Tópicos | Dia Mundial do Autismo

Nesta quarta-feira (2) o mundo celebra o Dia de Conscientização do Autismo. Para lembra a data, monumentos das cidades de Recife e Olinda – na Região Metropolitana (RMR) – receberão uma iluminação azul.

Em Olinda, quatro prédios de destaque estão inseridos na campanha. Mercado Eufrásio Barbosa, Academia Santa Gertrudes, Igreja do Carmo e Palácio dos Governadores serão os monumentos iluminados na cor símbolo do trabalho de alerta e conscientização sobre esta síndrome. Já no Recife, o Paço Alfândega receberá a “cor” especial.

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Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o autismo atinge cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem com a sociedade. Em várias cidades do mundo, monumentos também serão iluminados em azul nesta semana.

Com informações da assessoria

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Diversas ações marcaram esta terça-feira (2) - o dia mundial do autismo, em vários pontos da cidade - como o Shopping Paço Alfândega, a Câmara dos Vereadores e o Palácio da Justiça - tiveram suas luzes trocadas para a cor azul. No Parque 13 de Maio, o Grupo de Estudos sobre o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (Ama/Getid) reuniram-se com mães e um psicólogo e conversaram sobre as principais duvidas referentes à doença. 

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Além da roda de conversa, panfletos informativos foram distribuídos para a população que passava na praça. Miguel - de 5 anos, sua mãe Carolina e sua avó Zenaide Maria estavam no local, participando da ação. Carolina contou que não sabia nada sobre o autismo e por conta do filho, passou a procurar. “A princípio foi tudo muito difícil, não tínhamos informação e Miguel só conseguiu ser diagnosticado com 3 anos”.

A mãe do garoto ainda falou que percebia algo de diferente no seu filho, mas não sabia o que era. “Cheguei a ir com ele em postos de saúde, mas ninguém sabia dizer o que ele tinha, só diziam que era o jeito dele. Foi ao visitar o IMIP que a médica me encaminhou para o psiquiatra e comecei a conhecer sobre o problema dele.”

Hoje, Miguel estuda em uma escola regular pública da Prefeitura, que também tem outros alunos autistas. “Meu filho não conseguia ficar em locais com muitas crianças, sem ficar muito agitado. Atualmente ele faz terapia ocupacional, acompanhamento com psicólogos na própria escola e fonoaudióloga, isso tem evoluído bastante o processo de crescimento dele.”

A Ama-Getid realiza também uma caminhada no parque Dona Lindu, as 15h, no sábado (5). 

 

Nesta terça-feira (2), é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que no Recife será lembrado com um evento realizado pelo Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL). A psicóloga da CPPL, Rafaela Paixão conversou com nossa equipe de reportagem e tirou algumas das principais dúvidas sobre a doença:

1 – Como se identifica e quais os principais sintomas?

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O autismo é um transtorno de desenvolvimento ou chamado de transtorno invasivo. Na verdade, é através da falta de algum comportamento comum, que pode se perceber que a criança tenha a doença. Aspectos como, atraso na comunicação/linguagem e psicomotores, não fixar o olhar e falta de socialização podem ser um sinal do autismo. Entretanto, não se deve definir o diagnóstico apenas através de tais psicopatologias, é necessário um acompanhamento especializado para que seja concluída a avaliação.

2 – Com que idade pode ser realizado o diagnóstico?

Em qualquer idade é possível perceber que algo não vai bem com as crianças, seja do ponto de vista físico ou psíquico, não existe idade mínima para isto. Contudo, isso não significa que um diagnóstico não possa ser realizado, mas é necessário fazer todo um acompanhamento com psicólogos ou psiquiatras para que não restem dúvidas.

3 – Ao ser diagnosticado, como funciona o tratamento?

O tratamento deve ser feito com o acompanhamento médico – psicólogo ou psiquiatra, irá depender do quadro clínico – tanto para o paciente, quanto para a família. Muitas pessoas não sabem como lidar seus filhos autistas e sofrem com o transtorno que é causado pela doença. Na CPPL, o acompanhamento é feito com uma equipe de profissionais que realizam o atendimento individual e em grupo. Quanto aos medicamentos, nem sempre é necessário o uso de remédios, somente em alguns casos mais extremos.

4 – Quais as situações que mais os incomodam?

Não tem nenhum padrão definido, mas existem situações que são comuns aos autistas como: excesso de barulhos, muitas pessoas ao seu redor e movimentações muito rápidas – velocidade de carro, por exemplo. 

5 – Existe alguma maneira de ter um diálogo com os autistas, já que possuem introspecção em excesso?

Devemos lembrar que nem todos os autistas não falam, alguns deles preferem escrever ou apenas dizer algumas palavras. Com as crianças, o melhor jeito de comunicar-se é através de brincadeiras ou até mesmo contando histórias. O principal é que temos que respeitar o limite deles, eles entendem o que dizemos, mas demoram certo tempo para processar aquilo.

6 – Se diagnosticado logo na primeira infância, como será o processo de educação deles?

