Tópicos | Dia Mundial de Combate à Asma

Embora seja frequentemente confundida com gripes recorrentes ou mal curadas, a asma é uma enfermidade crônica dos pulmões: um tipo especial de inflamação que dificulta a passagem do ar e que é, muitas vezes, identificada como bronquite. No Brasil, cerca de 3 mil pessoas morrem por ano por causa da doença. Ela provoca chiado e aperto no peito, falta de ar e tosses repetidas. É mais comum na infância, mas também acomete adultos e pessoas idosas. Nesta terça-feira (7) é celebrado o Dia mundial de Combate à Asma.

A doença não tem causa única, resulta de múltiplos fatores genéticos e do ambiente. Os sintomas são provocados geralmente por resfriados, por inalação de substâncias que provocam alergia (em geral poeira e mofo) ou que irritam o aparelho respiratório, principalmente a fumaça. A estratégia de prevenção requer a identificação de fatores de risco relevantes individuais.

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O pneumologista e coordenador do Ambulatório de Asma do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), Dr. Rafael Stelmach, fala sobre a conscientização da doença. “É preciso conscientizar a população de que, primeiro, a asma é uma doença crônica, na maioria das vezes de origem alérgica familiar, que não tem cura e que, portanto, deve ser acompanhada pelo médico ao longo da vida do paciente, mesmo naqueles períodos em que não há crises agudas da doença.”

O coordenador do Incor explica que em casos mais graves, mesmo sob controle, os pacientes precisam usar regularmente as suas medicações. “Se tratando dos medicamentos para asma, em sua maioria administrados na forma de inaladores, não basta apenas a continuidade no tratamento, embora esta seja bastante importante. É preciso também que o paciente seja orientado a usar corretamente estes dispositivos, para que ele seja beneficiado pelo tratamento.”, orienta.

Com esta finalidade, o Incor mantém em seu site um vídeo com o passo-a-passo do uso dos diferentes tipos de inaladores, que pode servir de apoio à profissionais de saúde e aos próprios pacientes.   

 

Confira alguns mitos e verdades sobre a Asma

Mito: “O médico só deve ser procurado em caso de crise”.

- Esta afirmação é uma das principais causas dos altos índices de hospitalizações por asma. O correto é manter o tratamento conforme orientação médica e só interrompe-lo quando com autorização do médico. Desta forma, o paciente poderá usufruir de uma vida com muito mais qualidade, e sem sustos.

Verdade: “O paciente asmático pode e deve praticar atividade física, mas sempre sob orientação e acompanhamento médico”.

- Ao contrário do que muitos pensam, a pessoa com asma controlada não apenas pode praticar atividade física regularmente, como pode até mesmo chegar a ser um profissional do esporte. Exemplos dessa superação são os nadadores Mark Spitz e o brasileiro Fernando Scherer, o Xuxa; assim como a triatleta brasileira Carla Moreno, heptacampeã do Troféu Brasil de Triatlo.

Mito: “O uso contínuo de medicamentos, como as chamadas ‘bombinhas’, oferece risco cardíaco”.

- Esta afirmação é uma das principais causas de falta de tratamento adequado de pessoas com asma. Os tratamentos com medicamentos inalados são os ideais porque agem diretamente onde a doença está.  E podem ser utilizados sem receio, sempre sob orientação médica.

Verdade: “Asma e bronquite crônica não são a mesma coisa, ao contrário, são doenças bastante diferentes”.

- Enquanto a asma atinge indivíduos de qualquer faixa etária, especialmente crianças, com sintomas de falta de ar e chiado no peito, a bronquite crônica está relacionada ao tabagismo. É uma doença pulmonar obstrutiva crônica, assim como o enfisema pulmonar, e dificilmente atingirá uma criança. Em geral, os pacientes são adultos e fumantes.

 

Com informações da assessoria

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