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Uma enfermeira britânica, julgada há meses em Manchester pelo homicídio de sete bebês em 2015 e 2016, refutou nesta terça-feira (2) a acusação - a "pior" possível, em suas palavras - e deu explicações sobre algumas notas em que parecia incriminar-se.

Sete meses após o início de seu julgamento em outubro, Lucy Letby, de 33 anos, fez sua primeira aparição no tribunal.

Esta ex-enfermeira do departamento neonatal do hospital Condessa de Chester, no noroeste da Inglaterra, nega os sete assassinatos e as dez tentativas de assassinato de que é acusada.

De acordo com a promotoria, Letby matou os bebês injetando insulina ou ar em suas veias.

A mulher disse nesta terça-feira que foi "devastador" ser informada em 2016 das suspeitas contra ela. "Não pude acreditar", afirmou, "não acho que você possa ser acusado de algo pior do que isso".

No tribunal, ela explicou que "sempre quis trabalhar com crianças" e foi a primeira da família a ir para a universidade.

Interrogada por seu advogado, Ben Myers, ela negou ter prejudicado os bebês: "Isso vai totalmente contra o que significa ser enfermeira".

"Meu trabalho era minha vida", acrescentou, afirmando que "o mundo parou" quando ela foi tirada do berçário.

Como prova contra ela, a acusação apresentou algumas notas escritas por Letby, encontradas durante buscas em sua casa.

"Não mereço viver. Matei-os de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles. Sou uma pessoa horrível", escreveu ela. "Estou mal, eu fiz isso".

Na terça-feira, entretanto, ela garantiu que as notas foram escritas enquanto ela estava em profundo sofrimento psicológico, longe de ser uma confissão.

Ele explicou que havia escrito essas palavras porque "sentia então que havia feito algo errado". "Pensei, sou uma pessoa horrível (...) cometi erros sem saber", disse ela.

A enfermeira britânica que contraiu o vírus ebola em Serra Leoa e foi internada em seu país está em estado crítico, informou o hospital neste sábado (3). "O hospital Royal Free London lamenta anunciar que a condição de Pauline Cafferkey piorou gradativamente nos últimos dois dias, e, agora, é crítica", anunciou o hospital.

Na última quarta-feira (31), os médicos haviam informado que a escocesa, 39, sentou-se na cama, leu e conversou com funcionários na área de isolamento em que permanece. Pauline, que trabalhava em Serra Leoa para a organização Save the Children, aceitou receber plasma de um sobrevivente da febre hemorrágica, além de se submeter a um tratamento experimental.

Mas a equipe médica não conseguiu o composto ZMapp, droga experimental com a qual o enfermeiro britânico William Pooley conseguiu superar a doença, que está em falta. Neste sentido, Michael Jacobs, especialista em doenças infecciosas que trabalha como consultor no hospital, havia advertido que "o ebola tem uma evolução muito variável, e os próximos dias serão críticos".

Pauline trabalha para o Serviço Nacional de Saúde da Escócia e viajou a Serra Leoa como voluntária, para trabalhar como enfermeira num centro britânico em Kerry Town, onde contraiu a doença. A premier da Escócia, Nicola Sturgeon, expressou solidariedade a Pauline e à sua família: "Gostaria de agradecer a todos os profissionais sanitários que participam do tratamento de Pauline, que continuam mostrando uma dedicação imensa e perícia", disse.

Passageiros identificados

Pauline é a segunda pessoa a receber tratamento contra o ebola na Grã-Bretanha, depois que Pooley foi internado, recuperou-se e decidiu retornar a Serra Leoa. A enfermeira foi diagnosticada em Glasgow, em 29 de dezembro, após deixar Serra Leoa com escala em Casablanca, Marrocos, e no aeroporto de Heathrow, em Londres, onde o controle de temperatura deu resultado normal.

Autoridades informaram que foram identificados todos os passageiros que estavam nos mesmos aviões em que a enfermeira viajou e que se encontram na Grã-Bretanha. Após seus testes terem dado positivo, Pauline foi transferida para o Royal Free, único centro britânico com unidade de isolamento para pacientes com ebola. Segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença provocou 7.890 mortes, em um total de 20.206 casos registrados.

A enfermeira britânica contaminada pelo vírus ebola e colocada em isolamento desde terça-feira (30) está em estado crítico, anunciou neste sábado (3) o Royal Free Hospital, onde está internada a técnica de saúde. "O estado de Pauline Cafferkey deteriorou-se progressivamente nos últimos dois dias e ela encontra-se em estado crítico", informaram, por meio de comunicado, os médicos da enfermeira. Ela chegou domingo (28) à noite a Glasgow, na Escócia, vinda de Serra Leoa. A enfermeira trabalhava no país africano com a organização humanitária Save the Children.

Os médicos do hospital informaram que a profissional de saúde começou a receber um tratamento experimental antiviral elaborado com plasma sanguíneo de sobreviventes da doença. Este é o segundo caso de ebola entre britânicos, depois do enfermeiro William Pooley, que contraiu o vírus em agosto, quando trabalhava na Serra Leoa. Ele conseguiu se recuperar depois de ser repatriado para Londres e receber tratamento no Royal Free Hospital.

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O balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 31 de dezembro, informa que mais de 20 mil pessoas já foram infectadas com o vírus ebola nos três países da África Ocidental mais afetados e 7.890 morreram.

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