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Quatro integrantes da delegação brasileira que participavam da Conferência das Partes (COP-5) da Convenção-Quadro do Tabaco, em Seul, na Coreia do Sul, ainda em meio às discussões, foram chamados de volta pelo governo. A decisão provocou protestos de ONGs, que atribuíram a saída antecipada a pressões feitas pela indústria do fumo, manifestamente contrária a propostas debatidas durante a conferência.

"Não havia justificativa para tal ordem. A determinação foi interpretada como um recuo pró-indústria do tabaco", disse a diretora executiva da Aliança de Controle do Tabagismo, Paula Johns.

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A ordem foi dada a dois funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dois do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O Ministério da Saúde informou que a redução do número de representantes foi decisão do governo. A intenção era, na reta final do encontro, manter uma composição mais enxuta, para torná-la semelhante às delegações de eventos similares.

Mal-estar. Com a saída, a delegação de saúde ficou com menos da metade de sua formação inicial: três pessoas. "Permaneceram as pessoas de hierarquia superior. Mesmo assim, ficou um mal-estar com representantes de outros países", avaliou Paula.

Ela sustenta que a redução dos integrantes da delegação ocorreu num momento em que ainda havia outros pontos importantes a serem avaliados. "Como as discussões são simultâneas, obviamente os quatro integrantes fizeram falta", afirmou.

Realizada em Seul entre os dias 12 e 17, a COP-5 tinha como missão principal a discussão de três artigos da Convenção-Quadro do Tabaco - o acordo internacional com as políticas para a prevenção e a redução do tabagismo mundial.

Entre os pontos discutidos nessa rodada estavam os artigos 17 e 18 da convenção, sobre alternativas economicamente viáveis à produção de fumo - algo considerado importante para preservar os atuais produtores de uma esperada redução da demanda. Brasil, ao lado de Grécia, Índia, México e Turquia, são países facilitadores do grupo de trabalho que discute os dois artigos.

Representantes da indústria do tabaco - que foram para Seul, mas não participaram das negociações -, afirmam não haver nenhuma cultura que possa substituir o fumo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que oferece educação profissional de nível médio. De acordo com a instituição, os candidatos podem concorrer aos cursos de formação em citopatologia, qualificação em histotecnologia e especialização em radioterapia.

As inscrições podem ser feitas através do site do Inca, até o dia 4 do próximo mês. As provas serão realizadas no dia 11 de novembro, em vários estados brasileiros, inclusive em Pernambuco.

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Segundo o instituto, os aprovados realizarão os cursos no Rio de Janeiro, em 2013. Os selecionados que não moram na capital carioca também vão ganhar alojamento. As atividades ocorrerão em hospitais e carga horária será de 40 horas por semana. Mais informações sobre a seleção podem ser encontradas na página virtual do Inca.

Pelo menos 19 tipos de tumores malignos foram revelados após um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).  Entre eles estão o de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga e leucemias que podem estar relacionados à atividade profissional e ao ambiente de trabalho. De acordo com algumas estatísticas, o País registrará este ano 20 mil novos casos de câncer relacionados à ocupação dos brasileiros.

A Pesquisa detectou o desenvolvimento de tumores que vão desde as substâncias aparentemente comuns e inofensivas como poeiras de madeira e de couro, além de medicamentos, como os antineoplásicos (medicamentos utilizados para o combate de células cancerosas) até o contato direto com os derivados de amianto: telhas, caixas d'água e lonas.

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Os profissionais que estão mais propícios ao desenvolvimento desses tumores são: Cabeleireiros, piloto de avião, comissário de bordo, farmacêutico, químico e enfermeiros. O contagio acontece pelas vias respiratórias e orais, ou pela superexposição as substâncias.

“Os trabalhadores precisam de mais informações sobre os riscos no exercício de suas funções, porque as concentrações de substâncias cancerígenas, geralmente, são maiores nos ambientes de trabalho quando comparadas a outros locais”, explica o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.

De acordo com as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 440 mil pessoas morreram no mundo em decorrência da exposição às substâncias perigosas. Desse total, 70% foram vítimas de algum tipo de câncer.

