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Nessa quarta-feira (13), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, esteve em Brasília para se reunir com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. Durante o encontro com Barbosa, o governador tratou de concessões e das obras hídricas do Estado. Ele sugeriu a inclusão de Pernambuco no “pacote” de concessões públicas do Governo Federal, que incluirá rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Quando esteve no Estado, na inauguração do Polo Automotivo Jeep, a presidente Dilma Rousseff informou que um dos trechos do chamado Arco Metropolitano poderá ser viabilizado por meio de uma concessão à iniciativa privada. 

Além do Arco, outras áreas, como o Aeroporto Internacional dos Guararapes, também já foram citadas pelo Governo Federal como itens para o novo programa de concessões. A presidente Dilma Rousseff afirmou, no último dia 12, no Rio de Janeiro, que lançará um pacote de concessões nas próximas semanas. Ela disse que está analisando “minuciosamente” quais são as áreas que entrarão no pacote e “finalizando as formas de financiamento”. O anúncio deve ficar para a primeira semana de junho.

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No setor hídrico, Paulo Câmara destacou um conjunto de obras prioritárias fundamentais para Pernambuco. “Este é o quarto ano de estiagem. Os mananciais estão cada vez mais baixos. Alguns municípios estão em colapso até na zona urbana”, alertou o governador.

Entre as obras destacadas na reunião, está a Adutora do Agreste, que necessita ter o fluxo de pagamento regularizado. A primeira etapa está orçada em R$ 1,2 bilhão. Desse total, foram liberados R$ 413 milhões. O ministro quis saber o estágio atual da construção da Adutora. A obra está 61% executada.

A construção e a recuperação de açudes de pequeno e médio porte também fizeram parte da pauta. Pernambuco tem um saldo de R$ 95 milhões a receber do Governo Federal. Foi listada ainda a implantação de sistemas simplificados de abastecimento d’água para comunidades rurais. O saldo a ser liberado é de R$ 138,7 milhões. Já a obra do Sistema Adutor do Agreste precisa da liberação de pelo menos R$ 300 milhões em 2015 dos R$ 832 milhões que faltam ser repassados.

Outra solicitação do governador foi a a liberação de R$ 80 milhões para a continuação da construção das barragens de Gatos, Panelas, Igarapeba e Barra de Guabiraba.

Do PAC Prevenção, voltado à redução do risco de desastres naturais, Paulo destacou a necessidade do início da construção da Barragem de Engenho Pereira, cujo saldo a liberar é de R$ 51 milhões. Essa barragem, no Rio Jaboatão, no município de Moreno, garantirá o abastecimento de água de Moreno e de parte da cidade de Jaboatão dos Guararapes. A obra tem o objetivo ainda de conter possíveis enchentes nesses municípios.

Prioridades – O ministro Nelson Barbosa sinalizou positivamente ao pleito do Governo de Pernambuco, mas observou que o compasso é de espera em função do ajuste fiscal. “A presidente Dilma já colocou que é prioridade para ela a questão hídrica no Nordeste. O projeto do São Francisco é prioritário. Já estivemos com o ministro das Cidades e da Integração para analisar os recursos. Devemos ter um alongamento”. Também participou da reunião o secretário do PAC, Maurício Muniz.

Agenda - Paulo Câmara acompanha, nesta quinta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff (PT) na cerimônia de viagem inaugural do navio André Rebouças e de batismo do Marcílio Dias, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O evento está previsto para iniciar por volta das 11h. Esta é a segunda vez, em pouco mais de 20 dias, que o socialista divide uma agenda com a presidente em Pernambuco. A última passagem dela no estado foi dia 28 de abril, na inaugração do Polo Automotivo Jeep, em Goiana.

A Rolls-Royce e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) fecharam acordo de mais de R$ 335 milhões referente ao fornecimento de sistemas de energia e propulsão para sete plataformas de perfuração a serem utilizadas pela Petrobras na exploração do pré-sal. O valor do acordo é estimado em uma cotação de R$ 3,35 por libra.

Cada unidade a ser construída pelo estaleiro será equipada com seis grandes propulsores e seis motores a diesel Bergen da Rolls-Royce, perfazendo um total de 84 equipamentos, 42 propulsores e outros 42 motores.

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Esses equipamentos, segundo a Rolls-Royce, são usados para dar propulsão até campos de perfuração e garantir o posicionamento exato dos navios durante as operações. "O contrato referenda nossa grande reputação de inovação e tecnologia e nossa liderança no mercado de sistemas de energia e propulsão para o setor offshore", destacou em nota o presidente da Rolls-Royce para América do Sul, Francisco Itzaina.

A Rolls-Royce é líder na entrega de sistemas integrados de propulsão e energia para plataformas de exploração offshore e há mais de 50 anos atua no Brasil, onde opera unidades em São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Niterói e Macaé.

A companhia também está investindo em uma nova unidade em Santa Cruz (RJ), onde será feita a montagem e teste das turbinas industriais a gás RB211. O primeiro lote de equipamentos da unidade é relacionado a um contrato de R$ 1,3 bilhão assinado com a Petrobras em 2011.

A Transpetro, subsidiárias da Petrobras para o setor de transportes, informou neste domingo em nota que suspendeu a execução dos Contratos de Compra e Venda de 16 dos 22 navios petroleiros encomendados ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Na última sexta-feira, o estaleiro entregou, com atraso de dois anos, o primeiro petroleiro do lote encomendado, o "João Cândido". O lançamento ao mar contou com a presença da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, mas a presidente Dilma Rousseff, convidada, não participou da cerimônia. Dilma havia comparecido, como candidata à presidência, do primeiro "lançamento" do navio, em 2010.

Os petroleiros integram o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobras (Promef). De acordo com a Transpetro, mais de dois terços dos contratos firmados com o Atlântico Sul permanecerão suspensos até o dia 30 de agosto de 2012, prazo em que o estaleiro terá de comprovar o cumprimento das três exigências: apresentar um parceiro técnico com comprovada experiência na construção de navios; um plano de ação e cronograma confiável de construção dos navios, e um

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projeto de engenharia para os navios que atenda às especificações técnicas contratuais.

Em entrevista na sexta-feira, após a cerimônia oficial, o presidente da Transpetro anunciou que o EAS seria multado por atraso na entrega do João Cândido, mas não especificou o valor da penalidade. Na nota distribuída neste domingo, a Transpetro informou que, caso o estaleiro não cumpra as exigência no prazo estipulado, "os Contratos de Compra e Venda dos navios poderão ser rescindidos, mantida a possibilidade de aplicação de sanções previstas nos contratos".

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