Tópicos | Ignez Andreazza

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Cavalos, lixo, portarias arrombadas e assaltos. Esses são alguns dos problemas do Conjunto Habitacional Ignez Andreazza - considerado um dos maiores complexos residenciais da América Latina. O local reúne casos de violência, consumo de drogas e recorrentes casos de assaltos e arrombamentos dos apartamentos. Segundo relatos de moradores, em um final de semana foram cinco ocorrências de assalto na região.  

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Construído no ano de 1984, o Conjunto, que está situado na Zona Oeste do Recife, comporta 23 blocos, com 176 prédios, chegando a reunir aproximadamente 15 mil moradores em 2.464 apartamentos. De acordo com a contadora Valéria Pinheiro, que reside no residencial há dez anos, os problemas são inúmeros, indo de assaltos a homicídios.  “É muito triste observar que o local onde moramos é considerado uma favela. Não há segurança, limpeza e nem manutenção do condomínio. Com isso, o vandalismo e a violência crescem assustadoramente e nos deixa inseguros”, lamenta a moradora.

Pinheiro ainda ressalta que os assaltos são recorrentes e amedrontam. “Teve um final se semana que foram cinco ocorrências. Um dia desses houve um homicídio aqui dentro e o meu apartamento já foi arrombado várias vezes. Hoje minha porta possui cinco fechaduras, fora a grade”, fala assustada.

Com todas as guaritas abertas e sem nenhum controle, o Ignez Andreazza apresenta uma característica peculiar, a falta de organização e padronização das moradias. Cada morador fez da sua ‘área’ de um ambiente particular. Alguns chegam a construir garagens, pequenos comércios, na área externa e até a pintar seus apartamentos na parte externa das edificações.

Segundo o morador Rodrigo Pinheiro, alguns coproprietários cansaram de esperar a mobilização geral e acabam fazendo reformas, como pintura, isoladamente. “Como não há um controle e nem uma conscientização de todos os residentes, algumas pessoas acabam pintando o apartamento de forma isolada e destoando dos demais. Além disso, há também a reforma de garagens fora dos padrões, até porque não existe um”, conta.  

Ele acrescenta que é lamentável a violência e que o medo é constante. “Não conseguimos ter sossego nem na área externa e nem interna do habitacional. Os nossos filhos não podem ter um momento de lazer porque não há segurança, principalmente à noite. Quando voltados do trabalho, muitas vezes chegamos amedrontados devido aos assaltos. Em resumo, estamos presos a mercê da criminalidade”, desabafa.

Para o advogado Hilton Silva, que também reside no Andreazza, o consumo de drogas é grande devido à escola pública Nilo Coelho, e que a responsabilidade da segurança é do síndico. “Inúmeras vezes vejo os alunos ‘matando’ aula e consumindo maconha. Essa situação, querendo ou não chama outros problemas, como a violência e insegurança. Esses problemas, indiscutivelmente são de responsabilidade do gestor do condomínio”, diz.

De acordo com a assistente jurídica do cartório de Goiana, especialista na área imobiliária, Marina Torres, a questão da responsabilidade do habitacional pode ser entendida de forma distinta. "Na realidade é subjetivo precisar quem assume totalmente a responsabilidade do local. Levando em consideração que existe uma escola pública e um síndico que administra o local, é possível interpretar que a compromisso é solidário, ou seja, tanto da gestão pública, quanto do administrador do Ignez", explica.

Ainda conforme Mariana o que deve ser feito inicialmente, pelos condôminos, para melhorar a situação atual. "Os moradores, primeiramente, devem fazer uma assembleia extraordinária com o síndico, para ele poder esclarecer toda a situação. Além disso, é necessário saber também - através da convenção de condomínio no cartório - como se deu a origem da escola, se foi através de concessão ou comodato. Com base nessas informações é possível identificar se o espaço é particular ou não e se a responsabilidade é solidária”, finaliza.  

Em nota, a Secretaria de Educação de Pernambuco, informou que a escola que está localizada dentro do Conjunto Habitacional, foi erguida há 31 anos - possuindo o mesmo tempo de existência que os edifícios. "A gestão da Escola Estadual Nilo de Souza Coelho, localizada dentro da comunidade Inez Andreaza, nos informou que a unidade escolar existe há 31 anos. Sobre a segurança na unidade de ensino, informamos que a escola dispõe de segurança patrimonial e porteiro. A Patrulha Escolar também auxilia a segurança, realizando rondas constantes nas imediações da escola".

O Portal LeiaJá tentou contato com o síndico do Conjunto Ignez Andreazza, para tentar esclarecer alguns aspectos relativos ao contrato, mas não obteve retorno. 

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