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Max Verstappen confirmou o ótimo desempenho no fim de semana ao cravar a pole position no GP da França, no circuito de Paul Ricard, neste sábado (19). O holandês da Red Bull Racing desbancou as Mercedes e larga na frente pela segunda vez na temporada e quinta na carreira.

O líder do Mundial fez uma volta fantástica. Foi o único a marcar menos de 1 minuto e 30 segundos. O holandês cravou 1min29s990 numa pista na qual a Mercedes sempre dominou e vinha de duas poles seguidas. Terá a seu lado o inglês Lewis Hamilton, o que promete enorme briga pela vitória e pelo topo da classificação.

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Verstappen soma 105 pontos na liderança do Mundial de Pilotos, quatro a mais que Hamilton. Ambos abandonaram em Baku, no Azerbaijão, e prometem bela disputa na França em busca da recuperação.

"Um fim de semana muito bom, numa pista difícil para a gente e estou muito feliz. Hoje não vale ponto, mas foi um bom dia e temos de terminar o trabalho amanhã e tentar ganhar os 25 pontos perdidos em Baku", festejou Verstappen, já imaginando uma vitória. "O carro está muito bom e estou confiante."

Enquanto o holandês era só alegria, Hamilton revelou não estar satisfeito com o desempenho do carro. Ele tinha feito a pole nas duas últimas corridas em Paul Ricard, em 2018 e 2019. Apesar de reclamar bastante, ele disse que adora desafios. Seu companheiro, Valtteri Bottas, larga em terceiro.

Mal começou a tomada de tempos em Paul Ricard e a sessão já foi paralisada com bandeira vermelha por mais uma falha do japonês Yuki Tsunoda. O piloto da AlphaTauri rodou sozinho na pista e foi parar na proteção de pneus. Não conseguiu voltar a largará em último.

Com menos tempo no Q1, Hamilton mostrava preocupação com muita gente junta. A Mercedes o tranquilizou dizendo que dava para cravar uma boa marca. Ele optou por deixar todos passarem e ter pista livre pela frente, mas muitos também apostaram na estratégia.

Dominando os treinos do fim de semana, Verstappen foi logo cravando a melhor marca do fim de semana com 1min31s001. A Red Bull ainda tinha Sérgio Perez em segundo. As Mercedes fizeram 3° e 4°, com Bottas melhor que Hamilton. O inglês melhorou o tempo na segunda tentativa, colando no holandês.

Uma batida de Mick Schumacher no minuto final acabou antecipando o fim do Q1, prejudicando Lance Stroll, que ficou sem tempo quando vinha na única volta rápida. O jovem alemão, apesar do incidente, passou pela primeira vez ao Q2, mas não pôde disputar após rodar sozinho. Parte no inédito 15º lugar.

O Q2 começou com a Mercedes partindo logo para a pista. Ficou para traz após uma volta, porém. A Red Bull seguiu dominando, agora com Pérez mais rápido que Verstappen, com 1min30s971. Até então sumido no fim de semana, Hamilton, enfim, surgiu nos treinos com 1min30s959. Bottas foi ainda melhor, com 1min30s735, mostrando que a Mercedes estava firme e viva pela pole.

O Q3 iniciou com Verstappen baixando tempos e mostrando que "se poupou" na Q2. Foi logo cravando a melhor volta do dia com 1min30s325, com Hamilton vindo na cola com os286 de diferença. O inglês ficou entre os carros da Red Bull. A volta final prometia ser ainda mais empolgantes. E as Mercedes fechariam o dia.

Verstappen foi cravando logo uma marca impressionante e dura de ser batida. Hamilton e Bottas se esforçaram, mas tiveram de se contentar com segundo e terceiro melhores tempos, respectivamente.

Confira o grid de largada do GP da França:

1º) Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min29s990

2º) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min30s248

3º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min30s376

4º) Sergio Perez (MEX/Red Bull) - 1min30s455

5º) Carlos Sainz (ESP/Ferrari)- 1min30s840

6º) Pierre Gasly (FRA/AlphatTauri) - 1min30s868

7º) Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min30s987

8º) Lando Norris (GBR/McLaren) - 1min31s262

9º) Fernando Alonso (ESP/Alpine) - 1min31s340

10º) Daniel Ricciardo (AUS/McLaren) - 1min31s382

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11º) Esteban Ocon (FRA/Alpine) - 1min31s736

12º) Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin) - 1min31s767

13º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min31s813

14º) George Russell (GBR/Williams) - 1min32s035

15º) Mick Schumacher (ALE/Haas) - sem tempo

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16º) Nicholas Latifi (CAN/Williams) - 1min33s062

17º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min33s354

18º) Nikita Mazepin (RUS/Haas) - 1min33s554

19º) Lance Stroll (CAN/Aston Martin) - sem tempo

20º) Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri) - sem tempo

A análise feita por Lewis Hamilton após a vitória no GP da França, neste domingo, deve ter desanimado ainda mais seus adversários para a disputa da sequência da temporada 2019 da Fórmula 1. Afinal, na sua avaliação, a Mercedes tem melhorado a cada prova. "Entrei no ritmo e depois disso a corrida foi bastante confortável. O carro melhora à medida que as corridas acontecem."