A estratégia principal para não adquirir esse tipo de doença é manter a total distância desses agentes causadores e fazer uma avaliação no ambiente de trabalho. 

Por três meses, a promotora de vendas Mônica dos Santos Lima, de 39 anos, sentiu que tinha algo preso na garganta, que a fazia engasgar. Era um tumor nas amígdalas. As opções de tratamento incluíam radioterapia e seus efeitos colaterais ou uma cirurgia radical.

Mônica não precisou de nada disso. Sentado no canto da sala, o cirurgião Fernando Dias, chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço do Instituto Nacional de Câncer, retirou completamente o tumor sem tocar na paciente. Ele controlou o Da Vinci SI, robô de cirurgia minimamente invasiva. Mônica se tornou a primeira paciente a passar por cirurgia robótica no Sistema Único de Saúde.

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Esse tipo de operação é realidade no Brasil há quatro anos, mas estava restrita a hospitais particulares de São Paulo (Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Albert Einstein, e Sírio-Libanês). O equipamento, desenvolvido nos Estados Unidos, chegou ao Inca em fevereiro, ao custo de R$ 5 milhões, pagos com recursos de investimento do Ministério da Saúde.

"A missão do Inca não é apenas adotar novas tecnologias, mas desenvolver conhecimento para que a técnica possa ser ampliada aos pacientes do SUS", afirma o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini.

O médico controla o robô a distância, numa cabine. Ele manipula uma espécie de joystick e guia os quatro braços do robô.

No Inca, o aparelho será usado nas cirurgias de urologia, aparelho digestivo, ginecologia e cabeça e pescoço. No futuro, serão feitas cirurgias cardíacas. Santini ressalta que nem todos os pacientes podem se beneficiar da técnica - os médicos prepararão protocolos. Os pacientes operados são tratados com os mesmos cuidados daqueles que entram em protocolo de pesquisa - são informados da nova tecnologia e podem se recusar a passar por cirurgia com a ferramenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em comemoração ao dia nacional de Combate ao Câncer será lançado, nesta segunda-feira (28), o doutorado interinstitucional de oncologia, entre o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (Imip). No ato, também será apresentado o programa de promoção e educação em saúde: “A melhor prevenção ao câncer”, além do projeto de capacitação de agentes comunitários de saúde para o diagnóstico do câncer infantil, realizados pelo Imip. O evento acontece no Auditório Alice Figueira, no Imip e tem como representante do Ministério da Saúde o chefe de gabinete do ministro Alexandre Padilha, o médico Mozart Sales.

O Inca divulgou no último dia 24 a publicação: Estimativa 2012 – Incidência de Câncer no Brasil. O estudo, que serve para orientar as políticas públicas para o setor, aponta uma estimativa de 520 mil casos novos da doença para o próximo ano. Os especialistas consideram as estimativas a principal ferramenta de planejamento e gestão da saúde pública na área oncológica no Brasil. Isso porque fornecem as informações necessárias para a elaboração das políticas públicas de saúde voltadas para o atendimento da população.

Atenção Oncológica

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O Ministério da Saúde vai fechar o ano de 2011 com investimento de R$ 2,2 bilhões para a área de atenção oncológica. Este aumento de recursos serviu para ampliar e melhorar a assistência aos pacientes atendidos nos hospitais públicos e privados que compõe o SUS, sobretudo para os tipos de câncer como fígado, mama, linfoma e leucemia aguda. O orçamento do MS destinou cerca de R$ 261 milhões a ações de prevenção ao câncer de mama (R$ 176 milhões) e de colo de útero (R$ 85 milhões). Dos últimos 12 anos pra cá, os gastos federais com a assistência oncológica no país quadruplicou, passando de R$ 470, 5 milhões (em 1999) para R$2,2 bilhão.

A quantidade de procedimentos oncológicos oferecidos aos pacientes do SUS aumentou em 41%; foram 19,7 milhões, no ano de 2003 e a projeção para até o fim do ano é de 27,8 milhões de procedimentos.
Na área da pesquisa, o ano passado foi marcado pelo Lançamento da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC), que visa conduzir estudos nacionais em oncologia. Além disso, esse ano, o país contou com o lançamento dos projetos da Unidade de Estudos de Fase I, do INCA e da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC).


