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As indonésias têm um papel cada vez mais ativo no extremismo violento e algumas buscam ser terroristas suicidas do grupo Estado Islâmico (EI), afirmou nesta quarta-feira o Instituto de Análises de Conflitos (IPAC) de Jacarta.

A detenção em dezembro passado de duas mulheres vinculadas ao EI, suspeitas de planejar atentados suicidas na Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo, ilustra esta tendência, indicou o relatório do IPAC.

Muitas mulheres indonésias viajaram ao Oriente Médio para se integrar às fileiras do Estado Islâmico, acrescentou.

"As indonésias integrantes de grupos extremistas sintonizam com as práticas mortíferas de suas irmãs em outras partes do mundo", disse o relatório, que cita o exemplo de Dian Yulia Novi e Ika Puspitasari, que eram candidatas a lançar atentados suicidas em Jacarta e Bali.

O IPAC aconselha o governo a investigar as redes femininas vinculadas aos grupos extremistas, em particular as indonésias expulsas da Turquia depois de terem tentado se unir ao Estado Islâmico na Síria.

Os serviços antiterroristas da Indonésia se negaram a comentar o relatório.

O banqueiro britânico Rurik Jutting foi condenado nesta terça-feira (8) à prisão perpétua pelo assassinato de duas jovens indonésias em um apartamento de Hong Kong, um crime pelo qual pediu perdão às famílias das vítimas.

O ex-corretor da Bolsa de 31 anos, que trabalhava para o Bank of America Merrill Lynch, havia se declarado inocente da acusação de assassinato. Reconhecia dois homicídios culposos.

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Sumarti Ningsih, de 23 anos, e Seneng Mujiasih, de 26, apareceram mortas no dia 1º de novembro de 2014 no apartamento deste homem formado em Cambridge, em um edifício residencial de Wanchai.

"É provavelmente um dos casos de assassinato mais terríveis entre os que foram julgados em Hong Kong", considerou o juiz Michael Stuart-Moore.

O comportamento de Jutting é de uma "repugnância extrema", "supera o entendimento da gente normal. Vai passar sua vida na prisão", afirmou.

Após dez dias de julgamento, o júri o declarou culpado por unanimidade do assassinato das duas jovens.

Em uma carta lida ante a Alta Corte por seu advogado Tim Owen após o veredicto, o ex-corretor da bolsa pediu perdão. "Meus atos em relação à morte de Ningsih e Mujiasih, minhas ações anteriores a sua morte, foram atrozes". Afirma estar "atormentado" e acrescenta: sou "consciente da dor exacerbada que provoquei em seus entes queridos", "sinto muito, sinto para além do que posso expressar em palavras".

Segundo a acusação, Sumarti Ningsih foi torturada durante três dias antes de ser assassinada no chuveiro com uma faca.

Durante o julgamento, o júri viu imagens abomináveis das torturas gravadas pelo acusado com seu telefone celular. A polícia encontrou o corpo da mulher dentro de uma mala na varanda de Jutting. Antes havia achado na sala a outra mulher, Mujiasih, degolada.

Rurik Jutting propôs às jovens manter relações sexuais em troca de dinheiro.

A defesa alegava transtornos de personalidade narcisistas e sádicos, agravados por um vício em cocaína e álcool.

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