Tópicos | etapa de Gold Coast

O brasileiro Ítalo Ferreira faturou neste domingo o título da etapa de Gold Coast do Circuito Mundial de Surfe, que abriu o calendário da elite da modalidade em 2019, e de quebra largou na frente na disputa por uma vaga na Olimpíada de Tóquio-2020. Os dois primeiros surfistas do País mais bem colocados no circuito ao término das competições deste ano vão assegurar um lugar no Japão, que marcará a estreia deste esporte em uma edição dos Jogos Olímpicos.

Com uma virada conquistada no finalzinho da decisão que travou com o norte-americano Kolohe Andino, ele garantiu o troféu ao triunfar com a apertadíssima vantagem de 12,57 a 12,43 sobre o adversário na Praia de Durambah, na Austrália, palco do evento encerrado na manhã desta segunda-feira no horário local.

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"Foi inacreditável. Eu treino muito e agora eu consegui a minha primeira vitória no ano. A temporada começou!", comemorou Ítalo logo após triunfar em Gold Coast, onde abriu este dia final de disputas da competição superando o australiano Wade Carmichael por 11,07 e 9,77 nas quartas de final e depois passou pelo sul-africano Jordy Smith na semifinal por 15,33 a 14,67. "Que bom começar com o pé direito a temporada e vamos seguir em frente", reforçou.

Antes de cair diante do grande vencedor na Austrália, Smith havia eliminado o brasileiro Gabriel Medina, atual campeão mundial, nas quartas de final, por 13,17 a 9,23 na soma das notas dadas pelos juízes. Em outro dois duelos desta fase, o havaiano John John Florence avançou ao superar o norte-americano Conner Coffin (11,00 a 10,56) e Kolohe Andino eliminou Seth Moriz, também do Havaí, por 12,33 a 11,47.

Para ganhar o direito de enfrentar Ítalo na final, Andino passou por Smith pela apertada vantagem de 9,23 a 8,96. E na decisão o norte-americano se viu perto de ganhar o título ao conseguir as duas melhoras notas desta bateria até pouco antes do término, ao receber 5,93 e depois 6,50 dos juízes, somando então 12,43.

Ítalo tinha 5,50 na melhor de suas notas até ali, mas, a dois minutos do fim, conseguiu pegar uma ótima onda, finalizou a sua performance com uma bela manobra de rotação e recebeu um 7,07 dos árbitros para somar os 12,57 que lhe asseguraram o título.

Na disputa feminina da etapa de Gold Coast, a norte-americana Caroline Marks, de apenas 17 anos, superou a havaiana Carissa Moore na final para ficar com o título.

Gabriel Medina brilhou, mostrou empenho na praia de Snapper Rocks, mas não conseguiu resistir à performance inspirada do local Owen Wright, que o eliminou na semifinal e depois buscou o título da etapa de Gold Coast, na Austrália, neste domingo. Com a vitória na primeira etapa da temporada, Wright fez um retorno triunfal ao Circuito Mundial de Surfe, após grave acidente sofrido em 2015.

Wright e Medina se enfrentaram numa semifinal equilibrada, porém com domínio de quem está acostumado a surfar nas ondas australianas. O atleta da casa levou a melhor por 15,74 a 10,44. O brasileiro vinha embalado por duas vitórias sobre o norte-americano Kelly Slater, na quarta fase e nas quartas de final. Porém, sucumbiu diante de Wright.

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O vice-campeonato ficou com outro surfista local. Matt Wilkinson, campeão da etapa de Gold Coast no ano passado, também não resistiu ao inspirado Wright. O vencedor obteve 14,66, contra 13,50 de Wilkinson, e aproveitou para embolsar premiação de US$ 100 mil (cerca de R$ 310 mil) e 10.000 pontos na temporada, assumindo a liderança do Circuito. O vice, que eliminou o atual campeão mundial, John John Florence na semifinal, faturou US$ 50 mil e 8.000 pontos.

A conquista marca um grande retorno de Wright ao Circuito. Ele não competia desde que sofreu acidente em Pipeline, no Havaí, em 2015. O surfista acertou a cabeça numa das bancadas da famosa praia e precisou se afastar das competições ao longo de todo 2016. Mesmo para este ano, o australiano admite que não sabia se teria condições de surfar profissionalmente.

"No início de fevereiro, eu estava sentado no consultório do médico e cheio de pontos de interrogação para esse ano, então estar aqui agora é quase inacreditável", celebrou o australiano. "Eu enfrentei todo medo de voltar a viver isso. Foram muitos medos durante muito tempo que eu precisei superar para voltar para o esporte, voltar a fazer o que quase me foi tirado e poderia ter tirado para sempre. Eu continuei acreditando, lutando, e estou muito contente por poder continuar fazendo isso."

Brasileiro que mais longe foi na primeira etapa do ano, Medina exaltou a conquista de Wright. "Fiquei feliz também pelo Owen (Wright). Ele passou por momentos muito difíceis, só voltou a competir esse ano e foi gratificante ver ele surfando bem de novo, então mereceu ir para a final", disse o brasileiro, que competiu nos últimos dias com dores no joelho direito, em razão de uma torção sofrida na quinta.

"Infelizmente não deu para chegar na final, mas estou feliz também pelo resultado por ter competido com o joelho machucado. Eu não achava que iria tão longe e começar o ano com um terceiro lugar é um bom resultado também", admitiu Medina, que agora divide a terceira colocação da temporada com John John Florence, ambos com 6.500 pontos.

Entre os outros brasileiros mais bem colocados neste início de temporada, Italo Ferreira está em quinto lugar, ao lado do australiano Connor O´Leary, com 5.200 pontos. Ferreira caiu nas quartas de final, diante de Florence. Adriano de Souza, o Mineirinho, está em nono lugar, dividindo a posição com o sul-africano Jordy Smith e o norte-americano Kolohe Andino.

