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O líder da organização xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, convocou manifestações em todo o país a partir de amanhã contra o filme anti-islâmico "A Inocência dos Muçulmanos", produzido nos EUA e que já causou protestos em 20 países islâmicos.

"Todo o mundo precisa ver sua fúria em suas faces, nos seus punhos e nos seus gritos", disse Nasrallah em discurso na televisão feito poucas horas após o papa Bento XVI deixar o país em visita histórica de três dias. "Todo o mundo deve saber que o profeta tem seguidores que não ficarão em silêncio diante da humilhação", acrescentou.

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Ele convocou manifestações em Beirute amanhã, na cidade de Tyre na quarta-feira, em Baalbek na sexta-feira, em Bint Jbeil no sábado e em Bekaa no domingo. Todas as regiões são de maioria xiita.

Nasrallah pediu ainda que os cidadãos do mundo islâmico demonstrem rejeição ao filme, o qual descreveu como "o pior ataque ao Islã, pior do que o livro Versos Satânicos de Salman Rushdie, do que a queima do Alcorão no Afeganistão e do que os cartazes publicados na mídia europeia".

"É preciso que se adotem resoluções nas principais instituições internacionais para proibir a difamação de religiões", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira sanções contra a companhia petrolífera da Síria, a Sytrol, por negociar com o Irã. A medida é uma tentativa de retirar receitas tanto de Damasco quanto de Teerã. "Esse tipo de comércio permite que o Irã continue a desenvolver armas nucleares enquanto provê o governo sírio com recursos para oprimir sua própria população", disse em comunicado o Departamento de Estado dos EUA.

O porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell, disse que as penalidades contra a Sytrol acontecem após ela ter entregado o equivalente a US$ 36 milhões em gasolina para o Irã em abril. Ao mesmo tempo, Teerã está "ajudando forças de segurança e milícias apoiadas pelo regime que estão cometendo horrorosas violações de direitos humanos contra o povo sírio."

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No entanto, a medida não mudará muito a situação. Décadas de sanções dos EUA contra a Síria impediram o comércio de energia entre os dois países. A Sytrol exportava principalmente para a União Europeia, mas o bloco declarou embargo contra o petróleo do país no ano passado.

Ventrell disse que o apoio do Irã ao regime de Assad, incluindo envio de equipamentos para monitorar a atividade de oposicionistas na internet, é "completamente injustificável". Ele disse que o Irã teme perder seu único aliado no Oriente Médio.

Hezbollah

A administração do presidente Barack Obama também anunciou sanções contra o Hezbollah por apoiar o governo do presidente Bashar Assad. A ação é apenas simbólica, já que Washington já designa o grupo militante libanês como uma organização terrorista.

O Departamento do Tesouro condenou o treinamento, conselho e apoio logístico fornecido pelo Hezbollah ao regime de Assad. As sanções proíbem que norte-americanos façam negócios com o grupo e bloqueia seus ativos nos Estados Unidos. Essas regras estão valendo desde os anos 90, quando Washington declarou o Hezbollah como uma organização terrorista internacional. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

Funcionários do judiciário libanês disseram nesta sexta-feira que um tribunal militar condenou à morte um ex-policial por supostamente ter espionado para Israel. O Líbano e Israel permanecem tecnicamente em guerra, uma vez que não possuem tratado de paz. Um tribunal militar condenou o ex-sargento da polícia Haitham al-Sahmarani, considerado culpado de passar informações importantes da segurança para a espionagem de Israel em 2006, durante a guerra de Israel contra o grupo xiita libanês Hezbollah. Na época, Israel invadiu o sul do Líbano e atacou bases do Hezbollah até o rio Litani, no sul libanês.

Os funcionários do judiciário libanês disseram que a irmã de al-Sahmarani e o marido dela foram julgados e condenados à morte, à revelia, sob acusações similares. Eles acreditam que o casal está foragido em Israel. Mais de 100 pessoas foram presas no Líbano desde 2009 sob a suspeita de espionar para Israel.

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As informações são da Associated Press.

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