Tópicos | Explode Coração

A morte do ex-ator Guilherme de Pádua, comunicada nesta segunda-feira (7), aconteceu diante de uma coincidência mórbida: o aniversário de 27 anos da estreia de “Explode Coração”, trama de Glória Perez que foi ao ar pela primeira vez em 6 de novembro de 1995. Além da data, o nome da novela também chamou a atenção de internautas, que apontaram a eventualidade e lembraram, ainda, da paródia feita pelo plantão do ‘Casseta e Planeta’, à época, e que se chamou “Enfarta Coração''. 

Guilherme morreu na noite do último domingo (6). A causa da morte foi um infarto fulminante. De acordo com o pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, Guilherme morreu dentro de casa: “Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”, disse o líder religioso, que comunicou o falecimento ao público em um vídeo no Instagram. 

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Horas depois, a associação passou a ser feita pelos internautas, que lembraram ainda a forma como Daniella foi assassinada, com golpes na região do peito, sobre o coração. “Em 6 de novembro de 1995, Glória Perez voltava ao ar com “Explode Coração”. Em 6 de novembro de 2022, o coração do assassino de Daniella explodiu e ele partiu”, escreveu um internauta. A novela marcou o retorno de Perez às telinhas, após três anos de luto pela filha.  

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O caso 

Em 1992, a atriz Daniella Perez interpretava, na novela “De Corpo e Alma”, de autoria de sua mãe Glória Perez, a personagem Yasmin, que se envolvia momentaneamente com o personagem Bira, vivido pelo ator Guilherme de Pádua. Na noite de 28 de dezembro, após uma gravação, Pádua e sua esposa à época, Paula Thomaz, seguiram Daniella, a agrediram e levaram a vítima a um terreno baldio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.  

Daniella foi alvo de 18 perfurações no peito, pulmões e coração. O corpo foi encontrado por um policial, que estranhou a movimentação no local. Thomaz e Pádua foram condenados a 20 anos de prisão por homicídio qualificado sob motivação torpe. Foi revelado pela polícia que a motivação de Paula foi ciúme do marido com a atriz; já ele, quis se vingar da autora após seu personagem na novela ter protagonismo reduzido. 

 

Quem nunca foi pego falando algum bordão de novela, que atire a primeira pedra. Por conta de histórias bem pensadas, trilhas sonoras da atualidade e personagens carismáticos, o termômetro de sucesso dos folhetins brasileiros tem sua medição nas alturas quando as interpretações dos atores escalados caem na graça do povo.

Diversos escritores incluem em seus textos algumas frases que possam repercutir nas ruas, mas na maioria das vezes o improviso torna-se o grande protagonista durante as gravações das cenas, recebendo o nome de caco. Por isso, relembre cinco bordões ditos nas novelas e reproduzidos entre os telespectadores.

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"Tô certo ou tô errado?" - Sinhozinho Malta

Em 1985, o público noveleiro não desgrudava os olhos da televisão quando "Roque Santeiro" estava no ar. A fictícia cidade de Asa Branca foi recheada de mistérios, aventuras e palavras engraçadas. Apaixonado pela Viúva Porcina, o poderoso Sinhozinho Malta foi um dos personagens que fez muita gente cair na gargalhada. O bordão "Tô certo ou tô errado?", seguido do braço balançando o relógio, popularizou o carisma de Lima Duarte com o personagem.

"Stop, Salgadinho" - Lucineide

Regina Dourado não viveu o papel principal de "Explode Coração", de Glória Perez, mas era responsável por movimentar o núcleo de humor. Na trama, Lucineide era casada com Salgadinho, interpretado pelo ator Rogério Cardoso, onde viviam discutindo com muita graça na lanchonete que os dois possuíam. Sempre atualizada, decidida e barraqueira, Lucineide eternizou a trama das nove com a frase hilária "Stop, Salgadinho". 

"Catiguria" - Bebel

Vivendo um romance muito louco com Olavo, personagem de Wagner Moura, Bebel era uma garota de programa que queria viver um grande amor e sair das ruas de Copacabana. Passeando pelo drama e humor, a personagem de Camila Pitanga sofria com a língua portuguesa. Sem modos sociais, e falando sempre errado, Bebel se transformou em 'Patrimônio da Teledramaturgia' com o seu charme de "catiguria". Lutando para dizer que "tinha categoria", a moça era um dos pontos altos da novela "Paraíso Tropical" em 2007.

"Não é brinquedo, não" - Dona Jura

Considerado um dos bordões de maior repercussão na história da televisão brasileira, Dona Jura conquistou diferentes públicos ao longo de "O Clone". Entre 2001 e 2002, a atriz Solange Couto, que atualmente integra o elenco da novela das sete "O Tempo Não Para", viralizou o icônico "Não é brinquedo, não" para a trama de Glória Perez. Segundo Solange, a frase surgiu em meio a uma discussão de trânsito. Autorizado pela direção da novela, Solange Couto colocava a frase na maioria dos seus diálogos com os colegas de cena.

"Are Baba" - Elenco indiano de "Caminho das Índias"

Mais uma novela de Glória Perez entrou no cotidiano das pessoas. Protagonizada pelos atores Rodrigo Lombardi e Juliana Paes, a novela "Caminho das Índias" virou uma verdadeira fábrica de bordões no ano de 2009. Vencedora do Emmy Internacional, a trama montou um dicionário com frases do dialeto indiano. Quando a trupe de Maya e Raj aparecia na telinha, o bordão "Are Baba" ultrapassava a linha da ficção e chegava na casa dos brasileiros em formatos de espanto e risos.

Fotos: Reprodução/TV Globo/YouTube

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