O paranaense Júlio Campos largará na pole, neste domingo, na prova de abertura da temporada de 2013 da Stock Car. O piloto da equipe Prati-Donaduzzi conquistou a primeira posição do grid no treino classificação realizado nesta tarde de sábado, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, mais uma vez o palco da primeira corrida do ano.

Ele fez o melhor tempo do Q2 (segunda parte da sessão qualificatória), que foi de 1min38s708, e pela primeira vez em sua carreira sairá da primeira posição do grid na maior categoria do automobilismo mundial. "Essa primeira pole foi especial de mais, ainda mais aqui em Interlagos, que é um circuito que todas as equipes e pilotos conhecem muito bem. Isso mostra que e estamos em boas condições para a temporada", comemorou Júlio Campos, que enfatizou o seguinte, em entrevista ao Sportv: "Pole na Stock é muito difícil. É minha primeira e espero que seja a primeira de várias".

Já a segunda posição do grid ficou com Cacá Bueno, atual campeão e cinco vezes campeão da Stock, que marcou o tempo de 1min38s742. O piloto da Red Bull Racing conseguiu pequena vantagem sobre os dois pilotos que largarão na segunda fila. O primeiro deles será Allam Khodair, que cronometrou 1min38s760, enquanto Ricardo Mauricio, com 1min38s796, será o segundo desta faixa do grid.

Rubens Barrichello, que estreou na Stock Car no ano passado na reta final do campeonato, abrirá a sua primeira temporada completa na categoria largando do 14.º lugar. Com o tempo de 1min39s53, ele não conseguiu ir bem na primeira parte do treino classificatório e não avançou para a fase final que definiu o dez primeiros colocados. Rubinho, porém, foi bem melhor do que seu companheiro de equipe da Full Time, que sairá do 28.º lugar.

Com largada às 11 horas (de Brasília) deste domingo, a etapa de abertura da Stock Car de 2013 terá transmissão ao vivo pelo canal a cabo SporTV.

Confira a classificação dos 20 primeiros colocados do grid:

1.º Júlio Campos (Prati-Donaduzzi), 1min38s708

2.º Cacá Bueno (Red Bull Racing), 1min38s742

3.º Allam Khodair (Vogel Motorsport), 1min38s760

4.º Ricardo Mauricio (Eurofarma RC), 1min38s796

5.º Sergio Jimenez (Voxx Racing Team), 1min38s916

6.º Valdeno Brito (Shell Racing), 1min38s916

7.º Daniel Serra (Red Bull Racing), 1min39s000

8.º Galid Osman (Ipiranga-RCM), 1min39s216

9.º Max Wilson (Eurofarma RC), 1min39s368

10.º Popó Bueno (Shell Racing), 1min39s457

11.º Átila Abreu (Mobil Super Pionner Racing), 1min39s476

12.º Thiago Camilo (Ipiranga-RCM), 1min39s492

13.º Marcos Gomes (Carlos Alves Competições), 1min39s525

14.º Rubens Barrichello (Full Time Competições), 1min39s536

15.º Tuka Rocha (BMC Racing), 1min39s567

16.º Felipe Lapenna (Hanier Racing), 1min39s613

17.º Rafa Matos (Hot Car Competições), 1min39s635

18.º Denis Navarro (Voxx Racing Team), 1min39s690

19.º Ricardo Zonta (BMC Racing), 1min39s765

20.º Diego Nunes (RC3 Bassani), 1min39s789

A quarta tentativa fracassada de passar para a fase final do treino de classificação das etapas da temporada 2012 da Fórmula Indy não tirou a motivação de Rubens Barrichello para a corrida de domingo em São Paulo, no circuito de rua do Anhembi. Após ficar apenas em 13º na sessão classificatória de sábado, ele prometeu ter um resultado bem melhor na prova.

"É claro que quando saí do carro estava frustrado. Mas não dá nem para contabilizar a diferença que me deixou fora da parte final. Ainda estou aprendendo a pista, mas foi o melhor dos meus quatro treinos de classificação (em São Petersburgo também largou de 13º)", disse. "O warm-up vai ser ainda melhor, assim como a corrida", completou.