Após a sexta vitória na temporada e a 79ª na carreira, Hamilton destacou o desempenho de toda a equipe durante o fim de semana em Le Castellet. "Quando as pessoas veem tal triunfo (da Mercedes), talvez não estejam cientes de todo o trabalho que foi feito", disse o líder do Mundial, com 187 pontos, contra 151 do companheiro Valtteri Bottas.

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O fato de ter largado na pole, liderado a corrida do início ao fim e ter contido com facilidade as tentativas de ultrapassagem de Bottas no início não tornou, para Hamilton, a corrida desinteressante. "Se vocês jornalistas escreverem um artigo dizendo que foi uma corrida chata, não apontem os dedos para os pilotos", disse Hamilton, em entrevista coletiva após a prova.

Apesar do sexto segundo lugar na temporada, Bottas estava feliz por ter conseguido segurar o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, na terceira colocação, apesar de alguns problemas no carro. "O Charles (Leclerc) chegou muito perto, mas é o que estava programado", afirmou o finlandês.

Há Leclerc festejou o terceiro pódio. "Mais algumas voltas e eu poderia ter conseguido pressionado mais o Valtteri", afirmou o piloto da Ferrari, quinto na classificação do campeonato, com 87 pontos.

Sebastian Vettel, que completou 16 provas sem vitória e viu Hamilton aumentar a vantagem para 76 pontos no Mundial, demonstrou desânimo. "O principal objetivo era reduzir a distância tanto quanto possível do líder e nós falhamos", disse o alemão da Ferrari. "Nós temos que entender a razão pela qual algumas das mudanças que fizemos não funcionaram. Espero que possamos tentar algo novo e que o design da pista na Áustria na próxima semana seja favorável a nós."

Depois de dez anos de ausência, o GP da França voltará ao calendário da Fórmula 1 na temporada de 2018. O anúncio do retorno da prova à maior categoria do automobilismo mundial foi feito nesta segunda-feira (5) durante uma entrevista coletiva no Automóvel Clube da França, em Paris.

No mesmo evento foi confirmado também que a corrida será disputada no circuito de Paul Ricard, que abrigou pela última vez um Grande Prêmio da F-1 em 1990. Depois disso, a etapa do país no calendário ocorreu em Magny-Cours entre 1991 e 2008, ano em que os franceses receberam pela última vez um GP da elite máxima do automobilismo.

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Christian Estrosi, chefe da região onde será realizada a corrida, afirmou nesta segunda-feira, no evento do Automóvel Clube da França, que perder a etapa da Fórmula 1 por tanto tempo foi "uma verdadeira cicatriz" para a nação. Para completar, ele anunciou que foi selado um acordo para Paul Ricard abrigar a prova por cinco anos a partir de 2018. Detalhes financeiros do compromisso firmado não foram revelados.

"Eu posso hoje fazer o firme e definitivo anúncio de que o GP da França irá retornar ao circuito de Paul Ricard no verão de 2018", avisou o dirigente, que também fez uma homenagem ao piloto francês Jules Bianchi, que morreu no ano passado após longo tempo internado por causa de sérias lesões na cabeça sofridas no GP do Japão de 2014, disputado em outubro daquele ano. "Estou dedicando este grande retorno ao meu amigo Jules. Meus pensamentos estão com a sua família", completou.

Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), disse que a volta do GP da França ao calendário da F1 é uma "enorme satisfação" para a entidade. "Essa é uma grande notícia para a França e sua capacidade de receber os maiores eventos internacionais", afirmou, por meio de uma mensagem gravada exibida durante o evento desta segunda-feira em Paris. O dirigente lembrou que o circuito francês foi modernizado e agora tem "todas as qualidades necessárias para organizar este evento".

De acordo com Ertrosi, foram investidos 80 milhões de euros desde 2002 para a renovação do circuito de Paul Ricard, que é usado regularmente pelas equipes da F1 para testes. "Esse é o circuito que mais investiu na Europa ao longo dos últimos anos para se adaptar às normais internacionais", disse, para em seguida acrescentar que existe a expectativa de que a corrida na França gere cerca de 65 milhões de euros de receitas indiretas para a região da prova, assim como para ajudar a criar aproximadamente 500 novos empregos temporários.

A volta do GP da França foi oficialmente anunciada depois de a FIA ter divulgado, na última quinta-feira, o calendário definitivo da temporada de 2017 da F-1. O GP do Brasil, que na publicação do calendário provisório havia sido listado como uma prova sujeita a confirmação, garantiu a sua permanência para mais uma temporada. O mesmo ocorreu com o GP do Canadá, outra prova que em setembro passado foi incluída no calendário provisório como sujeita a ratificação.

Já o GP da Alemanha, que foi a outra corrida a figurar na programação com a mesma ressalva, acabou ficando fora do Mundial do próximo ano nesta nova listagem da FIA. O campeonato de 2017 será iniciado em 26 de março, com a disputa do GP da Austrália, e fechado no dia 26 de novembro, em Abu Dabi. Duas semanas antes da prova nos Emirados Árabes Unidos, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, abrigará a penúltima etapa da temporada, que contará com um total de 20 corridas.

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