou a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão da pasta para tocar o assunto, a professora Zara Figueiredo.

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Já o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Cara, disse em entrevista que o Brasil “não tem protocolos” para responder a episódios de violência e cobrou a participação das forças de segurança no monitoramento de grupos online no qual os autores dos crimes combinam e se vangloriam dos ataques.  

Para o pesquisador, a violência nas escolas brasileiras é “endêmica” (ou seja, uma referência a qualquer doença infecciosa que afeta significamente uma certa região) e o episódio ocorrido na última quarta-feira (5) é resultado de um gatilho provocado pelo último atentado com vítimas registrado há dez dias, em São Paulo. Cara também lembrou de um outro episódio trágico, celebrado por comunidades online e que está perto de completar 24 anos: o massacre de Columbine, nos EUA, quando 13 pessoas foram assassinadas dentro de uma escola. 

 

A Universidade de São Paulo (USP) vai dar um bônus de até R$ 30 mil para os professores que estão há menos de 20 anos na instituição, numa tentativa de evitar saídas de profissionais. Nos últimos anos, cerca de 70 docentes deixaram a universidade mais conceituada do País anualmente para trabalhar na iniciativa privada ou no exterior. Segundo o reitor Gilberto Carlotti Junior, 75% deles eram jovens e estavam há pouco tempo na USP.

"A gente quer que eles fiquem na universidade e não peçam demissão", disse Carlotti. Caso o docente saia da USP em menos de dois anos, ele precisa devolver o dinheiro. Não há uma avaliação específica do profissional para receber o bônus, os valores variam conforme o tempo de serviço. Segundo o reitor, a perda de professores é mais presente em áreas como Economia, Administração de Empresas e Tecnologia da Informação, mas também recentemente em Medicina e humanidades. "Acreditamos que tem um forte componente salarial."

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O valor máximo, de R$ 30 mil, é para quem começou a trabalhar na USP depois de 2018. O mínimo é de R$ 27 mil para os que entraram entre 2008 e 2003. Cerca de 3 mil dos 5,2 mil professores da universidade serão beneficiados. Funcionários técnico-administrativos que entraram nos últimos 20 anos também ganharão a gratificação, com valor que varia de R$ 4,5 mil a R$ 5 mil.

PARA TODOS

Além disso, todos os professores e funcionários da USP receberão prêmio de R$ 5 mil este ano. "Entendemos que passamos um período de pandemia, todos tiveram de se empenhar além do normal e, mesmo assim, melhoramos nossos indicadores internacionais e nas avaliações da Capes", diz o reitor. Segundo ele, os R$ 180 milhões que serão usados para o prêmio e a gratificação vêm de um superávit acumulado pela universidade, em especial nos anos de pandemia.

A folga no orçamento veio depois de a USP enfrentar anos de uma crise financeira, em que os salários chegaram a comprometer 105% da folha de pagamento. Este ano, a universidade fez ainda investimento em obras e em hospitais. "As verbas anunciadas têm caráter indenizatório e não reporão as perdas advindas das reformas da previdência e perdas salariais. Obviamente a categoria não negará esse respiro, com déficit salarial de 26% em relação a 2012, no entanto entendemos que a medida não reverte o que perdemos", diz a presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), Michele Schultz.

O texto divulgado pela entidade afirma ainda que os prêmios não serão suficientes para reter "jovens talentos". "As razões pelas quais um certo número de colegas tem pedido exoneração nos últimos anos precisam ser estudadas em detalhe. Os motivos são diversos, e as pressões, a sobrecarga de trabalho, as cobranças excessivas e o consequente adoecimento físico e mental do professorado, somadas à falta de docentes e de funcionárias(os) estão entre eles, além dos salários defasados", diz a nota.

VALORES

Atualmente, os salários médios dos professores da Universidade de São Paulo são de R$ 16 mil para a categoria de professor doutor, R$ 18 mil para professor associado e R$ 26 mil para professor titular. Quem está há mais de 20 anos na universidade já recebeu aumentos progressivos da carreira e, por isso, segundo a reitoria, não entra na gratificação. Ao ingressar na carreira, o professor doutorrecebe cerca de R$ 13 mil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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