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Pelo menos 18 civis morreram na Síria nesta quarta-feira (15) em ataques aéreos do governo de Bashar al-Assad contra a província de Idlib - informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), lembrando a trégua anunciada na semana passada por Rússia e Turquia para a região.

O saldo aumentou após horas de trabalho dos socorristas nas ruínas de vários prédios na cidade de Idlib, dominada por extremistas no noroeste sírio, afirmou o OSDH.

Entre as vítimas, há dois meninos e um socorrista, informou a ONG, que mencionou ainda 20 feridos. Os ataques impactaram um mercado e uma região reúne escritórios, entre eles uma garagem mecânica, segundo a mesma fonte.

A Rússia, grande aliada do regime, anunciou em 9 de janeiro uma trégua para Idlib e Turquia, que apadrinha certos grupos rebeldes, confirmou esta iniciativa que devia ter começado no domingo.

Contudo, o OSDH apontou que na quarta "mais de cem ataques executados por aviões sírios ou russos na província de Idlib".

O regime de Assad disse que estava determinado a reconquistar a região de Idlib, controlada pelos extremistas de Hayat Tahrir Al Sham (HTS, antiga subsidiária síria da Al Qaeda) e que também abriga grupos rebeldes enfraquecidos.

Mais de 380.000 pessoas perderam a vida, incluindo mais de 115.000 civis em quase nove anos de guerra civil na Síria.

O exército sírio utilizou gás neurotóxico em supostos ataques a Khan Sheikhun e também em outras três ofensivas atribuídas ao regime, denunciou nesta segunda-feira a organização Human Rights Watch (HRW).

Há uma "tendência clara" da utilização de armas químicas que poderiam custar ao governo sírio acusações de crimes contra a humanidade, de acordo com um relatório desta organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York.

As forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, lançaram progressivamente ataques de cloro e começaram a utilizar foguetes de cloro nos combates próximos a Damasco, acrescentou. "A utilização pelo governo sírio de gás neurotóxico aumenta [o número de] mortes - e a tendência é clara", declarou Kenneth Roth, diretor-geral da ONG.

"Ao longo dos últimos meses, o governo utilizou os aviões, os helicópteros e os soldados no terreno para dispersar cloro e gás sarin em Damasco, Hama, Idlib e Aleppo", indicou. "Trata-se de uma prática generalizada e sistemática [de uso] das armas químicas", acrescentou o diretor da HRW.

A organização entrevistou 60 testemunhas e estudou as fotos e os vídeos do suposto ataque a Khan Sheikhun em 4 de abril, que provocou a morte de 87 pessoas, e de outros ataques neurotóxicos em dezembro de 2016 e de março de 2017.

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