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A décima edição do festival Janela Internacional de Cinema do Recife trouxe como mote o protagonismo feminino no cinema. Sob o tema Heroínas, o festival buscou trazer à luz as diferentes formas de olhar das mulheres cineastas. A edição de 2017 começou nesta sexta (3), com uma produção da argentina Lucrécia Martel, Zama.
##RECOMENDA##A diretora argentina esteve presente na abertura do X Janela e falou acerca da discussão que esta edição fomenta: "Não sei como fazer para incentivar as mulheres a se expressarem pelo cinema. Mas o cinema é ideal para as mulheres porque é muito generoso". E acrescentou: "Creio que a única maneira de haver mais participação das mulheres nos festivais seja na curadoria, e não obrigando a passar filmes de diretoras. As mulheres têm outro olhar que podem reconhecer coisas valiosas que às vezes os homens não dão valor". Ela também falou sobre cineastas que admira como as conterrâneas Maria Alché e Albertina Carri e a italiana Alice Rohrwacher.
Também presente na abertura do X Janela, a atriz brasileira Sônia Braga deu sua opinião sobre a temática: "Eu acho incrível que no século 21 ainda a gente esteja num retrocesso tão grande de lutas super importantes da mulher. É incrível que a gente ainda esteja procurando um lugar para a mulher dentro da sociedade. É constrangedor pro ser humano ter que pensar que vamos ter que reconquistar tudo outra vez. Eu não admito isso". Sônia ainda disse achar a sociedade atual muito apática a respeito de questões mais urgentes: "É grave que uma mulher tenha sido atacada mas mais grave ainda é que ela não queira se defrontar com seu agressor. Eu não tenho medo da luta e eu acho que a gente vai ter que se manifestar mais."
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