O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, usou as redes sociais, na última sexta (11), para falar sobre o ssassinato do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Camargo afirmou que a morte do jovem teria sido consequência de seu “modo indigno de vida” e o chamou de "vagabundo". A família da vítima quer processá-lo.
Em seu perfil no Twitter, Sérgio Camargo teceu comentários a respeito de Moïse, afirmando que ele levava uma vida “indigna” e que sua morte não teria ligação com racismo. “Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”.
##RECOMENDA##Ele também postou que "não existe a menor possibilidade" de a Fundação Palmares prestar homenagens ao congolês e que sua morte deveria apenas constar como mais um número na estatística da violência urbana. “Moïse foi morto por selvagens pretos e pardos - crime brutal. Mas isso não faz dele um mártir da ‘luta antirracista’, nem um herói dos negros. O crime nada teve a ver com ódio racial. Moïse merece entrar nas estatísticas de violência urbana, jamais na história”.
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A família do jovem congolês já tomou conhecimento das afirmações de Camargo e pensa em entrar com medidas judiciais contra ele. O procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)-RJ, que vem auxiliando os familiares de Moïse, falou sobre o assunto, também pelas redes sociais. “Esse VAGABUNDO vai responder por essa mentira absurda que está falando. A família do Moïse está estarrecida com essa fala criminosa desse sujeito. Já estamos estudando as medidas cabíveis”, postou.