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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou nesta quarta-feira (18) sua avaliação de que o Brasil "arrecada muito" e "arrecada mal", além de gastar "muito" e de forma equivocada, enfatizando sua defesa da reforma tributária sobre consumo. Ela também repetiu a orientação da pasta de rever a qualidade do gasto, como prioridade ante eventuais cortes, e disse que as políticas sociais serão feitas de maneira responsável, vide o objetivo do governo de alcançar a meta de déficit zero no próximo ano.

"É isso que significa equilíbrio fiscal. Muitas vezes não é falar em cortes de gastos públicos no momento de um déficit social tamanho (...) Mas talvez começar num primeiro passo, nesse ano de 2023, como fizemos, e arrastando provavelmente para 2024, falarmos na qualidade dos gastos públicos. Vamos fazer o social com responsabilidade, mas dentro daquele limite, por isso o objetivo desse governo de tentar alcançar a meta zero do déficit em 2024", disse Tebet durante participação no 26º Congresso Internacional de Direito Constitucional.

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Sobre o aspecto da arrecadação, a ministra destacou que a reforma tributária discutida no Congresso é a "única bala de prata" para fazer o Brasil crescer de forma que não ocorre há 40 anos. Na avaliação de Tebet, os dois maiores problemas que rondavam a proposta durante as discussões das últimas décadas estão sendo solucionados. Segundo ela, com o texto atual, nenhum Estado ou município perderá receitas no novo sistema, além de garantir que o setor de serviços não tenha aumento da carga tributária, disse.

"Dois maiores problemas da reforma tributária estão sendo solucionados: nenhum Estado, nenhum município vai perder com a reforma, vai haver seguro receita para garantir de forma gradual, para que nos próximos 30 anos, talvez 50 anos - há uma dúvida entre os dois - esse acréscimo da receita que virá sem aumento de imposto seja distribuído de forma harmônica", afirmou.

A ministra ainda ressaltou a expectativa de que a aprovação da reforma incremente o crescimento do PIB brasileiro. "Podemos dizer que podemos ter uma reforma tributária que, sozinha, pode ter capacidade de aumentar em quase 1% o PIB brasileiro, fora o crescimento normal do Brasil. Pode vir a garantir nos próximos 15 anos um crescimento do PIB do Brasil que pode variar entre 12% e 15%", disse.

"O Brasil arrecada muito e arrecada mal (..) tão grave quanto isso, o Brasil gasta muito e gasta pior ainda. Dentro dessa equação, é difícil garantir equilíbrio fiscal, mas é mais grave ainda, é impossível garantir justiça social", declarou no início de sua fala, acrescentando que, diferente do setor privado, o Estado brasileiro não faz um planejamento correto de seus gastos, por atender "muitas vezes" interesses político-partidários ou eleitorais. "O Brasil não tem cultura de planejar, não planeja suas ações", afirmou.

O deputado federal Silvio Costa Filho se reuniu, nessa quarta-feira (8), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a agenda econômica do país. Defensor de uma agenda voltada para o desenvolvimento econômico e social com a geração de emprego e renda, Silvio Filho e o ministro trataram de temas importantes para o Brasil voltar a crescer como a reforma tributária, o novo Pacto Federativo, a âncora fiscal e a agenda legislativa no Congresso Nacional.

Após encontro, o deputado se mostrou otimista com a volta do crescimento econômico com equilíbrio fiscal. "O ministro Fernando Haddad, sem dúvida alguma, é um dos melhores quadros deste país e vem fazendo um importante trabalho. Ele tem capacidade de diálogo, articulação e preparo para fazer com que a economia do Brasil avance. Não tenho dúvida que ele vai primar pelo equilíbrio fiscal e a busca do desenvolvimento econômico e social", avaliou Silvio Costa Filho.

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No Congresso Nacional, o deputado é presidente da Frente Parlamentar Mista do Novo Pacto Federativo e vem atuando em defesa da agenda econômica e do desenvolvimento social. Desde o início desta legislatura, Silvio tem intensificado os trabalhos para trazer um conjunto de ações e investimentos para impulsionar a economia do Estado.

*Da assessoria de imprensa

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou, nesta quarta-feira (23), que os parlamentares foram responsáveis com o “equilíbrio fiscal do Brasil” ao analisar os vetos presidenciais. Das 32 restrições feitas pela presidente Dilma Rousseff (PT) em pauta na sessão do Congresso Nacional, que durou mais de seis horas e foi concluída apenas na madrugada de hoje, 26 foram confirmados pelos congressistas. 

"A única vitória foi do Brasil. Aqui, não estava em questão o governo ou a oposição. Estava em questão a responsabilidade com o país e com o equilíbrio fiscal das nossas contas. Foi nesse sentido que muitos oposicionistas, sensibilizados com a situação, se posicionaram pela manutenção dos vetos", avaliou o pernambucano. 

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Entre os vetos mantidos está o que fixava mecanismo alternativo ao fator previdenciário e o que isentava a cobrança de PIS/Cofins sobre óleo diesel. Esses projetos, integrantes da chamada “pauta-bomba”, trariam para os cofres públicos, segundo Humberto Costa, um prejuízo de R$ 128 bilhões até 2019.  

Apesar da redução dos vetos, seis temas ainda aguardam a apreciação, entre eles, as novas regras para os terrenos da marinha e o aumento salarial de até 78% para servidores do Judiciário. "Não há nada a comemorar. Ainda temos muito trabalho pela frente", comentou. 

Na avaliação de Humberto, a articulação política entre o Executivo e a base no Congresso produziu os resultados esperados e deu uma sinalização sólida ao mercado financeiro de que o Brasil está trabalhando unido pelo seu equilíbrio fiscal. "Acredito que, até que se realize a próxima sessão do Congresso, nós conseguiremos afinar, ainda mais, o nosso diálogo para manter os demais vetos que restaram na pauta", projetou o senador.

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