Para mostrar o seu otimismo, Barrichello se lembrou até da sua primeira vitória na Fórmula 1, o GP da Alemanha de 2000, quando largou apenas no 18º lugar. "Eu nasci otimista. Já larguei de 18º na Fórmula 1 e venci. A Indy depende muito da estratégia. Tenho que correr em um ritmo bom, mas ainda não aprendi a poupar combustível", afirmou.

O piloto brasileiro, porém, revelou preferência para uma prova com pista seca, a mesma condição do treino de classificação deste sábado. "Não sei se vai chover, mas prefiro que não. A visibilidade seria horrenda largando de trás. Mas o que vier, se chover, vou manter o sorriso na cara", disse.

Barrichello também garantiu ter aprovado o circuito de rua do Anhembi, onde correu pela primeira vez. "Gostei da pista. Só sugeriria o recapeamento da final da reta final da Olavo Fontoura. Mas tem bem menos ondulação do que Long Beach", avaliou.

A possibilidade de chuva no treino de classificação e na corrida é a principal preocupação dos pilotos para a etapa de São Paulo da Fórmula Indy. No ano passado, a prova no circuito de rua do Anhembi precisou ser interrompida e foi concluída apenas na segunda-feira. E neste sábado a definição do grid de largada pode ser disputada sob chuva.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o sábado será de tempo nublado com possibilidade de garoa de manhã, chuva à tarde e à noite. O treino de classificação para a corrida em São Paulo está marcado para as 14h05.

A análise do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos atende mais aos desejos dos pilotos. A previsão é de tempo nublado com possibilidade de chuva. O dia deve ter muitas nuvens com curtos períodos de sol com pequena chance (inferior a 30%) de chuva a qualquer hora do dia.

Pole position em 2011 e vencedor das duas provas da Indy em São Paulo, o australiano Will Power avaliou que se o treino de classificação for disputado sob chuva, a corrida pode se tornar mais emocionante. "A chuva no treino deve bagunçar a formação do grid, mudar circunstâncias. Aqui é possível realizar muitas ultrapassagens, com longas retas, então pode não ser um problema", disse o companheiro de Hélio Castroneves, na Penske, que torce para não chover neste sábado. "Se a classificação puder ser no seco, é bem melhor", declarou o brasileiro.

Conhecido pelo bom desempenho sob chuva na Fórmula 1, Rubens Barrichello admitiu estar preocupado com instabilidade climática em São Paulo, que pode atrasar a sua preparação para a corrida. "A situação ideal é algo que seja continuo no fim de semana. Saio no sábado para aprender, então se o tempo muda no dia seguinte, teria que aprender só no warm-up", disse.

Os resultados modestos de Rubens Barrichello nas três primeiras provas da temporada 2012 da Fórmula Indy não acabaram com a euforia causada pela entrada do piloto brasileiro, que correu entre 1993 e 2011 na Fórmula 1, na categoria norte-americana. Para Greg Gruning, vice-presidente comercial da Indy, Rubinho é fundamental para expandir a marca do campeonato.

"O que Rubens trouxe, vindo da Fórmula 1 para a Indy, é inacreditável. Ele tem mais de 1,5 milhão de seguidores no Twitter, o que expõe a nossa marca para novas pessoas, e também é carismático. Não poderia vir em melhor hora", comemorou o dirigente, que viu a imagem da categoria ser atingida na última etapa do campeonato de 2011, com a morte de Dan Wheldon.

Gruning lembrou que o Brasil teve vários pilotos protagonistas na Indy, como Emerson Fittipaldi, campeão em 1989. "Não poderíamos estar mais motivados para voltar a São Paulo", disse. "Quando pensamos no Brasil, vemos que seu papel na Indy é fundamental. Tem histórias incríveis de pilotos, e não só no passado. Rubens trouxe muita atenção", completou.

Organizador da etapa de São Paulo da Indy e responsável pelas provas da categoria no Brasil, o Grupo Bandeirantes também exalta a entrada de Barrichello e garante já sentir o impacto da novidade. "A chegada do Rubinho tem um impacto muito importante, com sua bagagem, carisma e talento. A audiência das três primeiras provas da Indy foi o dobro das do ano passado. Então a sua influência está documentada", disse Marcelo Meira, vice-presidente da organização.

Apesar do indiscutível impacto causado pela presença de Barrichello, a Indy ainda não tem planos de realizar mais uma etapa no Brasil, mesmo com o interesse revelado anteriormente pelas cidades de Porto Alegre e Ribeirão Preto. "Estamos avaliando, esperamos expandir a Indy para outros lugares, mas não temos nada de novo", disse Gruning.