A inclusão é fundamental para o tratamento, algumas crianças podem ir para uma escola regular, irá depender do quadro clínico e como ela se comporta diante de um grande volume de pessoas. Em alguns casos, as crianças conseguem conviver com turmas pequenas, de no máximo 15 alunos, em outros, somente escolas especializadas podem atender as necessidades do paciente.

Outras informações sobre o Autismo e outras doenças psicológicas podem ser encontradas no site da CPPL

 

Os vereadores do Recife vão promover na Câmara do Recife nesta terça-feira (2) uma sessão especial em homenagem ao Dia Mundial da Consciência do Autismo. Nesse dia o parlamentar Jayme Asfora (PMDB) deve apresentar um Projeto de Lei para que a secretaria de Saúde qualifique os seus servidores para atender os portadores dessa síndrome.

De acordo com Asfora, a ideia é capacitar os médicos e enfermeiros do município para identificar se os recém-nascidos são portadores de autismo. A proposta está em tramitação na Comissão de Saúde.

Também em homenagem ao Dia Mundial da Consciência do Autismo, o prédio da Câmara será iluminado por luzes azuis, igual ao que vai acontecer em locais como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, o Empire States nos estados Unidos dentre outros monumentos.

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Na próxima terça-feira (2), é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que será lembrado no Recife com um evento gratuito promovido pelo Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL) . O encontro acontece no auditório do CPPL, no dia 02 de abril as 20h, localizado na Rua Cardeal Arcoverde, n.º 308, bairro das Graças.

“Conversando sobre o autismo” tem como objetivo oferecer um espaço de conversa sobre o tema, sobretudo para pais, professores, profissionais de saúde, estudantes e demais interessados no tema. Será possível tirar dúvidas sobre assuntos como a questão do tratamento, diagnóstico, possibilidades de intervenção junto às crianças, adolescentes e suas famílias. 

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A iniciativa tem grande importância, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que são 2 milhões de autistas no Brasil e 70 milhões em todo o mundo. A reserva de vagas para a palestra deve ser feita pelo telefone 3423-5751.

Serviço

O quê: Conversando sobre o autismo

Quando: Dia 02 de abril, às 20h

Onde: Auditório do CPPL – Rua Cardeal Arcoverde, n.º 308, Graças

Valor: Gratuito

Informações: (81) 3423.5751

 

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Dificuldades de comunicação, pouco contato social, hiperatividade e fixação por objetos podem ser causas de uma disfunção silenciosa, o Autismo. Ele aparece de mansinho, quase imperceptível e, por vezes, devido à rotina intensa de alguns pais, passa a ser entendido apenas como mais uma fase que a criança passa na infância. Porém, essa disfunção afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento, e não escolhe classe ou raça para se desenvolver.

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A cada 110 crianças, uma tem Autismo, e ela já pode ser diagnosticada em uma pessoa desde muito cedo, até mesmo em um bebê, por exemplo. “É tudo muito sutil, é preciso ter uma visão muito aguçada para perceber”, conta a pedagoga Milena Moury, mãe de Joaquim Moury, uma criança que apresenta esse transtorno. “É tudo muito subliminar, e você vai notando no dia a dia”, complementa.

Milena é um dos exemplos entre tantas mães que perceberam precocemente o problema e procuraram a ajuda necessária. O Centro de Desenvolvimento Infantil (CID), localizado no bairro da Várzea, desenvolve esse trabalho de interação entre pais e filhos, preparando as crianças para o convívio social. Nesta segunda-feira (2), data em que se comemora o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o centro completa um ano de funcionamento.

Instituída em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem como intuito a mobilização mundial para mostrar um pouco mais da essência das pessoas que apresentam essa disfunção, e o CID realizou uma retrospectiva neste dia, mostrando aos pais que estavam presentes o grande sucesso de desenvolvimento das crianças que fazem parte da instituição. “Cheguei dos Estados Unidos com essa ideia de integração social, há quinze anos, pois aqui não existia este tipo de conscientização”, conta Patrícia Piacentini, uma das fundadoras do centro. “Nós queremos sorrisos e que eles se desenvolvam saudavelmente”, complementa.

Se para alguns médicos esse distúrbio não apresenta uma cura propriamente dita, é fato que alguns dos distúrbios, como a perda da fala e a repetição de palavras, podem ser reversíveis de acordo com o tratamento aplicado. Para o professor de história, Julio César, pai de Estela Lavinia, de 4 anos, o fato está em perceber o filho cotidianamente. “Diria para deixarem de lado o preconceito, e para que os pais participem mais do dia a dia do filho, estejam presentes e percebam qual é a missão de cada um, a partir desta descoberta”, aconselha Julio aos pais que estejam passando por uma situação semelhante.

Julio também conta como é a sua experiência no convívio com sua filha após o descobrimento do distúrbio. “Quando eu descobri que a minha filha era autista, eu vi qual era a minha verdadeira missão aqui na terra, que é cuidar dela e ajudar os outros pais que precisam de ajuda", afirma Jluio, que acrescenta: “Tem muitos médicos e cientistas que falam que não tem cura, eu creio que tem cura sim: o amor”.

 

 

Serviço

Centro de Desenvolvimento Infantil (CID)

Rua Azeredo Coutinho, nº 211, Várzea, Recife - PE

81 3037-5768

cdifloortime@gmail.com

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