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A denúncia de que o governo dos Estados Unidos da América (EUA) teria implantado um sistema de espionagem em alguns países, entre eles o Brasil, examinando a surdina o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) atraiu alguns olhares de revolta dos políticos brasileiros. Para o senador Humberto Costa (PT) tal atitude é de “extrema gravidade”. 

“A informação que chega agora é de uma extrema gravidade porque implica que autoridades do governo brasileiro, como a própria presidenta Dilma, tiveram a sua privacidade invadida. Sendo que no caso da presidente, não se trata apenas da privacidade, pois ela é uma chefe de governo”, ressaltou Costa, em entrevista a uma rádio recifense.

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Já existe uma CPI no Congresso analisando a primeira denúncia de espionagem. O que deve agora, segundo Humberto, aprofundar as investigações e tomar uma atitude enérgica com relação ao fato. “O Brasil não deveria deixar passar em brancas nuvens como tem deixado outras coisas. Defendo que tenhamos uma atitude enérgica com relação a isso”, enfatizou o petista.

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, minimizou o caso de espionagem revelada no fim de semana pela revista Época. De acordo com a reportagem, os Estados Unidos espionaram integrantes do Conselho de Segurança da ONU, entre eles o Brasil, para saber como seriam seus votos em uma sessão sobre sanções ao Irã, em 2010.

"Não chega a ser um segredo que exija um aparato de alta sofisticação você descobrir como é que um país vai votar no conselho de segurança. Por uma ação diplomática perfeitamente lícita e permitida - e que é mesmo da essência do nosso trabalho como diplomata -, você pode muito bem através de contatos com diferentes missões, interlocutores, (como) jornalistas entre outros, ficar sabendo qual é mais ou menos a orientação de cada país", afirmou o ministro nesta segunda-feira, após encontro com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Integração Regional da República de Gana, Hanna Tetteh.

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Patriota disse que esse tipo de suspeita é recorrente e lembrou de 2003, quando houve a intervenção militar no Iraque. "Surgiram várias notícias falando de espionagem nas missões do México e do Chile, que eram membros não permanentes do Conselho de Segurança naquela época."

Para o ministro, o caso é passado e há outras prioridades sobre o assunto com a qual o País precisa lidar no momento. "Estamos tratando de outros assuntos que nos preocupam de uma maneira mais direta. Porque tem a ver com práticas que aparentemente estão ocorrendo enquanto nós conversamos aqui", afirmou, referindo-se à prática de espionagem revelada no início do mês pelo jornal O Globo, segundo a qual os Estados Unidos têm monitorado atividades realizadas pela internet.

Uma série de fatos políticos marcou a semana, entre eles, a 16ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que aconteceu de terça (9) a quinta-feira (11), na capital brasileira e atraiu a participação de mais de 100 prefeitos pernambucanos. Durante a participação da presidenta Dilma Rousseff (PT) no evento, os gestores municipais chegaram a vaiar a chefe do executivo nacional, por não aprovarem a maioria das propostas da majoritária.

Durante estes mesmos dias o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o prefeito do Recife,Geraldo Julio (PSB), se encontraram com o os ministros Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, e Miriam Belchior, do Planejamento para discutirem sobre mobilidade.

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Outro caso que esteve entre os destaques foi à repercussão da espionagem americana aos meios de comunicação brasileiros. Para representantes políticos brasileiros, como Fernando Henrique Cardoso a ação é “inadmissível”.  O colunista americano, que denunciou a falcatrua deve prestar esclarecimentos no Senado Federal, nesta segunda-feira (15).

Na quinta-feira (11) as ruas do Brasil foram novamente invadidas, desta vez pelas centrais sindicais que vivenciou o “Dia Nacional de Lutas”, no estado o movimento uniu sete sindicatos que realizaram dois atos, um no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, e outro no centro do Recife atraindo cerca de quatro mil pessoas, finalizando o dia com a entrega de um pauta ao governo do estado. Diferentemente dos protestos que aconteceram em junho, à participação dos partidos políticos foi aceita pelos organizadores, causando divergência entre parlamentares pernambucanos.

Em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, os cidadãos foram às urnas opinar sobre o desenvolvimento de 12 áreas locais. A população divergiu sobre a essência da consulta, mas aderiu superando as expectativas da gestão. 

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