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A primeira medalha do surfe na estreia da modalidade nas Olimpíadas foi para o australiano Owen Wirght, que nesta terça-feira (27) derrotou o brasileiro Gabriel Medina por apenas 0,2 ponto.

O surfista paulista, que acabou eliminado na semifinal ao tomar uma virada nos minutos finais da bateria do japonês Kanoa Igarashi, desta vez perdeu para Wright por 11.97 a 11.77.

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Desde o início da luta pelo bronze, o surfista da Austrália se manteve na frente na pontuação, mas sem abrir muita vantagem.

Nos minutos finais, Medina precisava de uma nota 5.98 para virar e tentou um aéreo, mas não conseguiu tirar a vantagem do adversário e acabou ficando fora do primeiro pódio da modalidade nos Jogos Olímpicos.

Apesar desta derrota, o Brasil tem pelo menos a prata garantida no surfe masculino, já que Ítalo Ferreira está na final, onde vai enfrentar Igarashi, a partir das 03H46 desta terça-feira (horário de Brasília).

Gabriel Medina brilhou, mostrou empenho na praia de Snapper Rocks, mas não conseguiu resistir à performance inspirada do local Owen Wright, que o eliminou na semifinal e depois buscou o título da etapa de Gold Coast, na Austrália, neste domingo. Com a vitória na primeira etapa da temporada, Wright fez um retorno triunfal ao Circuito Mundial de Surfe, após grave acidente sofrido em 2015.

Wright e Medina se enfrentaram numa semifinal equilibrada, porém com domínio de quem está acostumado a surfar nas ondas australianas. O atleta da casa levou a melhor por 15,74 a 10,44. O brasileiro vinha embalado por duas vitórias sobre o norte-americano Kelly Slater, na quarta fase e nas quartas de final. Porém, sucumbiu diante de Wright.

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O vice-campeonato ficou com outro surfista local. Matt Wilkinson, campeão da etapa de Gold Coast no ano passado, também não resistiu ao inspirado Wright. O vencedor obteve 14,66, contra 13,50 de Wilkinson, e aproveitou para embolsar premiação de US$ 100 mil (cerca de R$ 310 mil) e 10.000 pontos na temporada, assumindo a liderança do Circuito. O vice, que eliminou o atual campeão mundial, John John Florence na semifinal, faturou US$ 50 mil e 8.000 pontos.

A conquista marca um grande retorno de Wright ao Circuito. Ele não competia desde que sofreu acidente em Pipeline, no Havaí, em 2015. O surfista acertou a cabeça numa das bancadas da famosa praia e precisou se afastar das competições ao longo de todo 2016. Mesmo para este ano, o australiano admite que não sabia se teria condições de surfar profissionalmente.

"No início de fevereiro, eu estava sentado no consultório do médico e cheio de pontos de interrogação para esse ano, então estar aqui agora é quase inacreditável", celebrou o australiano. "Eu enfrentei todo medo de voltar a viver isso. Foram muitos medos durante muito tempo que eu precisei superar para voltar para o esporte, voltar a fazer o que quase me foi tirado e poderia ter tirado para sempre. Eu continuei acreditando, lutando, e estou muito contente por poder continuar fazendo isso."

Brasileiro que mais longe foi na primeira etapa do ano, Medina exaltou a conquista de Wright. "Fiquei feliz também pelo Owen (Wright). Ele passou por momentos muito difíceis, só voltou a competir esse ano e foi gratificante ver ele surfando bem de novo, então mereceu ir para a final", disse o brasileiro, que competiu nos últimos dias com dores no joelho direito, em razão de uma torção sofrida na quinta.

"Infelizmente não deu para chegar na final, mas estou feliz também pelo resultado por ter competido com o joelho machucado. Eu não achava que iria tão longe e começar o ano com um terceiro lugar é um bom resultado também", admitiu Medina, que agora divide a terceira colocação da temporada com John John Florence, ambos com 6.500 pontos.

Entre os outros brasileiros mais bem colocados neste início de temporada, Italo Ferreira está em quinto lugar, ao lado do australiano Connor O´Leary, com 5.200 pontos. Ferreira caiu nas quartas de final, diante de Florence. Adriano de Souza, o Mineirinho, está em nono lugar, dividindo a posição com o sul-africano Jordy Smith e o norte-americano Kolohe Andino.

No feminino, o título ficou com outra surfista da casa. Stephanie Gilmore derrotou a norte-americana Lakey Peterson por 16,60 a 12,66 e embolsou a premiação de US$ 60 mil.

Com chances de título mundial, Owen Wright está fora do Pipe Masters, a última etapa do Circuito Mundial de Surfe. O australiano não se recuperou dos problemas do dia anterior, quando caiu de uma onda e depois passou mal, sendo hospitalizado, e está oficialmente fora da disputa. Quem entrará em seu lugar é o havaiano Mason Ho, terceiro lugar na triagem.

Na quarta-feira, Owen Wright caiu de uma onda e passou por maus bocados com a série de ondas que veio na sequência. Então ele voltou para a casa de sua patrocinadora, que fica próxima ao local, e decidiu tirar um cochilo. Quando acordou, estava desorientado, passou mal e seus amigos decidiram chamar uma ambulância.

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O veículo estacionou na parte de trás da casa e foi possível ver o australiano Mick Fanning e o brasileiro Gabriel Medina, que estão na mesma casa, um pouco assustados com a situação. Wright foi para o hospital e ficou em observação, com suspeita de concussão na cabeça. O atleta não se recuperou a tempo e com isso foi descartado para o Pipe Masters.

Sem Wright, restam apenas cinco candidatos ao título da temporada: os australianos Mick Fanning e Julian Wilson, e os brasileiros Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina. Como o anúncio foi em cima da hora, Mason Ho entra como suplente e por isso, apesar do ranking dele não ser alto, o havaiano entra no lugar de um cabeça de chave e a formação das baterias não foi alterada.

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