Com a presença de Barrichello, a etapa de São Paulo da Indy deve lotar o circuito de rua do Anhembi, o que não aconteceu nas duas edições anteriores da prova. E com a torcida por um bom resultado do brasileiro, que está em nono lugar no campeonato, com 59 pontos somados em três corridas.

Os organizadores da etapa de São Paulo da Fórmula Indy revelaram nesta quinta-feira que os ingressos para a prova de domingo estão praticamente esgotados. De acordo com Marcelo Meira, vice-presidente do Grupo Bandeirantes, restam apenas 600 entradas à venda para a quarta etapa do campeonato.

Desde o final de 2011, 42 mil ingressos foram colocados à venda e a expectativa é para que todos as entradas sejam vendidas até esta sexta-feira, um dia antes do início das atividades no circuito de rua do Anhembi. Os ingressos restantes ainda podem ser encontrados no site www.livepass.com.br.

"Esse ano são 42 mil lugares para a corrida. Faltam vender apenas 600 ingressos. É muito provável que nem tenha bilheteria aberta no circuito no domingo. Deve esgotar entre hoje e amanhã", declarou Meira, confiante em ter o Anhembi lotado no fim de semana.

As atividades da quarta etapa da temporada 2012 da Fórmula Indy, em São Paulo, começam no sábado, às 8h05, com a realização da primeira sessão de treinos livres. No mesmo dia, acontece o treino de classificação, a partir das 14h05. A prova acontece no domingo, com largada prevista para as 12h30.

O brasileiro Hélio Castroneves teve um fim de semana para esquecer em Long Beach. Na terceira etapa da temporada 2012 da Fórmula Indy, o brasileiro se envolveu em acidente com Rubens Barrichello, foi punido pela direção de prova, terminou a corrida apenas em 13º lugar e perdeu a liderança do campeonato para Will Power. Assim, apesar de fazer um balanço positivo das primeiras provas, ele espera desempenho bem diferente na etapa de São Paulo, no circuito de rua do Anhembi, em 29 de abril, para retomar a dianteira da Fórmula Indy.

"O meu início de campeonato foi o melhor possível. Depois do ano complicado que tive em 2011, começar o campeonato vencendo em St. Pete foi o máximo. Em Barber cheguei em 3º e pude manter a liderança do campeonato. Pena foi o que aconteceu em Long Beach. A coisa já começou complicada por causa da troca de motores, que implicou numa punição de 10 posições no grid para todo mundo que usa Chevrolet. Então, imagine você, largar em 18º numa pista de rua não é mole, não. E ainda teve aquele acidente na última volta com o Rubinho. Quer dizer, não foi uma boa prova. Mas no cômputo geral sou vice-líder e quero inverter essa curva descendente em São Paulo", disse.

Enquanto Helinho venceu a prova de abertura da temporada da Indy, em São Petersburgo, nos Estados Unidos, Will Power ganhou as etapas de Barber e Long Beach para liderar o campeonato. E o australiano chegará bem cotado para a corrida em São Paulo, já que venceu as duas provas realizadas na cidade. O brasileiro, porém, minimizou o excelente retrospecto do seu companheiro de Penske no circuito de rua do Anhembi,

"Não existe uma técnica que justifique as duas vitórias do Will em São Paulo. Como você sabe, a Fórmula Indy é composta de diversas variantes e a prova de São Paulo teve a chuva reinando nos dois anos anteriores. Will venceu, inicialmente, por ser muito competente, o trabalho de estratégia e pit de seu grupo foi perfeito e ele soube aproveitar as circunstâncias adversas a seu favor", afirmou.

Além de conquistar o seu primeiro título na Indy neste ano, Helinho também tem o objetivo de vencer pela quarta vez as 500 Milhas de Indianápolis, marcada para 27 de maio. "Tenho duas metas primordiais esse ano. A principal delas é vencer pela quarta vez a Indy 500 e fazer parte do grupo de maiores vencedores da corrida ao lado dos "imortais" A. J. Foyt, Rick Mears e Al Unser Senior. Nunca venci o campeonato. Bati na trave duas vezes e, portanto, quero concretizar esse sonho de ser campeão da Fórmula Indy".