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Hoje (26) a ex-tenista norte-americana Serena Williams completa 41 anos de idade. Ela é a maior vencedora de majors entre homens e mulheres na Era Aberta do tênis, com 23 conquistas, ou seja, detentora de 23 Grand Slams em simples. Possui 39 títulos, além de quatro medalhas de ouro em Olimpíadas. Com isso, revolucionou o tênis mundial e abriu portas inimagináveis. É também a tenista mais velha a conquistar um slam e a ocupar a liderança do ranking com 319 semanas na primeira colocação, sendo 186 consecutivas.

 O ano era 1999 e Serena era apenas uma menina de 17 anos, não satisfeita em chegar à final do US Open daquele ano, a jovem teve a “audácia” de desbancar a então melhor tenista do mundo, na época, Martina Hingis. Este seria o primeiro de 23 títulos de Grand Slam simples. Após a conquista do Aberto dos Estados Unidos sobre a favorita, Serena Williams encerrou a temporada como a quarta melhor tenista do mundo. A norte-americana apareceria no topo do ranking três anos depois. Além dos recordes, ela tem prêmios fora das quadras tão valiosos quanto, inclusive, Martina Navratilova e Billie Jean King, que devem ser exaltadas também.  

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Em setembro de 2017, Serena deu à luz Alexis Olympia e quando ergueu o troféu do Australian Open em janeiro, o fez sem saber que já carregava sua filha. Na ocasião, Serena venceu a própria irmã, Venus Williams, por 2 a 0, o último título de Grand Slam da carreira. Mesmo com complicações pós-parto, Serena voltou às quadras disputando Roland Garros. As regras do circuito não permitiam que mulheres vestissem a legging sem uma saia ou um short por cima, mas graças à Serena, a Associação Feminina de Tênis (WTA) liberou o uso para as atletas. Outra mudança foi referente ao ranking.  

Em 2018, Serena novamente calou milhares de pessoas ao chegar às duas finais de Grand Slam: Wimbledon e US Open, onde Angelique Kerber levou a melhor em sets diretos e ficou com o título. Já no Aberto dos EUA, Naomi Osaka a derrotou em uma partida, porém, o juiz afirmou que o técnico dava instruções à Serena e ela disse que o árbitro não agiria assim se fosse um homem. A WTA saiu em defesa da norte-americana. Em 2022, Serena se despediu das quadras no Arthur Ashe Stadium, a quadra principal do US Open, local onde foi campeã pela primeira vez na carreira, há 23 anos, ao perder para Ajla Tomljanovic na terceira rodada do major americano, por 2 sets a 1. 

A ex-tenista tornou-se também muito bem sucedida fora das quadras. A americana é a atleta mulher mais bem paga da história do esporte mundial, tendo acumulado mais de 94 milhões de dólares em premiações ao longo da carreira. A fortuna arrecadada pelo desempenho, somada aos patrocínios a possibilitaram também a apostar na carreira de empresária.

Também usou o dinheiro que ganhou em prol de quem mais precisa, fazendo trabalho filantrópico. Ela tem um fundo para promover equidade de raça, gênero e de pessoas com deficiência através da educação e é embaixadora da UNICEF.  

A Copa do Mundo de tênis em cadeira de rodas, realizada em Alghero (Itália), marcou o início do ciclo da Paralimpíada de Paris (França) para Ymanitu Silva. Número oito do mundo da classe quad (atletas com deficiências em três ou mais extremidades do corpo), o catarinense de 38 anos tem como objetivo, no caminho até os Jogos na capital francesa, participar das quatro principais competições do circuito mundial, os Grand Slams, que são os mesmos do tênis convencional: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open.

“A primeira meta até Paris é fazer pelo menos um ano jogando os quatro Grand Slams. Para isso, tenho que estar entre os sete do mundo. Permanecendo em oitavo, tem a possibilidade de receber convite. Subindo para sétimo, entro direto nos torneios”, explicou Ymanitu à Agência Brasil.

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Em 2019, o brasileiro fez história ao ser o primeiro tenista em cadeira de rodas do país a participar de um Grand Slam. Na ocasião, disputou Roland Garros como convidado. A estreia na chave de simples foi contra o australiano Dylan Alcott, número um do mundo, que o derrotou por 2 sets a 0 (1/6 e 2/6). Na disputa pelo terceiro lugar, Ymanitu perdeu por 2 sets a 1 para o japonês Koju Sugeno, de virada (6/3, 4/6 e 2/6). Nas duplas, o catarinense e Sugeno foram superados na final por Alcott e o norte-americano David Wagner por 2 sets a 0 (duplo 6/3).

O atual posto no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) na classe quad, atingido em setembro, credencia Ymanitu a disputar o Masters, evento que reunirá os oito melhores tenistas do mundo. O torneio será realizado em Orlando (Estados Unidos) entre 31 de outubro e 7 de novembro. É a segunda vez que o brasileiro disputará a competição. A primeira foi há quatro anos, quando também era o número oito da categoria. Ele não foi além da primeira fase, superado por David Wagner e pelo sul-africano Lucas Sithole.

