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Um guarda de segurança de 25 anos ficou gravemente ferido neste domingo (10) após ser esfaqueado por um jovem palestino na estação de ônibus de Jerusalém, informaram as autoridades locais. Segundo fontes médicas, o agressor foi "neutralizado" e apresenta um ferimento na cabeça. Por sua vez, a vítima, que está consciente, sofreu ferimentos na parte superior do corpo. Ele foi transferido em estado grave ao hospital "Shaare Zedek" da Cidade Santa.

O protesto palestino contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel continua hoje na Cisjordânia e nas fronteiras da Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde palestino informou que mais de 1250 palestinos ficaram feridos durante os confrontos dos últimos dias, conforme novo balanço. Do total, 150 foram atingidos "por munição real".

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Segundo a TV israelense, nesta manhã, ocorreram incidentes perto de Belém e Hebron. Em Tekoa, perto de Belém, uma mulher israelense foi ferida por uma pedra jogada pelos palestinos contra o carro que ela estava dirigindo.

Além disso, de acordo com a agência oficial palestina "Wafa", uma confusão foi registrada na Universidade de Hebron, onde "dezenas de estudantes foram intoxicados com gás lacrimogêneo disparado pelas forças armadas israelenses".

Repercussão - Hoje (10), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chamou Israel de um "Estado terrorista" que "mata crianças", acrescentando que vai lutar "por todos os meios" contra o reconhecimento feito pelos Estados Unidos. "A Palestina é uma vítima inocente. Quanto a Israel, é um estado terrorista, sim, um terrorista!", ressaltou.

Por sua vez, o grupo Hamas divulgou um comunicado na internet, com uma foto de sua milícia segurando uma arma, e afirmou que os confrontos vão continuar. "Fazemos um apelo ao nosso posso para continuar a intifada e recorrer a todos os meios de resistência para se opor aos ocupantes", diz o texto.

A medida faz referência ao assassinato de dois militantes do grupo em Gaza durante um ataque aéreo israelense. "O inimigo pagará um alto preço violando as regras da guerra contra a resistência. Os próximos dias vão demonstrar a grandiosidade de seu erro", acrescenta o comunicado.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que está pronto para defender Trump em sua decisão contra os críticos europeus. Ao viajar para uma missão diplomática em Bruxelas e Paris, onde se encontrará com o presidente francês, Emmanuel Macron, ele afirmou que "apresentará a verdade de Israel sem medo e com cabeça erguida".

O anúncio de Trump sobre Jerusalém provocou protestos na região e também desencadeou denúncias de todo o mundo, mesmo de aliados próximos, como a França, que sugeriu que ele havia causado inutilmente mais conflitos numa região já instável.

Entretanto, o presidente palestino, Abu Mazen, "de repente" partiu para o Cairo depois de receber uma ligação de seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Segundo a agência de notícias local, a viagem está ligada a uma reunião que será realizada nas próximas horas.

Após os diversos confrontos e polêmica, Trump fez referência ao anúncio de querer transferir a embaixada dos Estados Unidos em sua conta no Twitter. A publicação é acompanhada de um vídeo com ex-presidentes norte-americanos, como Bill Clinton, George W.

Bush e Barack Obama, afirmando que Jerusalém é a capital de Israel. A tensão aumentou na região durante os últimos dias, desde a decisão oficial do republicano, já que os palestinos a rejeitam porque consideram como reconhecimento da soberania israelense sobre a Cidade Santa, inclusive a parte ocupada, que eles reivindicam como capital do seu futuro Estado.

Da Ansa

Uma palestina foi detida nesta segunda-feira (24) depois de atacar e ferir levemente uma guarda israelense com um punhal em um posto de controle de Qalandia, que liga Jerusalém com a Cisjordânia ocupada.

A agente israelense foi levada para o hospital. A agressora foi controlada por outros guardas e policiais, de acordo com as forças de segurança.

A onda de violência entre israelenses e palestinos, iniciada no fim de 2015, provocou as mortes de 261 palestinos, 41 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um eritreu, um sudanês e um britânico, de acordo com um balanço da AFP.

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