Tópicos | Isadora Pacheco

Cartazes de fãs e torcedores na arquibancada da modalidade Park, na Rua da Aurora, acompanharam Isadora Pacheco durante toda a etapa do Recife do STU National. Nos dizeres, apenas “Vai, Isa”. E, na final deste domingo (12/11), a skatista simplesmente foi, sempre mentalizando aquela mensagem a cada descida na pista. Mas ela deixou para resolver tudo na última das suas quatro voltas. E o pacote veio completo: título na capital pernambucana que ainda a tornou campeã da temporada 2023 do circuito brasileiro de skate.

Apesar de Isadora ter ganho tudo num só dia, as últimas semanas não foram fáceis. No STU Open Rio, há 15 dias, ela chegou a torcer o pé num treino, na verdade uma torção no quinto dedo do pé. Não houve qualquer fratura, mas a dor ainda incomoda, mesmo com muito anti-inflamatório e fisioterapia. Se já não fosse o bastante, um imprevisto na véspera da final lhe trouxe uma dose extra de emoção. E ela jamais poderia contar com aquilo. Ela mesma fez questão de lembrar e narrar o que aconteceu, logo após o título conquistado.

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“Ontem à noite, no hotel, achei até que tinham me sabotado. Fiquei uns 30 minutos presa no elevador, às vésperas da final. Nunca tinha acontecido isso comigo, foi uma emoção indesejada. Consegui ligar para a Ynd (Yndiara Asp), que se desesperou também e me ajudou”, disse. “Quanto ao pé, tentei nem pensar nele, mesmo ele estando meio deslocado. Ainda está doendo quando ando. Eu deveria até estar descansando, mas a vontade de estar aqui falou mais alto e deu no que deu. Um esforço que valeu a pena. Estou feliz demais”, completou.

Na primeira rodada, Isadora já largava na frente com a maior nota (64,00) dentre as oito finalistas. Na segunda, porém, Dora Varella, que vive grande fase, com o título recente do STU Open Rio, arrancou um 67,17 dos juízes e se colocou no topo. Isa errou sua terceira volta e, apesar do título brasileiro já garantido pela pontuação, só tinha uma última chance para vencer também a etapa. E com outra linha limpa e ainda mais precisa, veio a nota 67,67 e a festa ficou completa. A mais nova campeã brasileira terminou o ano com 42.000 pontos, contra 34.500 da vice Sofia Godoy, terceiro lugar no Recife.

“Vim representando com tudo hoje. E o apoio da galera foi fundamental. Sem dúvida, levarei para sempre Recife no meu coração. E o pessoal com cartazes escrito ‘Vai, Isa’... Olhava para eles antes de dropar e pegava aquela energia. Nunca tinha encaixado três boas voltas numa final. Foi muito style. Vim para cá em primeiro lugar no ranking e com o objetivo de ser campeã brasileira, mas acabou sendo mais do que isso. Ganhei a etapa também. É inexplicável. Se estou feliz?! Caramba! Demais!”, desabafou a campeã.

O STU National do Recife foi apresentado pelo Banco BV, patrocinado pela Prefeitura do Recife, Recentro, Monster Energy, Oi, Tiger e Esportes da Sorte, e homologado pela CBSk. Os parceiros oficiais foram Baw, CBSk, Altermark e Eletromidia, além do apoio da ABPSK e da Drop Dead. A Transamerica Prestige foi o hotel oficial.

RESULTADO FINAL - PARK FEMININO

1 – Isadora Pacheco – 67,67

2 – Dora Varella – 67,17

3 – Sofia Godoy – 66,00

4 – Fernanda Tonissi – 63,00

5 – Helena Laurino – 60,50

6 – Marina Praxedes – 60,00

7 – Yndiara Asp – 57,75

8 – Maitê Demantova – 53,67

Da assessoria

As brasileiras Dora Varella, Isadora Pacheco e Yndiara Asp garantiram vaga na próxima edição dos Jogos Olímpicos. As integrantes da seleção de skate, na modalidade park, garantiram, na última sexta-feira (21), presença em Tóquio, ao terminarem o Dew Tour (última oportunidade de classificação para as Olimpíadas) entre as 20 primeiras colocadas do evento realizado em Des Moines (Estados Unidos).

Após a classificação, a catarinense Yndiara Asp destacou (em depoimento à Confederação Brasileira de Skate) os desafios de garantir a vaga em meio ao contexto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19): “Estamos desde 2018 nessa corrida olímpica. Muita coisa aconteceu. Pandemia. Ficamos um ano inteiro sem competir. De repente surge essa competição como a última classificatória. Foi um mix de emoção, de tensão, de nervosismo […]. E consegui. Nossa, deu um alívio e uma felicidade muito grande de fazer o que eu vim fazer, o meu propósito”.

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O Brasil continua participando do Dew Tour, tendo ainda a possibilidade de classificação para os Jogos de Tóquio no park masculino e no street, tanto no masculino como no feminino.

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