Tópicos | Fundação Ulysses Guimarães

O ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, deixou a residência do presidente em exercício, Michel Temer, no começo da tarde para viajar ao Rio de Janeiro. "Vim conversar com Temer sobre alguns assuntos", disse ele, sem detalhar os temas discutidos.

Ao ser questionado se a ida de Temer a Brasília hoje atrapalharia as articulações políticas para formação de seu eventual governo, Moreira Franco disse que, "ao contrário, para mim até ajuda".

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Não há previsão de horário em que Temer embarcará para a Capital Federal.

A Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, se uniu às fundações Teotônio Vilela, do PSDB, Liberdade e Cidadania, do DEM e Astrogildo Pereira, do PPS, para elaborar uma "agenda programática" que sirva de lastro para a construção de uma coalizão entre as siglas em um eventual governo Michel Temer.

A aproximação, que conta com o aval do vice-presidente, representa o primeiro movimento institucional do PMDB no campo da oposição. O partido está dividido sobre o impeachment, mas comanda seis ministérios no governo Dilma Rousseff. A articulação começou antes de o Supremo Tribunal Federal definir, na quinta-feira passada, o rito do processo de afastamento da presidente - o que foi considerado uma vitória do governo. A primeira reunião conjunta, que ocorreria na última semana, foi remarcada para janeiro. As entidades atuam como braços teóricos e ideológicos das legendas.

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"O impeachment, que antes era uma queda de braço entre o presidente da Câmara e a presidente da República, agora é uma realidade", disse o ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil Moreira Franco, que atualmente preside a Fundação Ulysses Guimarães. "Duas agências rebaixaram o grau de investimento do Brasil, que está com nome sujo no mercado. Quando se trata de economia, temos que trabalhar com coisas objetivas", afirmou.

A fundação foi a responsável pela elaboração do documento "Ponte para o Futuro", que diverge de propostas do PT e do governo para a economia. Entre as medidas sugeridas estão o fim das vinculações constitucionais para os gastos com saúde e educação e não ao aumento de impostos.

"Precisamos conversar com as forças políticas sobre o que podemos fazer em uma eventual saída dela (Dilma)", disse o ex-deputado José Aníbal, presidente do ITV. O tucano fala em "preservar direitos dos trabalhadores e programas sociais", mas ressalta que a iniciativa tem por objetivo "passar confiança ao mercado, já que os investimentos estão paralisados".

Um dos consensos do grupo é a oposição à recriação da CPMF, medida que está entre as prioridades do Palácio do Planalto no Congresso em janeiro. "Há consenso entre nós de não aprová-la", afirmou o deputado José Carlos Aleluia (BA), que representa o DEM no colegiado.

Documento

Ele diz que a ideia é unificar o discurso entre as legendas "para que o Brasil tenha algum horizonte no futuro". O deputado do DEM também exalta o documento da Fundação Ulysses Guimarães como referência e diz que o texto do PMDB tem muitos consensos que não estão sendo seguidos pelo atual governo. "Vamos lançar um documento das fundações que depois serão discutidos pelos partidos", afirma Aleluia. O coletivo de fundações pretendia formalizar publicamente a aliança ainda este mês, mas postergou para janeiro devido ao acirramento da crise na Câmara.

"A ideia é juntar as fundações para pensar em um programa unificado concreto para o caso de haver impeachment", disse o deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS.

Para os tucanos, a articulação é vista também como uma forma de buscar um consenso no caso de a chapa Dilma/Temer ser cassada pelo TSE. "Um (eventual) próximo governo, com ou sem o Michel Temer, vai ter que ser de transição. É preciso buscar um pacto amplo, do qual não excluo nem mesmo remanescentes do PT", afirmou Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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