No feminino, o título ficou com outra surfista da casa. Stephanie Gilmore derrotou a norte-americana Lakey Peterson por 16,60 a 12,66 e embolsou a premiação de US$ 60 mil.

Foi com emoção até o fim, mas Gabriel Medina confirmou a "freguesia" de Kelly Slater e, com uma onda incrível nos instantes finais, despachou o norte-americano na noite deste sábado (horário de Brasília) e se garantiu na semifinal na etapa de Gold Coast do Circuito Mundial de Surfe, a primeira desta temporada, na Austrália.

A bateria foi disputada do início ao fim, mas Slater levava vantagem até os últimos momentos da disputa. E tudo parecia perdido para o brasileiro quando, com pouco mais de três minutos restantes, Medina tentou entrar em uma onda, desistiu e perdeu a prioridade.

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Porém, não se deve duvidar de um campeão mundial. Precisando reverter a desvantagem e tendo apenas mais uma oportunidade para isso, ele fez uma série de manobras para tirar um 9,17 em sua última onda. Vendo que o brasileiro estava bem, o norte-americano decidiu pegar a onda seguinte e também conseguiu um bom desempenho, mas não passou de 7,50.

Com a vitória, Medina, que deu um susto no início do evento ao deixar o mar mancando no primeiro dia de disputas, se credencia agora à semifinal contra o australiano Owen Wright, que despachou seu compatriota Connor O'Leary. Na outra semifinal, Matt Wilkinson, atual campeão da etapa, enfrenta John John Florence, campeão mundial de 2016, que eliminou o brasileiro Italo Ferreira nas quartas de final.

As boas condições do mar na praia de Snapper Rocks permitiram a realização do fim da segunda rodada e mais sete baterias da terceira fase da etapa de Gold Coast, encerradas nesta sexta-feira (17), na Austrália, onde está sendo disputada a primeira etapa do Circuito Mundial de Surfe de 2017. Adriano de Souza, o Mineirinho, e Italo Ferreira são os brasileiros já garantidos na quarta rodada, enquanto Filipe Toledo, Caio Ibelli, Miguel Pupo, Jadson Andre e Wiggolly Dantas estão eliminados.

A competição foi retomada logo com uma surpresa. O havaiano Ezekiel Lau conseguiu duas boas notas em apenas quatro ondas tentadas e tirou Felipe Toledo da disputa. Na sequência, Ian Gouveia não teve problemas para despachar o local Josh Kerr. Quem também ganhou, e deu show, foi Italo Ferreira. O potiguar acertou um aéreo perfeito na disputa com o italiano Leonardo Fioravanti. Foi o primeiro 10 dele na elite do surfe e também a primeira onda perfeita da temporada.

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"Eu tinha errado em uma onda pequena, caindo na base. Quando eu vi que o vento virou, pensei em tentar alguma coisa grande para tentar uma nota alta, já que as ondas são estão meio passadas e está difícil de atacar. Era o único jeito de conseguir uma nota alta", disse Italo, em entrevista ao canal oficial da Liga Mundial de Surfe.

Para encerrar segunda rodada, Caio Ibelli passou por Joan Duru e Miguel Pupo levou a melhor sobre Wiggolly Dantas em confronto de brasileiros. Na segunda fase eliminatória da competição, Jadson Andre não conseguiu fazer frente a Kolohe Andino. Coube então a Adriano de Souza mostrar seu arsenal de batidas e rasgadas contra Stuart Kennedy e garantir a primeira vitória do País na terceira rodada.

"Estou feliz com essa vitória. O Stuart (Kennedy) é um competidor incrível nessa onda e lá dentro não existe favoritismo, vai ganhar quem pegar as melhores ondas, quem estiver mais conectado com o mar", disse o Mineirinho. O paulista agora disputa uma vaga direta nas quartas de final contra o atual campeão de Gold Coast, o australiano Matt Wilkinson, e o norte-americano Kolohe Andino.

Com o mar melhorando de uma bateria para a outra, a disputa entre os surfistas aumentou de nível. O veterano Joel Parkinson somou 17,24 pontos e desclassificou Miguel Pupo, que conseguiu 13,54 em suas duas melhores ondas. Em outro confronto verde-amarelo, Italo Ferreira avançou sobre Caio Ibelli depois de conseguir uma onda com nota 9,77. "Eu comecei bem a bateria e deixei ele (Caio Ibelli) pegar a primeira onda da série, porque sabia que a segunda ia ser melhor. Foi essa a estratégia que eu vi o Joel (Parkinson) usar nas baterias dele, então consegui fazer um 9,77 na primeira onda que me deixou mais calmo e confiante para o restante da bateria", explicou.

O atual campeão do mundo também está vivo na primeira etapa da perna australiana do Circuito Mundial de Surfe. John John Florence teve muito trabalho contra o local Mikey Wright, mas conseguiu passar para a próxima fase ao vencer a disputa por 15,47 a 14,17.

Para fechar as disputas do dia, o sul-africano Jordy Smith não deixou se impressionar pelo 10 de Ezekiel Lau e conseguiu virar a bateria em sua última onda: 17.30 a 17.00.

Confira as baterias pendentes da terceira rodada:

Owen Wright (AUS) x Mick Fanning (AUS)

Julian Wilson (AUS) x Connor O'Leary (AUS)

Kelly Slater (EUA) x Frederico Morais (PRT)

Sebastian Zietz (HAV) x Conner Coffin (EUA)

Gabriel Medina (BRA) x Ian Gouveia (BRA)

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