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Vários mitos são criados acerca do uso do protetor solar, sobretudo que não há a necessidade do seu uso em dias nublados e que pessoas com a pele negra não precisam usar. Ainda que em alta exposição ao sol o uso do filtro solar deva ser reforçado, o seu uso diário previne o escurecimento de manchas na pele e vários tipos de câncer. 

A dermatologista do Hospital Santa Joana do Recife, Alice Dias explicou que a quantidade de protetor solar indicada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia é de uma colher de chá do produto para cada parte do corpo, por exemplo: “uma colher de chá no rosto, pescoço e cabeça; uma colher de chá para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás; uma colher de chá para cada braço; e uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna”. 

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De acordo com a especialista, o tempo de reaplicação do protetor solar varia de acordo com o Fator de Proteção Solar (FPS), que é o índice que determina o tempo que uma pessoa pode permanecer ao sol com o uso de protetor “sem produzir eritema, ou seja, ficar com a pele avermelhada”. “O fenótipo do paciente (cor da pele e o quanto ele bronzeia com o sol) também varia de acordo com o FPS. Como uma regra geral, o ideal é reaplicar a cada três horas, podendo esse intervalo ser reduzido em caso de transpiração excessiva, ao sair da água ou exposição solar mais intensa”, disse. 

E que, para calcular o tempo de exposição máxima recomendado, deve-se multiplicar o número de FPS contido na embalagem pelo tempo que uma pessoa fica vermelha ao se expor ao sol sem proteção. “Por exemplo, se você ficar com a pele avermelhada após 10 minutos de exposição solar sem proteção e vai usar um protetor com FPS de 30, você terá 10x30 = 300 minutos de proteção usando aquele protetor solar em quantidades adequadas. Vale ressaltar que a maioria das pessoas infelizmente não aplicam a quantidade adequada do protetor. Portanto, para conseguir um tempo de proteção maior, em condições reais, o ideal é sempre usar FPS maiores”, detalhou. 

A dermatologista Alice Dias informou que a aderência da pele ao protetor solar quando ela está molhada costuma ser prejudicada. "Porém, hoje existem algumas formulações que propõem aplicação em pele molhada, por conseguir ultrapassar as gotículas de água. De todo modo, como regra geral, sempre recomendo que o ideal é secar a pele antes de reaplicar o protetor e, desta forma, obtenha-se uma ação mais eficaz do produto”, complementou. 

Dias chamou atenção para a importância do uso diário do protetor solar que, além de prevenir contra vários tipos de câncer de pele, também ajuda contra o envelhecimento da mesma. “Sabemos que ele previne o escurecimento de manchas, como melasma, sendo parte fundamental no tratamento clareador dessas manchas”, disse.

 

Principais mitos sobre o uso do protetor solar

A especialista lamentou que a facilidade na propagação de informações tenha permitido a criação de fake news até sobre o uso de protetor solar, e desmentiu algumas informações. “Os principais mitos são que: protetor solar dá câncer; não precisa usar protetor solar em dias nublados; pode-se usar protetor solar vencido; protetor solar também serve como hidratante; protetor solar não precisa ser usado em pessoas com a pele negra. Portanto, é importante sempre seguir as orientações do seu dermatologista e da Sociedade Brasileira de Dermatologia”. 

Uma pesquisa do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele revela que 70% dos brasileiros não usam filtro solar todos os dias e 80% sequer sabe a quantidade do produto que deve ser aplicada sobre a pele. Cerca de 3/4 da população não se protege dos raios solares, apesar de conhecer a necessidade e a importância da medida. Segundo o levantamento, a quantidade de pessoas que deixou de se importar com os cuidados ao se expor ao sol aumentou consideravelmente nos últimos quatro anos.

“Essa redução no uso diário do filtro mostra que a conscientização não convenceu a população a usar correta e diariamente o fotoprotetor. Talvez pelo alto custo e situação de crise financeira que se instaurou, a proteção solar ficou como segundo plano de consumo”, afirma o farmacêutico Lucas Portilho, diretor do instituto responsável pela elaboração da pesquisa. De acordo com o estudo, 72,5% dos entrevistados afirmaram não usar protetor todos os dias; em 2016 havia 65%.

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Na pesquisa feita em 2017 foi adicionada a questão “quanto aplicar?”, que resultou em um dado alarmante, de acordo com Portilho. “Cerca de 80% dos brasileiros não têm a mínima ideia de quanto aplicar, portanto mesmo a proteção de quem usa fotoprotetores fica comprometida, pois sem saber o quanto aplicar, uma pessoa pode usar achando que está com proteção quando na verdade está desprotegida”, conclui.

