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Henágio marcou a história no Santa Cruz. Meia habilidoso, cobrador de falta e que deu muitas alegrias aos tricolores, como o Tri-Super, conquistado em 1983. O corpo do ex-jogador voltou pela última vez ao Arruda, no Recife, na noite desta segunda-feira (26). Apesar do luto, o ambiente esteve repleto de boas lembranças das jogadas e das histórias do craque. Todas contadas por outros ídolos corais e fãs do sergipano, que chegou a ser apontado como "o sucessor de Zico" no Flamengo de 1987.

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Estiveram no Arruda ex-jogadores conterrâneos como o atacante Ramon, o goleiro Luís Neto, o zagueiro Valdemir Alves e o técnico Bagé. Além do ex-atleta Ataíde Macedo, que estava trabalhando com Henágio na categoria de base do Santa Cruz.

Terceiro maior artilheiro da história do Santa Cruz, Ramon relembrou quando atuava com o sergipano. “Joguei ao lado de Henágio e ele já me colocou muito na cara do gol. Às vezes, quando eu perdia ficava chateado, claro. Ele me olhava e sempre dizia, ‘não posso fazer nada”, contou o atacante.

Bagé relembrou confrontos contra Henágio e conta com orgulho: “Tive o prazer de jogar contra ele. Foi um dos maiores meias que o Brasil produziu e eu posso dizer de boca cheia que marquei ele em um jogo”.

Um dos maiores ídolos da Náutico e também ex-jogador do Santa Cruz, o lateral direito Gena, hexacampeão pernambucano lembrou que o sergipano foi “um jogador muito habilidoso, ele era tão bom que o pessoal comenta que ele chegou já pedindo a camisa 10, que era de Zico, já pensasse?”.

Contemporâneo e amigo pessoal de Henágio, o ex-goleiro Luís Neto esteve com o companheiro no último sábado. “Fizemos uma confraternização, uma pelada para jogar bola e rever os amigos. Ele passou mal, levamos à UPA, aonde ele foi medicado e recebeu alta. Mas no domingo, voltou a sentir dores e foi encontrado na segunda-feira já sem vida.

Luís Neto relembrou do amigo e apontou como diferenciado no meio futebolístico: “Era uma pessoa maravilhosa. No futebol, a agente sabe que ninguém agrada a todo mundo. Mas ele era um cara que se dava bem em qualquer lugar. Não conheço nenhum desafeto dele, tanto que todos os que puderam fizeram questão de vir aqui”. 

Um dos maiores ídolos da história do Santa Cruz, o atacante Henágio, faleceu aos 53 anos, na madrugada desta segunda-feira (26), em sua casa vítima de um infarto. O atleta, que teve uma passagem marcante pelo tricolor na década de 1980, estava atualmente residindo na capital pernambucana e trabalhando com as categorias de base do clube que o consagrou.

Nascido em Aracaju, em 10 de dezembro de 1961, o craque é lembrado por muitos torcedores corais por ter se tornado o herói do tri-supercampeonato em 1983, além de ter conquistado também o pernambucano de 1987. Ele marcou 34 gols em 195 jogos com a camisa do tricolor.

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Além do Santa Cruz, Henágio defendeu também as camisas de Sergipe, Guarani, Sport e Flamengo. No clube carioca, chegou com a alcunha de substituto de Zico e contribuiu na polêmica campanha do brasileiro de 1987, onde até hoje os rubro-negros se consideram campeões. No entanto, o atacante não teve uma vida muito duradoura na Gávea. 

Grande parte da culpa pela carreira de Henágio não ter decolado de vez se deveu a sua vida boêmia, que não era segredo para ninguém. O ex-jogador acabou não conseguindo fazer fortuna do futebol, mas conseguiu deixar na lembrança de muitos sua categoria com a bola nos pés.

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