 

Pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de laringe atinge entre oito e dez mil pessoas por ano em todo o Brasil, por não existir nenhuma medida de preventiva por parte da população. Eles representam 25% dos casos de tumores identificados na área da cabeça e do pescoço estão relacionados ao câncer de laringe, atingindo normalmente a região supraglótica, localizado acima das cordas vocais. Provocado principalmente pelo consumo de cigarros e álcool, quando diagnóstico na fase inicial, ou seja, ainda no 1° estágio, como aconteceu com o ex-presidente Lula, maiores são as chances de eficácia no tratamento.

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Entenda a doença e seus principais sintomas

O câncer de laringe pode acometer em três segmentos do órgão, o mais comum é o tumor supraglótico (localizado acima das cordas vocais), seguido do glótico e o mais raro entre eles, o infraglótico. Para cada região onde a doença é detectada, existe um sintoma característico. O primeiro indício da doença é a rouquidão por tempo prolongado, superior a 15 dias. Também podem aparecer sintomas associados, como dor, dificuldade de deglutir e sangramento, dependendo do local onde o câncer se desenvolveu.

Entretanto, a gravidade do câncer de laringe reside não só no próprio câncer, mas no fato de que muitas vezes estes pacientes apresentam outros problemas relacionados com tabagismo (aumento do risco de doenças cardio-vasculares, outros tipos de câncer) e/ou com etilismo (cirrose, desnutrição). Quanto menor e mais localizado o tumor, melhor o prognóstico. Além disso, quanto mais frágil a saúde do paciente, e quanto mais idoso o paciente, maior o risco de efeitos colaterais importantes na dependência do tratamento proposto.

De acordo com o Cirurgião de cabeça de pescoço do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), Marlos da Paz Leoncio, este tipo de tumor está acometendo, atualmente, um grande número de mulheres, o que não acontecia há alguns anos. Isto se deve ao aumento do consumo de álcool e cigarro pelo público feminino. O cirurgião alerta também, que a probabilidade de uma pessoa consumidora de nicotina tem para contrair a doença pode chegar a 5%, em relação à outra que não consome. Já para quem faz uso do cigarro associado com a bebida, esse percentual pode chegar a 11%.

Diagnóstico

Segundo os especialistas, quando o diagnóstico da doença é feito na fase inicial, o tratamento pode ser mais eficiente. O que normalmente não acontece. “As pessoas começam a perceber os sintomas, mas quando vão procurar um médico o tumor já está em estágio bastante avançado. Na maioria dos casos o tumor já atingiu mais de uma região do órgão”, alertou Da Paz. De acordo com ele, essa ida tardia aos consultórios médicos acontece pela falta de informação.

A extensão da doença é avaliada pela laringoscopia sob anestesia, por tomografia ou ressonância do pescoço, que propicia um detalhamento completo das células afetadas; além de avaliação para descartar doença à distância, através de tomografia computorizada ou PET-CT. Também é feita rotineiramente uma endoscopia digestiva para descartar comprometimento ou lesão sincrônica no esôfago.

“Esses são os exames mais usados para diagnosticar a doença e indicar o tratamento mais adequado. Mas, apesar de toda a tecnologia que temos a disposição hoje em dia, ainda assim, a anamnese (conversa com o paciente) continua sendo indispensável para a identificação da doença”, destacou o cirurgião.

Tratamento

Para cada nível diagnosticado do câncer de laringe, uma forma de tratamento é indicada, determinado através do estadiamento da doença, ou seja, a gravidade que o tumor apresenta no momento. A quimioterapia e a radioterapia são os procedimentos mais usados no tratamento. Contudo, em alguns casos e principalmente nos mais avançados é associado à intervenção cirúrgica. Por isso a importância de identificar a doença o mais cedo possível evitando que o tratamento não traga deformidades físicas e problemas psicológicos. “O tratamento vai depender do estágio em que está o tumor. Em algumas situações ele pode ser tratado apenas com radioterapia, em outros pode aliar radio e quimioterapia, e ainda há casos que a cirurgia é imprescindível”, adiantou Da Paz.