Um dos poucos dados favoráveis da pesquisa é o que mostra o crescimento da preocupação com os raios ultravioletas. Em 2016, 71% das pessoas não conferiam se os protetores que compravam forneciam esse tipo de proteção; em 2017 esse número caiu para 50%. Porém, alguns dos motivos pelos quais as pessoas deixam de usar o produto parecem fazer parte da cultura popular: 63% afirmou não achar necessário aplicar a proteção em dias nublados. Para a pesquisa, foram entrevistadas 1793 pessoas de 27 estados brasileiros.

Para proteger o filho, de três meses, dos raios solares, Jessie Swan passou por um grande susto. A mulher, que vive na Austrália, adquiriu um filtro solar fator 50 da Peppa Pig, produzido por uma Organização Não Governamental, a Cancer Council Australia. No entanto, o produto causou erupções cutâneas e queimaduras na criança. A mulher expôs o fato em postagem direcionada à ONG através do Facebook. 

Ela explica que o bebê não estava no sol e apenas fez o uso por segurança, para protegê-lo. Por conta dos efeitos do produto, o seu filho precisou ficar internado por três dias e duas noites em um hospital a fim de tratar o problema causado. Jessie alerta para a não aquisição deste produto e frisa não ter cometido a irresponsabilidade de deixar a criança no sol. “Isto não é queimadura solar, esta é uma reação ao creme”.

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Em resposta à postagem de Jessie, a ONG alega que esta experiência, de fato, foi perturbadora. No texto, a Organização tenta esclarecer para os leitores que chegou rapidamente à mulher para analisar a situação e usa o espaço para apontar para a formulação do produto. Segundo eles, o protetor solar foi produzido para ser o mais adequado para a pele delicada. Além disso, aponta para um menor nível de ingredientes ativos quando comparado a outros produtos.

A ONG também aponta para a aprovação do filtro solar pelos órgãos responsáveis e diz ser um composto testado dermatologicamente, no entanto, explica existir a possibilidade de reações individuais e por esse motivo julga importante a realização do teste de toque. Apesar disso, a Cancer Council Australia diz que irá tomar precauções em seus produtos.

Durante o verão, não é preciso abrir mão do ritual de beleza na hora de ir à praia. O segredo é escolher os produtos certos para ficar linda sem prejudicar a pele. Com o clima quente, é necessário manter cuidados especiais, principalmente para quem tem uma pele oleosa.

Atualmente, as maquiagens contêm vitaminas, nutrientes, hidratantes, filtro solar, são testadas dermatologicamente e não obstruem os poros. Para não abrir mão de um make caprichado até para ir à praia, a indústria dos cosméticos apostam em produtos que têm em sua fórmula componentes que hidratam, protegem e controlam o brilho, a exemplo da base, o pó da linha Pure e a Dream Fresh BB - BB Cream de Maybelline NY.

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Embora maquiagem combine com o look praiano, é melhor deixar as sombras, delineadores e brilhos para outros momentos, entretanto, rímel a prova d’água, batom 24h e um bom blush são apostas garantidas. Salientando que o uso do filtro e protetor solar labial é imprescindível. A tendência para a nova estação são as cores intensas, os metálicos, lábios coloridos e sobrancelhas cheias. 

 

Em documento lançado nesta quinta-feira, 28, com diretrizes sobre fotoproteção, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) condenou a exposição solar sem proteção para a obtenção da vitamina D.

Nos últimos anos, o aumento do número de pessoas com deficiência do nutriente fez com que especialistas passassem a recomendar aos pacientes a exposição ao sol sem filtro solar, por um período de 15 a 20 minutos por dia, para possibilitar ao organismo a produção da vitamina. O argumento era de que o protetor impedia a absorção da radiação solar, essencial para a obtenção do nutriente.

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Durante o lançamento do Consenso Brasileiro de Fotoproteção, primeiro documento do tipo no País, o órgão questionou o argumento. "É impossível que a proteção solar, da forma que é feita, seja a responsável pela deficiência de vitamina D. Estudo feito em São Paulo mostra que bastam 10 minutos de exposição ao ar livre, mesmo em dias nublados, para que a pessoa atinja os níveis recomendados. Portanto, dizer que a fotoproteção leva à deficiência da vitamina é prejudicial e gera uma mensagem antagônica à população", afirmou Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele.

A vitamina D tem como principal função ajudar no desenvolvimento do sistema esquelético. Cerca de 90% do nutriente é obtido por meio da radiação solar. Sua deficiência está relacionada a doenças como raquitismo e osteoporose.

Segundo a SBD, pacientes de risco para o desenvolvimento da deficiência devem passar por exames periódicos e, se necessário, receber suplementação vitamínica.

Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, celebrado neste sábado, 30, a SBD vai reunir 4 mil médicos voluntários em 139 postos de todo o País para atender a população com o objetivo da detecção precoce da doença.

Os endereços dos postos podem ser consultados no site da SBD. Na campanha do ano passado, 33 mil pessoas passaram por avaliação e 12% foram diagnosticadas com câncer de pele. A previsão do Ministério da Saúde é de que 182 mil pessoas manifestem a doença no ano que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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