“Para mim, é muito importante estar entre os oito do mundo, mostra que o trabalho diário é colocado em prática. Os resultados vêm a longo prazo no tênis. Será um tiro curto [até Paris], um ciclo com menos de três anos para atingir o ápice lá. Seguirei treinando e só devo parar nas datas festivas do fim do ano. Minha equipe aproveitou a Paralimpíada de Tóquio [Japão] e o Mundial para ver o nível dos adversários e tirar um embasamento do que é preciso para chegar bem em Paris”, destacou o tenista, que treina na ADK Tennis, em Itajaí (SC).

“Nos últimos anos, chegaram novos jogadores na categoria, como os holandeses [Sam Schröder e Niels Vink, medalhistas de prata e bronze em Tóquio]. Isso é importante, pois torna a concorrência mais forte. A quad é uma classe onde os jogadores têm ao menos três limitações [físico-motoras]. Atletas com menor grau de deficiência têm aparecido e deixado os jogos mais difíceis”, completou.

A Paralimpíada na capital francesa poderá ser a terceira de Ymanitu. O catarinense, que é natural de Tijucas (SC), disputou os Jogos do Rio de Janeiro tendo menos de dois anos de experiência internacional. Na ocasião, foi superado por Lucas Sithole na primeira rodada. Neste ano, em Tóquio, teve David Wagner como adversário na estreia. O brasileiro chegou a vencer o primeiro set, mas sofreu a virada do rival, ex-número um do mundo e atualmente na quarta posição do ranking.

“Foi a Paralimpíada na qual estava melhor preparado, mesmo sabendo que o Wagner tem 15 anos de estrada. Consegui abrir um set a zero de maneira rápida [6/3]. Aí ele usou aquele tempo de banheiro, cerca de 20 a 25 minutos, para dar uma esfriada no jogo. Continuei focado, mas quando ele voltou foi um recomeço. O jogo foi parelho, mas ele abriu vantagem [na segunda parcial] e também começou melhor no terceiro set”, analisou Ymanitu.

“Fiquei frustrado pela derrota, claro, pela expectativa e todo o trabalho, mas feliz com o rendimento. Tirei um set de um top cinco do mundo, que é uma coisa que os incomoda bastante. Tanto que ele parou o jogo [risos]. No tênis, a gente tem mais derrotas do que vitórias, então, cada derrota é um aprendizado para retornarmos mais fortes”, concluiu.

Andy Murray é o atual número 1 do ranking da ATP e, nos últimos anos, sem dúvida, se tornou um intruso no mundo dominado por Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Mas o britânico de 29 anos ainda está um passo atrás dos rivais. Com o título do Aberto da Austrália contabilizado por Federer no domingo, os três tenistas alcançaram 40 conquistas nos últimos 49 Grand Slams.

Murray soma três títulos nos principais torneios do circuito profissional desde 2005, sendo campeão duas vezes em Wimbledon e uma vez no US Open. O britânico tem o mesmo número de troféus do suíço Stan Wawrinka, atual terceiro do ranking, que faturou pelo menos um Grand Slam nas três últimas temporadas: Aberto da Austrália (2014), Roland Garros (2015) e US Open (2016).

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A lista de tenistas que conseguiram desbancar o temido trio tem ainda o russo Marat Safin, que ganhou o Aberto da Austrália em 2005, o argentino Juan Martín Del Potro e o croata Marin Cilic, campeões no US Open em 2009 e 2014, respectivamente.

Com o título em Melbourne, onde bateu Nadal na final, Federer, que subiu de 17.º para 10.º na ATP, alcançou 14 títulos de Grand Slam nas últimas 13 temporadas, igualando o número de conquistas do espanhol, atualmente o sexto do ranking, no mesmo período. O suíço é o recordista de todos os tempos neste quesito, com 18 taças.

Após abrir mão da temporada de 2016 em julho para se recuperar totalmente de cirurgia no joelho esquerdo, o troféu no primeiro Grand Slam do ano animou o tenista de 35 anos. "Ainda tenho muito tênis em mim", avisou Federer, que não levantava uma taça de Grand Slam desde 2012, quando conquistou Wimbledon. Aliás, o suíço, que definiu o título no Aberto da Austrália como surpreendente, projeta estar no auge para ser campeão pela oitava vez na grama do All England Club. "Sei que em Wimbledon eu tenho uma chance maior."

Número 2 da ATP, Novak Djokovic aproveitou o período de irregularidade de Nadal e Federer nos últimos anos - o espanhol, assim como o suíço, sofreu com problemas de lesão e questões físicas -, para dominar o circuito profissional e ampliar para 12 os seus títulos em Grand Slams.

Para o sérvio, o jogo entre Federer e Nadal na final do Aberto da Austrália "foi ótimo para o tênis sob qualquer ponto de vista". Djokovic ainda acrescentou: "Foi um melhores momentos do ano esportivo e foi, além do tênis, uma vez que está é uma das maiores rivalidades de todos os tempos".

O título de Federer não surpreendeu Djokovic. "Você sempre pode esperar que ele jogue em altíssimo nível se estiver em forma", comentou o sérvio, que elogiou também o desempenho de Nadal. "Ele jogou muito bem e ambos mostraram por que são grandes campeões."

A possibilidade de disputar uma final também convenceu Nadal de que pode continuar se exigindo em alto nível por algum tempo. O espanhol não chegava em uma final de Grand Slam desde 2014 e agora já almeja conquistar o décimo título em Roland Garros.

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