Luta pela vida

Na enfermaria Nossa Senhora da Aparecida do HCP, onde são atendidos pacientes em pré e pós-operatório de cabeça e pescoço, a nossa equipe encontrou o aposentado Sebastião Lima de Oliveira, 71 anos, morador de Jardim São Paulo, no Recife.

O aposentado está se recuperando de uma traqueostomia (orifício feito por cirurgia no pescoço) que faz parte do seu tratamento contra o câncer de laringe. Sem poder falar por conta da cirurgia, sua esposa, dona Josefa Nilza de Oliveira, 72, contou um pouco da luta que seu marido vem enfrentando há mais de três anos. “Ele já fez quimo e radioterapia, mas agora teve que fazer a cirurgia por que o câncer dele já está no tipo 3, como os médicos chamam. Mas temos fé que juntos vamos sair dessa, principalmente quando temos o apoio da família que é fundamental nessas horas”, desabafa.

O pássaro e o fogo

Historias de superação e de amor na vida são marcantes para um profissional que se dedica a ajudar os pacientes nos momentos mais difíceis. Algumas lembranças boas e outras nem tanto. O cirurgião Da Paz compartilhou, há dez anos, um desses momentos marcantes em sua trajetória, com apenas três anos de exercício da profissão. “A paciente tinha 28 anos de idade quando foi diagnosticado o câncer de laringe em um grau muito avançado, já no estágio 4, e ao mesmo tempo foi descoberto que ela estava grávida de dois meses. Nós (a equipe) a orientamos que deveria iniciar o tratamento o mais rápido possível e teria que interromper a gravidez. Ela me respondeu que ia continua com a gestação mesmo que isso lhe custasse a vida”.

Emocionado, ele revelou que esta mulher teve a filha no oitavo mês de gravidez e acabou morrendo três meses depois, devido o câncer já ter se espalhado para os pulmões. “Antes de morrer ela me disse que se sentia uma vitoriosa por saber, apesar de todas as adversidades, o que é valorizar a vida. Sua filha recebeu o nome de Vitória. Sempre lembro dela e da força que ela tinha. Nós (médicos) somos como um pássaro no meio de um incêndio, sabemos que não podemos apagar todo o fogo. Mas, se unirmos nossas forças para ajudar essas pessoas, faremos a diferença na vida delas. Até porque, os pacientes que se tratam no HC têm apenas essa chance para dar a volta por cima".

 

 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de laringe ocorre, principalmente, em homens e é um dos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas. A ocorrência pode se dar em uma das três porções em que se divide o órgão: laringe supraglótica, glote e subglote.

CAUSAS E PREVENÇÃO
O álcool e o tabaco são os maiores inimigos da laringe. Fumantes têm 10 vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe. Em pessoas que associam o fumo a bebidas alcoólicas, esse número sobe para 43. Má alimentação, estresse e mau uso da voz também são prejudiciais. A alimentação precisa conter proteína (frango ou peixe, preferencialmente), associada a legumes, verduras e frutas ricas em vitaminas (em especial A, B2, C e E) e sais minerais. Deve-se evitar alimentos muito temperados ou gordurosos e líquidos muito quentes ou muito frios. Falar muito alto e sem pausas causa os chamados calos vocais. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e a beber têm probabilidade de cura reduzida e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor na área de cabeça e pescoço.

SINTOMAS
Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta sugere tumor supraglótico, e rouquidão indica tumor glótico ou subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar).

O sintoma mais comum é a rouquidão persistente e sem causa aparente. Ela é diferente da rouquidão relacionada ao esforço vocal ou à laringite ligada a processos gripais, pois não vem acompanhada de febre ou dor, é progressiva e persiste. As demais, normalmente, evoluem para a cura. Se não houver tratamento na fase inicial do câncer, a rouquidão pode evoluir para dor durante a deglutição (ato de engolir) e falta de ar. Na fase mais avançada, podem aparecer nódulos no pescoço. Caso tenha rouquidão, sem motivo aparente por mais de duas semanas, procure um médico.

TRATAMENTO
De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia.

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