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Centenas de manifestantes vaiaram e insultaram o supremacista branco Richard Spencer nesta quinta-feira, na Universidade da Flórida, forçando-o a abandonar o local sem fazer o discurso que pretendia.

Apenas 30 seguidores de Spencer compareceram ao auditório da Universidade, em Gainesville, sendo amplamente superados em número pelos manifestantes anti-racistas.

Quando Spencer entrou no auditório, foi recebido por um coro irado que gritava "foda-se, foda-se". "Esta é uma grande saudação. Obrigado pelas boas-vindas", ironizou Spencer, enquanto o público se colocava de pé e com o punho erguido gritava: "Spencer nunca mais! Spencer nunca mais!". "Vão continuar com isto por toda a noite?" - perguntou Spencer.

Em uma breve sessão de perguntas e respostas que mais parecia uma troca de insultos, Spencer foi acusado de ser "infantil" e disse que os manifestantes tentavam "calar um movimento que está crescendo e que defenderá as pessoas brancas".

Do lado de fora do auditório, cerca de 1.500 manifestantes protestaram contra a presença de Spencer na cidade de 130 mil habitantes. Em alguns prédios do campus foram colocados cartazes com frases como "Amor, não ódio".

Spencer, um dos líderes da "alt-right" ou "direita alternativa", liderou a marcha de militantes de extrema direita e neonazistas em Charlottesville, Virgínia, em 11 de agosto passado, que degenerou em violentos distúrbios.

No dia seguinte, em uma contramanifestação, um supremacista branco jogou um carro contra a multidão deixando um morto e 19 feridos. A organização presidida pelo supremacista de 39 anos, o National Policy Institute, é catalogada como um grupo de ódio pelo SPLC.

Temendo a repetição dos confrontos, o governador Rick Scott declarou o estado de emergência para reforçar a segurança em Gainesville. Os arredores da Universidade, assim como as ruas que dão acesso ao campus, foram fechados ao trânsito. As aulas nos locais próximos ao Centro Philips, onde aconteceu o evento, foram suspensas. Também foi proibido carregar - dentro e nas proximidades do local - vários artigos, incluindo escudos, guarda-chuva, garrafa de água e mochilas.

A Universidade da Flórida aceitou receber Spencer em seu campus em nome da "liberdade de expressão", mas destacou que não foi convidado pela instituição, e pagou 10.564 dólares pelo aluguel do local e a segurança interna da universidade.

A cidade universitária de Gainesville, no norte da Flórida, amanheceu blindada nesta quinta-feira (19) antes de um evento com o supremacista branco Richard Spencer, cujos discursos terminaram em contraprotestos e atos violentos em agosto.

Os arredores da Universidade da Flórida (UF), assim como as ruas que dão acesso ao campus, estão fechados ao trânsito. As aulas nos locais próximos ao Centro Philips, onde acontecerá o evento, foram suspensas.

Também está proibido carregar - dentro e nas proximidades do local - vários artigos, incluindo escudos, guarda-chuva, garrafa de água e mochilas.

Para protestar contra a chegada de Spencer à cidade, alguns universitários exibiam cartazes com a frase "Amor, não ódio". Mensagens a favor da diversidade também foram espalhadas.

Com a hashtag #TogetherUF, líderes estudantis promoviam nas redes sociais uma "assembleia virtual" para manter afastadas as contramanifestações dos que desejam ouvir a palestra de Spencer.

"Queremos reduzir a atenção deste polêmico orador e obter manchetes com as coisas incríveis feitas pelo nosso corpo estudantil", disse o aluno Bijal Desai, um dos organizadores.

Lecia Brooks, porta-voz dp Southern Poverty Law Center - SPLC, uma ONG que monitora os grupos de ódio nos Estados Unidos - acredita que Spencer "provavelmente vai falar sobre seu desejo de criar um Estado étnico branco".

"Ele é um dos líderes do movimento nacionalista branco e criou a expressão 'Alt-Right' (direita alternativa). Tem muita influência", disse Brooks à AFP.

A organização presidida pelo supremacista de 39 anos, o National Policy Institute, é catalogada como um grupo de ódio pelo SPLC.

Autoridades da Flórida (EUA) tentavam descobrir nesta segunda-feira o que causou um acidente rodoviário em uma autoestrada no norte do Estado, com o engavetamento de vários automóveis e caminhões. O desastre ocorreu no domingo e pelo menos 10 pessoas foram mortas e 18 ficaram feridas.

Segundo informações da BBC, cinco dos 10 mortos eram brasileiros. A autoestrada 75 foi reaberta no final da noite de domingo, mas foi novamente fechada na manhã de hoje por causa de uma neblina intensa. Imagens feitas no local mostravam carros e pelo menos um caminhão totalmente queimados. As seis pistas da autoestrada (três em cada sentido) foram fechadas ao tráfego.

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"Dava para escutar os carros batendo uns nos outros, pessoas gritando. Foi uma coisa maluca e horrível", disse Steven R. Camps, morador de Gainesville que dirigia um carro que se envolveu no engavetamento. Quando os primeiros socorristas chegaram, apenas escutaram os gritos das vítimas por causa da neblina intensa. Pelo menos doze automóveis e seis caminhões se envolveram no engavetamento. Alguns pegaram fogo. Repórteres que tiveram acesso à cena afirmam que viram corpos carbonizados dentro de um carro esportivo.

As informações são da Associated Press.

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