A Polícia Civil identificou quatro mulheres que foram assassinadas por um serial killer que tem agido na região do Grajaú, na zona sul de São Paulo. O número de vítimas subiu de 6 para 7, incluindo quatro mulheres. As mortes aconteceram entre 26 de dezembro e 1º de fevereiro.
Segundo as investigações, Daniela dos Santos Souza, de 21 anos, foi morta no dia 2 de janeiro, na Rua Constelação Andrômeda; Poliana Nunes da Silva, no dia 7, na Rua Olga Bernardes; Fernanda Santos Silva, de 29, no dia 18, na Rua Estrela que Brilha; e Cristina Gomes Maia, no dia 23, na Rua Ana Velha. Faltam ser identificados um homem assassinado em 26 de dezembro na Rua Constelação do Dourado; e uma travesti encontrada morta, no dia 31 de janeiro, na Antonio Burlini.
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A mais nova vítima é um homem morto no dia 1º do mês passado, na Estrada Evangelista de Souza, na região de Parelheiros. Policiais que participam das investigações localizaram os familiares das vítimas depois de cruzarem boletins de ocorrência de desaparecimento. Elas têm alguns pontos em comum: eram usuárias de drogas e envolvidas com prostituição. Nesta semana, familiares serão chamados para prestar depoimento. Os investigadores tentam descobrir alguma ligação das vítimas com o responsável pelos assassinatos.
Força-tarefa
Embora o caso seja oficialmente investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), policiais do 85º DP (Jardim Mirna), do 101º DP (Jardim da Imbuías) e da 6ª Seccional Sul também participam das apurações. De acordo com as investigações, os crimes apresentam semelhanças que reforçam a suspeita de que tenham sido praticados pela mesma pessoa. Quatro vítimas morreram enforcadas com fios ou cabos, duas delas tiveram parte do corpo incendiado, todas tiveram documentos roubados e foram mortas em locais próximos uns dos outros.
A região é conhecida por ser frequentada por garotas de programa e usuários de drogas. Há suspeita de que elas também sofreram abuso sexual. Em apenas um caso, há indícios de que a vítima tenha sido baleada na cabeça.
Até o início da semana, policiais acreditavam que o serial killer poderia ser um andarilho ou um carroceiro, uma vez que as seis primeiras vítimas foram localizadas na mesma região. Mas o corpo do homem encontrado no dia 1º de janeiro estava a 25 quilômetros de distância dos outros locais e apresentava os mesmos sinais das demais vítimas: foi estrangulado com um fio e tinha uma fita adesiva colada na boca.
Uma das hipóteses é de que o homem, que também frequentava a região do Grajaú, pode ter sido morto juntamente com a travesti encontrada no dia 31 de dezembro e levado de carro até o local onde foi encontrado por moradores, que avisaram a Polícia Militar. O fato fez os investigadores buscarem outro perfil para o suspeito.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.