Tópicos | supremacistas brancos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se negou a condenar de maneira inequívoca os supremacistas brancos durante o primeiro debate contra o rival nas eleições de novembro, Joe Biden, e fez um aceno para uma milícia de extrema-direita.

Questionado pelo moderador do debate Chris Wallace, que solicitou uma condenação sem reservas aos supremacistas brancos, o presidente republicano não apresentou uma resposta direta: citou os 'Proud Boys', um grupo nacionalista que prega a superioridade da raça branca, a quem pediu que "recuem e esperem".

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"Mas eu direi algo, direi algo, alguém tem que fazer algo contra os Antifa", completou, em referência ao movimento de extrema-esquerda, ao afirmar que nos Estados Unidos a violência procede mais da extrema-esquerda do que da extrema-direita.

'Proud Boys', um grupo neofascista, exclusivamente masculino, fundado em Nova York em 2016, adotou a frase de Trump e a publicou na rede social Telegram.

"Aqui. Esta é a América de Donald Trump", criticou o candidato democrata Joe Biden, ao compartilhar um tuíte de um jornalista do New York Times sobre o tema.

Rita Katz, diretora do SITE, associação que monitora grupos extremistas, afirmou que "em um momento de níveis de pico de violência da extrema-direita e de um racismo crescente, Trump fez um novo aceno aos supremacistas brancos".

"Donald Trump deve aos americanos uma explicação ou desculpas. Agora", comentou Jonathan Greenblatt, presidente da Liga Antidifamação (ADL), uma organização de luta contra o antissemitismo.

O estado do Texas executou o ex-líder de um grupo de supremacistas brancos pelo assassinato de uma mulher na cidade de El Paso em 2002. Justen Hall, 38 anos, foi declarado morto às 18h32 (21h32 de Brasília) de quarta-feira  (6) na penitenciária de Huntsville.

Ele foi condenado à pena de morte em 2005 por estrangular uma mulher de 29 anos e enterrar o corpo da vítima no deserto do estado do Novo México. A Promotoria afirmou que Hall matou a mulher porque ela havia ameaçado revelar a existência de um laboratório ilegal de drogas que era comandado pelo grupo do criminoso, "Aryan Circle".

Em 2017, Hall pediu a seus advogados - que alegavam uma doença mental do réu - que desistissem de tentar evitar a pena capital e afirmou que estava pronto para enfrentar seu destino. Hall é o 19º condenado à morte executado em 2019 nos Estados Unidos, o oitavo no Texas.

Centenas de manifestantes vaiaram e insultaram o supremacista branco Richard Spencer nesta quinta-feira, na Universidade da Flórida, forçando-o a abandonar o local sem fazer o discurso que pretendia.

Apenas 30 seguidores de Spencer compareceram ao auditório da Universidade, em Gainesville, sendo amplamente superados em número pelos manifestantes anti-racistas.

Quando Spencer entrou no auditório, foi recebido por um coro irado que gritava "foda-se, foda-se". "Esta é uma grande saudação. Obrigado pelas boas-vindas", ironizou Spencer, enquanto o público se colocava de pé e com o punho erguido gritava: "Spencer nunca mais! Spencer nunca mais!". "Vão continuar com isto por toda a noite?" - perguntou Spencer.

Em uma breve sessão de perguntas e respostas que mais parecia uma troca de insultos, Spencer foi acusado de ser "infantil" e disse que os manifestantes tentavam "calar um movimento que está crescendo e que defenderá as pessoas brancas".

Do lado de fora do auditório, cerca de 1.500 manifestantes protestaram contra a presença de Spencer na cidade de 130 mil habitantes. Em alguns prédios do campus foram colocados cartazes com frases como "Amor, não ódio".

Spencer, um dos líderes da "alt-right" ou "direita alternativa", liderou a marcha de militantes de extrema direita e neonazistas em Charlottesville, Virgínia, em 11 de agosto passado, que degenerou em violentos distúrbios.

No dia seguinte, em uma contramanifestação, um supremacista branco jogou um carro contra a multidão deixando um morto e 19 feridos. A organização presidida pelo supremacista de 39 anos, o National Policy Institute, é catalogada como um grupo de ódio pelo SPLC.

Temendo a repetição dos confrontos, o governador Rick Scott declarou o estado de emergência para reforçar a segurança em Gainesville. Os arredores da Universidade, assim como as ruas que dão acesso ao campus, foram fechados ao trânsito. As aulas nos locais próximos ao Centro Philips, onde aconteceu o evento, foram suspensas. Também foi proibido carregar - dentro e nas proximidades do local - vários artigos, incluindo escudos, guarda-chuva, garrafa de água e mochilas.

A Universidade da Flórida aceitou receber Spencer em seu campus em nome da "liberdade de expressão", mas destacou que não foi convidado pela instituição, e pagou 10.564 dólares pelo aluguel do local e a segurança interna da universidade.

Uma universidade do Texas cancelou nesta segunda-feira (14) um evento planejado por supremacistas brancos em seu campus para o mês que vem, alegando riscos para a segurança, depois da violência registrada em Virginia durante o fim de semana.

A Texas A&M University, uma das universidades públicas mais prestigiadas dos Estados Unidos, cancelou o ato programado para 11 de setembro, no qual deveria participar Richard Spencer, uma conhecida liderança dos supremacistas.

Spencer foi uma das principais figuras na marcha realizada no sábado em Charlottesville (Virginia), no qual participaram centenas de supremacistas brancos, que entraram em confronto com manifestantes anti-racistas. Uma mulher morreu e outras 19 pessoas ficaram feridas.

A decisão da universidade de cancelar o evento foi tomada depois que se tomou conhecimento de seu slogan: "Hoje Charlottesville, amanhã Texas A&M".

"Relacionar a tragédia de Charlottesville com o evento no Texas A&M cria um risco maior de segurança em nosso campus", afirmaram as autoridades da universidade em um comunicado.

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