Tópicos | Infecções hospitalares

Hoje (15) é comemorado o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares. As Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são adquiridas após a internação do paciente, se manifestando durante a internação ou mesmo após a alta, quando relacionadas com a internação ou procedimentos hospitalares.

Tais infecções estão entre as principais causas de morbidade e de mortalidade. Segundo dados de 2021 da Organização Mundial da Saúde (OMS) são realizadas 234 milhões de operações por ano em todo o mundo. Deste total, cerca de um milhão de pacientes morrem em decorrência de infecções hospitalares. No Brasil, a taxa de infecção hospitalar chega a 14%. Confira a seguir, quatro infecções mais frequentes no ambiente hospitalar: 

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Infecção respiratória: Pneumonia – A pneumonia costuma ser grave em pessoas que estão acamadas, desacordadas ou que têm dificuldades de deglutição, pelo risco de aspiração de alimentos ou da saliva. Algumas bactérias mais comuns neste tipo de pneumonia são Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonasm, Mycoplasma, além de alguns tipos de vírus. Os principais sintomas são dor no tórax, tosse com secreção amarelada ou sanguinolenta, febre, cansaço, falta de apetite e falta de ar. 

 

Infecção urinária: O uso de sonda ao longo período de internação, facilita a infecção urinária. Algumas bactérias incluem Escherichia coli, Proteus sp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Enterococcus faecalis e de fungos, como Candida albicans. Seus principais sintomas são dor ou ardência ao urinar, dor abdominal, presença de sangue na urina e febre. 

Infecção de pele: Devido às aplicações de injeções e acessos venosos para medicamentos ou coletas de exames, cicatrizes de cirurgia ou biópsia ou pela formação de escaras, os pacientes ficam mais susceptíveis às infecções de pele. Alguns dos microrganismos envolvidos são Staphylococcus aureus, Enterococcus sp., Klebsiella sp., Proteus sp., Enterobacter sp., Serratia sp., e Streptococcus sp. Os principais sintomas são presença de área de vermelhidão e inchaço na região, com ou sem a presença de bolhas. Geralmente, o local é doloroso e quente, e pode haver produção de secreção purulenta e com odor. 

Infecção do sangue: Septicemia – Geralmente surge após a infecção de algum local do corpo, que se espalha pela corrente sanguínea. Este tipo de infecção é grave, e se não for tratada pode rapidamente causar falência dos órgãos e risco de morte. Qualquer dos microrganismos infectados pode se disseminar pelo sangue, e alguns dos mais comuns são E. coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis ou Candida sp., por exemplo. Os principais sintomas são febre, calafrios, queda da pressão, batimentos cardíacos fracos e sonolência. 

 

 

Pessoas hospitalizadas nos Estados Unidos correm risco de contrair infecções associadas às condições sanitárias, que ainda matam cerca de 75.000 pacientes anualmente, informaram nesta quarta-feira (26) autoridades americanas.

"Ainda que tenhamos tido avanços, todos os dias mais de 200 norte-americanos com infecções associadas às condições sanitárias morrem durante sua estadia no hospital", disse o diretor dos Centros Federais para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden.

Muitas das infecções bacterianas - que podem acarretar em complicações graves que vão de pneumonia a doenças do trato intestinal - poderiam ser prevenidas se os trabalhadores sanitários cumprissem regras de higiene banais, explicou Frieden.

"O cuidado médico mais avançado não funciona se os profissionais de saúde não prevenirem as infecções através de atitudes básicas como a lavagem frequente das mãos", afirma. Os números, publicados no New England Journal of Medicine, foram retirados de uma pesquisa feita em 183 hospitais nos Estados Unidos, realizada em 2011. Durante o ano em questão, segundo a pesquisa conduzida pelo CDC, foram registradas 721.800 infecções em 648.000 pacientes hospitalizados. Destes, cerca de 75.000 morreram de infecções hospitalares.

As infecções mais frequentes foram pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica (ambas com 22%), seguidas das infecções gastrointestinais (17%), as do trato urinário (13%) e as da corrente sanguínea (10%). Os agentes causadores destas infecções foram Clostridium difficile (12%), Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM (11%), Klebsiella (10%), E. coli (9%), Enterococcus (9 %), e Pseudomonas (7%).

O estudo também mostra uma diminuição de 4% no número de infecções causadas por SARM e de 2% nas provocadas por Clostridium difficile entre 2011 e 2012. "Tais acontecimentos representam milhares de vidas poupadas e a prevenção de sofrimento nos pacientes, que também se traduz em menores custos em todo os Estados Unidos", avaliou Patrick Conway, diretor médico dos serviços Medicare e Medicaid, sistema de saúde pública do país.

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) lança, nesta quarta-feira (15), o Sistema Estadual de Notificação de Infecções Hospitalares (SENIPE). A ideia é constituir um banco de dados único de registros das infecções hospitalares no Estado de Pernambuco.

O banco será alimentado pela internet, em tempo real, pelos próprios serviços de saúde com os registros das infecções relacionadas à assistência à saúde. O lançamento do programa ocorre hoje, quando se comemora o dia internacional de controle de infecção hospitalar.

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De acordo com o Gerente Geral da Apevisa, Jaime Brito, a aplicação do serviço contribuirá para a melhoria do controle das infecções em Pernambuco. “Um serviço de vigilância que possa detectar o início dos surtos nos serviços de saúde e o controle rigoroso podem reduzir de 30 a 60% as taxas de infecção hospitalar”, relatou.

A notificação dos indicadores infecciosos é obrigatória para todos os estabelecimentos de saúde, sejam eles públicos ou privados. Inicialmente, o SENIPE estará disponível em programa piloto nos grandes hospitais da rede estadual e, posteriormente, deverá atingir todos os serviços de saúde do Estado.

Com informações da assessoria

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